sábado, 14 de janeiro de 2017

Desemprego em alta eleva risco de agitação social no Brasil, diz OIT


A marcha lenta da economia global está aumentando a agitação social pelo o mundo, e o brasil, com a piora do mercado de trabalho local, alimenta  esse mau-estar, aponta relatório da Organização Mundial do Trabalho (OIT), divulgado esta semana.

Segundo a organização, o crescimento econômico mundial continua decepcionante, sem motivar a criação de empregos suficientes para compensar o número de pessoas que ingressam no mercado de trabalho.
Com isso, a taxa mundial de desemprego deverá subir de 5,7% para 5,8% em 2017, estima a OIT, elevando o contingente de desempregados em 3,4 milhões de pessoas na comparação com o ano anterior. Ao todo, serão 201,1 milhões de pessoas sem emprego no planeta neste ano.

No Brasil, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o desemprego está em 11,9%, índice do trimestre encerrado em novembro de 2016, com 12,1 milhões de pessoas nesta situação. 

A incerteza global com o desempenho da economia está aumentando o risco de agitação social e descontentamento em praticamente todas as regiões do mundo, aponta a OIT. O chamado Índice de Agitação Social busca ser um termômetro da "saúde social" dos países.

Calculado pela OIT a partir de informações sobre protestos como manifestações de rua, bloqueios de vias, boicotes e rebeliões, pretende refletir a insatisfação da população com fatores como mercado de trabalho, condições de vida e processos democráticos.
No Brasil, o índice avançou 5.5 pontos em 2016, enquanto o aumento global foi de 0.7 ponto.

Como resultado da equação que soma insatisfação social e falta de trabalho, há um aumento na decisão das pessoas pela migração, aponta a OIT. O órgão cita estimativas que identificavam 232 milhões de migrantes internacionais no planeta em 2013, 89% em idade de trabalho.
A OIT estima que o PIB (Produto Interno Bruto, soma dos bens e serviços produzidos pelo país) do Brasil irá recuar 3,3% em 2016, puxando para baixo a performance de toda a América Latina e Caribe. A região deverá registrar a segunda recessão em menos de dez anos, com contração de 0,4% no PIB em 2016.
"Isso (recessão na América Latina) foi amplamente motivado pela performance econômica ruim do Brasil, dado o peso da influência do país na região e em parceiros de exportação", afirma o relatório da OIT, intitulado Perspectivas Sociais e do Emprego no Mundo - Tendências de 2017.
O Brasil também impactará negativamente o emprego na região, que deverá recuar 0,3% em 2017, estima a organização. A OIT projeta o índice de desemprego no Brasil neste ano em 12,4%, um ponto acima do percentual de 2016.
A organização destaca outros reflexos da precarização no mercado mundial de trabalho, como aumento das chamadas formas vulneráveis de ocupação - trabalhadores familiares não remunerados e trabalhadores por conta própria são exemplos desta situação. Esse tipo de trabalho, diz a OIT, deve representar mais de 42% da ocupação total, ou 1,4 bilhão de pessoas em 2017, e o número deverá avançar 11 milhões por ano.
Outra tendência é a desaceleração da redução da pobreza dos trabalhadores - países em desenvolvimento deverão registrar nos próximos dois anos, por exemplo, aumento de mais de 5 milhões no número de trabalhadores que ganham menos de US$ 3,1 (R$ 9,84) por dia.
Ganhos fracos de produtividade, avanço tímido do investimento (movido em parte pela baixa nas commodities) e desaceleração do comércio global são fatores, segundo a OIT, que ajudam a explicar a marcha lenta da economia global - e os reflexos negativos no emprego.
Créditos: BBC Brasil

China alerta Trump para o risco de um “confronto devastador”

O porta-aviões chinês ‘Liaoning’ no mar do sul da China, no final de dezembro.
A China não se mostra nada satisfeita com o futuro Governo de Donald Trump, nos EUA. Os meios de comunicação oficiais do país deixaram isso bastante claro nesta sexta-feira. Em uma dura advertência, dirigiram-se a Rex Tillerson, indicado para secretário de Estado, alertando-o para que tome cuidado com o que diz: suas ameaças a Pequim no sentido de bloquear o acesso às ilhas artificiais construídas pelos chineses no mar do sul da China correm o risco de desencadear um “confronto devastador”.

“A hostilidade de Tillerson em relação à China cai muito mal se se materializa”, alerta o jornal China Daily em editorial, após as declarações feitas pelo ex-presidente da Exxon Mobil em sua sabatina para confirmação no cargo feita no Senado dos EUA na quarta-feira. “Esses comentários não merecem ser levados a sério, pois são uma mistura de ingenuidade, miopia, velhos preconceitos e fantasias políticas. Seria um desastre se ele decidisse adotar isso tudo no mundo real”.

O jornal governista acusa o candidato a chefe da diplomacia norte-americana de pouco profissionalismo e de ignorância dos princípios elementares da relação bilateral entre as duas maiores potências do planeta. Se os norte-americanos realmente se propuserem a impedir o acesso às ilhas artificiais, diz o jornal, “abririam o caminho para um confronto devastador entre a China e os EUA”.

Mais beligerante ainda foi o posicionamento do Global Times, que normalmente adota posições bastante nacionalistas em termos de política externa. O jornal fala diretamente na possibilidade de uma “guerra”. “Se a equipe diplomática de Trump definir as futuras relações entre China e EUA como está fazendo agora, é melhor que as duas partes se preparem para um enfrentamento militar”, afirma. 

Tillerson havia comparado a construção das sete ilhotas artificiais chinesas em água sob disputa no mar do sul da China com a “ocupação da Crimeia pela Rússia”, em detrimento da Ucrânia. “Teremos de mandar um sinal claro à China no sentido de que, primeiramente, acabou-se a construção de ilhas e, em segundo lugar, o seu acesso a elas não será mais permitido”, afirmou. 
Créditos: EL País

Dois brasileiros entre os mais ricos da Suíça

Jorge Paulo Lemman, InBev, Ktraft Heinz tem a segunda maior fortuna da Suíça, 27 a 28 bilhões de francos suíços, 1 bilhão a menos do que em 2015, devido a aquisição da cervejaria britânica SABMiller, em setembro (100 bilhões de francos).

Aos 77 anos e pai de seis filhos, ele prefere dirigir seus negócios das margens do lago de Zurique, segundo a revista. Seus interesses na InBev são defendidos no conselho de administração por seu filho mais velho, Paulo Alberto, 48 anos.

A terceira maior fortuna da Suíça também pertence a um brasileiro, o banqueiro Joseph Y.Safra, com uma fortuna avaliada de 17 a 18 bilhões de francos suíços. Em 2013, o grupo Safra comprou o banco suíço Sarasin, especialista em gestão de fortunas.

Em 2016, J.Safra Sarasin, comprou as sucursais do Crédit Suisse em Mônaco e Gibraltar. A holding também tem investimentos imobiliários. O grupo Safra, em 2016, administrava ativos de 202 bilhões de dólares. O filho de Joseph, Jacob, é vice-presidente do grupo. Ambos vivem na Suíça, segundo a revista “Bilan”.
Créditos: Swissinfo

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Atividade econômica medida pelo IBC-Br aumenta 0,2% em novembro

A atividade econômica teve variação positiva após quatro meses consecutivos de retração, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (13) pelo Banco Central (BC). O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) dessazonalizado (ajustado para o período) cresceu 0,2%, em novembro, comparado a outubro. 
Na comparação entre novembro de 2016 e novembro de 2015, houve queda de 2%. No ano acumulado do ano, o IBC-Br acusa queda de 4,59% e, em 12 meses encerrados em novembro, retração de 4,76%, nos dados sem ajuste. O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica brasileira e ajuda o BC a tomar suas decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic.
O índice incorpora informações sobre o nível de atividade dos três setores da economia: indústria, comércio, serviços e agropecuária, além do volume de impostos. Mas o indicador oficial sobre o desempenho da economia é o Produto Interno Bruto (PIB), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB é a soma de todas as riquezas produzidas pelo país. Da Agência Brasil.

Lula diz que pode ser candidato em 2018

lula cnte.jpg
 Num discurso marcado pelas realizações na área da educação durante seus dois mandatos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abriu o 33º Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), na noite de ontem (12), em Brasília. Durante 50 minutos, fez um paralelo entre as conquistas no setor que tiveram continuidade no primeiro mandato da presidenta Dilma Rousseff e os retrocessos em menos de um ano de governo de Michel Temer (PMDB), a quem mandou vários recados.
Em um deles, que serve também ao juiz federal Sérgio Moro, reforça que está de volta e disposto. "Tenho 71 anos, mas pareço jovem de 30. E este ano, quem acha que vai me proibir de fazer as coisas nesse país pode se preparar. Vou voltar a rodar esse país." 
Para "refrescar a memória" da plateia que lotou o Centro de Convenções Ulisses Guimarães, ele lembrou que o orçamento da educação no início de seu governo era de R$ 33 bilhões, passando para R$ 130 bilhões em 2016, o correspondente a um salto de 4.8% do PIB para 6.3% no período. E que foi aprovada a criação do fundo do pré-sal, do qual 50% seria destinado ao financiamento do ensino num esforço para o cumprimento do Plano Nacional de Educação que prevê a aplicação de 10% do PIB pela União até o final do decênio de vigência do plano.
Lula disse que neste ano pretende discutir com Temer e aliados o caminho para tirar o país da lama. "Para isso há uma palavra miraculosa: voltar a criar 'emprego' nesse país. Precisamos também garantir que o Estado volte a funcionar, que a economia se recupere – o que não é possível com essa taxa de juros. Os estados estão quebrados, as prefeituras também. Há prefeitos que não conseguiram pagar o 13º de seus servidores. Se eu voltar, eu creio que esse país pode se recuperar." 
Saindo em defesa de Dilma, disse ser inaceitável que a gestão Temer, com apoio da mídia, acuse seu governo de "ter quebrado o país". E afirmou que, desde a reeleição da presidenta, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, trabalhou para que nenhuma de suas reformas fossem aprovadas. "Quem quebrou o país foram eles, os golpistas. Essa gente está impedindo o Brasil de ser competitivo. Jogam fora a oportunidade de o país ser uma grande nação através da educação."
 O ex-presidente não poupou críticas a Temer. "Não tem possibilidade de ter credibilidade alguém que chegou ao poder dando um golpe e que construiu uma mentira deslavada. Todo mundo tem o direito de ser o presidente desse país. Mas pelo menos que seja ético para disputar uma eleição".
Créditos: Rede Brasil Atual

Aposentadoria de quem ganha mais deve ter aumento acima do reajuste do salário mínimo

Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado como referência para o reajuste dos benefícios previdenciários, acumulou alta de 6,58% em 2016, segundo divulgou nesta quarta-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com isso, pela primeira vez em 20 anos o reajuste das aposentadorias e benefícios do INSS de quem ganha acima de 1 salário mínimo deverá ser superior ao aumento do salário mínimo, que teve reajuste de 6,48% e passou de R$ 880 para R$ 937 no dia 1º de janeiro.
A portaria que oficializa o reajuste ainda precisa ser publicada no Diário Oficial da União (DOU) pelo governo federal. Questionado pelo G1 sobre a aplicação do INPC para o reajuste dos benefícios previdenciários de quem recebe acima do mínimo, o Ministério da Previdência explicou que desde 2003 a correção é feita utilizando o INPC do ano anterior como índice, conforme o previsto na Lei 8.213/91, mas ainda não confirmou se o reajuste de 2017 será oficializado em 6,58%.
“A Portaria com a atualização dos benefícios, assim como tabela de contribuição mensal, será publicada no DOU após a divulgação do INPC pelo IBGE”, informou a Previdência. Até o início da tarde desta quarta-feira, o ministério ainda não tinha se manifestado sobre a data de publicação da portaria e o valor do reajuste.
A última vez que o aumento do salário mínimo ficou abaixo do índice de correção concedido para os benefícios previdenciários de quem recebe acima do mínimo foi em 1997. Naquele ano, o reajuste dos benefícios ficou em 7,76%, enquanto que o salário mínimo subiu 7,14%, segundo a série histórica do Ministério da Previdência, iniciada em 1995.(G1).
Créditos: Focando a Notícia

Novo modelo de CPF passará a incluir QR Code

A Receita Federal alterou o modelo do Cadastro Pessoa Física (CPF) emitido pelo órgão. De acordo com ato publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira (12), os novos documentos passarão a ter, no verso, um QR Code, espécie de código de barras que pode ser escaneado por celulares e outros dispositivos.
Também foi permitido que o CPF de pessoas com deficiência com mais de 18 anos seja requerido por cônjuge, pais, descendentes e parentes colaterais até terceiro grau.
Créditos: Paraíba Total