quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Crise pode levar 3,6 milhões de brasileiros de volta à pobreza

A crise econômica poderá fazer 3,6 milhões de brasileiros voltarem para níveis abaixo da linha da pobreza até o fim do ano. A estimativa é do Banco Mundial, que divulgou pesquisa sobre o impacto da recessão no nível de renda do brasileiro. A projeção considera que o ano-fiscal 2016/2017, que considera do segundo semestre de 2016 ao primeiro semestre desse ano, encolherá 1%. 

Em um cenário mais otimista sobre a crise econômica , que prevê crescimento de 0,5% da economia nesse período, o total de pobres subiria em 2,5 milhões, segundo o Banco Mundial. Pelos critérios do estudo, são consideradas abaixo da linha da pobreza pessoas que vivem com menos de R$ 140 por mês.


De acordo com o Banco Mundial, a maior parte dos "novos pobres" virá das áreas urbanas. O aumento da pobreza na zona rural, segundo o estudo, será menor porque as taxas de vulnerabilidade já são elevadas no campo. O estudo também analisou o impacto do aumento da pobreza sobre o programa Bolsa Família e afirmou que 1,16 milhão de famílias passariam a depender do benefício na previsão mais pessimista.
Atualmente, o programa atende a 14 milhões de famílias, segundo o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário. Em seu levantamento, o Banco Mundial recomenda que para fazer frente à crise, o País precisa expandir o Bolsa Família, "que passará de um programa redistributivo eficaz para um verdadeiro programa de rede de proteção flexível o suficiente para expandir a cobertura aos domicílios de 'novos pobres' gerados pela crise", destacou o estudo.
Segundo o Banco Mundial, o Brasil conseguiu construir uma das maiores redes de proteção social do mundo. A instituição recomenda que o orçamento do Bolsa Família cresça acima da inflação para ampliar a cobertura e atender a um número crescente de pobres. No cenário mais otimista, o programa deveria subir 4,73% acima da inflação acumulada entre 2015 e 2017. Na previsão mais pessimista, a alta deveria ser 6,9% superior à inflação.
Em termos nominais, o orçamento do Bolsa Família subiria de R$ 26,4 bilhões no fim de 2015 para R$ 30,4 bilhões este ano na simulação que considera crescimento econômico e para R$ 31 bilhões no caso de um novo encolhimento da economia. O estudo não considerou o efeito da introdução do teto para os gastos públicos, que entrou em vigor este ano, mas avalia que o ajuste fiscal não seria comprometido com a ampliação do Bolsa Família.
“O ajuste fiscal que vem sendo implementado no Brasil pode ser alcançado praticamente sem onerar ou onerando muito pouco a população pobre”, destacou o Banco Mundial em sua pesquisa sobre a crise econômica. “A despeito das limitações no espaço fiscal a médio prazo, existe uma grande margem para ampliar o orçamento para os elementos mais progressivos da política social, remanejando verbas de programas de benefícios e melhorando a eficiência do gasto público.” Com informações da Agência Brasil.Foto: Arquivo / Pe. Djacy.
Créditos: IG

Centrais confirmam dia de protestos contra PEC 287

As centrais sindicais confirmaram a realização, em 15 de março, de um dia nacional de protestos e paralisações contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, de reforma da Previdência. Os trabalhadores na educação já haviam aprovado, em congresso da CNTE (confederação nacional do setor), uma paralisação nessa data. 
Segundo as entidades, "várias ações serão realizadas em conjunto" para impedir a aprovação da PEC, "que inviabiliza tanto a concessão de benefícios que representa, na prática, o fim da aposentadoria para milhões de brasileiros". Estão previstas para os próximos dias manifestações em aeroporto e bases eleitorais dos deputados. Na semana passada, a Câmara instalou uma comissão especial para avaliar a proposta.
"A unidade de luta é fundamental contra este que é o maior ataque aos direitos dos trabalhadores", afirma o presidente da CUT, Vagner Freitas. "É preciso organizar a sociedade brasileira, alertar as pessoas sobre o real objetivo das mudanças que afetam toda a classe trabalhadora."
Na terça-feira da semana que vem (21), representantes das centrais irão a Brasília para reuniões com os presidentes da Câmara e do Senado e líderes partidários. Já nesta semana, eles deverão procurar representantes das comissões especiais da PEC da Previdência e da reforma trabalhista.
Créditos: Rede Brasil Atual

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Governistas trabalham para aprovar terceirização irrestrita

A base aliada de Michel Temer no Senado articula a votação, nesta semana, de uma proposta que garanta a “terceirização irrestrita” do trabalho, permitindo que empresas subcontratem não apenas serviços auxiliares, como segurança e limpeza, mas também sua própria atividade fim. 
Lideranças partidárias defendem ressuscitar o projeto que passou pela Câmara em abril de 2015, ainda sob a gestão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que permite a prática. A intenção dos líderes do governo no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), e no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), é restabelecer o teor da proposta da Câmara.A proposta é amplamente criticada centrais sindicais e atinge 13 milhões de trabalhadores, que podem ter sua situação laboral precarizada. As informações são de reportagem de Ricardo Brito no Estado de S.Paulo.
"Essa matéria foi motivo de briga entre Eduardo Cunha e o ex.presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL). Renan não se curvou à pressão do ex-colega da Câmara e “desacelerou” a tramitação da proposta, mandando-a passar inicialmente por quatro comissões temáticas.Posteriormente, o texto foi remetido para a comissão especial da Agenda Brasil para que fosse apreciado exclusivamente pelo colegiado."
Créditos: Brasil 247

Agricultores têm descontos de até 95% na liquidação de dívida rural

Os agricultores paraibanos com dívidas rurais contraídas no período do ano de 2002 a 31 de dezembro de 2011 poderão ser beneficiados com a Lei de Renegociação de Dívidas Rurais (Lei 13.340, de 28 de setembro de 2011), que permite a sua liquidação com descontos que podem chegar a 95% sobre o saldo devedor.
A informação é do coordenador do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNFC) na Paraíba, Francisco das Chagas Pereira, lembrando que o Estado conta com mais de 432 agricultores com contratos de forma individual ou coletiva.
Ele adiantou que estes agricultores, mesmo que estejam inadimplentes ou inseridos no cadastro da Dívida Ativa da União, serão beneficiados e, para tanto, devem acessar o site do Programa Geral da Fazenda Nacional (PGFN), imprimir o boleto e, por fim, se dirigir à sua agência do Banco do Brasil ou Banco do Nordeste, a fim de efetuar o pagamento. O beneficio vai até 30 de setembro de 2017.
A regulamentação da Lei de Renegociação de Dívidas Rurais representa a oferta de oportunidades para restaurar a capacidade produtiva dos agricultores, com foco na geração de emprego e renda.
O decreto de regulamentação da Lei de Renegociação de Dívidas Rurais (Lei 13.340, de 28 de setembro de 2016) foi assinado na quarta-feira (8) pelo presidente da República, Michel Temer. Fonte: SECOM-PB.
Créditos: Paraíba Total

Ford paralisa produção e concede férias coletivas para 3 mil trabalhadores

GGN - A montadora Ford decidiu conceder férias coletivas para cerca de 3 mil trabalhadores em sua fábrica em São Bernardo do Campo (SP), no ABC paulista. Com isso, os funcionários não irão trabalhar entre os dias 6 a 31 de março. A empresa disse que adotou a medida para ajustar o volume de produção à demanda do mercado. 
Além disso, a Ford é a segunda montadora com mais operários em layoff, que tem seus contratos de trabalhos suspensos, com 710 pessoas. O número corresponde a 18% de seus 4 mil funcionários, sendo que 450 estão afastados desde outubro e outros 260 desde janeiro do ano passado.  
A empresa está concedendo férias coletivas pela segunda vez em menos de dois meses. A última foi entre os dias 26 de dezembro e 6 de janeiro de 2017.  
Também no ABC, a General Motors estendeu por 70 dias a manutenção de 751 operários no regime de layoff em São Caetano do Sul (SP). O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (Smabc) firma que prazo do layoff se encerrou na última quinta (9). A empresa também pretende abrir um Programa de Demissão Voluntária (PDV).  
Cerca de 9,5 mil trabalhadores da fábrica de São Caetano entrarão em férias coletivas de 7 a 26 de março. Em São José dos Campos, 2,2 mil funcionários também terão férias coletivas, de um total de 5 mil trabalhadores.  
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região afirma que as férias foram provocadas pelo cancelamento da exportação de 15 mil veículos para o México, e diz que irá pedir uma audiência com os Ministérios da Indústria e Comércio e com o Itamaraty para discutir o tema. 
Créditos: Rede Brasil Atual

Brasileiros já pagaram R$ 300 bilhões em impostos em 2017

O valor pago pelos brasileiros em impostos neste ano alcançou R$ 300 bilhões no domingo (12), segundo o “Impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). No ano passado, o mesmo montante foi registrado somente em 21 de fevereiro, o que revela crescimento da arrecadação tributária.
Há um aumento real na arrecadação, mas essa alta tem que ser vista com cautela: ela ainda não se refere a uma elevação do nível de atividade, mas sim a aumentos de alíquotas de alguns tributos”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). “A tendência, porém, é boa. Há indicadores que começam a se reequacionar, resultado das reformas do governo, que vêm produzindo os primeiros efeitos para tirar o País da recessão”, complementa. (G1).
Créditos: Focando a Notícia

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Um milhão de famílias retornam a pobreza e voltam para o Bolsa Família

O golpe de 2016, semeado em 2015 pela aliança entre Aécio Neves (PSDB-MG) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez com que quase 1 milhão de famílias retornassem à situação de pobreza extrema no Brasil e voltassem ao Bolsa Família. No ano passado, o desastre econômico produzido por Michel Temer levou 519,5 mil famílias de volta ao Bolsa Família.
O número é recorde e revela a quantidade de brasileiros que voltaram à situação de pobreza extrema, recorrendo novamente ao benefício. Em 2015, quando o Brasil foi governado na prática pela aliança do "quanto pior, melhor", feita entre Aécio e Cunha, outras 423,6 mil famílias retornaram ao Bolsa Família.
Ou seja: o custo do golpe é de quase 1 milhão a mais de famílias em situação de extrema pobreza. Neste dois anos, em que a presidente Dilma Rousseff foi primeiro sabotada por Aécio e Cunha e depois derrubada por Temer, 5 milhões de brasileiros perderam seus empregos. Os dados são de reportagem da jornalista Renata Mariz, publicada no jornal O Globo. (247).
Créditos: WSCOM