terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Jorge Viana quer convocar nova eleição para a presidência do Senado

Resultado de imagem para Jorge Viana ebc
Com o afastamento de Renan Calheiros, Jorge Viana assume presidência do Senado, ele  está disposto a convocar imediatamente uma nova eleição para a presidência do Senado, caso o STF confirme a decisão de Marco Aurélio Mello de afastar Renan Calheiros. Viana já estuda o mecanismo pelo qual a nova eleição seria convocada. Pelo Regimento Interno do Senado, Viana, que é vice-presidente da Casa, poderia ficar no cargo até fevereiro. 
A Constituição também estabelece que Viana deveria terminar o mandato. E mais: diz que, caso haja uma nova eleição, seria para eleger um presidente para um mandato tampão. A avaliação do petista é que, diante da instabilidade política por que passa o país, o Senado não pode prescindir de um presidente com total legitimidade.

Justiça determina que Petrobras e ANP suspendam venda da BR Distribuidora

A 3ª Vara da Justiça Federal em Sergipe determinou à Petrobras e à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) que suspendam a venda de participação acionária na Petrobras Distribuidora. A decisão, em caráter liminar, ainda comporta recurso ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5).
A ação foi movida pelos petroleiros José Hunaldo Nunes Santos e Fernando Borges da Silva, ligados ao Sindipetro-Alagoas. Os dois acusam a estatal petrolífera de infringir a legislação ao planejar se desfazer do controle acionário da BR Distribuidora vendendo 51% das ações sem realizar uma licitação.
A denúncia acatada pelo juiz Edmilson da Silva Pimenta na sexta-feira (2) é semelhante àquela que, há duas semanas, motivou a juíza federal Telma Maria Santos Machado, da 1ª Vara Federal de Sergipe, a determinar a suspensão da venda dos direitos de concessão dos campos de Baúna e Tartaruga Verde. A primeira ação popular também foi ajuizada por José Hunaldo Nunes Santos, que demonstrou que a própria Petrobras estava anunciando a venda de 100% da participação dos dois campos sem licitá-los.
Ao se queixarem da possibilidade da estatal se desfazer do controle da BR Distribuidora, Santos e Silva sustentaram que o negócio, se consumado, “causaria interferência direta na vida de todos os cidadãos do país, porquanto é o controlador acionário quem determina a estratégia e a gestão da companhia, como por exemplo em relação às condições e aos prazos de pagamento da distribuição dos combustíveis, com a garantia do suprimento para continuidade dos serviços públicos”. Os autores da ação também acusam a Petrobras de não ter dado a devida publicidade à decisão de vender os ativos da empresa.
Procuradas pela Agencia Brasil, a ANP informou que não comentará o assunto. A Petrobras ainda não se posicionou. À Justiça, a Petrobras alegou que, como sociedade de economia mista (pessoa jurídica que conta com capital público e privado), é livre para atuar em regime de livre competição e que as operações de “desinvestimento” estão diretamente associadas à estratégia empresarial.
“Obrigar a Petrobrás a licitar atividades estratégicas e essenciais ao desempenho de seu objeto social significa impedi-la de atuar no mercado em condições de paridade com as demais empresas petrolíferas, desvirtuando-se o princípio da livre competição constitucionalmente previsto”, argumentou a empresa em sua defesa, acrescentando que, mundialmente, a alienação de bens prevê a consulta ao mercado e o convite às interessadas. “A adoção de tal procedimento está expressamente autorizada no Regulamento do Procedimento Simplificado da Petrobrás”.
Já a ANP, nos autos, alegou apenas que não faz parte de suas atribuições legais regular ou fiscalizar assuntos relativos à participação acionária de empresa subsidiária da Petrobrás. Argumento refutado pelo juiz federal, que entende que, legalmente, qualquer assunto envolvendo atividades econômicas da indústria do petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis deve ser devidamente acompanhado pela ANP.
“Soa insustentável para este juízo defender que a venda de ações da BR-Distribuidora, uma das principais subsidiárias da Petrobrás, não interessa à ANP como órgão regulador da indústria petrolífera, uma vez que esse procedimento envolve, de forma direta, várias das suas atribuições legais”, aponta o magistrado.
Alegando ser dever das partes cumprir as decisões judiciais, o magistrado optou por não estabelecer nenhuma multa para o caso da agência e da empresa descumprirem sua decisão. “Posteriormente, em caso de descumprimento deste ato decisório, este Juízo adotará todas as medidas cabíveis contra as partes eventualmente recalcitrantes”.
Credito: Agência Brasil

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Sai a reforma de Temer: 65 anos, pensão menor e privilégios mantidos

Pressionado a executar sua "ponte para o futuro" antes que seu governo chegue a um fim prematuro, em razão das delações da Odebrecht ou do caso Geddel Vieira Lima, Michel Temer apresentará sua reforma da Previdência nesta terça-feira. Os principais pontos foram divulgados pelo jornal O Globo.São eles:
1) idade mínima de 65 anos para homens e mulheres, o que vale para todos os homens com menos de 50 anos e mulheres com menos de 45 (para os demais, haverá uma regra de transição).
2) pensões desvinculadas do salário mínimo – o que significa que ficarão abaixo do piso salarial.
3) intocabilidade das Forças Armadas e dos parlamentares, que votarão a proposta.
Ou seja: a reforma de Temer é a expressão plena de seu governo. Pune os mais pobres e protege os mais ricos.
Temer se aposentou aos 55 anos. Fonte: Brasil 247.
Créditos: WSCOM

Inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos é de 7,05% em 12 meses

O Índice de Preços ao Consumidor - Classe 1 (IPC-C1) -, que mede a inflação para famílias com renda até 2,5 salários mínimos, ficou em 0,06% em novembro deste ano, taxa inferior a 0,18% de outubro. O indicador acumula taxas de 6,02% no ano e de 7,05% no período de 12 meses, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-BR) -, que mede a inflação para todas as faixas de renda, ficou em 0,17% em novembro, acima do IPC-C1. Em 12 meses, o IPC-BR atinge 6,76%, portanto, abaixo do IPC-C1. Cinco das oito classes de despesa componentes do IPC-C1 tiveram queda na taxa na passagem de outubro para novembro. Pelo menos três registraram deflação (queda de preços).
Alimentação já havia anotado deflação de 0,21% em outubro e passou a registrar uma queda de preços ainda mais acentuada em novembro: 0,36%.
Vestuário passou de uma inflação de 0,31% para uma deflação de 0,36%. Movimento semelhante teve a taxa de despesas diversas, que passou de uma inflação de 0,02% para uma deflação de 0,34%. As taxas de inflação de duas classes de despesa recuaram: habitação (de 0,49% para 0,39%) e comunicação (de 0,76% para 0,1%)
Por outro lado, três classes de despesa tiveram aumento da taxa entre outubro e novembro: transportes (de 0,18% para 0,35%), educação, leitura e recreação (de 0,28% para 0,56%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,36% para 0,37%).
Créditos: Paraíba Total/EBC

Extrema-direita é derrotada na Áustria

Alexander Van der Bellen, presidente eleito na ÁustriaDe acordo com o Ministério do Interior, Van der Bellen está liderando a eleição presidencial austríaca com 60,4% cento dos votos contra 39,6% do seu rival da extrema direita Norbert Hofer, do Partido da Liberdade.
Hofer já reconheu a sua derrota e parabenizou Van der Bellen pela vitória.  O receio do possível retorno de um governo da extrema-direita na Áustria fez muitos países europeus voltarem as atenções para as eleições no país. 
O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, saudou a vitória de Van der Bellen, destacando que o resultado é um golpe contra o populismo na Europa. "Grande vitória de Alexander Van der Bellen, na Áustria. O populismo não é o destino da Europa", disse Valls.
Créditos: Sputnik

Quase 60% dos italianos recusam proposta de reforma constitucional

Com 59,1% dos votos, os italianos recusaram ontem (4), em referendo, a proposta de reforma constitucional que, entre outras coisas, pretendia extinguir o bicameralismo paritário no país, retirando poderes do Senado (e salários dos senadores). Confirmando o que disse durante a campanha, o primeiro-ministro, Matteo Renzi, anunciou que, com a derrota, deixará o cargo.
"Não sou como os outros. Não vou ficar aqui por uma cadeira", disse Renzi durante entrevista à imprensa no Palácio Chigi, sede do governo italiano, em Roma. Ele deve apresentar sua renúncia nesta segunda-feira (5),
A proposta de reforma constitucional submetida ao referendo - apelidada de Lei Boschi, em alusão à ministra para as Reformas Constitucionais e Relações com o Parlamento, Maria Elena Boschi, propunha a redução dos poderes do Senado, a transferência de competências das regiões para o governo central e a extinção de privilégios políticos.
Os votos favoráveis às mudanças alcançaram 40,89%. Segundo o Ministério do Interior, 33,2 milhões dos quase 51 milhões de eleitores aptos a votar compareceram às urnas no país e no exterior. Do 1,25 milhão de cidadãos italianos que votaram no estrangeiro, cerca de 400 mil votaram no Brasil.
Os votos favoráveis às mudanças alcançaram 40,89%. Segundo o Ministério do Interior, 33,2 milhões dos quase 51 milhões de eleitores aptos a votar compareceram às urnas no país e no exterior. Do 1,25 milhão de cidadãos italianos que votaram no estrangeiro, cerca de 400 mil votaram no Brasil.
Com o resultado do referendo e a renúncia de Renzi, os partidos de oposição já começaram a cobrar do presidente Sergio Mattarella a convocação de eleições para escolha de um novo governo. Diante do impasse político criado pela decisão da Justiça italiana, que declarou inconstitucional a lei eleitoral nacional, e agora sem a alternativa proposta pelo governo por meio da aprovação da Lei Boschi, Mattarella deve designar um novo governo para que aprove uma lei que permita o país ir às urnas o mais rápido possível.
Na prática, se o "sim" tivesse vencido, a Câmara dos Deputados passaria a aprovar, sozinha, as futuras leis italianas. Os senadores seriam substituídos por 74 conselheiros regionais (o equivalente aos deputados estaduais brasileiros) e 21 prefeitos, todos escolhidos pelas assembléias legislativas regionais a partir do voto popular. O presidente da República nomearia mais cinco membros para esse novo Senado, totalizando 100 integrantes, mas que não teria praticamente nenhum poder perante as decisões da Câmara. Os 100 “senadores” também não receberiam salários.
Além do apelo popular da alegada contenção de gastos, o primeiro-ministro sustentava que a mudança de quase um terço do texto constitucional era a única forma de garantir a estabilidade política e econômica italiana. Renzi recebeu inclusive apoio da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que veio a público incentivar os italianos a votar a favor, alegando que “a reforma constitucional seria um passo a mais no processo de mudanças e reforçaria a governança política e econômica da Itália”.
Por outro lado, a proposta tinha críticos poderosos, principalmente entre os opositores do governo, como o ex-primeiro ministro Silvio Berlusconi, do partido Força Itália, e Beppe Grillo, ex-comediante que se tornou líder de uma das principais legendas de oposição na Câmara dos Deputados, o populista e antissistema Movimento Cinco Estrelas.
Beppe Grillo usou as redes sociais para celebrar o resultado final da votação. “Ganhou a democracia. Os tempos mudaram. A soberania pertence ao povo, e agora vamos começar a realmente aplicar a nossa Constituição.”
Créditos: Rede Brasil Atual

domingo, 4 de dezembro de 2016

Extrema pobreza volta a crescer no Brasil após seis anos, aponta IBGE

A extrema pobreza voltou a crescer. A quantidade de famílias com rendimento per capita inferior a 25% do salário-mínimo subiu em 2015, segundo dados divulgados pela Síntese dos Indicadores Sociais (SIS), pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (2/12). Essa classe da sociedade saltou de 8%, em 2014, para 9,2% em 2015. Foi o primeiro aumento desde 2009.

O movimento, segundo o IBGE, reverte uma tendência de recuo do número de pessoas vivendo na “pobreza extrema” no Brasil. O termo é classificado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) para famílias com renda de até um quarto do salário-mínimo per capita. 

Segundo o IBGE, o aumento de famílias em extrema pobreza só não foi maior por conta de pensões e benefícios que tem aumentos atrelados ao salário mínimo. Em 2015, o salário mínimo foi ajustado em 8,8%, passando de R$ 724 para R$ 788.

No período em que o salário mínimo foi reajustado, caiu de 14,8% para 13,5% os rendimentos provenientes de aposentadoria e pensão, no entando aumentou de 15,2% para 16,9% os recursos com origem em outras fontes de rendimento, incluídos aí os benefícios de programas sociais.