terça-feira, 4 de outubro de 2016

PT perde 60% das prefeituras

PTComo era esperado, o PT perdeu o comando de grande número de municípios nas eleições de 2016. Ao eleger 256 prefeitos no primeiro turno, o partido comandará no máximo 263 cidades a partir de 2017, caso vença nos sete municípios em que ainda participa da disputa, feito improvável na atual conjuntura. 
É uma queda de 60% em comparação a 2012, quando o Partido dos Trabalhadores foi bem-sucedido em 638 candidaturas. Os despojos dividiram-se por uma miríade de siglas, sobretudo do campo conservador. Entre os principais partidos, o PSDB, o PSD, o PDT e o PCdoB tiveram um resultado superior ao das eleições passadas. 
A diminuição no número de eleitos foi amplificada por derrotas que simbolizaram o isolamento político e a dificuldade de articulação do partido, com destaque para a frustrada campanha de Fernando Haddad em São Paulo, onde João Dória, do PSDB, acabou eleito com 53% dos votos.
Marcus Alexandre, único petista eleito no primeiro turno nas capitais, foi escolhido para mais um mandato em Rio Branco, no Acre, e recebeu 54% dos votos. No Recife, João Paulo segue na disputa com o atual prefeito Geraldo Julio, do PSB, que por pouco não foi eleito já neste domingo.
Em 2012, o PT havia eleito quatro prefeitos nas capitais: além da capital paulista, a legenda conquistou os municípios de Rio Branco, Goiânia e João Pessoa.
No Nordeste, o PT também perdeu espaço. Em 2012, a legenda conquistou 187 prefeituras na região. Neste ano, foram 116 até o momento. Na Bahia, governada pelo partido desde 2007 e um de seus redutos eleitorais mais relevantes, o PT caiu de 92 para 40 prefeituras.
Enfraquecido pela debandada de candidatos e de prefeitos eleitos e pelo queda na participação em coligações, a diminuição no controle dos municípios era esperada antes mesmo da abertura das urnas. Um em cada cinco prefeitos eleitos pelo partido em 2012 pediu desfiliação ou foi expulso e quase um quarto dos candidatos do partido concorreu sem apoio de outros partidos.
Prioridade da legenda, a campanha de Haddad demorou a decolar. O petista surgia em quarto lugar nas pesquisas durante boa parte da campanha. Terminou em segundo, à frente de Celso Russomanno (PRB) e Marta Suplicy (PMDB), com 16,7% dos votos. Sua votação foi pouco superior à soma de brancos e nulos no município, que chegou a 16,6%.
Na Região Sul, o partido elegeu 69 prefeitos. Raul Pont despontava com chances de ir ao segundo turno em Porto Alegre, mas acabou ficando em terceiro lugar, com 16% dos votos.
Assim como no Rio de Janeiro e São Paulo, o voto do campo progressista na capital gaúcha dividiu-se entre a candidatura do petista e a de Luciana Genro, do PSOL, que terminou em quinto lugar com 12%. Nas três capitais, o único candidato de esquerda ainda vivo na disputa é Marcelo Freixo, do PSOL.
Os resultados nos municípios paulistas também foram negativos. A legenda elegeu apenas oito prefeitos. No máximo chegará a 10: disputa o segundo turno em Mauá, representada por Donisete Braga, e em Santo André, com Carlos Grana. 
Em São Bernardo do Campo, berço político do partido e do ex-presidente Lula, o petista Tarciso Secoli, candidato à sucessão de Luis Marinho, ficou em terceiro lugar, com 22,5% dos votos. Disputarão o segundo turno Orlando Morando, do PSDB, e Alex Manente, do PPS. Antes das eleições, quase metade dos prefeitos eleitos no estado de São Paulo havia deixado o partido.
De acordo com o cientista político Cláudio Couto, professor da FGV-SP, o PT precisa passar por um processo profundo de autocrítica, o que não fez nos anos recentes. "Tem gente no partido, como o ex-governador Tarso Genro, do Rio Grande do Sul, que puxa essa discussão, mas a legenda está nas mãos de um conjunto de lideranças muito resistente a isso", afirma. "Alguém consegue imaginar o Rui Falcão liderando um processo de autocrítica do PT?".
Couto observa que o segundo mandato do governo Dilma terminou de forma dramática, não apenas pelo desfecho do impeachment, mas também pelo fracasso na condução da política econômica e pela perda de base no Congresso. O maior problema para a imagem do PT, no entanto, diz respeito aos desvios éticos de integrantes do partido, que nunca foram objeto de sincero reconhecimento. 
"Sabemos que as instituições de investigação não são tão equânimes, mas o fato de não se investigar os outros não significa que não havia problemas também no caso do PT".Foto:EBC. Por Miguel Martins 
Créditos: Carta Capital

Saldo comercial soma US$ 36 bi no ano

A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 3,803 bilhões em setembro, resultado de US$ 15,970 bilhões em exportações e US$ 11,987 bilhões em importações, segundo os dados divulgados ontem (3) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Foi o melhor saldo para setembro desde 2006. Em um ano de superávits em todos os meses, a balança acumula agora saldo de US$ 36,175 bilhões. Em 12 meses, vai a US$ 45,609 bilhões.
De janeiro a setembro, as vendas brasileiras ao exterior totalizam US$ 139,361 bilhões, queda de 4,6% com base na média por dia útil. As importações somam US$ 103,186 bilhões, retração de 23,9% na mesma comparação. Já o saldo sobe 249,1%. Em igual período de 2015, o superávit era de US$ 10,252 bilhões.
Ainda no ano, caiu a receita de exportação de petróleo em bruto (-24,5%), café em grão (-22,1%) e minério de ferro (-15,7%), entre os produtos básicos. Nesse mesmo grupo, aumentaram as vendas de milho em grão (42,3%), algodão em bruto (19,6%) e carne suína (10,3%).
No manufaturados, houve queda em itens como autopeças (-24,3%), laminados planos (-19,7%), motores p/veículos e partes (-19,7%) e motores e geradores elétricos (-19,5%), entre outros. E aumentaram as vendas de plataforma para extração de petróleo (52,4%), tubos flexíveis de ferro/aço (41,3%), etanol (38,8%), automóveis de passageiros (34,4%), veículos de carga (26,8%), suco de laranja não congelado (22,1%), açúcar refinado (17,6%) e aviões (15,8%).
Entre os mercados, caíram as vendas para América Central e Caribe (-24,5%), Mercosul (-11,5%, com leve elevação de 0,3% para a Agentina), África (-7,7%), Estados Unidos (-7,4%), Ásia (-3,1% sendo -2,5% para a China) e União Europeia (-2%). Houve alta apenas nas exportações para a Oceania (11,5%) e para o Oriente Médio (0,9%).
Nas importações, caíram as compras originárias de América Central e Caribe (-55,4%), África (-41,8%), Oceania (-30,7%), Ásia (-29,5%, sendo -31,9% da China), Oriente Médio (-24%), União Europeia (-17,5%), Mercosul (-17,1%, sendo -18,6% da Argentina)) e Estados Unidos (-14,2%).
Os principais países de destinos das exportações brasileiras, no ano, foram China (US$ 30 bilhões), Estados Unidos (US$ 17,1 bilhões), Argentina (US$ 9,9 bilhões), Países Baixos (US$ 7,9 bilhões) e Alemanha (US$ 3,6 bilhões). Já os principais países de origem das importações foram Estados Unidos (US$ 17,7 bilhões), China (US$ 17,5 bilhões), Alemanha (US$ 7,0 bilhões), Argentina (US$ 6,6 bilhões) e Coreia do Sul (US$ 4,4 bilhões).
Créditos: Rede Brasil Atual

Cientistas podem ter encontrado a cura para o HIV

Cientistas britânicos afirmam que um de seus pacientes não apresentou nenhum sinal do vírus após passar por um tratamento inovador. A notícia aumenta a esperança de que a nova técnica pode funcionar em outras pessoas com a doença.

O novo tratamento une remédios já usados para combater o HIV e novas técnicas. Primeiramente, os pacientes receberam doses das drogas antivirais para prevenir a disseminação das células do tipo T (células do sistema imunológico que são infectadas pelo vírus). O efeito disso é o armazenamento do HIV nas células.

Depois, os cientistas infectaram as pessoas com um vírus que estimula o sistema imunológico. Com isso, ele fica mais forte para achar e destruir as células T infectadas.
O passo final é chamado de kick and kill (chutar e matar, em português) e consiste em dar aos pacientes outra droga, apelida de Vornostat. Segundo os cientistas, ela ativa a células T dormentes para que elas expressem as proteínas associadas ao HIV. Assim, o sistema imune é capaz de encontra-las e destruí-las. 

A pesquisa está sendo realizada por cinco universidades britânicas com o apoio do NHS, o serviço nacional de saúde do Reino Unido. Das 50 pessoas que começaram o novo tratamento, apenas um homem de 44 anos já o terminou. Exames de sangue revelaram que ele não possui mais o vírus do HIV no sistema. 

Isso não quer dizer que o paciente está curado. O vírus pode retornar, como aconteceu com uma menina dos Estados Unidos. Ela tinha nascido com o vírus e recebeu uma grande quantidade de medicamentos antirretrovirais durante as suas primeiras 30 horas de vida. O hospital manteve o tratamento até perder o contato com a mãe. Após cinco meses, ela reapareceu com a filha sem o vírus no corpo. Porém, dois anos após o vírus ressurgiu.  

“Esta é uma das primeiras tentativas sérias de uma cura completa para o HIV. Estamos explorando a possibilidade real disso ser verdade. Este é um desafio enorme e ainda é cedo, mas o progresso tem sido notável”, disse Mark Samuels, diretor geral do NHS, ao The Sunday Times.

Até agora, a ciência reconhece que apenas uma pessoa foi curada do HIV. Em 2007, o americano Timothy Ray Brown foi submetido a um transplante de medula óssea na Alemanha para o tratamento de leucemia. Para isso, os médicos usaram um doador que era naturalmente imune ao HIV devido a uma mutação genética.

As células-tronco transplantadas reconstruíram o sistema imunológico do americano e substituíram suas células cancerígenas com as células resistentes ao HIV. Durante três anos, Brown não tomou antirretrovirais e seu sangue não revelou nenhuma partícula do vírus. Entretanto, os transplantes de células-tronco podem ser perigosos e são recomendados apenas quando podem salvar uma vida.

Segundo a OMS, cerca de 37 milhões de pessoas vivem com HIV em todo o mundo e aproximadamente 35 milhões de pessoas já morreram em consequência da infecção pelo vírus. As informações são do jornal The Sunday Times. Foto: EBC.
Créditos: Boa Informação

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Votos brancos, nulos e abstenções superam votação de Doria em SP

Mesmo eleito no primeiro turno a prefeito de São Paulo, com 34,72% dos votos, o candidato João Doria (PSDB) perdeu ontem (2) para a soma dos votos brancos, nulos e abstenções, que totalizaram 34,84% dos votos válidos. Doria teve 3.085.187 votos, enquanto os votos em branco, nulos e abstenções somaram 3.096.304. Isso significa que um terço do eleitorado paulistano optou por não votar em nenhum candidato, um percentual recorde em eleições na cidade – na eleição de 2012, esse percentual foi de 28,89%.
Para o ex-ministro e atual secretário municipal de Saúde, Alexandre Padilha, o grande número de abstenções e votos brancos e nulos é um fator preocupante, relacionado ao que define como o crescimento da antipolítica. “Ganha no primeiro turno um candidato que fez questão de dizer que não tem nada a ver com a política, que não é da política. A impressão que dá, é que o sentimento contra a política é o que sai vitorioso na cidade de São Paulo, e isso é muito perigoso para a democracia”, disse Padilha, instantes após a entrevista coletiva do prefeito Fernando Haddad no diretório municipal do PT.
Padilha acredita que esse sentimento de antipolítica exigirá do PT, das organizações do campo da esquerda e dos movimentos sociais, a construção na cidade de São Paulo de um espaço de mobilização e resistência. “Uma cidade como São Paulo, com tantas injustiças, tantas desigualdades, tanto preconceito, não pode ser mais justa se não houver um intenso debate político sobre isto, fundamentalmente fortalecendo o exercício da política.”
Segundo o secretário, a elevada soma dos votos nulos, em branco e de abstenções ocorrida na cidade de São Paulo, tem repercussão em todo o país. “Isso é muito ruim porque reforça, no cenário nacional, o crescimento da intolerância, do ataque à política, da destruição de instituições políticas, sejam partidárias ou sociais. Se o significado da vitória do Doria vier a reforçar isto, é muito ruim para a democracia do nosso país. Vamos trabalhar para que não seja este o significado”, afirmou.
Já o secretário de Governo de Haddad, Chico Macena, avalia que a cobertura da “mídia conservadora” tem influência nesse cenário de negação da política. “A mídia levou a população à descrença, a rejeitar a política, e não se pode rejeitar a política, porque é ela que transforma a sociedade”, ponderou Macena. Para ele, tal situação pode favorecer candidatos aventureiros que se apresentam como não sendo políticos, como foi o caso do tucano João Doria em São Paulo, um fator que despolitiza o processo. “Vamos ter que refletir sobre isto, fazer um debate sobre os rumos da política no país, e também discutir com essa mídia conservadora, porque ela não pode levar o país para esse retrocesso. A gente lutou muito para avançar na democracia.”
Para o vereador Paulo Fiorilo (PT-SP), o novo modelo eleitoral, com pouco tempo de campanha, também teve influência em fazer com que um terço do eleitorado preferisse não votar em nenhum candidato. “Isso dificultou o eleitor a se apropriar das propostas e participar mais ativamente do debate. É preciso discutir melhor as regras, porque do jeito que foi quem perdeu foi a democracia diante da quantidade de votos nulos, brancos e abstenções.”
Créditos: Rede Brasil Atual

Colômbia diz ‘não’ ao acordo de paz com as FARC

Decepção em Bogotá depois de conhecer-se os resultados.
Em um mundo de loucuras sem fronteiras, a Colômbia escolheu no domingo dar um salto no vazio ou ser um exemplo para o planeta. Ganhou a primeira opção. Com 98,8% dos votos apurados, 50,2% dos colombianos votaram “não” para referendaros acordos de paz entre o Governo e as FARC, contra 49,7% que votaram no “sim”. A Colômbia entra num beco sem saída e entra em um limbo político repleto de incerteza. 

A abstenção, de mais de 60%, foi tão decisiva quanto a má imagem que a sociedade colombiana continua a ter das FARC. Ninguém sabe exatamente o que vai acontecer a partir de agora, mas o conflito armado que assolou a Colômbia por mais de 50 anos vai continuar.

A votação mostrou a enorme polarização que existe na Colômbia. O ex-presidente Álvaro Uribe, o maior porta-estandarte do não, o mesmo que conseguiu unir quase todo o país em torno da política de Segurança Democrática que enfraqueceu as FARC, recorreu mais uma vez ao jogo de palavras com o qual conseguiu aprofundar a divisão da sociedade: “A paz é entusiasmante, os textos de Havana são decepcionantes”, disse depois de votar. Durante o mês da campanha do referendo, Uribe tentou incutir a ideia de que, se o acordo fosse rejeitado, ele poderia ser renegociado, algo contra o qual foram muito claros o Governo e as FARC. A possibilidade de participar na política por parte dos líderes guerrilheiros e o fato de que nenhum irá para a prisão desde que reconheça seus crimes foi a pedra angular da sua campanha, sabendo que a maioria dos colombianos, mesmo entre os que apoiavam o sim, não via isso com bons olhos.

Uribe sabe que a rejeição às FARC transcende sua pessoa e soube tirar partido disso. A guerrilha continua sendo muito impopular entre os colombianos. No último ano tentaram se abrir para o mundo e mostrar uma modernização de seu discurso, mas a desconfiança depois de 52 anos de guerra continua a ser a nota dominante. Nem sequer os gestos de perdão das últimas semanas serviram como incentivo. Tampouco que na tarde anterior à votação tenham anunciado que seria feito um inventário dos seus bens, algo que até agora tinham recusado porque diziam que não os tinham. A destruição, verificada pela ONU, mais de 600 quilos de explosivos no dia anterior ao plebiscito, tampouco provocou uma mudança na hora de sair para votar num dia chuvoso. São, obviamente, mensagens transcendentais, necessárias para construir um futuro de paz, mas chegaram tarde e muitas vezes foram oportunistas.

O resultado da votação também é um golpe para a classe política colombiana. Ao crônico clientelismo e à crescente corrupção se une uma abismal falta de liderança. Apenas 37% da população votou. Nenhum político, exceto Uribe, soube mobilizar a população.

O dia seguinte à votação estará mais perto de durar 24 anos do que 24 horas. O acordo entre o Governo e as FARC não resolvia os males da Colômbia. Apenas abria um caminho para avançar para um período de modernização, para enfrentar e resolver os problemas que datam inclusive antes de 1964, quando as FARC pegaram em armas.

A negociação foi o triunfo de um bem escasso em todo o mundo: a vontade política. Os representantes daqueles que durante mais de cinco décadas mandaram chumbo conseguiram em quatro anos, muito intensos, mas apenas quatro no fim das contas, redigir um documento de quase 300 páginas que colocava fim ao conflito. O fizeram dialogando, cedendo, tentando encontrar uma saída digna para todo o país. Não foi suficiente. Depois de 52 anos, oito milhões de vítimas, mais de 260.000 mortos, dezenas de milhares de desaparecidos, o primeiro acordo de paz foi rejeitado. A Colômbia mergulha na incerteza. AP)
Créditos: El País

Fone de ouvido pode levar à perda auditiva

Qualquer som que esteja em volume alto pode ocasionar o que os especialistas chamam de perda auditiva induzida por ruído, que é a diminuição da audição por contato com barulhos intensos e frequentes. Antes, o problema era mais diagnosticado em profissionais que trabalhavam em áreas que contavam com equipamentos emissores de ruídos. Porém, na atualidade, especialistas identificam um novo público vulnerável à perda auditiva: os adolescentes e jovens.

Nessa história, há mais de um vilão: as baladas com música alta, os shows e –o mais preocupante de todos– o fone de ouvido, que costuma ser utilizado para ouvir música no transporte para a escola, na academia ou mesmo para caminhar por uma rua movimentada.
“Esses locais normalmente possuem um um nível de ruído alto, que compete com a música. Por isso, a tendência é aumentar ainda mais o volume”, afirma o médico otorrinolaringologista Fausto Nakandakari, do hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

“Para ter uma ideia, o ruído de um ônibus gira em torno de 85 decibéis. Então, para ouvir música de forma confortável dentro dele, é preciso colocar o som 20 decibéis acima, chegando perto dos 105 decibéis. Os nossos ouvidos suportam com segurança 30 minutos diários de exposição a esse volume. O problema é que esse tempo costuma ser bem maior no dia a dia do jovem”, diz Nakandakari. Quando esse limite é ultrapassado com frequência, começa a ocorrer uma degeneração das células localizadas na cóclea, parte auditiva do ouvido interno.
“Quando o ruído cessa, as células voltam ao estado normal, mas esse processo de degenerar e recuperar não resiste muito tempo. Em um período de cinco a dez anos, em média, essas células morrem e acontece a perda auditiva permanente”, explica a fonoaudióloga Daniela Dalapicula Barcelos, especialista em audiologia pelo Conselho Federal de Fonoaudiologia.
Segundo Daniela, anos atrás, o problema era atenuado por conta da própria tecnologia dos dispositivos de música, que funcionavam por pouco tempo entre uma troca de pilha e outra. O mesmo não acontece com os gadgets modernos, que podem ficar ligados durante o dia inteiro antes de serem carregados. O design do fone também influencia: os que são colocados dentro do ouvido são os mais prejudiciais.
Para perceber se o adolescente está com algum nível de perda auditiva, alguns sinais devem ser observados: necessidade de aumentar o volume da televisão para ouvir, dificuldade de entender o que as pessoas falam em ambientes amplos, ansiedade e irritação causados por não ser compreendido e até alterações no sono e nos batimentos cardíacos. A perda auditiva só pode ser confirmada por meio de exames médicos e, uma vez constatada, não pode ser revertida. “O tratamento é a colocação de aparelhos auditivos”, fala otorrinolaringologista Nakandakari. (Do UOL)
Créditos: Focando a Notícia

domingo, 2 de outubro de 2016

144 milhões de brasileiros vão às urnas eleger prefeitos e vereadores

As seções eleitorais da maioria dos municípios brasileiros foram abertas às 8h para que 144 milhões de eleitores possam votar e escolher prefeitos e vereadores em todos os estados, com exceção do Distrito Federal e do arquipélago de Fernando de Noronha, onde não há eleição para os cargos em disputa. Os locais de votação fecham às 17h, de acordo com o fuso horário de cada cidade.
Para votar, o eleitor que está apto deve levar um documento oficial com foto, como carteira de identidade, carteira de motorista ou passaporte válido. A apresentação do título de eleitor não é obrigatória.
O eleitor pode levar um papel com uma “colinha” com o números de seus candidatos, mas não pode manifestar sua intenção de voto ou fazer propaganda para seu candidato no local de votação, sob pena de prisão, por crime eleitoral. O uso de celulares e máquinas fotográficas para fazer imagens da urna eletrônica ou selfies na cabina da votação está proibido.
Pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida poderão contar com ajuda de uma pessoa de sua confiança para votar.
O tempo estimado para que cada eleitor possa votar é de 60 segundos nos casos de identificação pela biometria.  Sem biometria, o tempo de votação é de 40 segundos.
Como votar
A votação é dividida em duas fases e ocorre por meio da urna eletrônica. Primeiro, o eleitor votará para vereador e, depois, para prefeito. Após a liberação da urna pelo mesário, o eleitor deve digitar os cinco números do seu candidato a vereador, checar na tela se aparece a foto do candidato e teclar confirma (tecla verde).
Em seguida, o cidadão deverá digitar os dois números do candidato à prefeitura de sua preferência e teclar confirma. Nas duas votações, em caso de erro na digitação do número, basta apertar o botão corrige (tecla laranja) e retornar para a tela inicial.
Quando todo o processo de votação for concluído, a tela exibirá a frase “FIM” e emitirá um sinal sonoro.
Justificativa
O voto é obrigatório para todos os eleitores e quem faltar à votação terá que justificar a ausência. O eleitor poderá procurar um posto de justificativa disponibilizado pela Justiça Eleitoral em sua cidade no dia da eleição ou comparecer ao cartório eleitoral em até 60 dias após o pleito, quando terá que preencher um fomulário, que é entregue na hora. Cada turno conta como uma falta. Após três faltas, o título eleitoral poderá ser cancelado.
Estatísticas
De acordo com as estatísticas da Justiça Eleitoral, dos cerca de 144 milhões de eleitores, 68,7 milhões são homens e 75,2 milhões são mulheres. Jovens entre 16 e 17 anos somam 2,3 milhões. Cerca de 11,3 milhões de eleitores têm 70 anos ou mais. O colégio eleitoral com o maior número de eleitores é São Paulo, com 8,8 milhões. O menor, Araguainha (TO), que tem 954 eleitores.  O sistema de candidaturas registrou 16,5 mil candidatos a prefeito e 463.3 mil a vereador. Serão usadas aproximadamente 550 mil urnas eletrônicas.
Créditos: Sul 21