sexta-feira, 22 de julho de 2016

Mais de 80% dos brasileiros querem a saída de Temer

Ao contrário disso, a Folha informou que 50% preferem que Temer continue até 2018, enquanto 32% defendem a volta da presidente Dilma Rousseff ao poder. O que explica uma diferença tão grande? O "erro", "imprecisão" ou "fraude" foi explicado ontem por uma nota divulgada pela Folha de S. Paulo e por seu instituto. Nela, o jornal informa que não colocou diante do eleitor, na questão "o que seria melhor para o Brasil" a hipótese de novas eleições, muito embora tenha levantado, em outra pergunta, que 62% dos brasileiros defendem a realização de uma nova disputa eleitoral.
Ou seja: na prática, a Folha eliminou da amostragem de sua pesquisa que foi divulgada ao público nada menos que 62% dos brasileiros. Portanto, restariam apenas 38% do total. Se, destes 38%, metade defende que Temer fique até o final, eles representam apenas 19% da população brasileira apta a votar. O que significa, em outras palavras, que 81% são favoráveis à saída do vice-presidente em exercício.
Curiosamente, antes do impeachment, a Folha chegou a defender, em editorial, a renúncia conjunta de Dilma e Temer, propondo a saída de novas eleições. O que talvez tenha contribuído para a mudança de postura do jornal foi o fato de o ex-presidente Lula ter subido em todas as simulações de voto, passando a liderar isoladamente os cenários de primeiro turno. (247)
Créditos: WSCOM

Muriçoca transmite o vírus da zika, comprova Fiocruz

Estudo aponta pela primeira vez a implicação de outra espécie de mosquito, diferente do gênero Aedes, na transmissão de zika. Cientistas agora vão investigar capacidade vetorial da muriçoca.

Os mosquitos Culex quinquefasciatus (conhecido popularmente como muriçoca), que colocam seus ovos em criadouros poluídos, também transmitem o zika vírus. O anúnio foi feito, na tarde desta quinta-feira (21), durante coletiva de imprensa que apresentou resultados de uma pesquisa inédita realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A constatação sugere que o Aedes aegypti pode não ser o vetor exclusivo do zika. 

A presença do zika foi detectada na muriçoca coletada em Pernambuco. A coleta dos mosquitos foi feita com base nos endereços dos casos relatados de zika nas cidades do Recife e de Arcoverde, Sertão de Pernambuco, obtidos com a Secretaria de Saúde do Estado de Pernambuco (SES-PE). O número total de mosquitos examinados na pesquisa foi de aproximadamente 500. 

"A transmissão foi praticamente demonstrada porque o vírus sai na saliva e é liberado. A gente vê que ele está totalmente formado com a partícula viral pronta para infectar futuras células", explica a coordenadora do estudo, Constância Ayres, da Fiocruz Pernambuco. "Está comprovado que ele (o Culex quinquefasciatus) transmite (zika). Não se sabe ainda qual é a capacidade vetorial dele", complementa o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha. 

Na capital pernambucana, a população do Culex quinquefasciatus é cerca de20 vezes maior do que a população de Aedes aegypti. Os resultados preliminares da pesquisa de campo identificaram a presença de Culex quinquefasciatus infectados naturalmente pelo vírus zika em três dos 80 pools de mosquitos analisados até o momento.

São necessários agora estudos adicionais para avaliar o potencial da participação do Culex na disseminação do vírus zika e seu real papel na epidemia. O estudo coordenado por Constância tem relevância, já que as medidas de controle de vetores são diferentes. Até os resultados de novas evidências, a política de controle da epidemia de zika continuará pautada pelas mesmas diretrizes, com foco central no controle do Aedes aegypti. Foto: NE10
Créditos: JC

Busca por crédito cai quase 9% no 1º semestre

A busca do consumidor por crédito acumula queda de 8,9% no primeiro semestre do ano, na comparação com o mesmo período de 2015, segundo pesquisa da Boa Vista SCPC. Em 12 meses, a demanda recuou 5,1% e na avaliação anual, a retração foi de 8,2%. Frente a maio de 2016, a baixa foi um pouco menor, de 3%.
Na análise dos segmentos que integram o cálculo do indicador, a busca de crédito nas instituições financeiras caiu 15,2% e no segmento não-financeiro, teve retração de 5,1%.
De acordo com o estudo, apesar de haver sinais de melhoria de expectativas para a economia, o cenário ainda é de muita incerteza para o consumidor. “Fatores como altas taxas de juros, rendimentos reais negativos e desemprego elevado são apenas algumas das variáveis condicionantes deste resultado, que gera como consequência um consumidor bastante cauteloso.”A expectativa da entidade é que a demanda por crédito continue em patamares negativos, revertendo o cenário somente a partir de 2017.(G1).

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Estado Islâmico divulga técnicas para ataques nos jogos do Rio

O grupo extremistas Estado Islâmico publicou na rede social Telegram 17 recomendações de técnicas a serem usadas em atentados terroristas durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que começam no dia 5 de agosto. De acordo com a especialista norte-americana em contraterrorismo Rita Katz, os extremistas deram instruções para possíveis ataques, assim como um cronograma de ações.
Entre as técnicas citadas, estão atentados a aeroportos e meios de transporte públicos, esfaqueamento, envenenamento, sequestro de reféns e veiculação de falsas ameaças. Os jihadistas também pediram para que os chamados "lobos solitários" (pessoas que atuam sozinhas em ataques) se dirijam ao Brasil. Na última segunda-feira (18), Rita Katz, que trabalha na agência de contraterrorismo SITE, informou que um grupo no Brasil havia declarado lealdade ao Estado Islâmico (Isis, também chamado de EI ou Daesh). Eles criaram um canal no Telegram com o nome "Ansar al-Khilafah Brazil". Foi a primeira vez que alguém da América do Sul explicitou uma suposta aliança com o EI.
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) divulgou ontem uma nota oficial garantindo que "todas as ameaças relacionadas aos Jogos do Rio 2016 estão sendo minuciosamente apuradas, em particular as relacionadas ao terrorismo". "Devido à sensibilidade do tema, as ameaças são tratadas, de forma integrada, pelas unidades especializadas de enfrentamento ao terrorismo dos três eixos responsáveis pela Segurança dos Jogos Rio 2016 - Inteligência, Segurança Pública e Defesa", informou a Abin.
A estimativa é de que cinco mil homens da Força Nacional de Segurança Pública e 22 mil oficiais das Forças Armadas (14,8 mil do Exército, 5,9 mil da Marinha e 1,3 mil da Aeronáutica), além do contingente fixo do Rio de Janeiro, atuem durante os Jogos Olímpicos. Nesta semana, militares do Exército intensificaram ações de patrulhamento motorizado e a pé na região do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca. As Olimpíadas ocorrerão do dia 5 de agosto, quando acontece a cerimônia de abertura no Maracanã, até 21 do mesmo mês.(247).
Créditos: WSCOM Online

Cerca de 2,6 milhões contraem HIV

Cerca de 2,6 milhões de pessoas contraem HIV a cada ano, um nível de incidência que se manteve constante durante a última década, segundo um relatório apresentado nesta terça-feira na XXI Conferência Internacional de Aids realizada em Durban (África do Sul).

Após um período de rápido queda registrado entre 1997 (ano no qual houve 3,3 milhões de novos infectados, o número mais elevado) e 2005, o número de contágios foi aumentando de forma constante até alcançar os 38,8 milhões de pessoas com Aids em 2015, quase 11 milhões mais que no ano 2000.
No entanto, a mortalidade causada por esta doença também foi diminuindo a um ritmo constante graças ao maior acesso aos antiretrovirais.Desta forma, as mortes por Aids diminuíram de 1,8 milhão em 2005 para 1,2 milhão em 2015.
"O estudo mostra que a epidemia da Aids ainda não foi superada e que continua sendo a maior ameaça para a saúde mundial de nosso tempo", ressaltou o professor Peter Piot, membro fundador do comitê executivo da Unaids.
"Um nível de novos contágios superior a 2 milhões de pessoas a cada ano representa um falha coletiva e isso requer um reforço das políticas de prevenção e da pesquisa de uma vacina", acrescentou.Segundo dados da ONU, no ano passado foram infectados com o vírus HIV a cada hora 29 adolescentes, de entre 15 e 19 anos, no mundo todo. Foto: EBC
Créditos: EFE

Cubanos do Mais Médicos só têm contrato até novembro

A permanência de profissionais cubanos no programa Mais Médicos está garantida somente até novembro. Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e Cuba ainda não têm fechado um acordo para renovação do contrato dos profissionais, recrutados há três anos para trabalhar em áreas consideradas de difícil provimento para médicos.
Atualmente, 11 mil dos 18 mil médicos que atuam no programa são cubanos. As negociações estão em curso. O governo cubano já deu mostras de que vai condicionar a renovação ao reajuste dos valores dos contratos e à criação de um adicional, concedido para atuação de médicos em locais considerados mais isolados e de maior risco - como distritos indígenas.
O ministro da Saúde, Ricardo Barros, por sua vez, já deixou clara a preferência de que vagas do programa sejam preenchidas por profissionais formados no Brasil. Mas não quer tomar nenhuma decisão antes das eleições municipais. Não é à toa que a renovação provisória se estende até novembro.
Criado há três anos como uma resposta às manifestações de rua, o programa Mais Médicos foi inicialmente criticado por entidades de classe. No entanto, em pouco tempo ganhou a aprovação popular e dos prefeitos. Para agradá-los, pouco antes do processo de impeachment, a presidente afastada Dilma Rousseff editou uma Medida Provisória, aumentando o prazo de permanência por mais três anos.
Quando assumiu o posto, Barros afirmou a interlocutores achar que a medida poderia prejudicar brasileiros. A sua expectativa é fazer uma redução gradual dos cubanos. Mas essa estratégia é externada apenas para integrantes de sua pasta.
Créditos: A Tarde

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Redução de velocidade diminuiu acidentes e lentidão em SP

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O trânsito de São Paulo-SP está mais seguro nas marginais Tietê e Pinheiros, segundo dados apresentados ontem (19), na prefeitura, pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). As informações se referem às quatro semanas posteriores à implementação da redução da velocidade. Os acidentes com vítimas (mortos e feridos) foram reduzidos em 29% entre 20 de julho e o último dia 14, comparados com igual período de 2014. 

Foram 110 ocorrências no ano passado, ante 78 em 2015. Os acidentes sem vítima caíram 20%, de 272 para 217. Os índices de lentidão caíram 10% na média diária nos dois horários de pico. Pela manhã, a queda foi de 3% e, no período da tarde, de 21%. No período entre picos, houve aumento de 8%. “O que vemos é que há um conforto para quem está circulando nas marginais de pelos menos 10%”, disse o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto.
O prefeito Fernando Haddad (PT) afirmou que os dados de São Paulo são mais positivos do que os de outras cidades que adotaram a medida, como Paris, onde a redução dos acidentes foi de 15%. “Os dados já são muito significativos, mas precisamos aguardar a evolução ao longo do tempo, para verificar se esse comportamento se mantém e se esses indicadores, inclusive, melhoram. Nosso esforço será de melhorar esses indicadores. São Paulo tem um índice de mortes no trânsito bastante expressivo, com três ou quatro mortos por dia, e isso não é uma coisa aceitável. A melhor literatura sobre o assunto recomenda e garante que, com a redução da velocidade máxima, você melhora a fluidez e diminui o número de acidentes”, disse.
“Com a redução da velocidade máxima, melhora a fluidez e diminuem os acidentes, uma coisa tem a ver com a outra. Quando há um pequeno acidente, perde-se uma faixa de rolamento, o que afeta o trânsito”, explicou Haddad. Ele reiterou que a prioridade para a prefeitura é a redução de acidentes, mas lembrou que há o lado positivo de poder juntar os dois fatores. “Estamos combinando uma funcionalidade melhor com mais segurança.”
Também houve redução de 25% nos acidentes com mortes, e de 67% nos atropelamentos no período. “Já tínhamos uma percepção e dados de diminuição de acidentes em outros locais que fizemos redução para 50 km/h ou para 40 km/h. Por exemplo, na região central, do ponto de vista de acidentes com vítimas e mortes, caiu 71%", disse Tatto.
Créditos: Rede Brasil Atual