domingo, 14 de agosto de 2016

Temer corta 45% dos recursos das universidades públicas

O governo federal deve cortar até 45% dos recursos previstos para investimentos nas universidades federais em 2017. Serão cerca de R$ 350 milhões a menos em investimentos para as 63 federais. Em 2016, os investimentos previstos são de R$ 900 milhões. O corte afeta os estudantes universitários, mas não só. A pesquisa científica é fundamental para o desenvolvimento de um país, sem falar na educação como um instrumento de inclusão social.
A previsão de recursos para 2017 foi publicada no Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle, portal do Ministério da Educação (MEC) que trata do orçamento. Os valores devem ser incorporados ao Projeto de Lei Orçamentária Anual, que o Executivo enviará ao Congresso Nacional até o fim de agosto. O valor estimado para custeio deve ter queda de cerca de 18%.
Créditos: Alerta Social

Cunha ameaça Temer

247 - O interino Michel Temer é refém de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, que ainda representa o maior risco à continuidade do governo provisório.
Em sua coluna deste domingo, o jornalista Lauro Jardim retrata Cunha como praticamente um sócio de Temer, que ameaça o antigo parceiro sobre revelações a respeito de viagens e negócios em comum.
Leia a nota:
Eduardo Cunha não pretende morrer sem atirar. Na semana passada, um emissário do notório deputado conversou com Temer no Palácio do Jaburu. O recado que Temer ouviu pode ser resumido na espécie de parábola que foi transmitida a ele pelo emissário. "Michel, o Eduardo me disse: 'Era uma vez cinco amigos que faziam tudo juntos, viajavam, faziam negócios... Então, um virou presidente, três viraram ministros e o último foi abandonado'... E que isso não vai ficar assim." Temer, de acordo com o relato que Cunha tem feito a pessoas muito próximas, respondeu: "Ele sabe que estou tentando ajudá-lo."
Os três ministros citados na nota são Eliseu Padilha, Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves, já defenestrado.
Temer, de fato, está ajudando – o que fica evidente com as manobras do Palácio do Planalto, em sintonia com Rodrigo Maia (DEM-RJ), para adiar indefinidamente a cassação de Cunha.
Créditos: WSCOM

Partidos buscam doações pela web para socorrer finanças dos candidatos

Dirigentes de partidos têm orientado os candidatos para o uso das redes sociais, além da divulgação de propostas e agendas, com o objetivo de incentivar doações de militantes para a disputa municipal deste ano. A necessidade de buscar alternativa se deve à proibição, a partir deste pleito, da doação empresarial para campanhas eleitorais, segundo decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).
A maioria dos dirigentes ouvidos considera que a busca de apoio financeiro deve ficar a critério de cada candidato. Mas alegaram que o meio online de adquirir recurso é uma ótima estratégia para enfrentar a redução de custos definida para este pleito. Com as doações permitidas apenas por pessoas físicas, o jeito é apelar para que os candidatos possam arrecadar o máximo permitido de dinheiro.
O presidente do Diretório do PSD na Capital, Lucélio Cartaxo, disse apostar nas redes sociais como a melhor alternativa. Porém, ele alegou ter consciência de que, caso as doações não aconteçam, a campanha deve ser feita ‘corpo a corpo’, visitando os bairros da cidade, o que de acordo com o dirigente, não vai trazer praticamente nenhum gasto financeiro.
O presidente do Diretório Municipal do Democratas, Raoni Mendes, considerou que a contribuição através das redes sociais pode ser uma ótima forma para driblar as dificuldades. Principalmente para os candidatos que pretendem disputar sem o mínimo de recurso necessário para desenvolver uma boa campanha. “Os assessores jurídicos de vários partidos em algumas cidades tem estimulado os postulantes a um mandato investirem nas doações via internet. Nós pedimos apenas que todos fiquem atentos para realizar a estratégia de forma correta, para que não tenham problemas com a Justiça Eleitoral”, disse o dirigente.
Além da proibição da doação empresarial às campanhas pelo Supremo, outros temas relacionados às disputas eleitorais foram modificados, como por exemplo, o período da campanha, que caiu de 90 para 45 dias – com isso, a propaganda eleitoral terá início já na próxima terça-feira. PorAlexandre Kito / Correio da Paraiba.
Créditos: Focando a Notícia

sábado, 13 de agosto de 2016

Reforma trabalhista de Temer pode acabar com 13º e férias

Desde que o golpe começou a ser arquitetado, a CUT afirma que o alvo principal dos golpistas é classe trabalhadora. De acordo com o jornal O Globo, o alerta cutista pode se confirmar nos próximos dias. Isso porque, o governo ilegítimo de Michel Temer deve anunciar uma reforma trabalhista que prevê flexibilização de diversos direitos.
Segundo O Globo, estão no alvo de Michel Temer os direitos assegurados pela  Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O 13º salário, férias, adicional noturno, licença-paternidade e salário mínimo são alguns dos benefícios que podem ser atingidos.
De acordo com o projeto, todos os itens listados poderiam ser negociados entre trabalhadores e empresários promovendo uma nova realidade nas relações trabalhistas. Após alterados em acordos coletivos, as novas regras não poderiam ser derrubados na Justiça. “Quando eles falam do negociado sobre o legislado, na verdade querem apenas abrir uma porteira por onde vamos perder um século de direitos conquistados”, alerta Graça Costa, secretária de Relações do Trabalho da CUT.
Direitos assegurados pela Constituição estariam, por enquanto, garantidos, já que somente através de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) se pode alterar o seu texto. Mesmo assim, Graça Costa pede cautela.
“Hoje, eles têm maioria consolidada no Congresso, estamos correndo um risco enorme. Qualquer proposta que for encaminhada pode ser aprovada. A classe trabalhadora precisa despertar antes que seja tarde”, explica Graça.
O único caminho, segundo a dirigente Cutista, para barrar as propostas que virão de Temer, é a rua. “Temos que parar o Brasil. Somente uma greve geral pode fazer esse governo ilegítimo recuar dessas medidas. Não é uma luta de categoria, é luta de classe”, finaliza.
Créditos: CUT

A agroecologia como antídoto à produção transgênica

O atual sistema político e econômico parece obedecer à lógica das bactérias dentro de uma “placa de Petri”. Esta é um recipiente achatado de vidro com nutrientes para bactérias. Quando estas pressentem que os nutrientes estão prestes a acabar, se multiplicam espantosamente para, em seguida, todas morrerem.

Algo parecido, a meu ver, está ocorrendo com o sistema do capital. Ele está se dando conta de que, devido aos limites intransponíveis dos recursos naturais e da ultrapassagem da pegada ecológica da Terra, pois precisamos já agora de um pouco mais de um planeta e meio (1,6) para atender as demandas humanas, ele  não terá mais condições, no futuro, de se auto reproduzir. E não há outra alternativa, como advertiu o Papa em sua encíclica Laudato Si senão ter que mudar de modo de produção e de consumo e ter que cuidar da Casa Comum, a Terra.

Qual a reação dos capitais produtivos e especulativos? À semelhança das bactérias da “placa de Petri” multiplicam exponencialmente as formas de lucro, acumulando cada vez mais e se concentrando de forma espantosa. Segundo dados publicados pelo economista L.Dowbor em seu site ((dowbor.org de 15/12/2015: A rede do poder corporativo mundial)), “apenas 737 principais atores (top-holders) detém 80% do controle sobre o valor de todas as empresas transnacionais.”

O poder econômico, político e ideológico que se esconde atrás destes dados é espantoso. Adorador do ídolo dinheiro, este sistema se torna, no dizer do Papa no avião de regresso da Polônia, como  “o verdadeiro terrorismo contra a humanidade”.

Será que o sistema, inconscientemente, não está pressentindo como as referidas bactérias, de que pode desaparecer, caso não mudar? E ousa mudar?

Não pensem os leitores/as que esta situação isenta a sétima economia do mundo, o Brasil. Pertence à “estupidez da inteligência brasileira” no dizer de Jessé Souza não inserir esse dado geopolítico nos debates sobre o impeachment e sobre a economia nacional, como por exemplo vem sendo feita há anos no programa Painel da Globonews. Aí domina soberanamente o neoliberalismo. A ecologia e os movimentos sociais não existem para esse programa.

O real problema é esse: com o PT, Lula e Dilma, o sistema mundial não consegue enquadrar o Brasil na lógica predadora do capital globalizado. O povo e os pobres, diz-se, ganham demais em prejuízo do mercado e das grandes corporações nacionais articuladas com as transnacionais. Por isso há que se dar um golpe, sob qualquer forma, na democracia para assim liberar o caminho para a acumulação dos endinheirados. As políticas do vice-presidente Temer visam um desmonte completo das políticas sociais do governo Lula-Dilma. O Ministério de Desenvolvimento Agrário foi extinto. A Secretaria da Economia Solidária virou um departamento, chefiado por um policial.

Mas onde há poder, existe também um anti poder. Por todos os lados no mundo estão se reforçando as resistências ao capitalismo insustentável que não consegue mais dar certo sequer nos países centrais.

É neste contexto, como antídoto, que entra  a agroecologia, a produção orgânica e o surgimento de cooperativas agrícolas sem pesticidas e transgênicos.

Entre os dias 27 e 30 de julho de 2016 ocorreu em Lapa-Paraná a 15º Jornada de Agroecologia, reunindo mais de três mil participantes de diferentes regiões do Brasil  e de outros sete países. A tema central era a preservação das sementes crioulas, criando bancos e casas de sementes contra o assalto das grandes corporações, como a Monsanto e a Syngenta entre outras.Estas procuram tornar estéreis as nativas para obrigar os camponeses a comprar suas sementes geneticamente modificadas.

Sabemos que as sementes constituem um bem comum da humanidade e não podem ser apropriadas por interesses privados. O acesso às sementes estabelece um direito humano básico, ferido pelas poucas transnacionais que controlam praticamente todas as sementes. Para que a vida continue a reproduzir-se é fundamental defender a riqueza ecológica, patrimonial e cultural das sementes. Curiosamente,  Cuba ocupa, na agroecologia, o primeiro lugar no mundo e na criação de cooperativas em todos os âmbitos. É a forma pela qual o socialismo evita ser absorvido pelo capitalismo.

Era comovente assistir na “mística”final da Jornada, a troca de sementes e de mudas de plantas entre todos os presentes. Havia muitas crianças, jovens, indígenas, homens e mulheres que lutam pela vida sã para todos, contra um sistema anti vida. Eles carregam a esperança de que o mundo pode ser sadio e melhor. Por Leonardo Boff*
Créditos:MST

Marcelo Odebrecht prepara Delação Bomba

247 - O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato, suspendeu nesta sexta-feira (12), por duas semanas, a ação penal contra executivos da Odebrecht. A suspensão ocorreu depois da notícia de que acusados estariam negociando "acordos de colaboração". A informação é de que Marcelo Odebrecht e executivos estaria discutindo com o Ministério Público Federal uma delação em que vão confessar envolvimento na corrupção descoberta na Petrobras.
“Encerrada a instrução, é o caso de designar os interrogatórios dos acusados. Ponderou, porém, o Juízo que há notícia de que alguns acusados, inclusive todos os presos por este processo, estariam negociando alguma espécie de acordo de colaboração, o que pode ser determinante para a posição que adotarão em seus interrogatórios nesta ação penal”, registrou Moro. “Nesta condição, com a concordância das defesas, resolvo suspender a ação penal por duas semanas”, complementou.
No processo, Odebrecht e executivos do grupo são réus por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, decorrente da descoberta de um departamento oficial de propinas na empresa. Moro afirma que, embora o Ministério Público Federal “tenha se manifestado no sentido de que suspensão não seria necessária”, o processo que está em fase final ficará suspenso. “Ao cabo de duas semanas, reavaliarei”, reiterou.
Créditos: WSCOM

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Temer corta 60% das verbas e UFPB fica sem bolsas na pós

O presidente interino Michel Temer cortou verbas da UFPB e a instituição perdeu 74 bolsas de pós-graduação e 124 bolsas de iniciação científica. 
Em entrevista ao ‘Fala, Paraíba’, a reitora Margareth Diniz contou que o contingenciamento de verbas para este ano chega a 60% no quantitativo de capital e 20% nas verbas de custeio.

Conforme a reitora, os cortes fazem parte de um plano de privatização das universidades federais brasileiras. Ela alertou para o risco de aprovação da PEC 241, que tira do Governo a obrigatoriedade de aplicação de um valor mínimo nas áreas de saúde e educação.  Para ouvir a entrevista na íntegra, clique no alto-falante ao lado do título desta matéria. Fonte: RÁDIO TABARAJA
Créditos: Polémica PB