Milhares de manifestantes ocuparam praças públicas, parques e ruas de Nova York, Chicago, Los Angeles e Portland, a maior cidade do estado de Oregon. Os protestos ocorreram pela quarta noite seguida. Os manifestantes gritavam palavras de ordem contra as políticas anunciadas pelo empresário do ramo imobiliário Donald Trump, do Partido Republicano, eleito terça-feira, 8 de novembro, para a Presidência dos Estados Unidos, em um surpreendente pleito. Um dia antes da eleição, as pesquisas davam como vitoriosa a candidata do Partido Democrata, Hillary Clinton.
Erguendo cartazes como "Trump não é nosso presidente", "Putin ganhou", pessoas de todas as idades marcharam em direção aos centros das cidades. Em Nova York, os manifestantes caminharam da Union Square até o Trump Tower, o quartel-general dos negócios de Donald Trump. No local, filhos de imigrantes, pais com bebês nas costas, pessoas que se identificavam como transgêneros e estudantes entoavam - de maneira pacífica - hinos de repúdio às politicas de Trump. A maioria das pessoas diz, em entrevistas, que os protestos não vão mudar o resultado das eleições. Elas afirmam, porém, que querem passar uma mensagem que estão em desacordo com as propostas do novo presidente.
Cerca de 8 mil pessoas marcharam pelas ruas do centro de Los Angeles, na noite dess sábado (12), contra as políticas anunciadas pelo presidente eleito sobre imigração, meio ambiente, e direitos LGBT. A caminhada foi pacífica, ao contrário da noite de sexta-feira (11) quando, em protesto semelhante, quase 200 manifestantes foram temporariamente detidos.
Em Chicago, os protestos ocorreram na região central da cidade, mas os manifestantes não conseguiram chegar próximo à Torre de Trump, prédio de propriedade do presidente eleito. A polícia ergueu barreiras para impedir que os manifestantes chegassem ao local.
Em Portland, porém, atos de violência voltaram a ocorrer obrigando a polícia a dar repetidos avisos - sem êxito - para que os manifestantes voltassem para casa. Os protestos na cidade - que estão se repetindo todas as noites - foram classificados de motim, pela polícia, depois que parte dos participantes dos protestos depredou lojas comerciais e prédios públicos. Dois jovens foram presos. Uma pessoa está hospitalizada após ser atingida por um tiro em um protesto na noite anterior (sexta-feira).
O prefeito de Portland, Charlie Hales, disse que a cidade está passando por uma "grande agitação" desde terça-feira (8) à noite, quando saíram os primeiros resultados das eleições presidenciais. Hales sugeriu aos manifestantes que, em vez de saírem às ruas, participem de encontros de organizações independentes visando a planejar políticas e propostas para as próximas eleições. (foto: Reprodução/BemParaná)
créditos: Agencia Brasil
segunda-feira, 14 de novembro de 2016
domingo, 13 de novembro de 2016
Nordeste está à beira do colapso após 5 anos consecutivos de seca
Praticamente todos os estados do Nordeste estão com graus avançados de severidade de seca: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e parte de Alagoas estão com secas excepcionais.
Os cinco anos consecutivos de seca no Nordeste brasileiro são explicados pela presença do El Niño e pela não ocorrência do fenômeno climático La Niña, que "favorece bastante a ocorrência de chuvas" na região, diz David Ferran em entrevista por telefone à IHU On-Line. Segundo ele, a não ocorrência do fenômeno se deve a "uma condição de neutralidade no Oceano Pacífico" e de uma "configuração das temperaturas do Oceano Atlântico tropical".
De acordo com o meteorologista, nos últimos cem anos "nunca houve uma sequência de cinco anos com tão pouca chuva", e apesar do quadro atual, ainda não há como saber "se esses períodos de seca continuarão ou não com essa intensidade". A "previsão" para o próximo ano, frisa, "é de que o Oceano Pacífico esteja com mais de 60% e 70% de chances de estar em neutralidade, ou seja, a expectativa é de que não ocorra o El Niño, nem a La Niña". Diante desse cenário, explica, "tudo pode acontecer, isto é, as chances de ter seca são iguais as chances de se ter um período chuvoso".
Na entrevista a seguir, David Ferran menciona ainda que "praticamente todos os estados do Nordeste estão com graus avançados de severidade de seca: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e parte de Alagoas estão com secas excepcionais, e todas as demais regiões enfrentam essa seca em maior ou menor grau de severidade". Mesmo que comece a chover daqui para frente, diz, "os reservatórios só serão reabastecidos em março. Isto é, a chance de acontecer um colapso por falta de abastecimento de água em áreas urbanas, com mais de um milhão de habitantes, é bastante significativa".David Ferran é graduado em Meteorologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e mestre em Geociências pela Universidade de São Paulo. Atualmente é pesquisador da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos. Foto: Jerri Wendel.
Creditos: Rede Brasil Atual
Brasil vive 'processo de violência contra a democracia', diz Lula
Em visita ao Brasil para o lançamento de seu filme “Snowden”, o cineasta norte-americano Oliver Stone, ganhador de três Oscar, visitou o ex-presidente Lula, com quem almoçou e a quem entrevistou com exclusividade para o Nocaute.
O próprio Lula inicia a conversa, lembrando a Oliver de um encontro anterior que teve com o cineasta, na Venezuela, quando então a América Latina tinha em Lula, Néstor Kirchner e Hugo Chávez o "o trio que tentava organizar" o continente e que seria desfeito em pouco tempo à frente, especialmente após a morte dos líderes da Argentina e Venezuela, respectivamente.
Na primeira parte da entrevista, Stone ouve de Lula sobre o momento político brasileiro, como se construiu a deposição de Dilma Rousseff e a campanha de criminalização do PT, visando sobretudo a inviabilização de sua candidatura em 2018.
Leia trechos:
Lula: Quando nós dois nos encontramos em Caracas, não, em Maracaibo, era um momento de muito otimismo na América Latina. Nós acreditávamos que estávamos construindo uma estrutura política mais prolongada. Mas aí veio a morte do Chávez, a morte do Kirchner, a minha saída da Presidência. E aí o trio que tentava organizar a América do Sul não existia mais. Foi uma pena. Uma pena. E eu sei que você tinha muita esperança, muita expectativa, mas precisamos começar tudo outra vez. Eu queria lhe dar os parabéns pelo novo filme, espero que tenha muito sucesso, como os outros. Bem vindo ao Brasil.
Obrigado. (...) Eu gostaria muito de ver o senhor ser presidente novamente.
Olha, temos uma guerra aqui no Brasil. No Brasil aconteceu um processo de violência contra a democracia. Há todo um trabalho de construção de uma teoria mentirosa para justificar o afastamento da Dilma e a criminalização do PT.
Eu fico pensando: não teria sentido eles darem o golpe parlamentar que deram e dois anos depois me devolverem a Presidência!
Eu acho que, neste momento, eles trabalham com a ideia de tentar evitar que eu tenha qualquer possibilidade de participar das eleições de 2018. E como eles não podem evitar a decisão do povo, eles estão tentando via Poder Judiciário.
Há uma quantidade enorme de mentiras, as coisas mais absurdas, quem nem uma criança de parque infantil admitiria. E há uma combinação perfeita da imprensa, da Policia Federal e do Ministério Público que constroem, cada um a seu tempo, as mentiras. Só para você ter ideia, de março a agosto o principal canal de televisão aqui do Brasil, no seu principal jornal, teve 14 horas de matéria negativa contra mim. Em cinco meses.
A Rede Globo?
E eu não sei como é que vai terminar, porque eu tenho desafiado eles a provar que algum empresário tenha me dado dinheiro. Eu vou até pedir ajuda pra CIA, para ver se conseguem descobrir uma conta minha no exterior (risos).
Agora, por falta de prova, eles dizem o seguinte: não peçam provas, porque o Lula criou um partido, esse partido é uma organização criminosa, o Lula indicou os ministros para roubar, portanto Lula é o chefe. Eu não tenho provas, eles dizem. Nós não temos provas, mas temos convicção.
Então o que deixa eles preocupados é que quando eles fazem pesquisa de opinião pública eu apareço em primeiro lugar para 2018. Então eu não sei como é que vai ficar. Por enquanto, paciência.
O senhor tem grandes parceiros com quem pode contar, que lhe deem apoio?
Nós entramos com um processo nas Nações Unidas, em Genebra, temos um movimento sindical internacional fazendo campanhas de denúncias, e vamos trabalhar agora os processos juridicamente. Fonte: Nocaute.
Creditos: Rede Brasil Atual
Quase metade das mortes no trânsito em SP tem relação com álcool
Apesar do consumo de álcool no trânsito ser proibido em todo o país, 42,9% das vítimas de acidentes fatais de trânsito na cidade de São Paulo entre junho de 2014 e dezembro de 2015 haviam ingerido álcool. O dado é parte da conclusão de uma pesquisa de pós-doutorado da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), feita por Gabriel Andreuccetti com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O número inclui motoristas, pedestres e passageiros.
Para o pesquisador, apesar da existência da lei que proíbe o consumo de álcool no trânsito ter sido um grande avanço, ainda é preciso melhorar os mecanismos de fiscalização para mudar a cultura brasileira sobre o assunto.
“Se você apenas credita à lei ao que a lei diz, é muito difícil que isso mude a cultura da população. O que a gente sabe, que é um dos fatores primordiais, é a fiscalização. Você tem a lei, que ajuda a ação policial e judicial para colocar em prática aquilo. Mas se a sensação da pessoa ao dirigir é de que ela não será pega, não adianta nada. Sua legislação pode ser a melhor do mundo mas você não vai conseguir pôr aquilo em prática. A fiscalização é o principal fator que precisa ser aprimorado para que a lei seja implementada e a cultura mude.”
Segundo Andreuccetti, não foi possível comparar os dados para dizer se o número cresceu ou diminuiu na comparação com outros períodos. “Essa metodologia é a primeira vez que estamos aplicando no Brasil como um todo, embora a gente só tenha feito em São Paulo. Então não temos um comparativo para dizer se está crescendo, se está maior. No caso de acidentes de trânsito, podemos, com certeza, dizer que é um número alto porque se tem quase metade das vítimas que chegam atropeladas ou de acidentes de trânsito com nível de álcool”, disse o pesquisador em entrevista à Agência Brasil.
A pesquisa, feita em parceria com a Escola de Saúde Pública da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, coletou amostras de sangue de 365 vítimas que foram levadas a unidades do Instituto Médico Legal (IML) na capital paulista para avaliação da taxa de alcoolemia em pessoas que morreram em decorrência de mortes violentas ou por causas externas, seja por acidentes de trânsito, homicídio ou suicídio e demais causas, como envenenamento, afogamento e quedas.
Segundo o estudo, em cerca de 30% das mortes violentas ocorridas nesse período foi notado consumo de álcool pelas vítimas, sendo 34,6% entre as vítimas de homicídio e 13,6% entre os casos de suicídio.
Créditos: Agencia Brasil
sábado, 12 de novembro de 2016
“São os comunistas que pensam como os cristãos”, diz Papa Francisco
“São os comunistas os que pensam como os cristãos. Cristo falou de uma sociedade onde os pobres, os frágeis e os excluídos sejam os que decidam”. Quem disse isso foi o Papa Francisco, durante entrevista para o jornal La Repubblica da Itália, publicada ontem (11).
Ao ser perguntado se gostaria de ver uma sociedade com ideais mais próximos do marxismo, o pontífice foi contundente e completou:
“São os comunistas os que pensam como os cristãos. Cristo falou de uma sociedade onde os pobres, os frágeis e os excluídos sejam os que decidam. Não os demagogos, mas o povo, os pobres, os que têm fé em Deus ou não, mas são eles a quem temos que ajudar a obter a igualdade e a liberdade”.
O líder da igreja católica explicou durante a entrevista que sua maior preocupação é a crise de refugiados e imigrantes. Para ele, “deve-se acabar com os muros que dividem, tentar aumentar e estender o bem-estar, e para eles é necessário derrubar muros e construir pontes que permitam diminuir as desigualdades e dar mais liberdade e direitos”. Foto: Eduardo Santillán / Presidencia de la RepúblicaCuba.
Créditos: Revista Forum
Ao ser perguntado se gostaria de ver uma sociedade com ideais mais próximos do marxismo, o pontífice foi contundente e completou:
“São os comunistas os que pensam como os cristãos. Cristo falou de uma sociedade onde os pobres, os frágeis e os excluídos sejam os que decidam. Não os demagogos, mas o povo, os pobres, os que têm fé em Deus ou não, mas são eles a quem temos que ajudar a obter a igualdade e a liberdade”.
O líder da igreja católica explicou durante a entrevista que sua maior preocupação é a crise de refugiados e imigrantes. Para ele, “deve-se acabar com os muros que dividem, tentar aumentar e estender o bem-estar, e para eles é necessário derrubar muros e construir pontes que permitam diminuir as desigualdades e dar mais liberdade e direitos”. Foto: Eduardo Santillán / Presidencia de la RepúblicaCuba.
Créditos: Revista Forum
Preso custa 13 vezes mais do que um estudante no Brasil, diz presidente do STF
A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Cármen Lúcia, afirmou na quinta-feira, 10, que um preso custa 13 vezes mais do que um estudante no Brasil. A declaração foi feita durante o 4º Encontro do Pacto Integrador de Segurança Pública Interestadual e da 64ª Reunião do Colégio Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp), em Goiânia (GO).
“Um preso no Brasil custa R$ 2,4 mil por mês e um estudante do ensino médio custa R$ 2,2 mil por ano.
Alguma coisa está errada na nossa Pátria amada”, afirmou. “Darcy Ribeiro fez em 1982 uma conferência dizendo que, se os governadores não construíssem escolas, em 20 anos faltaria dinheiro para construir presídios. O fato se cumpriu. Estamos aqui reunidos diante de uma situação urgente, de um descaso feito lá atrás”, lembrou a ministra.
As informações foram divulgadas pelo CNJ. No evento, Cármen Lúcia afirmou que a violência no país exige mudanças estruturantes e o esforço conjunto de governos e da União.
“O crime não tem as teias do Estado, as exigências formais e por isso avança sempre. Por isso são necessárias mudanças estruturais. É necessária a união dos poderes executivos nacionais, dos poderes dos estados, e até mesmo dos municípios, para que possamos dar corpo a uma das maiores necessidades do cidadão, que é ter o direito de viver sem medo. Sem medo do outro, sem medo de andar na rua, sem medo de saber o que vai acontecer com seu filho”, disse.
Desde que assumiu a presidência do CNJ, a ministra tem visitado presídios para ver as condições das unidades. Até o momento, Rio Grande do Norte e Distrito Federal receberam visitas de surpresa, e a ideia é inspecionar todos os Estados.
“A cada nove minutos, uma pessoa é morta violentamente no Brasil. Nosso país registrou mais mortes em cinco anos do que a guerra da Síria. Estamos, conforme já disse o Supremo Tribunal Federal, em estado de coisas inconstitucionais. Eu falo que estamos em estado de guerra. Temos uma Constituição em vigor, instituição em funcionamento e cidadão reivindicando direitos. Precisamos superar vaidades de detentores de competências e, juntos, fazer alguma coisa”, declarou a ministra.
O encontro realizado em Goiânia teve a presença do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que apresentou o Plano Nacional de Segurança Pública. A ação tem como principais metas reduzir os homicídios e os casos de violência contra a mulher, além de racionalizar o sistema penitenciário e a proteção das fronteiras. por PBJá.
“Um preso no Brasil custa R$ 2,4 mil por mês e um estudante do ensino médio custa R$ 2,2 mil por ano.
Alguma coisa está errada na nossa Pátria amada”, afirmou. “Darcy Ribeiro fez em 1982 uma conferência dizendo que, se os governadores não construíssem escolas, em 20 anos faltaria dinheiro para construir presídios. O fato se cumpriu. Estamos aqui reunidos diante de uma situação urgente, de um descaso feito lá atrás”, lembrou a ministra.
As informações foram divulgadas pelo CNJ. No evento, Cármen Lúcia afirmou que a violência no país exige mudanças estruturantes e o esforço conjunto de governos e da União.
“O crime não tem as teias do Estado, as exigências formais e por isso avança sempre. Por isso são necessárias mudanças estruturais. É necessária a união dos poderes executivos nacionais, dos poderes dos estados, e até mesmo dos municípios, para que possamos dar corpo a uma das maiores necessidades do cidadão, que é ter o direito de viver sem medo. Sem medo do outro, sem medo de andar na rua, sem medo de saber o que vai acontecer com seu filho”, disse.
Desde que assumiu a presidência do CNJ, a ministra tem visitado presídios para ver as condições das unidades. Até o momento, Rio Grande do Norte e Distrito Federal receberam visitas de surpresa, e a ideia é inspecionar todos os Estados.
“A cada nove minutos, uma pessoa é morta violentamente no Brasil. Nosso país registrou mais mortes em cinco anos do que a guerra da Síria. Estamos, conforme já disse o Supremo Tribunal Federal, em estado de coisas inconstitucionais. Eu falo que estamos em estado de guerra. Temos uma Constituição em vigor, instituição em funcionamento e cidadão reivindicando direitos. Precisamos superar vaidades de detentores de competências e, juntos, fazer alguma coisa”, declarou a ministra.
O encontro realizado em Goiânia teve a presença do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que apresentou o Plano Nacional de Segurança Pública. A ação tem como principais metas reduzir os homicídios e os casos de violência contra a mulher, além de racionalizar o sistema penitenciário e a proteção das fronteiras. por PBJá.
Créditos: Focando a Notícia
Temer dobra gastos com cartões corporativos e corta Bolsa Família de 1,1 milhão de famíias
Temer realmente está “blindado” pela mídia, aumentou as verbas para mídia e agora está promovendo o corte de programas sociais, com o corte de 1,1 milhões de bolsas famílias, mais de 1 milhão de famílias não terão mais acesso ao benefício, enquanto sobem os gastos de cartão coorporativo e gastos de mídia.
Jornal GGN – O governo do presidente Michel Temer (PMDB) tirou do Bolsa Familia 1,1 milhão de beneficiários, segundo reportagem da Folha de S. Paulo desta segunda (7). Desse total, 654 mil tiveram os recursos suspensos até que comprovem a necessidade de continuar no programa e outros 469 mil já estão fora, sem retorno, porque têm renda de R$ 440 per capita.
Esse 1,1 milhão de benefícios bloqueados representa, nas contas do governo, uma economia de R$ 2,4 bilhão por ano. Em números absolutos, Temer tirou do programa 8% dos cadastrados, que somavam 13,9 milhões.
De acordo com reportagem da Folha, o corte aconteceu porque um “pente-fino” feito pelo governo levou a esses dois grupos – o dos que não precisam de ajuda do Estado, na visão do novo Ministério do Desenvolvimento Social, porque recebem pouco mais de R$ 440 per capita, e o grupo dos que precisam regularizar a situação.
A reportagem não cita um dos motivos mais usado em governos petistas para suspender temporariamente os repasses do programa: o descumprimento de alguma das condicionalidades, como manter a frequência escolar das crianças.
O jornal diz que para realizar o balanço, “o governo afirma ter cruzado, desde junho, dados de seis bancos de dados diferentes, como a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), INSS, entre outros.” O Bolsa Família, contudo, tem um banco de informações próprio que também não foi citado na matéria da Folha.
O governo espera que boa parte desses benefícios cortados temporariamente (654 mil) possam ser reativados tão logo os usuários do programa comprovem renda. Os casos em que houve um bloqueio podem durar até três meses.
“Com a possibilidade de revisão, a expectativa do governo é que ao menos R$ 1 bilhão em benefícios do Bolsa Família seja cancelado após a verificação. Para este mês, o impacto é de R$ 85 milhões.”
Ainda segundo o texto, outras 1,4 milhão de famílias correm o risco de serem cortadas do programa se não regularizarem o cadastro nos próximos meses.
Eleições
Além dos cortes anunciados, o governo Temer também decidiu bloquear os benefícios de 13 mil famílias identificadas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) como doadores de campanha na prestação de contas de candidatos nas últimas eleições. “São pessoas que podem ter tido o CPF usado”, disse o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra.
O governo ainda disse que agora fará esse pente-fino no programa mensalmente. Antes, era feito, pelo menos, uma vez por ano. Fonte: Jornal GGN.
Jornal GGN – O governo do presidente Michel Temer (PMDB) tirou do Bolsa Familia 1,1 milhão de beneficiários, segundo reportagem da Folha de S. Paulo desta segunda (7). Desse total, 654 mil tiveram os recursos suspensos até que comprovem a necessidade de continuar no programa e outros 469 mil já estão fora, sem retorno, porque têm renda de R$ 440 per capita.
Esse 1,1 milhão de benefícios bloqueados representa, nas contas do governo, uma economia de R$ 2,4 bilhão por ano. Em números absolutos, Temer tirou do programa 8% dos cadastrados, que somavam 13,9 milhões.
De acordo com reportagem da Folha, o corte aconteceu porque um “pente-fino” feito pelo governo levou a esses dois grupos – o dos que não precisam de ajuda do Estado, na visão do novo Ministério do Desenvolvimento Social, porque recebem pouco mais de R$ 440 per capita, e o grupo dos que precisam regularizar a situação.
A reportagem não cita um dos motivos mais usado em governos petistas para suspender temporariamente os repasses do programa: o descumprimento de alguma das condicionalidades, como manter a frequência escolar das crianças.
O jornal diz que para realizar o balanço, “o governo afirma ter cruzado, desde junho, dados de seis bancos de dados diferentes, como a Rais (Relação Anual de Informações Sociais), o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), INSS, entre outros.” O Bolsa Família, contudo, tem um banco de informações próprio que também não foi citado na matéria da Folha.
O governo espera que boa parte desses benefícios cortados temporariamente (654 mil) possam ser reativados tão logo os usuários do programa comprovem renda. Os casos em que houve um bloqueio podem durar até três meses.
“Com a possibilidade de revisão, a expectativa do governo é que ao menos R$ 1 bilhão em benefícios do Bolsa Família seja cancelado após a verificação. Para este mês, o impacto é de R$ 85 milhões.”
Ainda segundo o texto, outras 1,4 milhão de famílias correm o risco de serem cortadas do programa se não regularizarem o cadastro nos próximos meses.
Eleições
Além dos cortes anunciados, o governo Temer também decidiu bloquear os benefícios de 13 mil famílias identificadas pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) como doadores de campanha na prestação de contas de candidatos nas últimas eleições. “São pessoas que podem ter tido o CPF usado”, disse o ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra.
O governo ainda disse que agora fará esse pente-fino no programa mensalmente. Antes, era feito, pelo menos, uma vez por ano. Fonte: Jornal GGN.
Créditos: Plantão Brasil
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