A partir da próxima segunda-feira (25), mutuários que financiarem imóveis usados na Caixa Econômica Federal vão enfrentar dificuldades a mais para fechar o contrato, entre elas ter que desembolsar uma entrada maior no ato da compra. O banco vai reduzir o limite máximo de financiamento para imóveis usados para 50% do valor do bem.
Pelas regras atuais, os clientes poderiam financiar até 60% ou 70% do montante, dependendo do tipo de linha de crédito contratada.
A redução vale para todas as modalidades, como Minha Casa Minha Vida, empréstimos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (que usa recursos da poupança).
Em nota divulgada na noite de ontem, a Caixa informou que o novo limite valerá para as futuras operações de crédito. As propostas em análise entregues até a última semana continuarão a operar sob os limites antigos, caso o empréstimo seja liberado.
Responsável por 70% do crédito imobiliário no país, a Caixa justificou que a redução dos limites ajusta o capital disponível da instituição financeira às condições do setor, cujo volume de crédito está crescendo neste ano. De maio a julho, o valor das concessões de financiamentos com juros regulados — como os imobiliários — somou R$ 2,4 bilhões, alta de 24% em relação ao trimestre anterior (fevereiro a abril).
O limite de financiamento para imóveis usados nesse mesmo patamar já havia sido reduzido anteriormente pela Caixa, em maio de 2015. Na ocasião, o banco justificou a medida, afirmando que pretendia focar no crédito habitacional de moradias novas.
Apesar da redução do teto de financiamento, a presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis de Mato Grosso do Sul (Sindimóveis-MS), Marta Recalde, não acredita que haja impacto significativo sobre o mercado imobiliário estadual, por se tratar de um período sazonal. "É uma restrição passageira, por conta do último trimestre do ano e por isso há uma flexibilização do limite.
Nesse período em que vai se aproximando o fim do ano, os pedidos de financiamento são muitos e chega um determinado momento que é preciso haver uma reprogramação e a Caixa faz uma restrição do limite, é uma questão orçamentária. No ano que vem, ao fazer nova dotação orçamentária, o limite volta ao patamar anterior. Não interfere no mercado, já estamos acostumados", completou. A dirigente lembra ainda que a nova normatização vale apenas para o financiamento de imóveis usados — para os normais, continua em vigor o teto atual, de 80%.
Créditos: Correio do Estado
domingo, 24 de setembro de 2017
sábado, 23 de setembro de 2017
Temer libera R$ 1 bilhão em emendas para barrar 2ª denúncia na Câmara
Com a autorização do Congresso para o governo fazer um rombo maior nas contas públicas, o governo de Michel Temer vai liberar R$ 1,016 bilhão em emendas parlamentares.
A liberação do dinheiro foi anunciada após o envio à Câmara da denúncia contra Temer por organização criminosa e obstrução à Justiça. A maior parte desse dinheiro será destinada às emendas individuais.
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, argumentou que a equipe econômica não teria opção de não fazer a liberação, porque é uma norma da Constituição Federal. "Eu acho importante esse recurso ser destinado para o interior. Talvez pela minha origem", falou o ministro que nasceu em Araguaína, no Tocantins. As informações são do jornal O Globo.
Créditos: Brasil 247
80% das pessoas trocariam o carro pelo transporte público
Na cidade de São Paulo, oito em cada dez pessoas trocariam o veículo particular pelo transporte público se a qualidade do serviço fosse melhor. A conclusão é de uma pesquisa da Rede Nossa São Paulo sobre mobilidade urbana. Segundo o estudo, o carro ainda é o meio de transporte mais usado pelos paulistanos.
O estudo também aponta que 47% dos paulistanos usam ônibus para se locomover. É o meio de transporte mais utilizado na cidade, o que não quer dizer que os usuários estejam satisfeitos com o serviço, pelo contrário, para a maioria dos entrevistados a tarifa é alta e a qualidade.
"Os ônibus são sucateados, são horríveis, parece que está na hora de botar no ferro velho. Pessoas idosas têm dificuldade para entrar, pois as plataformas são muito altas", critica o aposentado Elier Elias dos Santos, em entrevista à repórter Vanessa Nakasato, da TVT.
Flavio Siqueira, do projeto Cidade dos Sonhos, lembra que muitas pessoas deixam de sair de casa só pelo preço do ônibus e metrô. Mais da metade da população que vive em São Paulo, deixa de visitar parentes e amigos, parques e cinemas, por conta do valor da passagem", afirma, na mesma reportagem.
Os dados da pesquisa foram debatidos nesta quinta-feira (21), em um encontro que reuniu representantes do poder público e especialistas em mobilidade urbana. Para Jorge Abrahã, coordenador geral da Rede Nossa São Paulo, o debate é fundamental porque é a primeira vez, desde 2008, que todos os indicativos do levantamento são negativos.
"As questões de lotação, de tempo de viagem, tempo de espera, as questões de conforto e segurança. Tudo isso apareceu piorando. Há dez anos nós fazemos essa pesquisa e ela melhorava continuamente. Neste ano houve uma piora em todos os itens", lamenta.
"A pesquisa é tão rica, ela tem tantas informações que a gente precisa estimular o debate para que use os resultados dela para pressionar o governo, a prefeitura e a Câmara dos Vereadores, para que implemente políticas públicas prioritárias do transporte, para a mobilidade urbana na cidade de São Paulo", afirma o ativista Flavio Siqueira.
Créditos: Rede Brasil Atual
sexta-feira, 22 de setembro de 2017
Temer quer privatizar a Petrobras, diz ex-diretor da ANP
Responsável por uma malha de gasodutos com extensão de 4,5 mil quilômetros, a Transportadora Associada de Gás (TAG) está à venda. A Petrobras quer comercializar 90% de sua participação na companhia para saldar suas dívidas e buscar equilíbrio financeiro.
Para o ex-diretor da Agência Nacional de Petróleo (ANP) Haroldo Lima, contudo, a decisão é um erro já que o endividamento poderia ser combatido com a rolagem da dívida e com "poucos desinvestimentos". "Mas quando essa empresa [Petrobras] opta por vender ativos estratégicos, isso nos deixa muito preocupados", afirmou em entrevista exclusiva à Sputnik Brasil.
Lima destacou que a TAG é a maior transportadora do país e dona de 47% de toda infraestrutura de gasodutos em território nacional, com presença nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste.
A decisão da Petrobras de vender a TAG, a BR Distribuidora e o sistema de refino de petróleo foi criticada pelo ex-presidente da ANP: "Então, a Petrobras que detinha o controle de 100% do refino do petróleo no país passará a não ter controle nenhuma refinaria no Brasil. São espantosos os planos do governo em relação à Petrobras."
"Eu acho que o objetivo subjacente do governo com essa postura diante da Petrobras é a sua privatização. Existem, no ramo do petróleo, empresas horizontalizadas e verticalizadas. Horizontalizadas são as empresas que extraem petróleo e vendem petróleo. Apenas tiram e vendem petróleo. Já as verticalizadas, como a Petrobras, são empresas que produzem, extraem, refinam, transformam, distribuem e vendem petróleo e seus derivados. Como a Petrobras vai abrir mão de todas estas operações? Ela vai-se transformar numa empresa que somente extrai e vende petróleo? É totalmente absurdo."
A estatal de petróleo criada por Getúlio Vargas em 1953 reconheceu uma dívida bruta de R$ 376,587 bilhões em seu balanço do segundo trimestre de 2017 e enfrenta uma forte desvalorização. Para Lima, o cenário atual é resultado da queda do preço do barril de petróleo no mercado internacional e dos prejuízos causados pela corrupção e problemas de gestão. Fonte: Sputnik.
Créditos: Brasil 247
Privatização da Eletrobras põe em risco segurança da rede elétrica do país
A proposta do governo de Michel Temer (PMDB) de privatizar a Eletrobras pode ter consequências sérias para a população brasileira. O alerta foi feito por Eduardo Annunciato, presidente do Sindicato dos Eletricitários de São Paulo. Segundo ele, quase 20 anos depois do início da privatização do setor elétrico do país, é possível avaliar os impactos da mudança na rotina dos trabalhadores, na infraestrutura e para a sociedade.
“Não é bom para a população, não é bom para o trabalhador, não é bom pra ninguém. No passado, diziam que a privatização traz inovação tecnológica e baixa a tarifa. O que foi provado pra gente? Que privatização retira investimento, rebaixa o salário dos trabalhadores e precariza a rede elétrica, colocando a população em risco e aumentando a tarifa”, afirma Eduardo Annunciato.
O parque gerador de energia da Eletrobras é composto por 233 usinas, sendo 47 hidrelétricas, 114 termoelétricas, duas termonucleares, 69 eólicas e uma solar. A empresa gera 170 mil gigawatts/hora (Gwh) de energia, sendo a maior companhia do setor elétrico da América Latina, responsável por atender 1/3 do consumo anual de eletricidade do Brasil. O governo Temer anunciou, em agosto, a estimativa de vender a Eletrobras por algo entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões, um valor semelhante ao gasto apenas na construção da Usina de Belo Monte – a Eletrobras detém 49,98% de participação no consórcio que a administra.
Além do investido em Belo Monte, o presidente do Sindicato dos Eletricitários destaca os recentes recursos gastos com Angra 3, a remodelação nas distribuidoras do Norte e Nordeste, o redimensionamento de máquinas em Furnas e a montagem das eclusas em Tucuruí (PA), ligada à usina hidrelétrica da região. Um conjunto de obras de melhorias que agora podem ser entregues de “bandeja” para a iniciativa privada.
“Foi 'recondutorada' toda a transmissão do parque energético brasileiro, ou seja, trocados todos os cabos para atender à necessidade de todos os estados, interligando um com o outro com as novas gerações de energia eólica e termelétrica que foram construídas. Tudo isso foi feito para melhorar o país e então vão entregar pra iniciativa privada explorar com preços estratosféricos contra a população? Isso é no mínimo injusto, esse papel entreguista que o governo está fazendo, o povo não merece passar por isso e temos que combater a entrega do patrimônio público”, defendeu Eduardo Annunciato.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a privatização da Eletrobras poderá aumentar as contas de luz em até 10%. A alta da tarifa, porém, é apenas a face mais exposta das consequências da privatização, pondera o presidente do Sindicato dos Eletricitários. Ele enfatiza que há uma relação direta entre energia e saneamento e, nesse sentido, o aumento da tarifa de luz impactará também a conta da água. Como consequência, Eduardo Annunciato explica que tudo isso atinge os custos de produção de indústria e até dos alimentos, pois muitos produtores agrícolas poderão perder os subsídios hoje recebidos para irrigação das lavouras.
Para o presidente do Sindicato dos Eletricitários, o impacto da privatização da Eletrobras nas contas de luz, água, produção industrial e agrícola é apenas uma parte das consequências. Há outras menos visíveis e menos sentidas no bolso, mas talvez mais graves, como, por exemplo, a manutenção da rede elétrica.
Eduardo Annunciato é enfático ao afirmar que a privatização do setor elétrico piorou a manutenção e a segurança nas redes de energia. Segundo ele, as chamadas “manutenções preventivas”, que antes eram a regra no setor, praticamente acabaram, substituídas pela “manutenção corretiva”, que aumenta o risco de acidente para os trabalhadores.
“A cada 500 metros há um defeito na linha, e a cada dois quilômetros há um defeito gravíssimo. Isso é possível identificar visualmente. É um campo minado nas nossas ruas”, disse ele, em conversa com jornalistas, nessa quarta-feira (20), na sede do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. “O privado preza só o lucro, vai até o limite, até degringolar, e o risco para a população é muito maior. O prejuízo será incomensurável, tenebroso.”
Como exemplo, Eduardo Annunciato cita a manutenção em “linha viva” – um método em que o trabalhador se “conecta” na rede de energia ligada, com roupas especiais. O corpo fica energizado, mas não recebe a corrente elétrica. Historicamente, o procedimento era adotado para consertos pontuais, pois antes das privatizações a praxe era a manutenção preventiva, para a qual a rede de energia é desligada por algum tempo enquanto os trabalhadores atuam. Nos últimos anos, entretanto, a manutenção em “linha viva” passou a ser a prática recorrente, aumentando o risco de acidente e a pressão psicológica nos profissionais.
“A lógica das empresas privadas é energia passando, relógio ligado e dinheiro entrando”, afirma Annunciato, explicando a razão pela qual as empresas preferem não mais desligar por algumas horas a rede de energia para manutenção. De acordo com o presidente do Sindicato dos Eletricitários, antes das privatizações do setor elétrico havia zero acidentes com trabalhadores em “linha viva”; hoje são cerca de três ou quatro por ano, em cada empresa, geralmente fatais, além de seis acidentes por mês, em média, com a população.
“A sociedade está cada vez mais exposta ao risco e pagando tarifa mais cara. Conhecemos as mazelas da privatização, é aumento de tarifa e piora na qualidade do serviço”, afirmou ele, anunciando que a categoria iniciará nos próximos dias uma campanha de comunicação para alertar a população sobre as consequências da privatização da Eletrobras.
Créditos: Rede Brasil Atual
quarta-feira, 20 de setembro de 2017
Denúncia contra Temer deve passar no STF
Segundo sondagem feita com os ministros, o STF (Supremo Tribunal Federal) deve rejeitar nesta quarta-feira (20) o pedido da defesa de Michel Temer para suspender a tramitação de uma segunda denúncia, na qual ele foi acusado de obstrução de justiça e participação em organização criminosa. A tendência é que os ministros não acolham a suspensão da tramitação, apurou a Folha.
O caso começou a ser discutido na semana passada. Os magistrados debatem se o pedido é constitucional.
A defesa de Temer alega que a tramitação da denúncia deve ser suspensa até que "questões preliminares" envolvendo as provas da delação da JBS sejam resolvidas. As informações levadas pelos colaboradores do frigorífico foram usadas como base para a acusação.
Além da delação da JBS, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, se baseou em dezenas de outros delatores e em ao menos 15 fatos ainda em investigação para fazer as acusações.
Janot rompeu o acordo com os delatores da JBS, mas o material entregue por eles segue em posse da Procuradoria-Geral.
Um ministro da corte destaca que a denúncia é uma etapa do processo, baseada em indícios de crimes, e que apenas ao longo da ação penal é quando os fatos são comprovados ou arquivados. As informações são de reportagem de Letícia Casado na Folha de S.Paulo.
Créditos: Brasil 247
Lula lidera em todos os cenários, diz pesquisa CNT/MDA
Mesmo após o depoimento de Antonio Palocci, que negocia delação premiada, ao juiz Sergio Moro, o ex-presidente Lula continua liderando todos os cenários para a eleição presidencial de 2018. A 134ª Pesquisa CNT/MDA, realizada entre os dias 13 a 16 de setembro, mostra que as intenções de voto espontâneas para o petista passaram de 16,6% em fevereiro para 20,2% em setembro.
O mesmo levantamento mostra Jair Bolsonaro se consolidando no segundo lugar, indo de 6,5% para 10,9%. João Doria aparece com 2,4%; Marina Silva com 1,5% e Geraldo Alckmin e Ciro Gomes com 1,2% cada. Em relação à pesquisa de fevereiro, Aécio Neves caiu de 2,2% para 0,3%.
Já na intenção de voto estimulada, quando são apresentados os nomes dos candidatos, Lula tem 32,4% no cenário em que o postulante tucano é o senador mineiro Aécio Neves – que teve 3,2% da preferência dos entrevistados – seguido por Bolsonaro, com 19,8%. Marina Silva tem 12,1% e Ciro Gomes, 5,3%. Com João Doria indicado como candidato do PSDB, o prefeito de São Paulo tem 9,4%, atrás de Marina, com 12%; Bolsonaro, tem 18,4% e Lula, 32,7%.
Com Geraldo Alckmin na corrida como candidato do PSDB, o tucano tem 8,7%, e Lula lidera com 32%, seguido por Bolsonaro, com 19,4%, e Marina Silva, com 11,4%. Ciro Gomes tem 4,6% nesse cenário.
Nas simulações de segundo turno, Lula bate todos os seus rivais, superando Aécio por 41,8% a 14,8%; Alckmin por 40,6% a 23,2%; Doria por 41,6% a 25,2%; Bolsonaro por 40,5% a 28,5% e Marina Silva por 39,8% a 25,8%.
A avaliação do governo Temer chega a 3,4% de ótimo/bom, diante de 10,3% do levantamento de fevereiro. Entre os entrevistados, 75,6% acham sua gestão ruim/péssima. Foram feitas 2.002 entrevistas em 137 municípios em 25 estados nas cinco regiões do país.
Créditos: Rede Brasil Atual
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