segunda-feira, 5 de junho de 2017

TSE começa a julgar chapa Dilma-Temer

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começará o julgamento da ação que pede a cassação da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer nesta terça-feira (06), pela manhã. de acordocom opresidente do TSE, Gilmar Mendes, o julgamento deve prosseguir no mesmo dia, em nova sessão à noite.
Também haverá sessões na quarta-feira à noite e na quinta-feira de manhã. Ao todo, serão quatro sessões destinadas ao julgamento. Outras sessões extraordinárias poderão ser convocadas depois, caso a convocação não seja suficiente para concluir o julgamento.
Normalmente, o TSE tem apenas duas sessões de julgamento por semana. As duas sessões extraordinárias foram convocadas especialmente para analisar o processo. Poderá haver a convocação de outras sessões extraordinárias, caso os dias reservados para a análise do processo não sejam suficientes para a conclusão do julgamento.
Créditos: WSCOM

domingo, 4 de junho de 2017

Professores revelam medo de 'alunos fascistas' em sala de aula

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Professores que não podem mais tratar de racismo e homofobia em sala de aula e deixaram até de usar camisas vermelhas porque são chamados de petistas.outros tiveram trechos de aulas gravados e divulgados nas redes, onde foram acusados de promover "doutrinação ideológica"
Paula Ferreira e Renato Grandelle, hoje, em O Globo, mostram o legado juvenil da era do grampo e delação conduzidos à condição de “heroísmo” pelo Ministério Público, pela Justiça e pela mídia.Contam a história de professores amedrontados, temendo estarem sendo gravados por alunos, em busca de “dedurá-los” como esquerdistas ou gays.
Até a cor da camiseta serve como pretexto:
Quando escolhe a roupa que usará durante um dia de aula, Miguel (nome fictício), professor de Português e Literatura de duas escolas privadas, deixa as camisas vermelhas de lado. Nas duas vezes em que as vestiu no trabalho, foi chamado pelos alunos de petista. Era brincadeira, mas ele não baixa a guarda. Os estudantes já se queixaram dos debates conduzidos por Miguel em sala sobre temas como racismo e homofobia. Outros docentes já passaram por situações mais dramáticas — tiveram trechos de aulas gravados e divulgados nas redes sociais, onde foram acusados de promover doutrinação ideológica. 

A reportagem (que não achei na versão online) é uma sequência de monstruosidades. Entre elas as contidas no site do movimento “Escola Sem Partido”: “uma aba chamada ‘Flagrando o doutrinador’ estabelece comportamentos dos professores que os alunos podem identificar como doutrinação e outra, ‘Planeje sua denúncia’, ensina os alunos a registrarem falas dos professores que sejam ‘representativas da militância política e ideológica’”.

Auxiliar de coordenação de um colégio da Zona Sul do Rio, uma educadora que também não quis se identificar recebe e-mails com denúncias sobre o conteúdo transmitido nas aulas. É, segundo ela, um fenômeno recente, mas que forçou mudanças na linha pedagógica da instituição.
— A escola está com menos liberdade de atuação. Até dois anos atrás, podíamos fazer uma videoconferência sobre qualquer tema que estivesse acontecendo no mundo. Hoje, temos que mostrar à direção, submeter à aprovação dos pais, analisar com que série vamos trabalhar — revela. — As famílias tinham mais confiança em nós.
São os filhos do Moro, os imbecis da “cognição sumária”, tão entupidos de convicções que não precisam aprender, debater, discutir ideias ou fatos.Basta-lhes, como à Rainha de Copas de Lewis Carroll, apontar o dedo duro e gritar: cortem-lhe a cabeça.

Gleisi Hoffmann é eleita primeira mulher presidenta do PT

Depois de 37 anos de história, o Partido dos Trabalhadores elegeu pela primeira vez uma mulher para presidir a legenda. A senadora Gleisi Hoffmann presidirá o partido pelos próximos dois anos, sucedendo Rui Falcão.
“Eu tenho uma grande responsabilidade por ser a primeira mulher a presidir o PT. É uma grande responsabilidade com as companheiras. Eu vou precisar muito da ajuda, do apoio e da unidade de todos vocês”, afirmou a nova presidenta.
“Quando o PT era dirigido por homens, o PT era bom. Agora que está assumindo a responsabilidade de ter depois de 37 anos a primeira mulher presidenta do PT, eles vão saber como esse partido vai ser daqui para frente: mais ousado, mais aguerrido, mais organizado, mais combativo, e com a cara muito mais bonita”, disse Lula.
Gleisi anunciou que em sua gestão será criada a Secretaria Nacional LGBT. “Temos que enfrentar a violência contra os nossos companheiros. E dar visibilidade à causa.”
Gleisi é filiada ao PT desde 1989, iniciou sua trajetória militante no movimento estudantil. Foi dirigente da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas em Curitiba e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).
É formada em Direito e tem especialização em Gestão de Organizações Públicas e Administração Financeira. Foi secretária de Estado no Mato Grosso do Sul e secretária de Gestão Pública no município de Londrina (PR).
Integrou a equipe de transição do governo do ex-presidente Lula. No primeiro governo Lula, Gleisi assumiu a Diretoria Financeira da Itaipu Binacional. Entre 2008 e 2009, presidiu o diretório estadual do PT no Paraná. Em 2010 foi eleita senadora pelo estado, alcançando a marca de ser a primeira mulher eleita para o Senado no Paraná.
Créditos: Revista Forum

Brasil é o segundo país do mundo mais estressado

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Trabalho levado para casa. Falta de tempo para atividades relaxantes ou para a família. Má alimentação. Incapacidade de enxergar perspectivas. Tensão no trânsito. Pavor da violência urbana. Todas essas situações são vividas por quem sente estresse. E não são poucas as pessoas afetadas por essa doença. O Brasil ostenta o título de segundo mais estressado do mundo em um ranking com dez países, feito pela International Stress Management Association (Isma - Brasil). Na nossa frente apenas os japoneses.
O que mais estressa o brasileiro, segundo o estudo, é o trabalho, segundo 69% dos entrevistados.  Eles relataram sofrer com as longas jornadas, sobrecarga de tarefas e a tensão no ambiente corporativo. Foi por causa do desgaste do trabalho que a dona de casa Ana Lúcia Nascimento, 57 anos, se afastou da empresa em que trabalhou por três anos.  “Em tese, eu devia começar às 17h e sair às 23h45, mas como o trabalho era em uma distribuidora de medicamentos, que funcionava a partir dos pedidos, tinha vezes que chegava às 5h”, conta. “Havia muita pressão dos chefes. Chegava em casa e não dormia, ficava ansiosa e desenvolvi depressão”, completa.
O caso de Ana Lúcia exemplifica os dados da Previdência que apontam que, só no ano passado, foram feitos 3.565 pedidos de afastamento. Em 2015, este número foi de  2.899. Quando somados aos problemas de depressão e transtornos mentais, que podem vir de quadros de estresse elevado, o número de pedidos de afastamento do trabalho chega a mais de seis mil. O estresse perde somente para os traumas ósseos e para as lesões causadas por esforço repetitivo como razão para afastamento do trabalho.
De acordo com o psicólogo e conselheiro do Conselho Regional de Psicologia 3ª Região, Renan Rocha, boa parte do estresse no trabalho vem em função da centralidade dele na vida das pessoas. “Nós nos apresentamos a partir do trabalho e ele é parte de nossa identidade, mas é preciso entender o sentido dele na própria vida e perceber os sinais de conflito”, destaca. “Deve-se perceber que o trabalho tem um tempo de se iniciar, de se fazer e de ser concluído. E ele precisa ser vivido nesse espaço de tempo e não fora de seu ambiente próprio”, orienta.
Créditos: Correio

sábado, 3 de junho de 2017

Só eleições diretas podem devolver democracia ao povo, afirma Dilma

A presidenta eleita Dilma Rousseff discursou na abertura do “6º Congresso Nacional do PT – Marisa Leticia Lula da Silva” e denunciou a perseguição jurídica e midiática que busca inviabilizar uma candidatura de Lula à Presidência da República. Ela defendeu a realização de eleições diretas, a democratização dos meios de comunicação e uma constituinte para promover as reformas e retomar a democracia no Brasil.

“Estamos vendo avanço de medidas de exceção ocorrendo sistematicamente. Precisamos da legitimidade que só o voto direto dá. É diretas por uma questão de sobrevivência do país”, afirmou.

"Nós sabemos que todo cidadão brasileiro tem direito de ser candidato. O que nós queremos é que não inviabilizem nosso ex-presidente Lula em qualquer processo eleitoral. Não estou dizendo que é garantida a vitória, mas, sim, (que é preciso) garantir o direito de qualquer cidadão competir. Se tiver diretas, Lula é meu candidato”, discursou Dilma.

Ela também rechaçou a prática de lawfare por parte do Judiciário ao utilizar das armas jurídicas para perseguir o ex-presidente Lula. Ela disparou: “Vergonha não é perder eleição. É perder e ganhar no tapetão. Querem eleger um presidente biônico… Só eleições diretas podem devolver a democracia ao povo brasileiro”.

Para Dilma, uma das principais consequências do golpe é a caça aos direitos dos trabalhadores, dos direitos previdenciários, dos jovens e dos direitos sociais. Ela rechaçou as reformas e a lei do teto do orçamento público, que sacrificam o povo em detrimento dos interesses empresariais. 

“Tudo isso faz parte dessa consciência da oligarquia brasileira e dessa política frustrada em quatro eleições que tem ambições desmedidas com a mídia e segmentos empresariais e financeiros. Eles se articularam para implantar o modelo que as urnas não reconheceram como sendo aquele que o povo brasileiro queria”, afirmou. Dilma denunciou, ainda, o caráter misógino, burocrata e neoliberal do golpe. 

“O grande objetivo estratégico é querer reenquadrar o Brasil socialmente, politicamente e economicamente.” Para a presidenta, o Partido dos Trabalhadores está na vanguarda da luta pelo protagonismo feminino na política por ter eleito a primeira Presidenta da República do País. Ela citou, ainda, a homenagem à ex-primeira-dama Marisa Leticia, uma das mais aguerridas militantes do PT.
Créditos: Agencia PT

Conheça as propostas da Frente Brasil Popular para o país sair da crise

Protestos contra Temer realizados em todos os estados em maio - Créditos: Mídia Ninja
Desemprego, corrupção, violência, baixo crescimento econômico, corte de dinheiro público em saúde e educação. O Brasil enfrenta hoje uma situação clara de crise econômica, política e social. Todo mundo sente os efeitos disso, de alguma maneira, na sua vida. 

Pensando em propostas para sair desse cenário, movimentos populares, centrais sindicais, organizações estudantis e partidos políticos elaboraram um plano de ação. Esse grupos, que se uniram na chamada Frente Brasil Popular, lançaram o Plano Popular de Emergência. Vamos entender um pouco mais desse plano? Para isso, é importante voltar um pouquinho no tempo. 

“Acabam de derrubar a primeira mulher eleita presidenta do Brasil. Sem que haja qualquer justificativa constitucional para esse impeachment. Mas, golpe não foi cometido apenas contra mim, contra meu partido, isso foi apenas o começo”, discursa a ex-presidenta.  Após o afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República, o Brasil nunca mais foi o mesmo. Uma marca profunda se abriu na história do país. Um golpe que não foi apenas contra Dilma, mas um ataque contra os direitos de trabalhadores e a democracia. 

“É talvez, a mais grave crise política, social e econômica que o Brasil atravessa desde o processo de redemocratização. Desde a nova Constituição, do ponto de vista econômico, esta é a mais grave crise da história do país. Nunca o Brasil teve três anos seguidos de recessão econômica.”, comenta André Tokarski, mestre em direito político e econômico e Secretário de Juventude e de Movimentos Sociais do PCdoB.

O grito das ruas demonstrou o constrangimento e insatisfação popular diante de um governo golpista ilegítimo assumir a Presidência. No caso, chefiado por Michel Temer, do PMDB. Movimentos populares, centrais sindicais já pediam desde o ano passado, Fora Temer. E denunciaram o período sombrio que o Brasil entraria de ruptura democrática e retrocessos sociais.

São inúmeros os motivos que levam pessoas às ruas pedindo a saída de Temer.  Além de não ter sido legitimamente eleito para o cargo de presidente, Temer levou o Brasil para o buraco e aprofundou a crise política e econômica. Um dos exemplos são as propostas desastrosas de reforma trabalhista e mudanças na aposentadoria postas presidente pelo golpista, Diferente do que ocorreu nos governos Lula e Dilma em que houve um avanço na construção de um estado de bem estar social, ressalta o jornalista Breno Altman, membro da Frente Brasil Popular.

“O golpe de estado desmontou a possibilidade de expandir os gastos públicos em programas sociais e expansão de direitos. Com isso desmonta uma das pernas da Constituição. A outra perna que está sob grave risco é a Previdência social, principal instrumento de distribuição de renda no país, que será desfigurado. Reformas como a trabalhista destroem os direitos estabelecidos na Constituição de 88.”

Mesmo após as denúncias de corrupção envolvendo o presidente golpista Michel Temer, ele insiste que não vai renunciar ao cargo. A população começou a sentir na pele os efeitos do golpe contra a democracia. E tem se preocupado qual será o rumo do país. Como ficam as questões trabalhistas, por exemplo, são algumas das angústias dos brasileiros.

“Minha preocupação é isso não tem jeito se não mandar todo mundo embora lá. Porque a crise tá ai. Todo mundo passando fome e os políticos ai tomando porre sempre. A impunidade, a ilegalidade, corrupção, tá tudo errado.  Eles se defendem, é tudo por questão de dinheiro. Teria que ser uma reforma política e eles não querem sair então eles dificultam. Eu queria saber por que trabalhar tanto e só se aposentar depois dos 60 anos. Por que isso? Justo com a classe mais baixa. Gostaria de saber quando vai melhorar o desemprego.”

Segundo o Plano Popular de Emergência, é preciso trabalhar ações práticas em torno de dez temas principais. Entre eles, democratização do estado, reforma agrária, segurança pública, direitos sociais e trabalhistas, reforma tributária, além de meio ambiente, direitos humanos, emprego e política externa. E, claro, saúde, educação, cultura e moradia.

O cientista político e ex-ministro da Ciência e Tecnologia do governo Lula, Roberto Amaral, membro da Frente Brasil Popular, fala sobre o objetivo do plano. “Esse programa tem duas finalidades. Uma talvez a principal de servir de instrumento de ligação entre a Frente Brasil Popular, os nossos anseios e da população brasileira.  Ele serviria também como instrumento da militância para o trabalho fundamental na luta pela manutenção da democracia brasileira, para o fim dessa ditadura, fim do governo Temer e para diretas já.”

A Frente defende que o primeiro passo é a saída de Temer e a antecipação das eleições presidenciais inclusive para atender os anseios das vozes do povo que ecoa das ruas, como explica Tokarski. O programa das reformas da Previdência e trabalhista, que retira direitos, é regressivo e concentra renda, seria prontamente rejeitado nas urnas. Por isso que nós acreditamos que o povo brasileiro, que é o verdadeiro titular do exercício da soberania do voto, é o único caminho para se restaurar a democracia no país.

O plano propõe que existem alternativas e que o povo não precisa se conformar com a crise que afeta os interesses sociais, explica João Pedro Stedile, da direção nacional do MST e membro da Frente Brasil Popular.

“As ideias que foram organizadas através do plano são para conscientizar o povo, levar conhecimento pro povo de que é possível mudar para o bem, que a crise não é uma catástrofe, que nós temos que pagar o preço, que é assim mesmo, que eu vou ter que ficar desempregado e calado, eu vou ter que ficar fora da universidade e calado, eu vou ter que ficar sem terra e calado, sem casa e calado, não! Nós queremos dizer pro povo as dificuldades que nós estamos enfrentando agora e o aumento dos problemas em decorrência da crise não são uma determinação histórica."

Greves e manifestações populares pipocaram em todo em todo o país e a agenda de lutas nas ruas continua. Atos pelas “Diretas Já”. O governo golpista neste momento está encurralado pelo povo.

Artistas e intelectuais apoiam movimentos populares por eleições diretas e participam de manifestações em diversos cantos do Brasil, como é caso do ator Wagner Moura. “A nossa crise é uma crise de representação de legitimidade, a gente não pode aturar mais um presidente ilegítimo no país. É fora Temer, é contra as reformas é diretas já.”

Para saber os detalhes das propostas que estão no Plano Popular de Emergência, acesse http://frentebrasilpopular.org.br/. Ao todo, o documento indica quase 80 ações práticas para o país sair da crise econômica, política e social. Edição: Brasil de Fato.
Créditos: Brasil de Fato


Tabagismo custa R$ 56,9 bilhões por ano ao Brasil

O Brasil tem um prejuízo anual de R$56,9 bilhões com o tabagismo. Desse total, R$ 39,4 bilhões são gastos com despesas médicas e R$ 17,5 bilhões com custos indiretos ligados à perda de produtividade, causada por incapacitação de trabalhadores ou morte prematura. A arrecadação de impostos no país com a venda de cigarros é R$ 12,9 bilhões, o que gera um saldo negativo de R$ 44 bilhões por ano. 

É o que revela o estudo Tabagismo no Brasil: morte, doença e política de preços e esforços, feito com base em dados de 2015 e apresentado na quarta-feira (31), Dia Mundial sem Tabaco, pelo Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes da Silva (Inca), em evento no Rio de Janeiro. Fonte: JB.