terça-feira, 16 de agosto de 2016

Carta de Dilma deve ser divulgada nesta terça

A presidenta afastada Dilma Rousseff deve divulgar nesta terça-feira (16) uma carta à população propondo a realização de plebiscito sobre a convocação de eleições presidenciais antecipadas. O documento tem sido estudado nos últimos dias por Dilma e aliados, inclusive parlamentares, e será um dos últimos posicionamentos dela antes do julgamento final do processo de impeachment.
A previsão é que a presidenta convoque uma coletiva de imprensa no Palácio da Alvorada para explicar os argumentos que vai expor na carta, principalmente classificando o processo contra ela de "golpe".
Na semana passada, 59 senadores votaram pela aceitação do parecer que dá continuidade ao processo. Com isso, o julgamento de Dilma por crime de responsabilidade terá início no próximo dia 25, uma quinta-feira. De acordo com parlamentares petistas, a presidenta não adotará um tom de despedida na carta. Segundo o senador Humberto Costa (PT-CE), ela fará no documento uma avaliação da conjuntura atual e dirá quais seriam as consequências caso seja definitivamente impedida. (EBC).
Créditos: WSCOM

Projeto permite que detentos cultivem frutas e verduras em presídio

Detentos cultivam verduras
Um projeto de ressocialização que vem sendo realizado dentro do Presídio Padrão de Campina Grande está trazendo mais qualidade na alimentação e oportunidade de ocupação de tempo para os apenados da unidade. No local, eles cultivam frutas, verduras, legumes e ajudam no tratamento de animais que são criados em um terreno do complexo. Segundo o diretor do presídio, Lenni Sucupira, o projeto começou a dar frutos logo nos primeiros dias, com o tratamento do solo e a percepção dos apenados de que a iniciativa vem servindo para que eles tenham uma nova chance.

“A gente vem desenvolvendo essas ações tanto para melhorar a alimentação dos apenados, que comem o que eles plantão e cuidam, como para poder ocupar melhor o tempo ocioso que eles passam aqui na unidade. O plantio é feito dentro da dependência do presídio. São frutas, verduras e legumes colhidos e servidos nas refeições”, disse Lenni Sucupira.
Ainda segundo o diretor, os apenados também auxiliam no tratamento e cuidado de alguns porcos criados em um terreno próximo ao complexo penitenciário. Lá, eles alimentam e limpam os animais e o local de criação.

“Algumas pessoas não gostam dessas ações e acham errado quando colocamos presos para trabalhar. Assim como as frutas e verduras, os porcos são muito bem cuidados. Temos a intenção de ampliar essas ações e trazer carneiros e outros animais para que os apenados possam passar mais tempo em atividades que vão possibilitar uma chance para que quando eles saiam pelo menos possam desenvolver essas mesmas atividades como trabalho formal”, afirmou o diretor. Por Halan Azevedo
Créditos: Portal Correio

1,7 milhão de pessoas cancelarem o plano de saúde

Em um ano, cerca de 1,7 milhão de pessoas deixaram de ter plano de saúde no Brasil. É praticamente um cancelamento para cada vaga formal fechada, segundo o saldo de contratações e demissões do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), com 1,76 milhão. De acordo com balanço de julho divulgado ontem pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), o país tem 48,35 milhões de beneficiários, contra 50,05 milhões no mesmo mês do ano passado. Com esses dados, o setor voltou ao patamar de 2013 e perdeu, em um único ano, o que tinha ganhado em dois, uma vez que, de 2013 para 2015, foram feitos cerca de 1,8 milhão de novos contratos.
Com base na comparação trimestral encerrada em junho, feita pela ANS, essa é a primeira queda anual desde 2000, quando a agência começou a fazer o levantamento. Ainda nessa base de resultados, o Brasil registrou aumento no total de usuários de planos de saúde durante 15 anos consecutivos.
O professor de economia do Ibmec Felipe Leroy diz que a redução do número de beneficiários dos planos de saúde é fruto da crise econômica vivida pelo país. “A renda e o emprego estão caindo, e isso tem impacto no orçamento. Só que, se antigamente, as pessoas cortavam o supérfluo, com o agravamento da crise, elas passaram a cortar o essencial”, observa.
Os planos de saúde no país perderam clientes pelo 13º mês seguido em julho, conforme dados divulgados ontem pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O segmento chegou a julho com 48,35 milhões de beneficiários no Brasil, o que representa uma queda de 0,32% ante a um total de 48,51 milhões de pessoas no mês anterior. Na passagem de junho para julho, 156,5 mil beneficiários deixaram de ter plano de saúde no Brasil.
Créditos: O Tempo

Descoberta de uma nova forma de luz

Uma equipe de físicos liderada por Vincenzo Giannini, do Imperial College London, no Reino Unido, disse ter encontrado uma forma de luz nunca antes vista, produzida por fótons de ligação (partículas de luz) em elétrons individuais.

 A descoberta, que segundo Giannini terá grande impacto na forma como concebemos a luz, servirá para apontar maneiras mais simples para construção de computadores quânticos no futuro, bem como mostrar que é possível combinar propriedades de fótons e elétrons em uma única partícula "Frankenstein".
Não é incomum que fótons cheguem perto de elétrons – em materiais normais, os fótons interagem com muitos deles, na superfície e dentro da estrutura molecular. No entanto, a ideia dos pesquisadores era descobrir o que aconteceria se os fótons pudessem se ligar com apenas um elétron.
Assim, a partir de uma classe recentemente descoberta de materiais – chamados isoladores topológicos – eles modelaram o comportamento da luz que brilhou em toda a superfície. Então, descobriram que os fótons não só poderiam interagir com um único elétron, mas o resultado também ajudaria a combinar as propriedades de ambos.
Descobertos em 2007, os isoladores topológicos são os únicos materiais que não conduzem corrente elétrica através da maior parte de sua estrutura, mas sim ao longo de sua superfície. Os físicos britânicos modelaram uma única nanopartícula – uma pequena esfera inferior a 0,00001 milímetros de diâmetro – feita a partir de um isolador topológico. Logo, eles conseguiram simular o que aconteceria se um flash de luz irradiado pela nanopartícula colidisse com o único elétron.
O fato de a partícula combinar propriedades de fótons e elétrons, parece mudar a forma como ela se move pela superfície do material, algo que de acordo com os especialistas é especialmente interessante.
 A luz normalmente viaja em linha reta, mas quando ligada a um único elétron, ela poderia seguir o caminho do elétron ao longo da superfície do material. E, enquanto os elétrons normalmente param quando encontram um condutor ruim, a adição de fótons permitiria a partícula acoplada continuar em movimento”, explicou o jornalista Joseph Dussault, do The Christian Science Monitor.
Logo, ser capaz de controlar o movimento dos fótons poderia ter um grande impacto na corrida mundial de construção de computadores quânticos. Agora, a equipe tem a intenção de mostrar seu modelo teórico e realizar experiências laboratoriais. Para isso, eles recrutaram alguns físicos experimentais especialistas no assunto. Os resultados do estudo foram publicados na revista Nature Communications.
Science Alert / Foto: Reprodução / Vincenzo Giannini )
Créditos: Jornal Ciência

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Agrotóxicos deixam rastro de câncer e morte pelo interior

agrotoxico
Cidades médias e pequenas do interior do estado de São Paulo, localizadas em meio a grandes extensões de terra com monocultura da cana e banana, entre outras, apresentam taxas de incidência de malformações congênitas e diversos tipos de câncer acima da média estadual.
Em Ribeirão Corrente, na região de Franca, o índice de malformações é 26 casos para grupos de 100 mil nascidos vivos – mais de três vezes maior que a do estado, que é de 8.2. Em Sandovalina, na região do Pontal do Paranapanema, onde há ocupação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o índice é 21. Na cidade de São Paulo, totalmente urbanizada, a taxa é de 9.5.
"Em Franca, uma mulher que engravida tem 50% a mais de chances de ter um filho com malformação do que uma moradora de Cubatão, por exemplo. E nem precisa ser agricultura. Está comprovado por estudos que em 70% dos casos de malformação congênita as causas são ambientais", diz o defensor público Marcelo Novaes, da Defensoria Pública do Estado de São Paulo em Santo André, no ABC Paulista.
A incidência de câncer também é alta na zona rural. Em Bento de Abreu, na região de Araçatuba, há 18 óbitos por câncer cerebral para cada 100 mil habitantes. A taxa estadual é 6.6. "Essas cidades pequenas são fronteira entre o urbano e rural. Você sai da igreja matriz e já está numa plantação de cana, onde há pulverização aérea ou por tratores", diz o defensor.
Ainda segundo ele, as taxa de mortes causadas por câncer de fígado é de 6.94 por 100 mil pessoas no estado, de 7.43 na capital paulista e de 20 em Turmalina, na região de São José do Rio Preto. Quase três vezes mais. "São cidades pequenas, com menos de 20 mil habitantes. Temos uma tragédia no interior paulista. As pessoas estão morrendo pelo veneno. Se antes se fazia excursão para o Paraguai, para compra de muamba, ou para Aparecida, para rezar na catedral, hoje se faz aos centros oncológicos", compara.
Novaes se baseia no Observatório de Saúde Ambiental, uma plataforma de dados completos sobre utilização de agrotóxicos no estado, os tipos, as regiões, as culturas onde são empregados, bem como grupos populacionais afetados por doenças reconhecidamente desencadeadas pela exposição a esses produtos. O site interativo, que permite a criação de mapas em que é possível visualizar a distribuição das informações sobre o território paulista, foi desenvolvido por professores da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
"O mapa mostra o rastro de câncer em cidades em torno da via Anhanguera afora. Basta checar", aponta Novaes, destacando que a Secretaria Estadual de Saúde, porém, nega todas essas evidências.
Conforme ressaltou ainda, o problema das pequenas cidades de São Paulo se repete no Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Paraná e outros estados com grandes áreas onde o agronegócio se instalou. Por isso, conforme acredita, agrotóxicos não deve ser tema limitado aos ambientalistas, e sim de conselhos tutelares, de defesa dos direitos da pessoa com deficiência, das mulheres e de toda a sociedade. "Precisamos fazer uma análise conjuntural desse projeto assassino que está em gestão em nosso país", alerta.
Para Marcelo Novaes, a realidade dos agrotóxicos constitui a espinha dorsal de um "sistema excludente e prospectório da vida e da natureza". E o avanço de projetos nocivos como o PL do Veneno, o PL 3.200/15, ocorre numa perspectiva não de mudanças, mas de retrocessos. "No arcabouço jurídico, há o direito dos códigos que conversa com os poderosos e o direito da prática que oprime os oprimidos, ou seja, a população. A engenharia disso é o ilegal que para os poderoso passa a ser legal", diz.
"É por isso que são autorizados o corte de árvores centenárias, num prejuízo ambiental irreversível, sem um plano de manejo. É por isso que a mineradora Samarco matou um rio, as praias e continua com todo o vazamento; que há falta água em São Paulo enquanto a Sabesp paga dividendos aos acionistas, que o Código Florestal tão discutido com a sociedade está sendo esculachado aqui em São Paulo, fora a privatização de áreas florestais, que permite a extração de madeira. E a população se vê diante da ameaça crescente dos agrotóxicos", aponta.
"O ilegal passa a ser legal e há apropriação do bem público pelo privado num processo de mudança das regras do jogo em pleno jogo. É como se, num jogo de xadrez, o cavalo passasse a ser movimentado como se fosse um bispo, uma torre. A gente vai ter de encarar isso." Marcelo Novaes participou da audiência pública promovida, em São Paulo, pelo mandato do deputado federal Nilto Tatto (PT-SP). O parlamentar integra a comissão especial da Câmara que analisa o PL3.200/2015.
Créditos: Rede Brasil Atual

Temer confirma que pediu dinheiro a Marcelo Odebrecht

Em entrevista publicada nesta segunda-feira (15), pelo site Antagonista, ele confirma que pediu dinheiro a Marcelo Odebrecht no Palácio do Jaburu. O motivo: o partido o pressionava para obter recursos.
"Eu já confirmei que jantei com Marcelo Odebrecht, no Jaburu, em 2014. Como é natural, o partido me pressionava para obter recursos para os seus candidatos. A Odebrecht contribuiu? Claro que sim. Está tudo registrado. Foram mais de 10 milhões de reais, dentro da lei. 
Sei que muitos podem não acreditar, dado o momento terrível que vivemos, mas não tenho conhecimento sobre dinheiro dado em espécie ao partido. E, sinceramente, acho improvável que isso tenha ocorrido. A minha preocupação é institucional, não jurídica", disse ele.
Em seu primeiro depoimento visando a uma delação premiada, Marcelo Odebrecht afirmou que doou R$ 10 milhões em dinheiro vivo, a pedido de Temer. Disse ainda que tais recursos não foram contabilizados e saíram pelo caixa dois da empreiteira. Do bolo, R$ 4 milhões teriam sido entregues em dinheiro vivo a Eliseu Padilha, atual chefe da Casa Civil.
Em sua entrevista, Temer também tentou se blindar em relação à ação, movida pelo PSDB, que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, alegando que as contas são separadas. No entanto, os ministros da corte eleitoral têm dito que será impossível condenar Dilma e preservar Temer. Eis o que disse o interino:
"Creio que o TSE vai separar o julgamento das minhas contas de campanha do das contas da presidente afastada. Foram duas campanhas com captações de recursos distintas, como manda a lei. Basta ir à Constituição para verificar que a figura do vice-presidente é apartada da do presidente, ele não é um apêndice. A tese de "arrastamento" viola o preceito constitucional segundo o qual nenhuma pena passará da pessoa do condenado. É como condenar por atropelamento alguém que estava sentado ao lado do motorista na hora do acidente". Fonte: Brasil 247
Créditos: WSCOM

Cartórios passam a autenticar documentos para uso em 112 países

Os cartórios brasileiros começam a autenticar documentos emitidos no Brasil para serem reconhecidos nos 112 países signatários da Convenção da Haia. A novidade foi tema de solenidade desta segunda-feira (15) no 17º Tabelião de Notas, em São Paulo.
“Essa adesão à convenção representa um passo importante para diminuirmos o custo Brasil. Vamos aumentar a nossa competitividade, vamos nos inserir, definitivamente, nesse mundo globalizado, com rapidez e eficiência. Vamos aumentar também o intercâmbio cultural e educacional”, disse o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski.

Entre os documentos a serem autenticados estão certidões de nascimento, diplomas, certificados, procurações e escrituras. Dados do Ministério das Relações Exteriores apontam que o total de legalizações de documentos desse tipo por ano no país e na rede consular chega a 1,5 milhão.
Pelo processo antigo, o interessado precisava reconhecer firma em cartório, depois autenticar o reconhecimento de firma perante o Ministério das Relações Exteriores e, por último, reconhecer essa autenticação na embaixada ou consulado do país para onde vai o documento.

Com a mudança, o processo passa a ser feito em cartório, na cidade de origem do interessado, em apenas 10 minutos. “A grande vantagem é que o cidadão que precisa autenticar um documento para que possa valer no exterior não precisa se deslocar para as grandes capitais. Ele vai a um cartório que esteja aparelhado com o sistema”, explicou o ministro. “Hoje, nós temos um sistema e documento único, o selo emitido pela Casa da Moeda, imune a qualquer tipo de falsificação, um grande avanço”, finalizou o presidente do Supremo Tribunal Federal.
Créditos: Portal Correio