quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Cuba concede indulto a 787 presos após apelo do Papa Francisco

Papa Francisco acena para os fiéis em desfile em carro aberto, na chegada ao Palácio Arcebispos de Cracóvia, nas comemorações do Dia Mundial da Juventude
O governo de Cuba anunciou hoje (15) que concedeu indulto a 787 presos após receber um apelo do Papa Francisco. De acordo com jornal Granma, publicação oficial do Parido Comunista de Cuba (PCC), o perdão das penas foi concedido a presos condenados por crimes de menor potencial ofensivo. As informações são da Agência Lusa.

"Para isso se levou em conta as características dos fatos pelos quais foram sancionados, a conduta durante o cumprimento da sanção e o tempo da pena já cumprido. Igualmente, por razões humanitárias, também foram incluídos nesse indulto mulheres, jovens, doentes e outras categoria", informou a publicação".

Presos condenados por crimes graves como homicídio, corrupção de menores, estupro, tráfico de drogas não receberam o benefício por representarem "extremo perigo".
No ano passado, o governo cubano libertou mais de 3 mil presos após a visita do Papa Francisco, um dos responsáveis pelo processo de reaproximação entre os Estados Unidos e Cuba.
Créditos: Agencia Brasil

terça-feira, 15 de novembro de 2016

STF autoriza tramitação de projeto que taxa aposentados

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, autorizou ontem a retomada da tramitação do projeto de lei da Assembleia Legislativo do Rio de Janeiro que trata do aumento da contribuição previdenciária para servidores estaduais e aposentados.
A medida faz parte do pacote de austeridade fiscal lançado pelo governo do Rio para reequilibrar as contas do estado.
A tramitação do projeto foi suspensa na semana passada pelo desembargador Custódio de Barros Tostes, do Tribunal de Justiça do Rio. O magistrado atendeu a um pedido liminar feito pelo deputado estadual Luiz Paulo (PSDB-RJ).
Na decisão desta segunda-feira, Cármen Lúcia atendeu ao pedido de suspensão da liminar feito pelo governo do Rio, que alegou violação da autonomia da independência do Legislativo local. Os detalhes sobre a decisão da ministra não foram divulgados.
O projeto prevê a cobrança temporária de 16% de contribuição extra de ativos e inativos e fixa desconto de 30% sobre a aposentadoria dos que recebem abaixo do teto da Previdência Social (R$ 5.189,82). Fonte: Agencia Brasil.
Créditos: Brasil 247

Grupo terrorista ameaça Donald Trump

O grupo terrorista nigeriano Boko Haram advertiu nesta segunda-feira o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que "a guerra apenas acaba de começar" e que seus parceiros do Estado Islâmico (EI) não cederão em sua jihad (guerra santa).
"Permanecemos firmes em nossa fé e não nos deteremos", assegurou o líder do Boko Haram, Abubakar Shekau, em mensagem de vídeo divulgada pela imprensa local na qual pede aos demais grupos jihadistas que não se sintam assustados pelo presidente eleito e pela guerra que os Estados Unidos lideram contra o EI em países como Iraque e Síria.
A mensagem, segundo interpretou a imprensa local, pretende responder à promessa de Trump, durante a campanha eleitoral, de que acabará com os grupos terroristas islâmicos.
Abubakar Shekau anunciou no ano passado a adesão formal do grupo nigeriano ao EI e jurou lealdade a seu líder, Abu Bakr al-Baghdadi.
Apesar de ter perdido para o exército nigeriano boa parte dos territórios que controlava, o Boko Haram, que luta para impor um Estado islâmico no norte do país, segue cometendo atentados na Nigéria e em nações vizinhas.
Desde 2015, o Boko Haram ampliou sua área de operações ao lago Chade, região difícil de controlar pela porosidade das fronteiras entre Nigéria, Camarões, Chade e Níger, onde cometeu dezenas de atentados suicidas.
Nos mais de seis anos que dura o conflito, o grupo terrorista assassinou mais de 12.000 pessoas de acordo com estimativas governamentais - número que outras fontes elevam a mais que o dobro - e obrigaram mais de 2,5 milhões de oradores a fugir de suas casas. Foto: AFP. Fonte: G1.
Créditos: WSCOM

Donald Trump diz que vai deportar três milhões de imigrantes ilegais

Donald Trump cumprirá com sua promessa de deportar milhões de imigrantes sem documentos dos Estados Unidos, afirmou o presidente eleito em uma entrevista que será transmitida neste domingo (13) no programa “60 Minutes” da rede “CBS”. Segundo Trump, até 3 milhões de pessoas serão deportadas depois que ele assumir o cargo.
“O que iremos fazer é pegar essa gente que é criminosa e tem fichas criminais, membros de gangues, traficantes, que totalizam 2, talvez 3 milhões. E vamos tirá-los do país ou fazer com que sejam presos”, declarou Trump em um trecho veiculado da entrevista à “CBS”. Em outro trecho, o presidente eleito dos EUA afirma que “depois que a fronteira estiver segura”, oficiais da imigração irão fazer uma determinação sobre as pessoas que são “fantásticas”.
Durante a campanha à presidência dos EUA, Trump prometeu banir os muçulmanos e expulsar todos os imigrantes ilegais que já estão nos EUA, cerca de 11 milhões de pessoas, afirmando que aqueles que comprovarem ser “boas pessoas” serão aceitos de volta de forma legal. Ele também defendeu a construção de um muro na fronteira com o México para impedir a entrada de imigrantes nos EUA. No dia em que apresentou sua candidatura, ele disse:
“Quando o México manda gente para os EUA, eles não estão mandando os melhores… Eles estão mandando pessoas que têm muitos problemas e estão trazendo esses problemas para nós. Eles estão trazendo drogas, estão trazendo crime, estão trazendo estupradores, e, alguns, presumo, são boas pessoas”. Outras propostas feitas pelo republicano foram o fim do “Obamacare” (programa de saúde criado por Obama), o aumento dos impostos de empresas que deixarem o país e a ampliação dos poderes dos donos de armas que querem se defender. Fonte: G1.
Créditos: Focando a Notícia

Uma em cada onze pessoas tem diabetes

O número de pessoas com diabetes no mundo passou de 108 milhões em 1980 para 422 milhões em 2014, segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Dia Mundial do Diabetes, lembrado hoje (14), a entidade alerta que a prevalência do diabetes entre maiores de 18 anos no mundo passou de 4,7% para 8,5% no mesmo período – sobretudo em países de baixa e média renda.
Ainda de acordo com a organização, a doença figura como a principal causa de cegueira, falência dos rins, ataques cardíacos e amputações de membros inferiores. Em 2012, cerca de 1,5 milhões de mortes foram diretamente provocadas pelo diabetes, enquanto 2,2 milhões de óbitos foram atribuídos a altos níveis de glicose no sangue. Quase a metade dessas mortes foi registrada em pessoas com menos de 70 anos.
“A OMS estima que o diabetes será a sétima causa de morte no mundo até 2030. Adotar uma dieta saudável, praticar atividade física regular, controlar o peso e evitar o tabaco são formas de prevenir ou de atrasar o diagnóstico de diabetes tipo 2”, destacou a entidade. “O diabetes pode ser tratado e suas consequências podem ser evitadas ou mesmo atrasadas por meio de dietas, atividade física, medicamentos e exames regulares”, completou.
Ainda segundo a OMS, o diabetes, ao longo do tempo, pode provocar danos ao coração, vasos sanguíneos, olhos, rins e nervos. As consequências mais comuns são:- Adultos com diabetes têm de duas a três vezes mais chances de apresentar ataques cardíacos e derrames.
- Associados à redução do fluxo sanguíneo, danos aos nervos do pé provocados pelo diabetes aumentam a chance de úlcera nos pés, infecções e eventual necessidade de amputação de membros inferiores.
- A retinopatia diabética é uma importante causa de cegueira e acontece como resultado de danos acumulados a longo prazo aos vasos sanguíneos da retina. Cerca de 2,6% de todos os casos de cegueira no mundo podem ser atribuídos ao diabetes tipo 2.- O diabetes está entre as principais causas de falência dos rins. Fonte: Agencia Brasil.
Créditos: WSCOM

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Dívida ativa da União cresce 14% e chega a R$ 1,8 trilhão

A dívida ativa da União aumentou 14% em cerca de dez meses. O estoque dos débitos de pessoas físicas e jurídicas com a União passou de R$ 1,58 trilhão, no fim do ano passado, para R$ 1,8 trilhão no início deste mês, segundo dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). A dívida ativa cresce em função da correção pela Selic, taxa básica de juros da economia, e da inclusão de novos débitos.

Segundo a diretora do Departamento de Gestão da Dívida Ativa da União, Anelize Lenzi, a entrada de novas dívidas é constante. “A gente teve, este ano, aproximadamente 1,5 milhão de novas inscrições em dívida ativa”, relata. Segundo ela, entre esses registros, cerca de 300 mil são de integrantes do Simples Nacional, programa tributário para pequenos empresários.
“Quanto acontece a crise, o pequeno [empresário] é o primeiro a sofrer”, diz. Anelize ressalta, contudo, que esse tipo de devedor não tem grandes valores a saldar. “Esses lotes [de devedores do Simples] normalmente são grandes, mas, em valores, não são muito consideráveis”, afirma. Na outra ponta, segundo a diretora, está um pequeno grupo de devedores responsável por mais de 60% da dívida.
“Um total de 63,7% do estoque está concentrado em 12.859 devedores. Essas pessoas físicas e jurídicas devem aproximadamente R$ 900 bilhões. Você imagina que alguém deve R$ 1 bilhão e isso seja por causa da crise? Não é só crise. Por isso, a procuradoria olha para eles de uma outra forma. Não estou dizendo que todo grande devedor é ilícito. Mas, nesse estoque, tem muito de sonegação fiscal, evasão de divisas, blindagem patrimonial”, enumera.
Segundo ela, quando há esse tipo de suspeita, a PGFN investiga o devedor e seu patrimônio. Pode, ainda, pedir medida cautelar fiscal para executar a dívida. A procuradoria tem também adotado diversos projetos para driblar a escassez de recursos humanos e acelerar a cobrança da dívida. Entre eles, a formação de um grupo de trabalho para qualificação dos devedores e uma parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
O acordo com o Incra, firmado no final do ano passado, prevê a destinação de terras de inscritos na dívida ativa para a reforma agrária, priorizando as áreas em situação de conflito. Segundo Anelize, de lá para cá, duas propriedades rurais foram adjudicadas em favor do Incra. “Em uma das ações, envolvendo um grupo econômico de Pernambuco, o valor da propriedade era em torno de R$ 20 milhões”, relata. Medidas como essa, segundo ela, ajudam a abater o estoque da dívida.
“Ele [o estoque] é abatido pelos pagamentos ou por eventuais cancelamentos [de débitos]. Mas o valor que entra [em novas dívidas] é maior do que o valor que sai. Por causa dos juros e porque, por se tratar de débitos antigos, o grau de recuperabilidade é muito menor que o de um crédito recém-lançado”, explica.
Do estoque da dívida ativa em novembro, 22,3%, ou R$ 403,3 bilhões, eram débitos previdenciários. As dívidas com a Previdência Social estão em evidência, no momento, devido à discussão sobre a reforma do sistema pretendida pelo governo.
Centrais sindicais reivindicam a cobrança desses débitos como forma de cobrir o déficit da Previdência, que, este ano, deve atingir R$ 146 bilhões. Segundo Anelize, são créditos de difícil recuperação, à semelhança dos demais sob responsabilidade da PGFN.
“É muito comum ter discussões judiciais, principalmente nos grandes débitos. Muitas vezes, [os casos] chegam até o Supremo”, afirma. De acordo com ela, a procuradoria trabalha para melhorar a gestão das informações sobre débitos previdenciários, feita pelo sistema DataPrev. “Isso dificulta um pouco a operacionalização. Os demais débitos são geridos pelo Serpro [Serviço Federal de Processamento de Dados], que tem um sistema um pouco melhor”, diz. Fonte: EBC / Foto: EBC.
Créditos: WSCOM

Congresso aumenta barreira a acesso popular aos debates de questões nacionais

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RBA - Na quarta-feira, as entradas do Congresso Nacional, em Brasília, voltaram a registrar novos representantes do povo impedidos de entrar no que deveria ser a sua casa. Estudantes, índios da etnia Guarani Kaiowa, e sindicalistas discutiram, reclamaram e foram maltratados por integrantes da segurança legislativa, ao se depararem com uma série de restrições para poderem acompanhar discussões dos quais são parte interessada – e atingida – pelas decisões tomadas no plenário. Mas a proibição de acesso popular ao Legislativo brasileiro está se tornando rotina nos últimos meses, na capital do país: intervenções – muitas vezes, truculentas – para evitar que participem de audiências públicas, ocupem galerias dos plenários das duas Casas e acompanhem sessões das comissões  técnicas.
Na opinião de parlamentares oposicionistas, a determinação de limitar o acesso popular, que não é assumida pelas bancadas, mas tem tido o aval das presidências da Câmara e do Senado, mostra uma cisão nítida entre os parlamentares da base do governo e a população. E tem levado deputados e senadores de vários partidos a denunciar tais proibições por todos os meios institucionais e até jurídicos possíveis.
Questionado, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que "sempre que é possível" permite a liberação do acesso de cidadãos às galerias. Ele se diz tolerante com manifestações populares, apesar de costumeiramente interpretar os protestos como tentativa de tumultuar e atrapalhar a atividade parlamentar.
Maia não tem permitido que as galerias recebam público livremente em todas as votações. Em vez disso, apenas libera pequenas quantidades de senhas às lideranças dos partidos, repetindo um procedimento adotado pelo ex-presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Mesmo expediente usado também Senado, pelo presidente Renan Calheiros (PMDB-AL) – que até hoje (13) ainda não se posicionou sobre os grupos barrados ao longo da semana. “É muito engraçado, para não dizer irônico. Esta é a Casa do Povo, a que possui representantes escolhidos pelo povo, mas o povo não pode entrar”, afirmou em tom irritado, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), na última quarta-feira (9).
A reação de Vanessa se deu quando a parlamentar soube que mais, uma vez estava sendo montada uma estratégia para impedir que estudantes e integrantes de outras entidades chegassem mais próximos do ambiente em que, dali a instantes, ocorreria a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que congela os gastos públicos por 20 anos. Somente após negociação dos senadores Humberto Costa (PT-PE) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi permitida a entrada de uma comissão formada por apenas quatro alunos.
“É esta a linha de atuação do governo que aí está. Não há interesse em debater propostas importantes para o país, não há interesse em deixar que a população se aproxime. É um temor de manifestações, por parte de quem sabe que as propostas apresentadas são típicas de quem não chegou ao poder por meio do voto popular”, avaliou depois Gleisi Hoffmann.
Assessores nas cadeiras
No mesmo dia em que os estudantes e índios foram barrados, enquanto os senadores discutiam e votavam a PEC 55, na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara (CCJ), parlamentares contrários à proposta descobriram mais uma estratégia dos governistas: ordenar aos assessores dos seus gabinetes que comparecessem em peso à comissão, com o propósito de ocuparem as cadeiras destinadas ao público, para então apontar o auditório cheio como argumento para barrar a entrada de populares.
“Fui orientada pelo meu chefe para ficar aqui o tempo inteiro e, inclusive, liberado para deixar de lado outros trabalhos que estou elaborando”, contou à reportagem um advogado que assessora um senador do DEM (sob sigilo). “Daqui a pouco teremos nesta sala mais assessores do que parlamentares”, reclamou, do microfone, Roberto Requião (PMDB-PR), que se irritou com o nível de ruído provocado pelas conversas paralelas vindas do fundo do auditório.
Rasantes
Na mesma quarta-feira, na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara (CFFC), do outro lado do Congresso, mais uma vez os integrantes da base aliada do governo evitaram registrar presença na sessão. Tudo para que não houvesse quórum suficiente, o poderia fazê-los votar o pedido de aprovação de requerimentos que pediam informações sobre voos de autoridades do Executivo em aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Por Hylda Cavalcanti, da RBA 
Créditos: Rede Brasil Atual