domingo, 14 de maio de 2017

52 mil pessoas foram vitímas de conflitos no campo, em São Paulo


Pelo menos 52 mil pessoas foram vítimas de conflito no meio rural de São Paulo entre 2014 e 2015, segundo relatório inédito do Observatório dos Conflitos Rurais em São Paulo, que reúne pesquisadores de diferentes universidades paulistas e militantes sociais da área de direitos humanos. Foram documentados, ao todo, 174 episódios de conflitos envolvendo diversas populações do estado, que é tido como o mais moderno e economicamente avançado no país.
Pelo menos 52 mil pessoas foram vítimas de conflito no meio rural de São Paulo entre 2014 e 2015, segundo relatório inédito do Observatório dos Conflitos Rurais em São Paulo, que reúne pesquisadores de diferentes universidades paulistas e militantes sociais da área de direitos humanos. Foram documentados, ao todo, 174 episódios de conflitos envolvendo diversas populações do estado, que é tido como o mais moderno e economicamente avançado no país.
O desenvolvimento levado a cabo no campo paulista acaba por criar novas formas de produção e, consequentemente, recria antigas práticas de exploração com características modernas. Temos visto isso no avanço da exploração mineral em alguns municípios e na expansão da especulação imobiliária de áreas com atrativos naturais, ambas gerando uma série de conflitos entre os representantes destes empreendimentos e as comunidades que já residiam nesses territórios”, diz um dos membros do Observatório, Gabriel Teixeira.
A pesquisa leva em conta casos noticiados pela imprensa, ocorrências registradas por órgãos públicos e situações verificadas nos locais. Os resultados serão apresentados amanhã (13), no seminário "Lutas Sociais Hoje e a Questão Agrária em São Paulo", que é realizado em São Paulo, das 9h às 17h, no auditório do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região (Rua São Bento, 413, Centro). 
A maioria dos casos de violência que vitimou populações do campo ocorreu em atos políticos ou manifestações, totalizando 67. Em seguida, aparecem casos que envolvem relações trabalhistas (43), ocupação de propriedades (26) e despejos (15). “(Em São Paulo,) se amplia o papel da especulação imobiliária, particularmente da construção civil, que junto com o agronegócio e com as atividades petrolíferas e do setor de mineração, impõem mais intensidade ao processo de concentração de terras”, diz texto do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). 
A elaboração do relatório contou com o apoio do Centro de Estudos Migratórios, do Centro de Estudos Rurais (Ceres) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Fundação Rosa Luxemburgo, da Comissão Pastoral da Terra, do Serviço Pastoral dos Migrantes e do núcleo paulista da Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra). conflitos no campo.jpg
Créditos: Rede Brasil Atual

Índice de rejeição ao PSDB aumenta após apoio às reformas de Temer

Nos últimos anos, desde quando Lula assumiu à Presidência da República, o PSDB se manteve às sombras do PT, sem conseguir ocupar o espaço de uma verdadeira oposição. Com quatro derrotas consecutivas nas eleições presidenciais (Serra por duas vezes, Geraldo Alckmin e Aécio, em 2014), os tucanos se viam cada vez mais diminuídos.
No cenário mais recente, foi preciso que o PMDB agisse para conseguir tirar o Partido dos Trabalhadores (PT) do poder. Nessa tomada, o PSDB entrou como estepe do partido de Michel Temer, sendo hoje sua principal base de sustentação no Congresso Nacional, mais fiéis até do que os próprios parlamentares peemedebistas, como pôde ser visto na votação da Reforma Trabalhista na Câmara dos Deputados.
Nesse último domingo (7), na coluna Painel do jornal Folha de S. Paulo, foi divulgada uma pesquisa encomendada pelo PSDB para entender os motivos que levaram antigos eleitores do partido a hoje o rejeitarem. O resultado da crescente rejeição, segundo os entrevistados, foi a associação do PSDB às reformas de Michel Temer, principalmente a da Previdência. Outro fator que fez com que os tucanos fossem rejeitados por antigos eleitores são as constantes denúncias envolvendo nomes importantes dentro da sigla na Lava Jato.
Créditos: Focando a Notícia

OMS quer sensibilizar setor de saúde e cidadãos para combater a poluição do ar

Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou no último dia 2 a campanha global 'Cidades Sem Máscara' para sensibilizar o setor saúde e os cidadãos de todo o mundo quanto ao enfrentamento da poluição do ar e da mudança do clima em grandes cidades no mundo.
Em entrevista à Rádio Brasil Atual, o presidente do Conselho do Projeto Hospitais Saudáveis, Vital Ribeiro, que coordena a campanha em São Paulo, conta que cerca de 92% da população vivem em locais que não atendem condições mínimas de qualidade do ar, o que resulta em milhares de mortes
"Há um importante estudo Instituto Saúde e Sustentabilidade, da Universidade de São Paulo (USP), que apontam 17 mil mortes a mais, entre 2006 e 2011, por causa da qualidade do ar. Além de 68 mil internações pelo mesmo motivo. Isso custa muito caro para o SUS, são cerca de R$ 140 milhões. No entanto, a gente tem a sensação que a poluição deixou de ser uma queixa da população", afirma. 
Vital alerta que no inverno as condições climáticas favorecem a concentração dos gases poluentes e critica a legislação brasileira. "Ela é antiga e nunca foi revista. Desde 1990 não temos uma atualização desses padrões. Seria importante adotar novos padrões para ter uma situação real do ar no Brasil."
A principal fonte de poluição do ar externo é a queima de combustíveis fósseis. A cidade de São Paulo possui a Lei de Mudança do Clima, vigente desde 2014, que prevê a mudança do combustível das frotas de ônibus por um combustível limpo e renovável. Entretanto, Vital não acredita na execução da meta. "O prazo é para 2018, ou seja, é impossível que seja cumprido, já que nada foi alterado nos últimos anos", afirma.
Créditos: RBA

sábado, 13 de maio de 2017

Setor de serviços apresenta queda

O setor de serviços teve queda de 2,3% de fevereiro para março, na maior queda da série, iniciada em 2012, segundo informou hoje (12) o IBGE, que nesta semana já havia divulgado retração nas vendas do comércio e, anteriormente, na indústria. Em relação a março do ano passado, houve retração de 5%, resultando em taxas acumuladas de 4,6% em 2017 e também de 5% em 12 meses.
Na comparação mensal, todos os segmentos tiveram queda, de acordo com o instituto. Os serviços prestados às famílias caíram 2,1%, os chamados outros serviços recuaram 1,2% e transportes, serviços auxiliares e correio (o de maior peso, 31% do total), 1,1%. Também com peso de 31%, o segmento de informação e comunicação variou negativamente 0,4%.
A receita nominal recuou 1% no mês. Em relação a março do ano passado, cresceu 1%. A taxa está acumulada em 1,1% no ano e em 0,1% em 12 meses.
No primeiro trimestre, o setor ficou estável em relação ao último período de 2016, que tinha registrado queda (-2,7%) ante o terceiro trimestre. Dessa forma, os resultados "não apresentaram recuperação", aponta o IBGE.
Entre as regiões, as principais variações positivas de fevereiro para março foram registradas em Tocantins (24,9%), Maranhão (9,9%) e Alagoas (4,1%). As maiores quedas foram observadas em Roraima (-4,2%), Rio Grande do Sul (-4,0%) e Paraná e Distrito Federal (ambas com -3,4%). Na comparação com março de 2016, Rio Grande do Norte (6,5%), Mato Grosso (5,3%) e Paraná (4,9%) tiveram crescimento, enquanto Roraima (-18,7%), Amapá (-16,5%) e Distrito Federal (-13,2%) caíram.
O resultado no mês "reverte uma tendência de crescimento que havia se verificado desde outubro", diz Roberto Saldanha, pesquisador da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE. Segundo ele, o resultado pode ser consequência da retração no setor industrial. No trimestre, "a gente pode afirmar que o setor de serviços não apresentou recuperação".
Créditos: Rede Brasil Atual

Mãe cata lixo para pagar a faculdade da filha

Simone Domingues Fonseca Santos46 anos, batalha nas ruas como catadora de materiais recicláveis para que a filha Haiane Domingues dos Santos se forme em direito, em Anápolis, a 55 km de Goiânia. Mãe de duas jovens, ela diz que faz qualquer coisa para realizar o sonho das filhas.
“Quando estou pegando o que é resto das pessoas, que elas pensam que não tem valor, o valor é grande porque por meio disso estou realizando o sonho das minhas filhas, elas são a razão do meu viver, se continuarmos unidas, vamos vencer todas essas dificuldades”, disse em entrevista à TV Anhanguera. Simone começou a trabalhar como catadora no ano passado, ao ver a tristeza de Haiane por não ter condições financeiras de bancar o curso sozinha.
“Ela passou no vestibular para o curso de direito e no mesmo instante se entristeceu. Disse: ‘Não adianta nem eu seguir porque não vou dar conta de pagar’. Falei: ‘Não. Vou fazer alguma coisa para te ajudar’”.
De acordo com Simone, ela não deseja que a filha passe pela mesma situação que ela, pois a catadora iniciou o curso de pedagogia, mas não teve com concluir. “Eu sei o tanto que é gratificante para a gente prestar um curso e conseguir chegar ao fim porque eu já fiz pedagogia, mas não cheguei a concluir. Por isso, dou força para ela chegar ao final”, afirma.
Para economizar, Simone alugou um galpão para morar e guardar os materiais recolhidos. Já as filhas, vivem em uma quitinete de um cômodo. “É desconfortável, mas nesse momento o objetivo maior é pagar a faculdade dela, que é R$ 714, tem livros também”, destacou.
Simone reconhece que a rotina não é fácil, mas a fé faz com que ela não desista. “É só confiar que Jesus está ali, te guiando. Já senti ele, ele já um puxou o carrinho para mim, sei que a força não era minha, não daria conta”, conclui.(G).
Créditos: WSCOM

1 ano de Temer: sem recuperação econômica piorou a vida dos trabalhadores

Para os trabalhadores e a juventude, após um ano de governo Temer, a sensação com relação à economia é a de que o que já estava ficando ruim passou a piorar e rapidamente. Já no começo do segundo governo Dilma, com as medidas neoliberais de Joaquim Levy, o governo já anunciava medidas de duros ajustes contra os trabalhadores para supostamente “tirar o país da crise”.
Com o Golpe, a crise econômica não foi superada, pelo contrário, seguiu em cena e se acelerou junto a um processo de deterioração das condições de vida dos trabalhadores. Porém, é preciso lembrar, que a crise econômica já estava dando seus sinais antes do Golpe por conta dos efeitos da crise econômica mundial de 2008, da queda dos preços do petróleo e ainda, devido às próprias medidas de ajuste neoliberal de Dilma, como os cortes na saúde e na educação veja aqui.
Neste artigo mostraremos alguns motivos pelos quais após um ano de governo Temer, a economia e os trabalhadores não tem o que comemorar, ao contrário do que afirma a grande mídia burguesa, Temer e Henrique Meirelles.
Veja mais aqui.
A crise econômica atual com um quadro de recessão representado por uma importante queda no PIB em 2016 de -3,6% e por um decréscimo constante na produção industrial e no nível de emprego. São vários números que ilustram uma realidade muito diferente daquela comemorada pelos golpistas, sobretudo pelos banqueiros e pelo imperialismo, sendo estes últimos, os únicos setores para os quais o governo Temer ganhou popularidade como destacou o colunista do Estadão Celso Ming nesta quinta-feira, 11.
De fato, como há um ano denunciamos no Esquerda Diário (veja aqui), existem mil laços que unem o Golpe de 2016 aos interesses imperialistas como a própria Lava-Jato, os interesses sobre o Pré-Sal. Não que tais interesses já não estivessem presentes nos governos de Lula e Dilma – sobretudo pelo mecanismo fraudulento da dívida externa, pelas concessões e os Leilões do Pré-Sal, porém, o Golpe serviu decisivamente para fortalecê-los.
Celso Ming colunista de economia do jornal burguês e golpista Estadão, assim como artigo publicado na BBC Brasil, argumentam que o balanço de um ano do governo golpista de Temer e de seus ataques seria positivo em relação à economia. Vejamos em alguns exemplos, se de fato este tipo de análise interessada realmente corresponde à realidade do ponto de vista dos trabalhadores.
O primeiro comemorado pelos economistas burgueses e pelo governo é o “controle da inflação”, que após as medidas de ajuste do Banco Central estariam se “normalizando” num patamar inferior aos dados do segundo governo Dilma. Por exemplo, no final do segundo Governo Dilma, a inflação seria de 9,28% e após 1 ano de Golpe: 4,08%. Porém, o chamado “controle da inflação” pelos governos é na verdade uma busca pela manutenção do nível de renda dos mais ricos e de seus investimentos. Assim, estes números são resultado da própria recessão (na qual a produção de riquezas, o emprego e a renda diminuíram reduzindo a demanda por consumo, investimento e crédito) e dos cortes nos gastos públicos do governo, enquanto o dinheiro para a dívida pública continua fluindo para os bancos internacionais e os lucros dos empresários estão salvos da desvalorização.
Do ponto de vista dos mais pobres dos trabalhadores, a inflação está longe de ter caído significativamente como tentam enganar os dados do governo. Segundo dados de pesquisa do DIEESE, em abril, o custo do conjunto de alimentos da cesta básica aumentou nas 27 capitais brasileiras. As maiores altas foram registradas em Porto Alegre (6,17%), Cuiabá (5,51%), Palmas (5,16%), Salvador (4,85%) e Boa Vista (4,71%). As menores elevações foram observadas em Goiânia (0,13%) e São Luís (0,35%).
Estes dados evidenciam como o custo de vida não caiu pela metade. O que houve e continua ocorrendo é um processo de transferência de renda mais acelerado, a partir do golpe, dos mais pobres para os mais ricos a medida em que cresce o desemprego e se precariza o trabalho e a vida da população com os ajustes e as reformas de Temer.
O salário mínimo também é uma amostra de como as medidas de Temer não favoreceram a economia do ponto de vista dos trabalhadores. Em primeiro lugar, o salário mínimo está longe de corresponder as necessidades dos trabalhadores, e isto desde os governos anteriores. Segundo pesquisas do DIEESE, em abril de 2017, o salário mínimo necessário para atender às necessidades de uma família de 4 pessoas era de R$ 3.899,66, ou 4,16 vezes o mínimo de R$ 937,00. Na comparação com abril de 2016, o salário mínimo necessário foi um pouco menor: R$ 3.716,77, ou 4,22 vezes o piso vigente (R$ 880,00).
Em segundo, lugar, o salário mínimo proposto pelo governo em 2018 – de 969 reais - não sofrerá nem um aumento real sequer, ou seja, acima da inflação, que foi calculada pelo governo em 4,3% ao ano: um número já muito distante, irrealista, em relação ao que as famílias dos trabalhadores percebem no dia-a-dia, com os preços dos serviços e alimentos.
Tal realidade de arrocho salarial que também afetou o funcionalismo público, com salários congelados, com trabalhadores diretamente exonerados pelo governo ou terceirizados, como vimos com a crise no Rio de Janeiro agravada nos últimos meses.
Assim, a manutenção de salários em desvalorização, seja por meio do salário mínimo menor, pelo arrocho dos patrões, e pela inflação de produtos essenciais – cesta básica, combustíveis, tarifas e impostos e pela deterioração e privatização dos serviços públicos, são fatores que colaboraram para o aumento nos lucros de empresários como é o caso dos bancos privados.
Outro fator comemorado pelos analistas burgueses é o crescimento nas exportações e na produção agrícola (sendo que parte deste crescimento da safra de grãos exportáveis ocorreu por questões climáticas). Ora, se o mercado interno está desaquecido, ou seja, se as pessoas compram menos dentro do país devido à recessão e ao desemprego e sobram mais mercadorias que podem ser exportadas.
Quanto ao nível de emprego, os sinais de “recuperação” não são concretos, mas o que burguesia e Temer alardeiam é que “as reformas gerarão mais emprego no futuro”. Os últimos dados do IBGE, mostram que as demissões continuam nos principais setores produtivos no país, na indústria, na agricultura e na construção civil.
Como mostrou a pesquisa: no trimestre janeiro / março de 2017, havia aproximadamente 14,2 milhões de pessoas desocupadas (pessoas em idade para trabalhar mas sem emprego) no Brasil. Este contingente apresentou crescimento de 14,9% frente ao trimestre de outubro a dezembro de 2016, quando a desocupação foi estimada em 12,3 milhões de pessoas. E na comparação com igual período de 2016 esta estimativa subiu 27,8%, significando um adicional de 3,1 milhões de pessoas desocupadas na força de trabalho em 1 ano. Sendo assim, a taxa de desocupação foi estimada em 13,7% no trimestre janeiro / março de 2017. Essa foi a maior taxa de desocupação desde 2012, segundo IBGE.
Com relação aos setores da economia, entre janeiro e março deste ano na comparação com o mesmo período de 2016, o emprego caiu nos setores: da construção (-9,5% ou -719 mil pessoas), da agricultura, pesca e pecuária (-8,0% ou -758 mil pessoas), indústria (-2,9% ou -342 mil pessoas) e serviços domésticos (-2,9% ou -184 mil pessoas). Estes números, mostram um pouco mais de perto qual a “rosto” do desemprego que os golpistas querem esconder.
Os últimos aspectos da economia comemorados pelos golpistas são as concessões, as privatizações, leilões e as reformas trabalhista e da previdência que são promessas de grande lucros para os bancos, para os empresários e o imperialismo. Enquanto isso, significam o desmontes dos serviços públicos e o seu consequente encarecimento para a população (e aumento na precarização do trabalho e desemprego para o funcionalismo) como no caso dos serviços como o dos Correios, da educação e da saúde públicas.
Ainda segundo “Celso Ming” do Estadão, em sua coluna do dia 11: “ a recuperação é frágil e a maioria no Congresso também. Um fracasso na aprovação das reformas pode pôr tudo a perder. Nesse caso, nem o ladrar dos cães apontará para algum avanço.” Ao contrário de gerar empregos e ser benéfica para os trabalhadores e para a economia, a reforma trabalhista e previdenciária, fará, dentre outras consequências nefastas, os trabalhadores trabalharem mais e em piores condições (com perda de direitos como férias, seguro-desemprego...) para garantir de um lado, o roubo da dívida pública para os bolsos dos bancos e de outro, o lucro dos patrões pelo aumento na exploração do trabalho.
O otimismo dos economistas burgueses reside na expectativa de aprovação das reformas, porém, a classe trabalhadora organizada e independente, lutando pelos seus métodos como na greve geral do último dia 28, é capaz de frear, barrar e ainda, para que a classe trabalhadora tome em suas mãos os rumos da política e da economia do país, é preciso lutar para uma verdadeira mudança nas regras do jogo através de uma eleição para uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana como apresentado aqui.
Créditos: Esquerda Diário

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Banco do Brasil corta 10 mil vagas e fecha 551 agências

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Relatório divulgado ontem (11) pelo Banco do Brasil (BB) mostra que a instituição eliminou 9.900 postos de trabalho em um ano, até o primeiro trimestre, e fechou 551 agências, mais do que a meta anunciada há alguns meses (aproximadamente 400). O corte no número de "colaboradores" supera 13 mil se incluídos os estagiários. 
O lucro líquido nos três primeiros meses do ano atingiu R$ 2,443 bilhões, crescimento de 3,6% em relação a igual período de 2016. De acordo com o balanço, o BB fechou o trimestre com 99.964 funcionários, ante 109.864 no ano passado, e reduziu de 4.612 para 1.420 o número de estagiários. No total, os colaboradores passaram de 114.476 para 101.384, redução de 13.092.
O total de agências agora é de 4.877. Eram 5.428 no início de 2016. O fechamento se concentrou neste começo de 2017, já que até o final do ano passado havia 5.440, número até maior que nos primeiros meses.
Em novembro do ano passado, a direção do BB anunciou um plano de reestruturação que incluía fechamento de agências e plano de incentivo à aposentadoria, que teve 9.409 adesões. Em abril deste ano, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região lançou cartilha em defesa dos bancos públicos, que já estariam passando por uma "privatização disfarçada". Uma campanha lançada em 2016 já denunciava efeitos negativos, para a economia, da ofensiva do governo sobre o setor público.
A Petrobras reduziu em 17% sua força de trabalho, de 78.406 funcionários no primeiro trimestre do ano passado para 65.220 neste início de 2017, um corte de mais de 13 mil vagas, de acordo com balanço divulgado no início da noite desta quinta-feira. Segundo a companhia, essa diminuição se deve a um plano de demissões voluntárias. 
O lucro líquido anunciado pela empresa no primeiro trimestre foi de R$ 4,4 bilhões, ante prejuízo de R$ 1,2 bilhão em igual período de 2016. 
Créditos: Rede Brasil Atual