segunda-feira, 18 de julho de 2016

Dívida de diretor da Fiesp com a União é de R$ 6,9 bi

Pato da FIESP contra Impostos
O empresário Laodse de Abreu Duarte, um dos diretores da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), é o maior devedor da União entre as pessoas físicas. Sua dívida é maior do que a dos governos da Bahia, de Pernambuco e de outros 16 estados individualmente: R$ 6,9 bilhões. Laodse --que já foi condenado à prisão por crime contra a ordem tributária, mas recorreu-- é um dos milhares de integrantes do cadastro da dívida ativa da União, que concentra débitos de difícil recuperação.
Além de Laodse, aparecem no topo do ranking dos devedores pessoas físicas dois de seus irmãos: Luiz Lian e Luce Cleo, com dívidas superiores a R$ 6,6 bilhões. No caso desses três irmãos, quase a totalidade do valor atribuído a cada um diz respeito a uma mesma dívida, já que eles eram gestores de um mesmo grupo empresarial familiar que está sendo cobrado pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional.
A soma dos valores devidos por empresas e pessoas para o governo federal ultrapassou recentemente R$ 1 trilhão. São milhões de devedores, mas uma pequena elite domina o topo desse indesejável ranking: os 13,5 mil que devem mais de R$ 15 milhões são responsáveis, juntos, por uma dívida de R$ 812 bilhões aos cofres federais --mais de três quartos do total devido à União.
O débito desses maiores devedores representa cinco vezes o buraco total no Orçamento federal previsto para 2016. Nesse grupo --que exclui dívidas do estoque previdenciário, do FGTS e dos casos em que há suspensão da cobrança por determinação judicial-- estão desde empresas quebradas, como a Varig e a Vasp, mas também motores do PIB nacional, como a Vale, a Carital Brasil (antiga Parmalat) e até a estatal Petrobras.
Mas como pessoas físicas chegam a dever tanto ao Fisco? A explicação é que os integrantes da família Abreu Duarte foram incluídos como corresponsáveis em um processo tributário que envolveu uma de suas empresas, a Duagro - que deve, no total, R$ 6,84 bilhões ao governo.
Segundo a Fazenda, a empresa realizou supostas operações de compra e venda de títulos da Argentina e dos Estados Unidos sem pagar os devidos tributos entre 1999 e 2002. Denúncia do Ministério Público apontou que a Duagro "fraudou a fiscalização tributária." Para o MP, há dúvida sobre a real existência dos títulos negociados, já que alguns não foram lançados nas datas registradas na contabilidade.
A Procuradoria suspeita que a empresa tenha servido como "laranja" em "um esquema de sonegação ainda maior, envolvendo dezenas de outras renomadas e grandes empresas, cujo valor somente poderá vir a ser recuperado, em tese, se houver um grande estudo do núcleo central do esquema".
Segundo o site da Fiesp, Laodse é um dos atuais 86 diretores da entidade, sem especificação. Ele também integra o Conselho Superior do Agronegócio da federação e preside o Sindicato da Indústria de Óleos Vegetais e seus derivados em São Paulo.
Um quarto irmão de Laodse aparece na lista de devedores da União com débitos de R$ 3 milhões e também é dono de offshore em paraíso fiscal, segundo os Panamá Papers. Lívio Canuto de Abreu Duarte foi sócio da Oil Midwest LTD, empresa registrada nas Ilhas Virgens Britânicas pela firma panamenha Mossack Fonseca.
Além do título da pessoa física com mais débitos com a União, o empresário Laodse de Abreu Duarte aparece em escândalos de repercussão nacional. Um dos inquéritos sobre o esquema do mensalão indica que o esquema montado pelo empresário Marcos Valério de Souza fez sete pagamentos a uma empresa de comércio e exportação de grãos ligada a Abreu Duarte.
Em 2003, o empresário foi condenado a cinco anos de prisão - pena que foi posteriormente convertida a prisão domiciliar - após ser acusado pelo Ministério Público de participar de suposto esquema de falsificação de operações de exportação de soja, com valor superior a US$ 60 milhões. Laodse também foi indiciado pela CPI do Banestado, em 2004.
Em 2006, o Ministério da Justiça pediu aos Estados Unidos colaboração para investigar a suspeita de lavagem de dinheiro e crimes financeiros envolvendo o empresário, João Francisco Daniel (irmão do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel) e Geraldo Rondon da Rocha Azevedo. O inquérito foi arquivado em 2010.
Procurado pela reportagem, o empresário Laodse de Abreu Duarte informou, por e-mail, que sua condenação por crime contra a ordem tributária ainda não foi julgada em segunda instância, "o que torna precipitado qualquer conclusão ou juízo". Ele disse ainda que a Duagro "nunca se prestou" ao suposto esquema de sonegação fiscal descrito pela Procuradoria.
O empresário afirmou também não ter nenhum tipo de ligação com os casos do mensalão e do Banestado. "Não mantive relação comercial ou pessoal com os mencionados e não respondo a processo ou procedimentos que tenham ligações ou relacionados a estes", escreveu. Ele negou ainda ter "relação de qualquer espécie" com João Francisco Daniel e Geraldo Rondon da Rocha Azevedo e disse que o Judiciário ainda analisa recurso à sua condenação pelas operações de exportação de soja.
O advogado Fabrício Henrique de Souza, que representa a família, informou que as dívidas que aparecem no nome dos três irmãos resultam de "questionamentos da Receita Federal por operações mercantis realizadas" e que elas ainda estão sendo questionadas judicialmente.
Já o advogado de Lívio Canuto de Abreu Duarte, Ademir Sica, disse que as cobranças da União são indevidas, já que Lívio saiu da direção das empresas familiares em 1997. Ele não quis comentar sobre a existência da offshore e desconhecia se ela foi declarada às autoridades brasileiras. Procurada, a Fiesp não se pronunciou. (As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo"). Foto: Ayrton Vignola/Fiesp
Créditos: Estadão

Governo cubano convoca profissionais do Mais Médicos de volta a Cuba

 O blog Socialista Morena teve acesso a um comunicado emitido ontem pelo governo de Raúl Castro convocando 1.672 médicos cubanos que atuam no programa Mais Médicos para que retornem à ilha. O governo de Cuba já estabeleceu inclusive um cronograma: os médicos cubanos que estão atuando no programa cujos contratos vencem este ano devem retornar a Havana até o dia 9 de novembro. Muitos profissionais estão chateados porque acreditavam poder renovar o contrato e permanecer no Brasil por mais três anos. Não se sabe ainda se eles serão de fato substituídos por outros.
A nota oficial do ministério da Saúde de Cuba diz que “de 1 a 2 de novembro retornarão à pátria em dois vôos, um por dia, com o fim da missão, os 347 médicos que restam do grupo de 400 (alguns já retornaram e outros, por outras causas, já não estão na missão). De 4 a 9 de novembro sairão em um voo diário, da mesma forma, os 1325 médicos que restam do grupo dos 2000 (alguns já retornaram à pátria e outros, por outras causas, já não estão na missão)”. A nota não faz referência aos outros cubanos que atuam no Mais Médicos, cerca de 11 mil no total.
Os médicos cubanos foram proibidos de comentar com os colegas brasileiros o conteúdo do comunicado, que não deixa claro se o contrato com o governo brasileiro, sob a presidência de Michel Temer, será mesmo renovado, com a vinda de outros médicos em substituição a estes. “Ficam terminantemente proibidos comentários na presença do pessoal brasileiro. Esclarecemos que o Brasil esteve na melhor disposição de prorrogar o contrato com os mesmos médicos, mas devido a estratégias de trabalho, o Ministério da Saúde de Cuba não aprovou que a renovação do contrato fosse com os mesmos médicos”, diz  a nota.
O blog ainda não conseguiu contato com a Embaixada de Cuba em Brasília para mais detalhes. Ainda na nota, o governo cubano explica que as mudanças se devem a “razões políticas”. Os cubanos deixariam o país imediatamente após o término do contrato, em agosto, mas a saída foi prorrogada para novembro para que a população assistida pelos cubanos não fique sem médicos durante as Olimpíadas ou no período eleitoral.
“Todas estas mudanças obedecem a razões políticas, porque todos sabemos, pela experiência com a Venezuela, que não é muito positivo que no meio de um evento internacional, como são as Olimpíadas, se gerem manifestações por parte da população reclamando por atenção médica. A outra situação que nos une é o tema das eleições.”
O governo cubano também estabelece regras para que os médicos retornem à ilha: devolver os tablets cedidos pelo ministério da Saúde brasileiro e que os profissionais deixem o Brasil sem nenhuma dívida. Também se refere ao limite de peso para as compras de cada um dos médicos cubanos: eles podem levar, no máximo, 45 quilos de bagagem nos vôos da Cubana de Aviación.
Dois médicos do programa se queixaram ao blog que preferiam permanecer no Brasil por mais três anos, conforme previa a medida provisória enviada ao Congresso em abril pela presidenta afastada Dilma Rousseff. A MP previa a prorrogação, por até três anos, dos contratos de profissionais estrangeiros no programa Mais Médicos. No contrato original estava previsto que, se os médicos cubanos quisessem renovar a permanência, teriam de se submeter à revalidação dos diplomas. A medida assinada por Dilma atendia à reivindicação da AMB (Associação Brasileira de Municípios), que pedia um posicionamento do governo federal sobre o programa Mais Médicos e especificamente a continuidade da manutenção da parceria com a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), que representa os médicos cubanos.
“Com a medida provisória, esperávamos ficar mais três anos. Esse limite de tempo nunca existiu por parte de Cuba. Na Venezuela, por exemplo, os médicos ficam cinco, dez anos, e depois renovam o tempo de permanência. O que não podemos compreender é que, se nós já conhecemos a população, já aprendemos a língua, já estamos aqui e queremos continuar, por qual razão Cuba está tomando essa medida de nos levar de volta?”, questiona um dos médicos ouvidos pelo blog, sob a condição de anonimato.
Perguntei a eles se têm a intenção de pedir asilo ao Brasil ou se pretendem voltar para Cuba. “Queremos voltar para Cuba, sim, mas queremos – a grande maioria de nós, com certeza – continuar trabalhando mais três anos no Brasil. Não vemos razão para voltar e sermos substituídos por outros médicos.” O comunicado do governo cubano deixa claro que, ao voltarem, os profissionais não poderão deixar a ilha em novas missões pelos próximos cinco anos.
Na quinta e sexta passadas, em reuniões na sede da Opas, em Brasília, a vice-ministra de Saúde Pública de Cuba, Marcia Cobas Ruiz, reiterou a intenção do governo de Raúl Castro de continuar com a cooperação com o Brasil, mas disse que alguns termos do acordo necessitam ser revistos, inclusive o reajuste na remuneração dos profissionais. “Respeitaremos o compromisso firmado entre a Opas e o Brasil, mas há uma série de fatores a serem revistos e acordados entre as partes. A desvalorização do câmbio nos últimos três anos foi maior do que o previsto e não houve nenhum reajuste. Também gostaríamos de avaliar a possibilidade de uma remuneração diferenciada para os profissionais que estão trabalhando em áreas isoladas e de maior risco, entre outras considerações”, disse Cobas.
A vice-ministra confirmou que a decisão do governo “é que os médicos que estão no Brasil retornarão a Cuba ao fim do seu contrato e outros médicos virão para substitui-los”. Explicou, porém, que, diante do momento delicado que o Brasil está vivendo com os jogos olímpicos, o vírus Zika e as eleições municipais, o governo de Cuba se comprometeu a só retirar os médicos a partir de novembro, após as eleições.
Os representantes dos municípios demonstraram preocupação em relação à possibilidade de saída dos médicos cubanos, que atuam, em sua maioria, em lugares onde os profissionais brasileiros se recusavam a trabalhar antes da criação do programa –as aldeias indígenas, por exemplo. Após a reunião, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Antonio Carlos Nardi, disse que iria solicitar à Opas a permanência dos médicos cubanos. “É um pedido dos gestores municipais e estaduais e principalmente da população que criou vínculo com esses médicos. Vamos fazer o possível para que eles fiquem, mas se não for possível, tentaremos substituí-los rapidamente”. Resta saber se haverá médicos brasileiros dispostos a isso.
Nota Oficial del Ministerio de Salud Publica de Cuba
Los médicos del primer grupo (400) que llegaron en agosto del 2013 y del segundo (2000) correspondientes a octubre de ese mismo año, continuarán trabajando ininterrumpidamente hasta el 31 de octubre del 2016.
Salidas previstas de la siguiente manera:
– Del 1 al 2 de noviembre retornarán a la patria en dos vuelos, uno diario, con fin de misión, los 347 médicos que quedan del grupo de los 400 (algunos ya han retornado a la patria y otros por otras causas ya no están en la misión) – Del 4 al 9 de noviembre saldrán en un vuelo diario de la misma manera los 1325 médicos que restan del grupo de los 2000 (algunos ya han retornado a la patria y otros por otras causas, ya no están en la mision)
Nota aclaratoria: Los fines de misión siempre serán entre los días 1 y 10 del mes correspondiente y los vacacionistas siempre después del 15 del mes en que corresponda.
Todos estos cambios obedecen a razones políticas porque todos conocemos por experiencia en Venezuela, que no es muy positivo que en medio de un evento internacional, como lo es las olimpiadas, se generen manifestaciones por parte de la población en reclamación a atención médica. La otra situación que se nos une es el tema de las elecciones.
Como los colaboradores regresan exactamente con 36 meses de mision, una vez en Cuba no es posible depositarles en su cuenta del Banco Popular de Ahorro, la divisa correspondiente a los 2976 reales de estipendio porque eso sería un décimo tercer salario y no se contempla para una bolsa de estudio. Sólo eso hubiese sido permisible si hubiesen salido a los 35 meses de la misión. Al grupo de los 400 se les continúa pagando a pesar de pasarse de los 36 meses porque se encuentran trabajando en la misión.
– Es de estricto cumplimiento el control sanitario internacional y declarar casos febriles.
– Reiteramos que el Tablet entregado, es propiedad del Ministerio de Salud en Brasil y no del colaborador, este junto al RNE (Carné de identificación de extranjero) así como la tarjeta del Banco de Brasil, se entrega en el polo de salida. (Todos los vuelos de fin de misión serán por Brasilia)
– El hecho de que sea un fin de misión, no altera las normas de peso en Cubana de aviación. Hemos sido bastante flexibles ( 40 y 5).
– Del 5 al 10 de agosto, el grupo de los 400 debe presentarse a la Receita Federal para solicitar un documento de prórroga de VISA temporal y lo mismo es válido para el grupo de los 2000, que debe presentarse del 5 al 10 de octubre. (Al respecto serán orientados por sus coordinadores de OPAS en su debido momento).
– Queda terminantemente prohibido irse con deudas de Brasil. Para esto las prefeituras depositarán las ayudas de costo.
Todo médico que termine la misión y retorne a la patria, debe esperar un término de 5 años para volver a salir a cumplir misión, lo cual se aclara en la bolsa de colaboración y dicha medida responde a las afectaciones que han existido en el Sistema de Salud Cubano.
Queda terminantemente prohibido comentarios en presencia del personal brasileiro. Aclaramos que Brasil estuvo en la mejor disposición de prorrogar contrato con los mismos médicos pero debido a estrategias de trabajo, el Ministerio de Salud de Cuba no aprobó que la renovación del contrato fuese con los mismos médicos.
Se adjunta un audio donde se escucha claramente a nuestra viceministra Marcia Cobas, aclarando sobre esta decisión, la cual es irrefutable e irreversible.
En relación a los diplomas del curso de especialización en Salud de la familia, muchos están pendientes de recibirlo pero en caso de que se aproxime el fin de misión, la indicación es que escriban a la Universidad para que les hagan llegar el mismo a la dirección de sus correos de informed en Cuba.
Rogamos de favor que cualquier duda contacten de inmediato a sus coordinadores de OPAS, que son los que pueden darles la información de una forma segura y oficial. Por favor, no hagan uso de las redes sociales para estos fines.
Felicidades por el deber cumplido y retornen a la patria con la gran satisfacción de haber podido ayudar al pueblo brasileiro y mantener en alto el nombre de la patria. 17 Jul. 2016
Créditos: Rede Brasil Atual

Cunha se diz "traído" e "abandonado" por Temer

Uma reportagem dos repórteres Marina Dias e Paulo Gama, publicada neste domingo na Folha, informa que o deputado afastado Eduardo Cunha se sente "traído" e "abandonado" pelo interino Michel Temer (leia aqui).
O motivo seria a disputa na Câmara, em que Temer teria sabotado Rogério Rosso (PSD-DF), candidato de Cunha, e apoiado informalmente Rodrigo Maia (DEM-RJ – antes da eleição na Câmara, Cunha ainda tinha a esperança de ser salvo, mas Maia já avisou que votará sua cassação no início de agosto.
Sem mandato, o deputado afastado, assim como sua esposa Cláudia Cruz e sua filha Danielle Dytz, serão julgados pelo juiz Sergio Moro.
Ao aceitar um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff sem crime de responsabilidade, conforme já foi atestado pela perícia do Senado e por decisão do Ministério Público Federal, que mandou arquivar o caso, Cunha criou as condições para que Temer assumisse a presidência da República, mas foi abandonado. Sua reação, a partir de agora, é imprevisível.(247).
Créditos: WSCOM

Médicos não sabem o que fazer para tratar pacientes que sofrem com chikungunya

A funcionária pública Mônica dos Santos Moreira, 49 anos, está vivendo um drama. Ela tem sintomas de chikungunya há um mês e, pela dificuldade de andar, está se valendo de muletas. As dores são tão intensas que não houve dúvidas: passou a tomar medicamentos por conta própria. Segundo o Correio Online, os médicos dizem que não há tratamento específico, apenas aquele recomendado para quem tem dengue. Os profissionais têm medo de prescrever medicação, ainda estão perdidos, porque se sabe muito pouco da doença. Assim, os doentes ficam entregues à própria sorte.
Quem definha com a dor, se automedica, correndo o risco de agravar o quadro e colocando em risco a própria vida. Na Paraíba, são 12.957 casos notificados da doença. “O conselho é orientar e promover debates, mas não há muito o que fazer. Infelizmente, não existe medicamento. Fazemos o diagnóstico, mas não há tratamento específico. Nossa situação tem sido de orientar e alertar”, diz o presidente do Conselho Regional de Medicina na Paraíba (CRM-PB), João Medeiros, que considera como maior arma o combate ao vetor. Ele reforçou que o Estado deve assumir essa responsabilidade em parceria com a população. “É a única forma que temos”.
Segundo o médico, a chikungunya é uma doença nova e existe pouca experiência em relação a ela. Há ainda o risco de confundir os sintomas. “São doenças que têm o mesmo vetor e são muito parecidas. Na chikungunya, o que predomina e chama mais a atenção é o quadro articular, que pode persistir por meses”, observou. Nas pessoas que têm uma doença de base, conforme João Medeiros, a situação é mais grave e, apesar do sofrimento de muitos pacientes, frisou que não se deve apelar para a automedicação.(Por Portal Corrreio).
Créditos: Focando a Notícia

domingo, 17 de julho de 2016

Turquia afasta 2.745 juízes após tentativa de golpe

Apoiadores do presidente turco Recep Erdogan vão às ruas de Istambul com bandeiras do país, para comemorar a derrota de uma tentativa de golpe militarAlgumas horas depois da tentativa fracassada de golpe de Estado na Turquia, o órgão de controle de magistrados e procuradores removeu do cargo 2.745 juízes de todo o país. Segundo a agência estatal de notícias Anadolu, a decisão visa adotar medidas disciplinares contra os suspeitos de ligação com o clérigo muçulmano Fethullah Gülen, acusado pelo presidente Recep Tayyip Erdogan de estar por trás da revolta da última sexta-feira.
Fethullah Gülen lidera o movimento que leva o nome dele Gülen (ou Hizmet) e que se declara laico, mas prega uma versão moderada do Islamismo. Segundo Erdogan, membros do Hizmet estão infiltrados em todos os aparatos do Estado. O clérigo apoiou o presidente até 2013, mas a aliança foi rompida após o governo ter fechado diversas escolas gülenistas na Turquia. Gülen, que vive em exílio voluntário nos Estados Unidos, negou “categoricamente” qualquer participação no golpe.
“Condeno nos termos mais fortes a tentativa de golpe de Estado militar na Turquia. O governo deve ser conquistado por meio de um processo de eleições livres e justas, não pela força”, declarou o Fethullah Gülen em um comunicado.
As autoridades turcas prenderam pelo menos 10 juízes da Suprema Corte da Justiça administrativa, também por suspeita de ligação com Gülen. Há temores de que a tentativa de golpe no país sirva como combustível para Erdogan acelerar o processo de concentração de poder e de repressão a adversários. O maior objetivo dele é transformar a Turquia em uma república presidencialista – hoje ela é parlamentarista.
A revolta terminou com mais de 2,8 mil militares presos e pelo menos 265 mortos, sendo 104 pessoas descritas como “golpistas” e 161 entre a multidão de civis e policiais contrários ao golpe, que foram às ruas defender a permanência do presidente turco Tayyip Erdogan.
Alguns homens detidos disseram em interrogatório acreditarem estar participando de um “exercício”, e não de um golpe. Eles afirmaram que só entenderam o que era quando viram cidadãos tentando subir em tanques de guerra.
Segundo o primeiro-ministro Binali Yildirim, o governo estuda até mudar a legislação para introduzir a pena de morte no país. “Discutiremos com outros líderes dos partidos quais medidas devemos adotar para evitar tentativas [de golpe] no futuro”, afirmou.
Créditos: Agencia Brasil

Temer decide cortar auxílio de trabalhadores afastados por doença

O governo interino de Michel Temer decidiu restringir o acesso e cancelar boa parte dos benefícios previdenciários por incapacidade, como o auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. As mudanças, já em vigor, constam na Medida Provisória (MP) 739, publicada na semana passada. A MP permite a realização de perícia médica para reavaliação de todos os segurados.
Com isso, a expectativa da equipe de Temer é cortar cerca de 30% dos auxílios-doença, afetando mais de 250 mil dos 840 mil beneficiários em todo o país. No caso das aposentadorias por invalidez, a meta do governo interino é reduzir o benefício em 5%, índice que representa 150 mil, do total de 3 milhões de segurados. A economia de recursos pode ultrapassar os R$ 6,3 bilhões, segundo os cálculos oficiais.

“Não existe esse índice de irregularidade nos benefícios previdenciários que justifique o cancelamento de 30% dos auxílios-doença, por exemplo. O que o governo está fazendo é retroceder em direitos sociais da população mais pobre”, aponta o advogado de Direito Previdenciário João Badari, sócio do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados.
Para acelerar a realização das perícias médicas, a MP criou uma bonificação para médicos peritos do INSS, com duração de 24 meses. Os peritos receberão R$ 60 por perícia realizada nas agências da Previdência Social. Na opinião de João Badari, é uma forma de incentivar os peritos a realizarem o maior número possível de reavaliações médicas. “Imagina, se um perito fizer 10 perícias em um dia, ele ganha R$ 600. Em um mês, vai receber R$ 12 mil pelo serviço. Será uma perícia mais precária, com pouco tempo para avaliar, o que deverá resultar no cancelamento do benefício para segurados e aposentados que não tem condições de retornar ao trabalho”, critica o advogado.
Alta programada

A concessão de novos benefícios também passará a ter regras mais rígidas. Pela MP, “sempre que possível”, a concessão de auxílio-doença, judicial ou administrativa, deverá fixar o prazo estimado para a duração do benefício. Na ausência de fixação do prazo, o benefício será cortado após o prazo de 120 dias, contado da data de concessão ou de reativação. “Isso é uma aberração! As pessoas tem uma capacidade de recuperação diferente, de acordo com idade, sexo e condições físicas. Não pode haver corte automático sem que haja uma reavaliação médica. Como uma pessoa afastada para o tratamento de um câncer, por exemplo, vai saber que em 120 dias estará recuperada para voltar ao trabalho?”, questiona João Badari, advogado especialista em Direito Previdenciário. Ele prevê uma enxurrada de processos judiciais de segurados contra as novas medidas, o que deve reduzir a economia pretendida pelo Ministério da Fazenda.
O governo Temer também pretende reavaliar cerca de 4,2 milhões de inscrições no Benefício de Prestação Continuada (BPC), concedido a idosos ou pessoas com deficiência com renda familiar per capita menor que R$ 220 por mês (um quarto do salário mínimo).

Sem déficit

O advogado João Badari, especialista em Direito Previdenciário, classifica como “farsa” o discurso do governo de que o INSS apresenta déficit e, por isso, precisa reduzir os benefícios. “O INSS é amplamente superavitário, manteve saldo positivo de R$ 50 bilhões ao ano e, mesmo em ano de crise, como agora, o saldo é de cerca R$ 20 bilhões. Ao cortar direitos sociais, como aposentadoria e auxílios por incapacidade, o governo quer jogar para os bancos a responsabilidade, quer que as pessoas contratem previdência privada. É o governo tentando privatizar o que deveria ser papel dele”, argumenta.

Badari também não poupa críticas ao foco do governo, que é cortar benefício dos mais pobres, segundo ele. “Por que não age para cobrar débitos previdenciários devidos pelas empresas? Por que continuar desonerando a folha de pagamento das empresas e, ao mesmo tempo, cortar direito social do trabalhador que financia a Previdência? Não tem sentido”. 
Créditos: Caros Amigos

Lula lidera intenção de voto em 2018

Pesquisa do Datafolha divulgada neste sábado, 16, aponta o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como líder de intenção de voto para o primeiro turno da eleição presidencial de 2018. De acordo com a sondagem, o petista, no entanto, perderia a disputa no segundo turno para a ex-senadora Marina Silva (Rede) ou para o ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB).

No cenário de primeiro turno em que Aécio Neves (PSDB) é o adversário, Lula aparece com 22%, Marina com 17% e o tucano, com 14%. Lula também lidera os índices de rejeição, com 46%, seguido por Aécio Neves e Michel Temer, ambos com 29%. A pesquisa foi realizada nos dias 14 e 15 de julho, com 2.792 entrevistados. A margem de erro é de 2 pontos porcentuais, para mais ou para menos. 
Créditos: WSCOM