sábado, 22 de julho de 2017

Depressão econômica derrubou as receitas em R$ 34,5 bilhões

O governo precisará fazer o contingenciamento extra de R$ 5,9 bilhões no Orçamento previsto para 2017, para ter condições de se adequar às novas estimativas das receitas previstas para 2017 que, segundo o relatório de receitas e despesas divulgado ontem (21) pelo Ministério do Planejamento, vão apresentar recuo de R$ 5,8 bilhões.
A expectativa total de arrecadação caiu de R$ 1,386 trilhão para R$ 1.380 trilhão. De acordo com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, a queda nas receitas primárias se deve a fatores como "recuperação mais lenta da economia e frustração de algumas receitas" .
No total, a arrecadação deverá apresentar perdas que totalizam R$ 34,5 bilhões. Parte do saldo negativo foi compensado com a aprovação da lei que trata dos precatórios federais – que resultarão em um acréscimo de R$ 10,197 bilhões à receita – e o aumento das alíquotas de PIS/Confins incidente sobre combustíveis, que aumentará em R$ 10,4 bilhões a receita; e o novo Refis, que representará R$ 5,8 bilhões.
Entre as receitas que frustraram as expectativas do governo está a relativa a ativos no exterior, que deverá apresentar uma queda de R$ 9,8 bilhões, na comparação com o previsto. Outra receita que frustrou as expectativas foi a reoneração da folha de pagamento das empresas, que deverão ser reduzidas em R$3,9 bilhões.
Créditos: Brasil 247

Com aumento de tributo de combustíveis, impostômetro chega a R$ 1,2 trilhão

Em meio ao aumento do imposto sobre combustíveis, o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) chega à marca de R$ 1,2 trilhão nesta sexta-feira (21), às 10h30. O valor será alcançado 20 dias antes do que no ano passado, que ocorreu em 10 de agosto, o que indica aumento da carga tributária em 2017.

Este montante atingido pelo Impostômetro corresponde ao total de impostos, taxas e contribuições pagos pelos brasileiros desde o primeiro dia do ano. Chega na esteira da divulgação (pela Receita Federal) de crescimento da arrecadação federal no primeiro semestre e também em meio ao anúncio do governo sobre o aumento da alíquota do PIS e da Cofins incidentes sobre os combustíveis.
“O governo tem que repensar as medidas em razão do aumento arrecadatório (quando olhamos para 2016) e dos sinais de retomada da economia. Assim, agora é um momento totalmente inoportuno para pensar em elevar tributos . O governo precisa fazer um controle eficiente dos gastos públicos e pensar em primeiro lugar na superação da população frente aos problemas financeiros trazidos pela recessão”, diz Alencar Burti, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
Fazendo uma análise microeconômica, ele alerta que a elevação de preço dos combustíveis desencadeia o encarecimento do transporte de mercadorias e de passageiros. E que dificilmente o comerciante não repassará isso para o consumidor, tornando mais lenta a recuperação da economia.
O especialista também conclui dizendo que a intensificação da queda dos juros ― e não novos aumentos tributários ― promoveria o estímulo ao consumo, e também a retomada da economia e da arrecadação tributária. 
A elevação das alíquotas do PIS/Cofins sobre combustíveis foi anunciada pelo governo nesta quinta-feira (20), um dia antes de o Impostômetro atingir R$ 1,2 trilhão. Além disso, também será feito um corte de R$ 5,9 bilhões de despesas que estavam previstas no Orçamento deste ano. Segundo nota enviada à imprensa pelo Ministério da Fazenda, o aumento do imposto "é absolutamente necessário tendo em vista a preservação do ajuste fiscal e a manutenção da trajetória de recuperação da economia".
Créditos: Paraíba Total

Mundo reduziu quase pela metade as mortes por aids

Um novo relatório do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) revela uma queda de quase 50% no número de mortes pela doença desde 2005, quando 1,9 milhão de pessoas perderam a vida por causa da epidemia em todo o mundo. No ano passado, foram apenas 1 milhão de pessoas. A informação é da ONU News.
Além disso, o tratamento avançou: mais da metade dos 36,7 milhões de soropositivos estavam recebendo medicamentos contra o vírus em 2016. Isso representa 53% de pacientes tomando antiretrovirais e com uma “expectativa de vida quase normal”.
O vice-diretor executivo do Unaids, Luiz Loures, em Nova York, alertou contudo que os progressos não devem servir como desculpa para baixar a guarda no combate ao vírus. “Com decisão política, com o envolvimento de comunidades e com os recursos necessários, cada vez mais nós estamos convencidos que podemos chegar ao fim da epidemia”, falou.
Segundo ele, a boa notícia hoje é em relação ao avanço espetacular no tratamento da doença. “O número de pessoas tratadas hoje no mundo é quase de 20 milhões, o que nos dá sem dúvida a esperança. Nós estamos no ritmo para se alcançar a meta  de ter 30 milhões de pessoas em tratamento em 2020, para a partir daí chegarmos a 2030 com essa epidemia sob controle.”
Os objetivos das Nações Unidas para o combate a Aids conhecidos pela sigla 90-90-90 pretendem que pelo menos 90% das pessoas com HIV sejam diagnosticadas, 90% destas recebam a terapia e que desse grupo 90% de pessoas tenham a infecção suprimida até 2020. Atualmente o desempenho alcançado é de 70-77-82 respectivamente.
O documento da Unaids indica que a África lidera o caminho na redução de novas infecções por HIV, ao baixar esse índice em cerca de 30% desde 2010. Desde esse período, Malauí, Moçambique, Uganda e Zimbábue reduziram as novas infecções em quase 40%. Contudo, de acordo com o relatório Fim da Aids: Avanços em direção às metas 90-90-90 o tratamento inadequado causou um aumento acentuado de mortes no norte da África, no Oriente Médio, na Ásia e na Europa Oriental.
Segundo o documento a expectativa de vida dos soropositivos aumentou em 10 anos na última década.  Luiz Loures destacou o exemplo do Brasil, que foi pioneiro nos sucessos de combate à epidemia.
“Em quase todos os países existe o desafio das novas infeções entre jovens. Mas essa é uma tendência mundial que tanto na África, no Brasil, na Europa ou nos Estados Unidos merece atenção especial. Se eu vejo hoje a epidemia da Aids entre jovens, eu diria que é mais global do que nunca. Nós estamos observando um risco acentuado em relação à epidemia entre jovens em todos os países, independente se eles estão no norte ou no sul.”
O número de mortes vinculadas à aids na América Latina diminuiu, em 12% entre os anos 2000 e 2016, apesar dos dados preocupantes em países como a Bolívia, Guatemala, Paraguai e Uruguai. Por Agência Brasil

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Defesa de Lula pede impugnação do sequestro dos bens executado por Moro

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O advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Cristiano Zanin Martins falou ontem (20), em entrevista coletiva, sobre os próximos passos da defesa em relação aos desdobramentos da condenação de Lula pelo juiz Sérgio Moro. “Neste momento, estamos protocolando um mandado de segurança perante o Tribunal Regional Federal da 4a região para impugnar o bloqueio de bens e valores do ex-presidente”, afirmou.
Após Moro condenar Lula a nove anos e seis meses de prisão no âmbito do processo que envolve o tríplex no Guarujá, o juiz de primeira instância, responsável por sentenças da Operação Lava Jato em Curitiba, determinou o sequestro dos bens do ex-presidente. Foram bloqueados três apartamentos, incluindo o que ele reside, além de R$ 606.727,12 – todos presentes na declaração de bens de Lula, ainda em suas candidaturas em 2002 e 2006.
“Fomos surpreendidos ontem (19) com o bloqueio de bens de Lula em uma ação cautelar proposta pelo Ministério Público Federal (MPF) em outubro de 2016”, disse Cristiano. A ação do MPF ficou sob sigilo absoluto, e foi resgatada por Moro nove meses após sua propositura. Para a defesa, o bloqueio é ilegal por diferentes aspectos. “Só é possível conceder uma cautelar se houver prova concreta de que existe dilapidação patrimonial, ou seja, que a pessoa está se dispondo de seus bens. Evidente que esse não é o caso”, argumentou.
Além do fato de Lula não ter vendido, ou mostrado intenção de se desfazer de seus bens, ao longo desses nove meses de processo em sigilo, Cristiano aponta mais razões para a impugnação da decisão. “Na decisão proferida nesta semana em relação aos nossos embargos de declaração, o próprio juiz reconheceu que nenhum recurso da Petrobras foi utilizado em benefício de Lula. Ele reconheceu o que sempre dissemos. Não há qualquer relação entre valores da Petrobras e o Lula. Se não há relação, evidente que nenhuma decisão poderia bloquear os bens, afirmando que a necessidade existe para assegurar futura reparação”, explicou.
A decisão que determinou o bloqueio parte de uma possível necessidade futura de reparação de dano em favor da Petrobras, caso confirmado desvio em contratos para benefício do réu. “Essa decisão é ilegal. O que o MP disse ao pedir o bloqueio se baseava em três contratos da Petrobras com a OAS e a relação deles com o tríplex no Guarujá. Isso ruiu com a própria decisão do Moro. Então, o que restou é algo incompatível, que foi criado nesta decisão para justificar uma condenação sem provas de culpa e que despreza provas de inocência”, continuou.
Além de tais argumentos, Cristiano questiona a legitimidade do MPF na propositura. O ponto é que o ordenamento jurídico não permite, de acordo com o advogado, que os procuradores do MPF atuem em nome da Petrobras. “Isto está previsto em lei”, disse.

O direito do inimigo

Cristiano defendeu, ao lado da presidenta do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e dos deputados Carlos Zarattini e Paulo Teixeira, ambos do PT de São Paulo, que é preciso um “olhar crítico a tudo que aconteceu no passado, desde as medidas ilegais que antecederam a ação, que envolveram a condução coercitiva, a quebra do sigilo telefônico de Lula e de seus advogados, entre outras irregularidades". "Atos sucedidos por uma denúncia com ajuda do Power Point em rede nacional, algo inédito, que apenas indicou que ali começava uma ação penal de natureza midiática que culminou em uma sentença sem provas de culpa", acrescentou.
Por outro lado, o advogado pediu uma visão otimista dos próximos passos. “A sentença da semana passada, a despeito de ter condenado Lula, é uma decisão de primeiro grau, que comporta recursos. As instâncias superiores serão acionadas e, portanto, não se pode cogitar qualquer perda de direitos políticos ou impedimento para que ele possa exercer a atividade política. A despeito do olhar crítico que fazemos do passado, temos que analisar o futuro com a expectativa que essa sentença será revertida por uma razão muito simples: as provas de inocência”, disse.
Para Cristiano, a ausência de materialidade e as contradições apontadas ao longo do processo reafirmam a natureza do lawfare. “É má utilização das leis para a demonização de um inimigo político. A lei pode tirar reputação, bens e liberdade. Ela é violenta quando mal utilizada (…). Existem estudos que mostram a prática do direito penal do inimigo. É quando o acusado, ao invés de ser tratado como sujeito de direitos, passa a ser tratado de uma forma absolutamente incompatível com as garantias devidas”, afirmou.
Créditos: Rede Brasil Atual

quinta-feira, 20 de julho de 2017

Moro bloqueia "bens" de Lula

 Banco Central bloqueou, por determinação do juiz federal Sérgio Moro, R$ 606.727,12 do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado na semana passada pelo juiz a 9 anos e meio de prisão.
O confisco dos ativos do petista foi decretado a pedido do Ministério Público Federal. Além do dinheiro, Moro confiscou de Lula três apartamentos e um terreno, todos os imóveis em São Bernardo do Campo, grande São Paulo, e também dois veículos.
Moro pediu o bloqueio de até 10 milhões de reais dos ativos do ex-presidente. A quantia de 606 mil reais foi o valor encontrado em quatro contas de Lula: R$ 397.636,09 no Banco do Brasil; R$ 123.831,05 na Caixa Econômica Federal; R$ 63.702,54 no Bradesco; e R$ 21.557,44 no Itaú.
O juiz pediu ainda o confisco de bens de Lula em até 13,7 milhões de reais. A quantia corresponde a 16 milhões supostamente desviados para favorecer o PT, menos o valor do tríplex atribuído a Lula, que já foi bloqueado pela Justiça. 
De acordo com reportagem do blog de Fausto Macedo, do jornal O Estado de S.Paulo, a Procuradoria da República afirma no pedido que após assumir a Presidência da República, "Lula comandou a formação de um esquema delituoso de desvio de recursos públicos destinados a enriquecer ilicitamente, bem como, visando à perpetuação criminosa no poder, comprar apoio parlamentar e financiar caras campanhas eleitorais".
Os procuradores da força-tarefa da Lava Jato queriam o bloqueio de uma fortuna de R$ 195,2 milhões, incluindo multas e acréscimos a título de reparação de danos. A força-tarefa não atribui este patrimônio a Lula. O montante faz parte de um cálculo efetuado por procuradores com base em danos à Petrobras.
Além do ex-presidente, o pedido incluiu como alvo do confisco dona Marisa Letícia, que morreu e teve extinta sua punibilidade. No último dia 14, apenas dois dias depois de condenar Lula, o juiz Moro acolheu parte do requerimento da Procuradoria.
Créditos; Carta Capital

Janot estuda denunciar Temer por compra de votos com cargos

247-O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse, na noite desta quarta-feira, que se as movimentações que ocorrem no Congresso antes da votação da denúncia contra  Michel Temer configurarem "desvio de finalidade aberta", terá que "analisar e estudar a questão". Janot evitou antecipar uma posição sobre o tema:
"Se há um jogo político, isso faz parte do jogo político. Agora, se houver um desvio de finalidade aberta, nós temos de analisar e estudar a questão. Seria leviano eu antecipar alguma informação ou juízo de valor sobre uma matéria que eu não sei. Se o orçamento é participativo, tenho de analisar a emenda dentro do orçamento participativo. Não é um cheque que o cara chega jogando", diz.
Parlamentares da Rede e do PSOL pediram à Procuradoria-Geral da República que investigue o empenho de emendas parlamentares nas vésperas da votação da denúncia contra Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. 
Na terceira palestra proferida nesta quarta em Washington, nos Estados Unidos, o procurador-geral destacou a expansão do combate à corrupção pela América Latina por meio da Lava-Jato. Ele disse aos presentes na George Mason University não acreditar que o Brasil diminua a corrupção endêmica sem que os países de seu entorno façam o mesmo. Sem coesão, segundo Janot, o Brasil vai acabar “exportando” corrupção para os vizinhos. As informações são de reportagem de Rodolfo Borges em O Globo.
Créditos: Brasil 247

Hacker desvia US$ 30 milhões

Um hacker desviou o equivalente a US$ 30 milhões (cerca de R$ 95 milhões) de carteiras da moeda virtual Ethereum explorando uma falha de segurança no software "Parity", usado para administrar as chamadas carteiras multiassinatura. O roubo só não foi maior porque um grupo de especialistas retirou de circulação todo o dinheiro vulnerável (outros R$ 230 milhões) com a intenção de devolver tudo aos verdadeiros donos.
A Ethereum é uma moeda virtual semelhante ao Bitcoin, mas que tem um foco maior em "contratos inteligentes". A moeda tem atraído interessados com seus programas de ICO ("Initial Coin Offering"), em que investidores depositam Ethereum para financiar empresas de tecnologia, especialmente empresas voltadas a aplicações da própria moeda. O investimento é convertido em um tipo de apólice digital ("token") que equivale a ações da empresa. Os investidores, portanto, se tornam donos do negócio, tendo direito a lucros futuros.
Já carteiras multiassinatura são aquelas em que várias pessoas de um determinado grupo precisam dar autorização para o uso dos fundos. O objetivo disso é permitir a criação de esquemas de administração compartilhada de recursos com segurança. Como é um tipo especial de carteira, a administração delas é um pouco diferente, o que pode exigir o uso de programas específicos, como o Parity.
Um erro na configuração dessas carteiras multiassinatura permitiu que os fundos fossem transferidos sem a autorização dos donos legítimos. O Parity é desenvolvido por uma empresa fundada por Gavin Wood, que também é fundador da moeda Ethereum. Os responsáveis estão trabalhando em uma correção para eliminar a vulnerabilidade.
Segundo roubo milionário
Este é o segundo roubo milionário na rede Ethereum esta semana. A start-up CoinDash foi hackeada durante sua ICO. O invasor modificou o endereço informado aos investidores, o que fez com que os fundos fossem depositados em outra carteira, controlada pelo invasor. O rombo foi de US$ 7 milhões (R$ 22 milhões).
Oscilação da Ethereum atinge mercado de placas de vídeo
O Ethereum vale cerca de US$ 200 no momento, uma queda considerável em relação ao pico de US$ 390 obtido em meados de junho. A moeda chegou a cair para US$ 150 no domingo (16), mas vem se recuperando.
O intenso uso de placas de vídeo para a mineração de Ethereum tem movimentado o mercado de chips gráficos, que chegou a ficar desabastecido. Isso elevou o preço de alguns modelos de placas de vídeo, especialmente modelos de entrada que oferecem maior custo-benefício para os mineradores.
Oscilações no valor da Ethereum vem sendo associadas a um aumento de ofertas de placas gráficas usadas na web, já que, com a moeda valendo menos, muitos dos mineradores perdem o interesse e se desfazem do equipamento adquirido para minerar a moeda.(G1).
Créditos: WSCOM