Pesquisadores brasileiros estão desenvolvendo há mais de dois anos uma vacina que pretende eliminar a dependência de cocaína, projeto, que está em fase de testes com animais. "Desenvolvemos uma molécula que estimula a produção de anticorpos contra a cocaína no sistema imunológico", afirmou o professor Angelo de Fátima, do departamento de Química Orgânica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), um dos responsáveis pela pesquisa.
"Esses anticorpos capturam a cocaína, impedindo-a de chegar ao cérebro, e reduzem os efeitos euforizantes da droga, o que leva o usuário a perder interesse" no seu consumo, explicou o acadêmico.
De Fátima lembrou que nos Estados Unidos há pesquisas nesse mesmo sentido, mas com moléculas diferentes.
"Nossa molécula é distinta da americana. A nossa carece da parte proteica", declarou, sem revelar o nome da substância utilizada, pois esta "ainda não foi patenteada". Segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), o consumo de cocaína no Brasil é quatro vezes maior que a média mundial. Diante disso, a vacina é uma estratégia promissora para o tratamento do vício. A princípio, a vacina só será usada por pacientes altamente motivados a parar de tomar drogas, para a prevenção do abuso de cocaína por crianças e adolescentes, ou na luta contra o crack.
Créditos: G1
terça-feira, 6 de setembro de 2016
Bancários confirmam greve geral em todo o país
Bancários de todo o país entram em greve nesta terça-feira (6), depois de rejeitar a proposta oferecida pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). As reivindicações incluem reajuste salarial, reposição inflacionária de 5%, antecipação e reajuste na participação dos lucros, aumento do piso salarial, aumento do vale-alimentação, melhores condições de trabalho e plano de carreira. A greve, que será realizada em todo o território nacional, terá as condições definidas em assembleia em Brasília.
Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito, Lourenço Prado, o movimento tem prazo indeterminado e não prejudicará a população. "A greve é nacional e com prazo indeterminado, porém os caixas vão continuar funcionando e os correspondentes bancários também funcionam normalmente. A população não será afetada, os clientes especiais poderão ser atendidos conforme acordo com o sindicato. Não queremos trazer prejuízo à população, só vamos reivindicar nossos direitos. "
Prado disse ainda que a proposta apresentada está abaixo da inflação do período, que é de 9,57%. O pedido da categoria é de pelo menos 5% de aumento real. "Nossa reivindicação é de pelo menos 15% de reajuste salarial. O que eles oferecem é 2,8% abaixo da inflação do período", disse.
A proposta da Fenaban, rejeitada pela categoria, é de reajuste de 6,5% (para uma inflação de 9,57%) e abono de R$ 3 mil, que não incide sobre os salários, nem sobre o FGTS, as férias ou o décimo terceiro. Fonte: EBC/247
Créditos: WSCOM
Operação Lava Jato completa dois anos e nem um político julgado
A Operação Lava Jato completou no último domingo (28) dois anos sem nenhum político condenado e só dois parlamentares réus em ações penais que estão ainda em fase inicial de julgamento no Supremo Tribunal Federal. A Lava Jato saiu às ruas em março de 2014, seis meses antes de chegar ao STF. Desde então, o juiz federal responsável pelasações da primeira instância, Sergio Moro, já decidiu por 106 condenações.
Em resposta a 45 acusações criminais do Ministério Público Federal contra 226 pessoas, em 21 casos (46% do total) Moro expediu sentença. A situação é bem distinta no âmbito da Procuradoria-Geral da República e do Supremo, responsáveis pelos casos que envolvem autoridades com foro privilegiado.
A história da Lava Jato no STF começou em agosto de 2014, após depoimentos do ex-diretor de da Petrobras Paulo Roberto Costa à PGR. Ele levantou suspeitas sobre mais de duas dezenas de parlamentares. O doleiro Alberto Youssef fechou sua delação premiada no STF em dezembro do mesmo ano. Em março de 2015, a PGR apresentou ao relator da Lava Jato no STF, Teori Zavascki, a primeira lista de políticos que deveriam ser investigados. Foram 28 pedidos de abertura de inquérito e sete pedidos de arquivamento.
De lá para cá, mais 39 acordos foram homologados. Zavascki expediu 162 mandados de busca e apreensão. Toda a investigação já gerou 81 inquéritos que investigam 364 pessoas que detêm ou não foro privilegiado, sendo 54 parlamentares, além de ministros do TCU (Tribunal de Contas da União) e a ex-presidente Dilma Rousseff.
Até a semana passada, a PGR havia entregue ao STF 14 denúncias que atingiram 45 pessoas. Só três foram acolhidas pelo STF: duas contra o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e uma contra o deputado Nelson Meurer (PP-PR). Um dos atrasos mais notáveis é o que trata da denúncia contra o ex-presidente Fernando Collor (PTC-AL). O último dia 20 de agosto marcou um ano sem que o STF consiga dizer se a denúncia da PGR deve ou não se transformar em ação penal.(UOL).
Créditos: Focando a Notícia
Golpe parlamentar foi uma surpresa para a ciência política brasileira, dizem especialistas
No mesmo dia em que o golpe contra a presidenta eleita Dilma Rousseff foi consumado com 61 votos no Senado Federal, o 10º Encontro da ABCP (Associação Brasileira de Ciência Política), em Belo Horizonte (MG), debateu a crise política brasileira e o papel da ciência política. Uma visão apresentada por quase todos os debatedores era a surpresa do que acabara de acontecer no país e de que quase ninguém poderia imaginar que o Brasil passaria pelo que chamaram de “ruptura institucional”.
O professor e cientista político Fabiano Santos, da UERJ, explicou que mesmo em 2015 nenhum diagnóstico poderia prever que a presidenta Dilma seria destituída. “Nenhum diagnóstico em 2015 imaginava que a elite política poderia se aventurar em um processo dessa natureza. Ao contrário, o diagnóstico dominante era em todas as perspectivas e em todas as análises apontava para a solidez institucional do Brasil”, disse.
“Mesmo aqueles que defendem a legalidade do processo têm que concordar que grande parte da comunidade considera que a democracia está sendo atacada. E é algo que precisa ser debatido e não apenas vida que segue”, completou.
Segundo sua análise, mesmo as forças internacionais que, segundo ele, jogaram a favor da desestabilização econômica do segundo governo Dilma, nunca “endossaram” a destituição da presidenta. “Se a economia e o mercado jogaram pela desestabilização do segundo governo Dilma, diante de uma situação de crise, por outro lado, em nenhum momento, os organismos multinacionais, formadores de opinião, endossaram a opção tomada pelas elites de derrubar o governo para lidar com a crise”, concluiu. Já para o professor Brasílio Junior, da USP, o governo Dilma foi marcado por crises desde sua posse, em 2015, quando perdeu a eleição da presidência da Câmara para o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
“O segundo governo Dilma foi marcado desde a posse por uma acentuada instabilidade política. Não é de pouca importância que o governo mal começou e foi derrotado na disputa pela Presidência da Câmara e em seguida foi tão grande a dificuldade de lidar com o Congresso que se substitui no começo de abril o articulador político pelo vice-presidente da República”, afirmou.
Apesar de chamar o impeachment de um “golpe parlamentar”, o professor Luís Felipe Miguel, da Universidade de Brasília (UnB), disse que o processo só foi possível por uma articulação de forças importantes no poder brasileiro.
“Esse golpe não é só parlamentar, ele foi viabilizado pela ação de inúmeros setores. Com destaque para setores importantes, como o aparelho repressivo do Estado, a Polícia, o Ministério Público, o Judiciário e também com destaque para a participação da mídia em sua esmagadora maioria”, disse.
Para ele, a destituição de Dilma foi vista pelos que foram derrotados nas urnas como uma oportunidade para implantar políticas que foram derrotadas nas eleições de 2014.
“O golpe aparece como uma janela de oportunidades para os que foram derrotados nas urnas ocupassem o governo. E o mais importante para que políticas derrotadas nas urnas fossem implantadas de forma acelerada. Políticas de retração dos direitos, políticas de entreguismo e políticas de redução no investimento social”, completou.
O presidente da ABCP, Leonardo Avritzer, acredita que o processo de impeachment já pode ser chamado como o “final da nova república”, que ele entende como um arranjo institucional e um pacto em que havia forças no Legislativo que permitiam a presença de um governo de centro-esquerda.
“O impeachment é o fato mais importante desde a promulgação da Constituição de 1988, acho que o impeachment marca o que poderíamos denominar de o final da Nova República” disse. Avritzer chamou atenção também para a lei do impeachment, datada de 1950, que segundo ele, não define exatamente o que é um crime de responsabilidade.
“Vivemos atualmente o ciclo de uma combinação perversa entre instituições que não funcionam e ao mesmo tempo legislações que na minha opinião são equivocadas. Eu chamo a atenção para a lei do impeachment, de 1950, que é uma lei muito ruim. Uma lei que define amplamente o que é crime de responsabilidade”, completou.
Durante a mesa foram puxados alguns gritos de “Fora Temer” pelas pessoas presentes e houveram críticas também pela falta de presença de mulheres para debater a destituição de Dilma. O professor Avritzer se justificou dizendo que algumas mulheres foram convidadas, mas não puderam comparecer. Foto: Júlio Dalmaso/ABCP *O jornalista viajou a convite da ABCP.
Créditos: Revista Forum
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
Ato histórico reúne 100 mil pessoas contra Temer
Cerca de 100 mil pessoas reuniram-se na Avenida Paulista na tarde deste domingo (4), em ato contra o governo Temer, convocado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. O ato é também contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, disse em vídeo no Facebook que a mobilização é por Diretas Já – “queremos definir quem vai ser o presidente do Brasil e nenhum direito a menos, porque esse golpe é contra a maioria do povo brasileiro”.
“Não vamos admitir repressão policial, Michel Temer fez uma provocação barata, falando em 40 pessoas e a nossa manifestação com 100 mil é a resposta a essa provocação e à repressão policial. Ela não nos intimidará”, afirmou ainda, fazendo referência a entrevista de Temer, ontem (3), na Folha de S. Paulo, em que ele desqualificou as mobilizações contra seu governo: "São pequenos grupos, parece que são grupos mínimos, né? (...) Não tenho numericamente, mas são 40, 50, 100 pessoas, nada mais do que isso", afirmou o presidente, que cumpre agenda em encontro do G20, na China. Na sexta-feira (2) ele afirmou: "Quem muitas vezes se insurge, como um ou outro movimentozinho, é sempre um grupo muito pequeno de pessoas. Não são aqueles que acompanham a maioria dos brasileiros”.
Às 17h30, a manifestação começou a se deslocar no sentido da Consolação e deve seguir até o Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste, passando pela Avenida Rebouças. Apesar de até agora o ato ocorrer de forma pacífica, houve momento de tensão, quando uma fila de policiais militares começou a chegar ao local, acompanhada de vaias e gritos de frases como "Queremos o Fim da Polícia Militar e Fascistas". Um dos manifestantes arremessou uma garrafa em direção aos policiais e um dos policiais ameaçou responder, mas isso não aconteceu. Do caminhão de som, os organizadores pediram calma aos manifestantes, pedindo que não respondessem a provocações.
Andando ao lado de Boulos, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), disse que “estamos aqui porque São Paulo está virando o centro da resistência contra o governo Temer. A direita dizia que aqui era deles, e o que estamos vendo são passeatas quase que diárias. Agora, a forma com que a Polícia Militar, do governo Alckmin, mas organizado com Temer, porque a gente sabe que o Alexandre Moraes, ministro da Justiça, era o secretário de Segurança de São Paulo, então, todos eles querem na verdade assustar as pessoas”, disse Lindbergh.
Em entrevista ao Mídia Ninja, a cartunista Laerte Coutinho falou sobre as 'Diretas Já' durante a concentração em frente ao vão do Masp: “Não vejo a história como repeteco, não estou achando que é a mesma coisa. E aliás, a bandeira de eleições gerais não sei se é unânime também. Talvez ela seja meio prematura, cá pra mim, que a recusa ao governo golpista ainda não está madura para propor uma saída só, mas eu acho cabível, vamos lá, eleições gerais, agora eu não sei se é um sentimento generalizado. Acho que muita gente ainda está na posição de retomar o curso do mandato da presidenta Dilma, que foi também uma das pessoas que propôs uma consulta popular na direção de uma eleição geral”.
Créditos: Rede Brasil Atual Com Agência Brasil.
Cientistas criam vacina em spray contra hepatite B
Pesquisadores da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, em Portugal, desenvolveram um spray nasal para administrar vacinas genéticas contra a hepatite B, mais eficazes e menos custosas que as injetáveis.
O projeto, de especial interesse para países subdesenvolvidos e até o momento testado de forma positiva em ratos, é dirigido pelo Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra e poderia se extender à prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.
O objetivo, segundo informou a própria universidade, é criar uma vacina genética que seja mais vantajosa para países em desenvolvimento nos quais há falta de profissionais da saúde, como enfermeiros, que possam aplicar a vacina injetável.
Além disso, se eliminariam as complicações que podem ser geradas a partir da injeção, assim como as infecções que se originam pela reutilização das seringas.
O projeto, coordenado pela pesquisadora portuguesa da Universidade de Coimbra, Olga Borges, foi publicado recentemente na revista científica "Molecular Pharmaceutics".
O projeto, coordenado pela pesquisadora portuguesa da Universidade de Coimbra, Olga Borges, foi publicado recentemente na revista científica "Molecular Pharmaceutics".
Segundo Borges, as moléculas terapêuticas desta vacina genética seriam transportadas da mucosa nasal ao interior das células, o que ficou comprovado nos testes desenvolvidos com ratos. Esta futura vacina se basearia nas moléculas denominadas "plasmídeos" que, em teoria, são muito mais resistentes às variações de temperatura que as vacinas comercializadas na atualidade, baseadas nos antígenos que estimulam o sistema imunológico.
Neste caso, segundo a Universidade de Coimbra, os plasmídeos são pequenas moléculas que transmitem informação genética para as células do corpo, motivo pelo qual são capazes de ativar mecanismos de defesa no organismo humano e, assim, conseguiriam combater o vírus que origina a hepatite B.
Olga Borges assegurou que "as nanopartículas desenvolvidas também poderão ser usadas para prevenir doenças sexualmente transmissíveis, já que induzem a produzir anticorpos na mucosa vaginal, de forma mais eficaz que as vacinas injetáveis". O projeto, que conta com a colaboração da Universidade de Genebra, faz parte de uma linha de pesquisa iniciada na Faculdade de Farmácia de Coimbra no ano 2003.
Além disso, estes tipos de nanopartículas foram desenvolvidas durante outros quatro anos através do projeto de doutorado na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, executado pela pesquisadora Filipa Lebre.
A hepatite B é uma doença infecciosa do fígado, causada por um vírus que se propaga principalmente pela saliva, o sangue, o sêmen ou por qualquer líquido corporal de uma pessoa infectada.(G1).
Créditos:WSCOM
Temer corta 30% do social e eleva verba de militares e agronegócio
O governo de Michel Temer começou de fato dia 31 de agosto. Não apenas porque Dilma Rousseff foi destituída do cargo, mas especialmente porque, naquela mesma tarde, chegou ao Congresso Nacional a proposta confeccionada com cuidado pela nova equipe econômica para a distribuição do dinheiro federal para o ano de 2017 – o chamado Orçamento da União.
A análise da lista de programas de governo, em comparação à proposta apresentada no ano passado para o ano de 2016 pela ex-presidente Dilma, desmonta a tese defendida publicamente pelos peemedebistas e pelos apoiadores do impeachment de Dilma de que o novo governo não iria deixar o lado social em segundo plano.
Sinais nesse sentido já tinham sido dados, com extinção de pastas da área, e gerado reação em setores progressistas da sociedade. Mas o que se vê na análise do Orçamento vai além. Temer acaba de propor ao Congresso a redução média de 30% nos valores para os 11 principais programas da área social do governo, já considerando a inflação do período (variação do IGP-M dos últimos 12 meses).
São R$ 29,2 bilhões a menos para esse conjunto de programas (depois de aplicada a taxa de inflação no período), comparado ao que Dilma, já sob efeito da crise econômica, apresentou ao Congresso no ano passado. Trata-se de uma queda real de 14%. Muitos podem argumentar que, neste momento, essa redução é natural, já que o Brasil precisa apertar seus gastos. No entanto, as despesas previstas pelo governo para este ano são da ordem de R$ 3,4 trilhões – cerca de R$ 158 bilhões a mais (crescimento de 4,8%) que o previsto por Dilma um ano atrás.
Se olharmos mais de perto, o argumento perde ainda mais força. Enquanto optou por reduzir as verbas sociais, o governo aumentou, por exemplo (e sempre já considerando o efeito da inflação no período), em R$ 1,47 bilhão as verbas programadas para ações relacionadas ao desenvolvimento do agronegócio (R$ 1,3 bilhão), a investimentos militares (R$ 175 milhões), a obras em aeroportos (R$ 186 milhões), além de ações de política nuclear e espacial, e de política externa – agora sob comando de José Serra (PSDB).
A análise da lista de programas de governo, em comparação à proposta apresentada no ano passado para o ano de 2016 pela ex-presidente Dilma, desmonta a tese defendida publicamente pelos peemedebistas e pelos apoiadores do impeachment de Dilma de que o novo governo não iria deixar o lado social em segundo plano.
Sinais nesse sentido já tinham sido dados, com extinção de pastas da área, e gerado reação em setores progressistas da sociedade. Mas o que se vê na análise do Orçamento vai além. Temer acaba de propor ao Congresso a redução média de 30% nos valores para os 11 principais programas da área social do governo, já considerando a inflação do período (variação do IGP-M dos últimos 12 meses).
São R$ 29,2 bilhões a menos para esse conjunto de programas (depois de aplicada a taxa de inflação no período), comparado ao que Dilma, já sob efeito da crise econômica, apresentou ao Congresso no ano passado. Trata-se de uma queda real de 14%. Muitos podem argumentar que, neste momento, essa redução é natural, já que o Brasil precisa apertar seus gastos. No entanto, as despesas previstas pelo governo para este ano são da ordem de R$ 3,4 trilhões – cerca de R$ 158 bilhões a mais (crescimento de 4,8%) que o previsto por Dilma um ano atrás.
Se olharmos mais de perto, o argumento perde ainda mais força. Enquanto optou por reduzir as verbas sociais, o governo aumentou, por exemplo (e sempre já considerando o efeito da inflação no período), em R$ 1,47 bilhão as verbas programadas para ações relacionadas ao desenvolvimento do agronegócio (R$ 1,3 bilhão), a investimentos militares (R$ 175 milhões), a obras em aeroportos (R$ 186 milhões), além de ações de política nuclear e espacial, e de política externa – agora sob comando de José Serra (PSDB).
Créditos: Portal Vermelho
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