O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quita-feira (22) abrir prazo para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre o inquérito aberto para investigar o presidente Michel Temer, a partir das delações da JBS.
A partir da intimação, a PGR terá prazo legal de cinco dias para decidir sobre eventual denúncia contra o presidente e outros citados nas investigações, entre eles, o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR).
Na decisão, o ministro não se pronunciou sobre o pedido de Policia Federal (PF) para prorrogar por mais cinco dias o inquérito aberto para investigar o presidente e Loures. Com a decisão, a PF deverá anexar as diligências que ainda faltam, como o laudo das gravações feitas pelo empresário Joesley Batista com o presidente, nos próximos dias.
No início do mês, a investigação já foi prorrogada pela primeira vez a pedido da PF, que alegou necessidade de mais tempo para concluir as investigações, iniciadas a partir das citações do nome do presidente nas delações dos executivos da JBS.
Na sexta-feira (9), o advogado Antônio Mariz de Oliveira, representante de Temer, informou ao ministro que o presidente decidiu não responder às perguntas enviadas pela Polícia Federal no inquérito. Além disso, a defesa pediu o arquivamento das investigações e fez críticas ao teor do questionário enviado pelos delegados.
Para a defesa de Temer, o questionário é um “acinte à sua dignidade pessoal e ao cargo que ocupa” e atenta contra os “direitos individuais inseridos no texto constitucional”. “ O presidente e cidadão Michel Temer está sendo alvo de um rol de abusos e de agressões aos seus direitos individuais e à sua condição de mandatário da nação que colocam em risco a prevalência do ordenamento jurídico e do próprio Estado Democrático de Direito”, destaca o documento. Por Agência Brasil .
Créditos: Revista Forum
sexta-feira, 23 de junho de 2017
EUA barram importação de carne bovina fresca do Brasil
O secretário de Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, anunciou nesta quinta-feira (22) a suspensão da importação de carne bovina fresca vinda do Brasil. A suspensão ocorreu após o país obter resultados negativos em testes de qualidade da carne brasileira que entra no país.
Os Estados Unidos eram um mercado novo para a carne bovina in natura brasileira. O Brasil só conseguiu autorização para exportar o produto para o país no fim de julho do ano passado, após 17 anos de negociações.
Em comunicado, o Departamento de Agricultura americano informou que está testando 100% da carne brasileira que entra nos EUA. Nesses testes, 11% dos produtos de carne fresca brasileira importados foram rejeitados.
"Esse resultado está substancialmente acima do que a taxa de rejeição de 1% das entregas vinda do resto do mundo", disse o departamento de agricultura americano, em comunicado.
O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadores de Carnes (Abiec), Antonio Jorge Camardelli, disse à GloboNews que o problema se deve a uma reação da vacina de febre aftosa. Os componentes do medicamento provocaram abscessos na carne.
Alguns são visíveis e foram retirados pelos fiscais sanitários brasileiros. "Outros são abscessos internos, que não são visíveis, e que infelizmente foram detectados pelo governo americano", explicou.
Créditos: WSCOM
quinta-feira, 22 de junho de 2017
Parlamentares lançam frente em defesa da soberania brasileira
Senadores, deputados e movimentos sociais lançaram ontem (21), em Brasília, a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Soberania Nacional. “A frente é fundamentalmente contra o domínio do capital financeiro e a história da privatização da Petrobras. O petróleo é o sangue do desenvolvimento de qualquer país moderno. Não podemos admitir”, afirmou o presidente da organização suprapartidária senador Roberto Requião (PMDB-PR).
Além de parlamentares, estiveram presentes durante ato de lançamento nomes como os ex-ministros Bresser Pereira e Celso Amorim. Requião explica que a intenção é amplificar as vozes em defesa do país em diferentes campos da política e da sociedade “Enquanto o mundo todo resolve crises de recessão com investimentos públicos, como fizeram os Estados Unidos, a Alemanha, que o Brasil encolha investimentos, acabando com a demanda interna”, disse em referência à agenda política de austeridade do governo Michel Temer (PMDB).
O secretário geral da frente, deputado Patrus Ananias (PT-MG), explicou o que representa a luta por soberania. “Precisamos preservar nosso patrimônio material, histórico e moral. Me perguntam o que entendemos por soberania. Eu digo que é soberano um país que preserva suas riquezas e as coloca a serviço da emancipação de seu povo. Um país que preserva sua memória e planeja, constrói seu futuro pensando nas gerações do presente e do futuro. Queremos defender os interesses do Brasil envolvendo todos os setores do nosso país e dialogando com o mundo.”
A senadora Vanessa Grazziottin (PCdoB-AM), que integra a frente, destacou a importância desta reunião de forças como a “mãe de todas as frentes parlamentares”, e teceu críticas ao modelo político adotado por Temer. “Tudo dialoga com a soberania. A defesa da Petrobras, dos bancos públicos, dos trabalhadores. Nossa soberania está ameaçada, porque o golpe não foi contra a presidenta Dilma Rousseff (PT), foi contra a soberania, contra os direitos dos trabalhadores, contra a possibilidade de continuarmos nos desenvolvendo e de nos tornarmos um país respeitado no mundo inteiro”, disse.
“Lutamos contra a privatização da Petrobras, algo que já está acontecendo com a venda de ativos pelo governo Temer. Lutamos contra a destruição da indústria brasileira, sobretudo dos setores de petróleo e naval. Não há como pensar em desenvolvimento científico e tecnológico se não incentivarmos a indústria nacional. Se comprarmos tudo de fora, como querem, alegando ser mais barato, não vamos gerar empregos e nem tecnologia”, continuou Vanessa.
Para a senadora, a união de diferentes partidos com a sociedade em uma luta conjunta é necessária para a saúde da democracia brasileira. “A chave da questão agora é a intersecção que temos de fazer entre sociedade e parlamento. Vivemos em um tempo de dificuldade por conta de escândalos, mas não há saída para uma nação que não seja através da política e da democracia. Temos que nos unir e corrigir a política e não permitir que o desencanto leve à apatia e faça com que os golpistas ataquem de morte nossa soberania de forma tão rápida e corrosiva como estão”, concluiu.
Créditos: Rede Brasil Atual
Temer tem aprovação de apenas 2%; 79% querem sua renúncia ou cassação
Pesquisa realizada pelo DataPoder360 com 2.096 brasileiros entre 17 e 19 de junho, divulgada nesta quarta-feira 21, revela a avaliação negativa histórica que alcançou o governo de Michel Temer.
Apenas 2% dos entrevistados consideram o atual governo positivo, enquanto 75% o rejeitam (aumento de 10 pontos percentuais em relação à pesquisa de maio). A renúncia ou a cassação do peemedebista é o desejo de 79% dos brasileiros. Para 76%, a absolvição de Temer no julgamento do TSE foi um erro.
Em caso de queda de Temer, 87% dos brasileiros preferem eleições diretas, ou seja, querem escolher o próximo presidente. As eleições indiretas, pelas quais deputados e senadores escolheriam o substituto para comandar o Palácio do Planalto, é a preferência de apenas 4%.(247);
Créditos: Focando a Notícia
Apenas 2% dos entrevistados consideram o atual governo positivo, enquanto 75% o rejeitam (aumento de 10 pontos percentuais em relação à pesquisa de maio). A renúncia ou a cassação do peemedebista é o desejo de 79% dos brasileiros. Para 76%, a absolvição de Temer no julgamento do TSE foi um erro.
Em caso de queda de Temer, 87% dos brasileiros preferem eleições diretas, ou seja, querem escolher o próximo presidente. As eleições indiretas, pelas quais deputados e senadores escolheriam o substituto para comandar o Palácio do Planalto, é a preferência de apenas 4%.(247);
Créditos: Focando a Notícia
Senado aprova projeto que autoriza a destruição de documentos originais
Um ataque e um atentado ao patrimônio documental brasileiro”, define o professor de informação digital da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp) Charlley Luz, sobre o Projeto de Lei do Senado (PLS) 146/07. O PLS estava engavetado há 10 anos e foi colocado em votação no plenário da Casa em meio a uma semana turbulenta pelo parlamentar Magno Malta (PR-ES).
Aprovado no dia 14, o projeto foi encaminhado nesta terça-feira (20) para a Câmara dos Deputados, onde será avaliado pelos parlamentares. Malta já havia tentado colocar o projeto em pauta no apagar das luzes do ano passado, sem sucesso. Agora, a votação aconteceu em meio a escândalos envolvendo o governo Temer e seus aliados, como a expectativa da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em acatar o pedido de prisão do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG).
O projeto autoriza a destruição do patrimônio documental brasileiro após digitalização, o que especialistas consideram a legalização da queima de arquivo histórico. “O texto aprovado pelos senadores autoriza a destruição de documentos originais. Isto é um ataque, pois sabemos que esta digitalização gera um representante digital que nunca será igual ao documento original por motivos diplomáticos e de garantia histórica e da verdade”, afirma o professor.
De acordo com o texto da lei, os documentos podem passar por uma validação não científica, digitalização e armazenagem em mídia ótica autenticada. Após esse processo, fica autorizada a incineração, destruição mecânica ou outro processo que garanta sua destruição completa. “Neste momento, devemos lembrar de questões tecnológicas que podem interferir na garantia da autenticidade, afinal, a tecnologia não é infalível, está aí toda a dúvida gerada nas apurações de urnas eletrônicas nas eleições, por exemplo”, disse Charlley.
Outro problema na lei, explica o professor, está em quem procederá com o armazenamento e destruição dos documentos. De acordo com o projeto, tal processo fica sob responsabilidade de empresas de software de gestão documental, após autenticação em outras empresas ou cartórios credenciados junto ao Ministério da Justiça. “Esse tipo de reserva funcionaria bem num ecossistema estável com instituições sólidas e as regras do jogo claras, além de requisitos arquivísticos definidos. Da forma como está, é só cadastrar no ministério que está liberada a exploração do serviço”, explica.
Para o professor, “a memória nacional está sob critério da indústria da digitalização”. O Conselho Nacional de Arquivos (Conarq), responsável por regulamentar e formular políticas nacionais para a área, divulgou nota técnica em repúdio à iniciativa. “O PLS possui equívocos ao alterar importantes dispositivos legais, pois extingue a função genuína de prova ou testemunho de grande parte dos documentos arquivísticos”, diz o texto.
Créditos: Rede Brasil Atual
quarta-feira, 21 de junho de 2017
Lava Jato deixa mais de R$ 90 bi em obras paradas
A Operação Lava Jato faz com que mais de R$ 90 bilhões em obras de Norte a Sul do Brasil estejam paralisadas, aponta um levantamento feito pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) e pelo jornal O Estado de S.Paulo.
O rastro da operação atinge construções que, se estivessem em operação, trariam diversos benefícios para a população brasileira, como mobilidade urbana, rodovias, universidades e centros de saúde, além de resultados importantes na economia, como os investimentos da Petrobras.
Todas elas têm como responsáveis empreiteiras que são investigadas pela Polícia Federal por corrupção e outros crimes, além de graves problemas financeiros para dar sequência às construções.
Em os motivos para a paralisação das obras estão o sobrepreço, divergências em relação ao valor das obras e falta de financiamento ou recursos próprios.
Alguns exemplos são o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), da Petrobras, que já tem equipamentos se deteriorando, a Hidrelétrica São Roque, cuja retomada criaria mil empregos durante 10 meses, e o BRT Via Livre Leste-Oeste, em Pernambuco, entre outros.
"Há um conjunto grande de obras paradas no Brasil inteiro, mas os dois maiores símbolos da paralisia dos investimentos são a Linha 6 do metrô de São Paulo e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). São dois desastres", afirma o presidente da consultoria Inter.B, Claudio Frischtak. Fonte: Estadão.
Créditos: Brasil 247
Caixa suspende crédito com FGTS para imóvel de até R$ 950 mil
A Caixa Econômica Federal suspendeu a oferta de uma das linhas de crédito imobiliário mais baratas do mercado: a que usa dinheiro do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), a chamada pró-cotista. Mesmo após a injeção de R$ 2,54 bilhões em dinheiro extra no mês passado, o dinheiro acabou novamente e o banco suspendeu novos créditos para compra de imóveis de até R$ 950 mil.
"A Caixa Econômica Federal informa que estão suspensas as contratações de novas operações da linha de crédito pró-cotista - recursos FGTS, em razão do comprometimento total do orçamento disponibilizado pelo Conselho Curador do FGTS para o exercício de 2017", cita a nota à imprensa divulgada pelo banco federal.
A linha pró-cotista tinha originalmente R$ 5 bilhões para o ano, mas os recursos estavam muito perto de acabar no mês passado. Sem saldo, a Caixa pediu mais recursos e o Ministério das Cidades atendeu ao pedido com a realocação de R$ 2,54 bilhões extras. O dinheiro novo, porém, acabou se esgotando novamente em pouco mais de 30 dias.
Ainda que a interrupção da oferta dessa linha de crédito seja uma má notícia para os clientes, o cenário mostra algum sinal de recuperação do mercado - o que é positivo e, em momentos de crise, pode até ser motivo de comemoração.
Em todo o ano passado, essa linha para compra da casa própria do FGTS liberou R$ 5,5 bilhões. O ritmo em 2017 é bem mais forte e a marca de R$ 7,54 bilhões foi alcançada em seis meses. O número, portanto, mostra que há mais demanda pelo crédito imobiliário.
A Caixa não comenta as razões para o fim dos recursos e nota que o tema é uma decisão do Conselho Curador do FGTS. Vale lembrar, porém, que as contas inativas do Fundo de Garantia têm sido sacadas em um programa de forte apelo popular anunciado pelo governo Michel Temer.
Ao todo, R$ 41,4 bilhões estavam em contas inativas e estão à disposição dos cotistas para saque. Dados preliminares mostram que a retirada dos recursos tem sido elevada e boa parte desse montante deve sair do FGTS - o que pode influenciar a capacidade dos gestores em financiar projetos ou o segmento imobiliário.
A linha pró-cotista só pode ser usada por trabalhadores com pelo menos três anos de vínculo com o FGTS. Além disso, eles precisam estar trabalhando ou ter saldo na conta do Fundo de Garantia que some valor de pelo menos 10% do imóvel.
A linha financia a compra de imóveis de até R$ 950 mil nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, e de até R$ 800 mil nos outros Estados. É a linha de empréstimo habitacional mais barata depois do Minha Casa Minha Vida. A taxa de juro para não correntistas do banco é de 8,61% ao ano. Já no financiamento com recursos da poupança, a taxa é de 10,49% ao ano. Fonte: Estadão.
Créditos: UOL
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