quarta-feira, 8 de março de 2017

Economia cai 7,2% em 2 anos na pior recessão já registrada

O Produto Interno Bruto (PIB, soma de todas as riquezas produzidas no país) acumulou queda de 7,2% no biênio 2015-2016, informou o IBGE. Na série de crescimento econômico da entidade, iniciada em 1948, foi a primeira vez em que houve dois anos seguidos com queda anual do PIB. 
Antes da contagem do instituto, e com outras metodologias de medição, o país tinha apresentado dois anos seguidos de queda no PIB somente em 1930, com recuo de 2,1%, e em 1931, queda de 3,3%. Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, disse que é possível dizer que a recessão atual é a pior desde 1948. A pesquisadora relutou em afirmar que se trata da pior recessão da história, por causa da falta de “dados confiáveis” do período anterior a 1948.
Ainda conforme os cálculos do IBGE, o PIB encerrou 2016 com queda de 3,6%, um pouco melhor que em 2015, quando o recuo foi de 3,8%. “É como se estivesse anulando (os crescimentos) de 2011, 2012, 2013 e 2014, que tinham sido positivos”, disse Rebeca.
Além disso, a queda anual de 6,6% no PIB da agropecuária em 2016 é a maior da série histórica com a atual metodologia. A seca prejudicou muitas produções pelo país, diz o IBGE. A queda de 2,5% no PIB brasileiro no quarto trimestre de 2016 ante o mesmo período do ano anterior ocorreu no 11º trimestre consecutivo de recuo. Apesar da manutenção dos resultados negativos, a perda foi a menos intensa desde o primeiro trimestre de 2015, quando o PIB caiu 1,8%. 
“A gente continua com taxas negativas, mas taxas menores. A queda veio desacelerando”, definiu Rebeca Palis. O mesmo movimento foi percebido na indústria. A queda de 2,4% no PIB industrial do quarto trimestre de 2016 ante o mesmo trimestre do ano anterior foi a mais branda em 11 trimestres consecutivos de perdas.
Créditos: O Tempo

Mulheres trabalham 7,5 horas a mais do que os homens devido à dupla jornada

Mulheres
As mulheres trabalham, em média, 7,5 horas a mais que os homens por semana devido à dupla jornada, que inclui tarefas domésticas e trabalho remunerado. Apesar da taxa de escolaridade das mulheres ser mais alta, a jornada também é. Os dados estão destacados no estudo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça, divulgado nesta segunda-feira 6 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O estudo é feito com base em séries históricas de 1995 a 2015 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Em 2015, a jornada total média das mulheres era de 53,6 horas e a dos homens, de 46,1 horas. Em relação às atividades não remuneradas, a proporção se manteve quase inalterada ao longo de 20 anos: mais de 90% das mulheres declararam realizar atividades domésticas; os homens, em torno de 50%.

“A responsabilidade feminina pelo trabalho de cuidado ainda continua impedindo que muitas mulheres entrem no mercado de trabalho e, ao mesmo tempo, aquelas que entram no mercado continuam respondendo pela tarefas de cuidado, tarefas domésticas. Isso faz com que tenhamos dupla jornada e sobrecarga de trabalho”, afirmou a especialista em políticas públicas e gestão governamental e uma das autoras do trabalho, Natália Fontoura.

Segundo Natália, a taxa de participação das mulheres no mercado de trabalho aumentou muito entre as décadas de 1960 e 1980, mas, nos últimos 20 anos, houve uma estabilização. “Parece que as mulheres alcançaram o teto de entrada no mercado de trabalho. Elas não conseguiram superar os 60%, que consideramos um patamar baixo em comparação a muitos países.”

Chefes de família e mulheres negras
O estudo observou ainda que aumentou o número de mulheres chefiando famílias. Em 1995, 23% dos domicílios tinham mulheres como pessoas de referência. Vinte anos depois, esse número chegou a 40%.

As famílias chefiadas por mulheres não são exclusivamente aquelas nas quais não há a presença masculina: em 34% delas havia a presença de um cônjuge. “Muitas vezes, tais famílias se encontram em maior risco de vulnerabilidade social, já que a renda média das mulheres, especialmente a das mulheres negras, continua bastante inferior não só à dos homens, comotambém à das mulheres brancas”, diz o estudo.

O Ipea verificou a sobreposição de desigualdades com a desvantagem das mulheres negras no mercado de trabalho. Segundo Natália, apesar de mudanças importantes, como o aumento geral da renda da população ocupada, a hierarquia salarial – homens brancos, mulheres brancas, homens negros, mulheres negras – se mantém.

“A desvantagem das mulheres negras é muito pior em muitos indicadores, no mercado de trabalho em especial, mas também na chefia de família e na pobreza. Então, é quando as desigualdades de gênero e raciais se sobrepõem no nosso país”, disse a especialista, destacando que a taxa de analfabetismo das mulheres negras é mais que o dobro das mulheres brancas. Entre os homens, a distância é semelhante.

Menos jovens domésticas
O Ipea destacou também a redução de jovens entre as empregadas domésticas. Em 1995, mais de 50% das trabalhadoras domésticas tinham até 29 anos de idade (51,5%); em 2015, somente 16% estavam nesta faixa de idade. Eram domésticas 18% das mulheres negras e 10% das mulheres brancas no Brasil em 2015.

“Nesse últimos 20 anos, podemos ver algumas tendências interessantes, como o aumento da renda das trabalhadoras domésticas. Só que, ainda assim, em 2015, a média do Brasil não alcançou nem o salário mínimo”, afirmou Natália. Em 2015, a renda das domésticas atingiu o valor médio de 739 reais em 2015, enquanto o salário mínimo, à época, era de 788 reais.

O número de trabalhadoras formalizadas também aumentou, segundo o Ipea. Em 1995, 17,8% tinham carteira e em 2015, a proporção chegou a 30,4%. Mas a análise dos dados da Pnad mostrou uma tendência de aumento na quantidade de diaristas no país. Elas eram 18,3% da categoria em 1995 e chegaram a 31,7% em 2015.

Escolaridade entre raças
Segundo o Ipea, nos últimos anos, mais brasileiros e brasileiras chegaram ao nível superior. Entre 1995 e 2015, a população adulta negra com 12 anos ou mais de estudo passou de 3,3% para 12%. Entretanto, o patamar alcançado em 2015 pelos negros era o mesmo que os brancos tinham já em 1995. A população branca com tempo de estudo igual ao da negra praticamente dobrou nesses 20 anos, variando de 12,5% para 25,9%.
O estudo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça está disponível no site do Ipea.
Créditos: Carta Capital

Reforma Trabalhista gera desemprego e escraviza trabalhadores, afirma presidente da CUT

Em audiência pública realizada nesta terça-feira (7), na Comissão Especial da Câmara dos Deputados criada para debater o PL 6.787/2016, Projeto de Lei da reforma Trabalhista de Temer, o presidente da CUT, Vagner Freitas, disse que essa reforma oficializa o bico e, além de desemprego, escraviza os trabalhadores.
“O que significa quando você só trabalha quando o patrão chama, só ganha pelo que produz, pode ser temporário por 120 dias ou mais, sem direito a FGTS nem férias?”, questionou Vagner, que destacou o prejuízo que essa reforma representa para as mulheres, que já correm risco de não conseguir sequer se aposentar com a reforma da Previdência de Temer.
O dirigente conclamou toda a sociedade para o ato contra as perversidades de Temer que a CUT e as demais centrais sindicais e movimentos populares estão organizando para a semana que vem. "Todos os sindicatos da CUT estão mobilizados para o dia 15 - Dia Nacional de Paralisação - e todas as trabalhadoras e trabalhadores do Brasil têm de cruzar os braços nesse dia para barrar as reformas de Temer, tanto a trabalhista quanta a previdenciária - uma quer acabar com a CLT, outra quer acabar com a aposentadoria. Não vamos pagar a conta do golpe".
Para a CUT, o PL 6.787, que altera o Decreto-Lei 5.452 de 1943, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), vai precarizar o trabalho no Brasil e não  modernizar a legislação trabalhista, como dizem o governo, os empresários e todos que defendem as mudanças.
Ao contrário da justificativa do governo Temer, o PL não vai gerar empregos, vai flexibilizar direitos e legitimar a precarização do trabalho, garantindo segurança jurídica e mais lucros para as empresas que utilizam formas de contratações ilegais.
“Ao invés de medidas para gerar empregos e um projeto de desenvolvimento inclusivo,  com investimentos em infraestrutura, inovação tecnológica e aumento de produtividade, o governo propõe a retirada de direitos, a proposta de Temer vai multiplicar as formas de trabalhos precários – salários baixos, insegurança no local de trabalho e alta ainda maior da  rotatividade”, argumenta o presidente da CUT.
Veja alguns exemplos do que os golpistas querem fazer com seus direitos:
Contrato temporário para sempre
A proposta de Temer aumenta o prazo máximo para contratos temporários de 90 dias para 120 dias, prorrogáveis por igual período. E o trabalho temporário poderá ser contratado também para atender acréscimo extraordinário de serviço decorrente de sazonalidade na produção, situação que existe em  empresas de todas as atividades da economia.
Os trabalhadores poderão ser contratados por até oito meses sem direitos trabalhistas como: seguro-desemprego, estabilidade para gestantes e verbas rescisórias como o aviso prévio e os 40% de multa do FGTS. 
Se a nova regra de contratos temporários for aprovada, os empresários não terão mais a obrigação de registrar os trabalhadores e, assim garantir todos os direitos do trabalhador.
Que tal trabalhar 352 horas a mais por ano?
Atualmente, a jornada é de 44 horas semanais ou 2.288 horas anuais – nesse cálculo está incluído o desconto semanal remunerado (DSR). Além disso, são permitidas até 2 horas extras por dia, desde que em caráter eventual.
O PL da reforma Trabalhista de Temer desconsiderou o DSR. Se passar do jeito que está, a jornada será mais do que 44 horas semanais. Será de 2.640 horas por ano. Isso significa até 352 horas a mais de horas trabalhadas por ano.
Parcelamento de férias/ negociado sobre o legislado
O PL da reforma Trabalhista de Temer também sugere a alteração do Artigo 611-A e prevê que a Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho tem força de lei em 12 temas pré-definidos: 1) parcelamento das férias em até três vezes, sendo que um dos períodos deve ser de duas semanas ininterruptas; 2) distribuição da jornada de trabalho, limitada a 220 horas mensais; 3) PLR (parcelamento, não inferior a duas parcelas); 4) Horas in itinere; 5) Intervalo intrajornada, respeitando-se o limite mínimo de trinta minutos; 6) Ultratividade da norma ou instrumento coletivo de trabalho da categoria; 7) Ingresso no Programa de Seguro Emprego (PSE) – por que? Se já tem suas regras definidas em Lei?; 8) Plano de cargos e salários; 9) Banco de horas, garantida acrescimento de 50% na hora que exceder a jornada normal de trabalho – é positivo, porém é significativo o numero de acordos que já prevê isso; 10) Trabalho remoto – isso é a regulamentação do trabalho precário; 11) Remuneração por produtividade – isso também é a regulamentação do trabalho precário; e,  12. Registro da jornada de trabalho – é uma revisão do registro de ponto?
Representação no local de trabalho
É restrita a empresas com mais de 200 trabalhadores e garante apenas um representante por empresa, podendo ser mais de um se previsto em acordo ou convenção coletiva. Porém, a estabilidade do representante é restrita a seis meses após o fim do mandato, o representante é dos empregados e não sindical , ou seja, não precisa ter filiação sindical. E mais, os procedimentos eleitorais do representante não podem ter interferência do sindicato. As  Atribuições do representante incluem participação na mesa de negociação de data base e “conciliação de conflitos” no local de trabalho, inclusive relacionados a verbas rescisórias. Incentiva a negociação por empresa (e não por categoria).
Para o presidente da CUT, o deputado que aprovar essa proposta será conhecido como “o deputado do bico, como o deputado que acabou com as férias, com o 13º, a carteira assinada, a CLT, que desempregou o trabalhador e que oficializou o bico”.
Se os deputados aprovarem esse projeto, a única saída vai ser colocar a cara de cada um deles nos postes, marcá-los como os deputados que acabaram com a carteira assinada e todos os direitos dos trabalhadores, concluiu Vagner.
Créditos: CUT

Preços da cesta básica, em fevereiro, caem em 25 das 27 capitais

Os valores da cesta básica calculados pelo Dieese caíram, no mês passado, em 25 das 27 capitais. As principais quedas foram apuradas em Manaus (-5,14%), Maceió (-5,10%), Porto Alegre (-4%), Brasília (-3,71%) e no Rio de Janeiro (-3,55%), enquanto as únicas altas vieram de Natal (0,59%) e São Luís (0,14%).
Mesmo com a queda em fevereiro, a cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 435,51), seguida de Florianópolis (R$ 434,13) e de São Paulo (R$ 426,22). Os menores valores foram registrados em Rio Branco (R$ 330,58) e Recife (R$ 344,06).
Com base no maior valor, o Dieese calculou em R$ 3.658,72 o salário mínimo para as despesas básicas de uma família. A proporção em fevereiro foi de 3,90 vezes o mínimo oficial (R$ 937), ante 4,07 em janeiro e 4,23 em fevereiro do ano passado.
O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 89 horas e 33 minutos. Menor tanto em relação a janeiro (91 horas e 48 minutos) como na comparação com fevereiro de 2015 (96 horas e 37 minutos).
Segundo o Dieese, houve predominância de alta de preços nos casos de óleo de soja (22 capitais), café em pó (20 cidades) e farinha de mandioca, pesquisada nas regiões Norte e Nordeste. Já o feijão caiu em 26 das 27 capitais, enquanto o preço da carne bovina recuou em 23 e o do tomate, em 22. Açúcar e leite integral também tiveram redução de preço na maioria dos locais pesquisados.

terça-feira, 7 de março de 2017

Golpe faz Brasil ter maior crise desde 1929.

 247 - A aliança entre o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que decidiu incendiar o País após sua derrota em 2014, com o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que pretendia se salvar da Lava Jato, com o aval do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, para instalar a "pinguela" Michel Temer no poder, produziu a segunda maior depressão econômica da história do Brasil, que só não perde para a depressão de 1930 e 1931, que foi consequência da quebra da Bolsa de Nova York, em 1929.
Neste ano, a queda do PIB será de 3,6%, depois de um tombo de 3,8% em 2015. Naquela ano, o PIB afundou com a aliança pelo "quanto pior, melhor", entre peemedebistas e tucanos, que visava criar as condições para o golpe. Em 2016, o País afundou ainda mais com a incapacidade de Michel Temer de governar.
A autodestruição brasileira é um caso inédito no mundo, que já produziu 7 milhões de desempregados – e continua produzindo. Segundo um estudo da Organização Internacional do Trabalho, o Brasil produzirá 33% dos desempregados do mundo em 2017. Leia reportagem de Maria Regina Silva e Thais Barcellos
Créditos: Brasil 247

PIB de 12 estados cai em dois anos e chega ao patamar de 2010

O estudo mostra como a recessão pela qual vive o país fez com que boa parte dos estados apresentem um PIB (Produto Interno Bruto) inferior ao de seis anos atrás, em 2010. Essa realidade afeta estados de todas as regiões: SP, RJ, MG, ES, RS, PR, AM, PE, RN, AL, SE, BA e DF.

Parte dos dados da pesquisa foram coletados pelo IBGE, que apresenta o percentual de PIB de cada estado até 2014. Em 2015 o PIB brasileiro decaiu 3,8% e no ano seguinte 3,5%. Alguns estados obtiveram resultado ainda menor, como foi o caso do Rio Grande do Sul, que no ano passado apresentou queda de 4,0%.

Diante desse cenário, a estratégia dos governos tem sido cortar dos direitos dos servidores, aprofundando os ataques aos trabalhadores para impedir com que os ricos paguem pela crise que eles mesmos criaram.

O estado do Rio de Janeiro, um dos casos mais agudos da crise econômica, vem passando por uma série de problemas. Não só vem sendo um dos estados mais afetados, com praticamente todos os setores da economia apresentando resultados inferiores do que a média nacional, como o governo do Pezão está avançando contra os direitos dos servidores para honrar os pactos da dívida pública com Temer.

Uma das medidas que fazem parte do pacote de ajustes do Pezão é a privatização da CEDAE (companhia de águas e esgoto do estado), que vem sendo recebida com forte resistência por parte dos trabalhadores e de setores da juventude. Após se enfrentar com a polícia nas ruas no final da semana passadaos trabalhadores da CEDAE votaram iniciar a greve a partir desta terça-feira.

Contra a privatização da CEDAE que vai levar à demissões em massa e transformação de um bem público em bem privado, como parte da estratégia das elites em descarregar a crise econômica nas costas dos trabalhadores e da população, os servidores cariocas e parte da juventude vem mostrando um caminho a seguir, o caminho da resistência.
Créditos: Esquerda Diário

Poluição ambiental causa morte de 1,7 milhão de crianças por ano

Mais de uma em cada quatro mortes de crianças menores de 5 anos em todo o mundo são atribuídas a ambientes considerados insalubres. Todos os anos, riscos ambientais – como poluição do ar, água não tratada, falta de saneamento e higiene inadequada – tomam a vida de 1,7 milhão de crianças nessa faixa etária. O alerta é da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O estudo Herdando um Mundo Sustentável: Atlas sobre a Saúde das Crianças e o Meio Ambiente (tradução livre) revela que grande parte das causas mais comuns de morte entre crianças com idade entre um mês e 5 anos – diarreia, malária e pneumonia – pode ser prevenida por meio de intervenções já conhecidas para reduzir riscos ambientais, como o acesso à água tratada.
“Um ambiente poluído é um ambiente mortal, particularmente para crianças pequenas”, disse a diretora-geral da OMS, Margaret Chan. “Seus órgãos em desenvolvimento e sistemas imunológicos, além de seus pequenos corpos e vias aéreas, as tornam especialmente vulneráveis ao ar sujo e a água contaminada”, afirmou.
As exposições prejudiciais, segundo a entidade, podem
começar já no útero materno, o que aumenta o risco de parto prematuro. Além disso, quando bebês e crianças em idade pré-escolar são expostos à poluição do ar em ambientes internos e externos e à fumaça de cigarro, o risco de pneumonia na infância aumenta, assim como a chance de desenvolver doenças respiratórias crônicas, como asma.
Dados da OMS sobre as cinco principais causas de morte entre crianças menores de 5 anos ligadas ao ambiente em que vivem alertam que, todos os anos:
- 570 mil crianças menores de 5 anos morrem em razão de infecções respiratórias como pneumonia, atribuídas à poluição de ambientes internos e externos e à fumaça de cigarros;
- 361 mil crianças menores de 5 anos morrem em razão de diarreia, como resultado do baixo acesso à água tratada, ao saneamento e a condições adequadas de higiene;
- 270 mil crianças morrem durante o primeiro mês de vida por conta de condições como a prematuridade, que poderia ser prevenida por meio do acesso à água tratada, ao saneamento e a unidades de saúde;
- 200 mil mortes de crianças menores de 5 anos provocadas por malária poderiam ser prevenidas por meio de ações ambientais, como a redução de focos de reprodução de mosquitos e melhorias no armazenamento de água potável;
- 200 mil crianças menores de 5 anos morrem em razão de lesões não intencionais atribuídas ao ambiente em que vivem, como envenenamento, quedas e afogamento. (EBC).
Créditos: WSCOM