sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Drama dos refugiados e ascensão da extrema-direita marcaram o mundo em 2017

Resultado de imagem para refugiados
 Com diferentes estilos, mas trazendo o mesmo conteúdo autoritário e excludente, de Donald Trump, nos Estados Unidos, à mais recente eleição do milionário Sebastian Piñera, no Chile, passando pela Europa, o ano de 2017 marcou a ascensão da direita e da extrema-direita, em todo o mundo.
É o que aponta reportagem da TVT, que também destacou o crescimento do drama dos refugiados, no Oriente Médio, no Mediterrâneo, e em Myanmar, dada a perseguição e tentativa de extermínio da etnia rohingya, como um dos principais eventos do ano. 
Aguiar relembrou o protagonismo da Rússia de Vladmir Putin, que avança no cenário internacional na medida em que os Estados Unidos se isolam, e também ressaltou o risco de ocorrência de um conflito nuclear, devido à retórica violenta de Trump contra a Coreia do Norte. Foto: Arquivo Google.
Créditos: RBA

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

33 mil alunos da rede privada tentam as escolas públicas

A crise financeira, o desemprego e outras mazelas econômicas estão levando pais ao desespero. Para fugir das mensalidades altas do ensino privado, eles estão tentando se escorar no ensino público, que é seguramente um dos piores do país. Tanto nas administrações municipais e estadual, o ensino público do Rio de Janeiro há muito tem dado sinais de falência: carência de professores, escolas em estado precário e, por tudo isso, alunos desinteressados.
No Rio, das 227 mil inscrições recebidas pela Secretaria Estadual de Educação (Seeduc), aproximadamente 33 mil são de alunos da rede privada que tentam migrar para rede pública – o equivalente a cerca de 14% do total de inscritos nas 1.250 escolas da rede estadual. Os dados foram divulgados terça-feira (26) pelo Núcleo de Imprensa do Palácio Guanabara e indicam que, nesta primeira fase de matrícula, mais de 180 mil alunos se cadastraram pela internet e são das redes públicas de ensino (municipal, estadual e federal).
Mais de 13 mil inscrições são de candidatos que estavam afastados dos estudos e decidiram retornar às salas de aula. No total, cerca de 460 mil estudantes renovaram suas matrículas para o ano letivo de 2018.
A consulta aos nomes dos estudantes inscritos está disponível no site Matrícula Fácil e no portal. Os candidatos também podem conferir o resultado por meio do link na página oficial da Secretaria de Educação no Facebook.
Ao comentar o processo de inscrições, o secretário de Educação, Wagner Victer, ressaltou o fato de que a informatização do processo das inscrições tem facilitado a escolha da unidade de ensino por parte dos alunos.
“Registramos um bom número de inscrições e renovações de matrículas. O sistema informatizado, no qual o candidato faz seu cadastro pela internet e seleciona a escola que deseja estudar, é acessível e tem auxiliado muito o estudante no momento de escolher a unidade de sua preferência e no acompanhamento do andamento da matrícula”, disse.
O ano letivo de 2018 na rede estadual de ensino do Rio de Janeiro começará no dia 5 de fevereiro e a confirmação da matrícula deverá ser feita entre os dias 3 a 8 de janeiro do próximo ano.
Para isso, o candidato precisa ir à unidade de ensino na qual foi alocado para confirmar a matrícula. A segunda fase da pré-matrícula ocorrerá entre os dias 16 e 19 de janeiro, com a confirmação ficando para os dias 24 a 26.
Créditos: RBA

Prazo para saque do PIS termina nesta quinta-feira

Trabalhadores com direito ao abono salarial ano-base 2015 têm até quinta-feira (28) para sacar o beneficio. O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) informou que esse é o prazo final e não haverá nova prorrogação. Segundo o MTE, até o fim de novembro 1,4 milhão de brasileiros com direito ao benefício ainda não tinham sacado o dinheiro.
Quem trabalhou na iniciativa privada em 2015 pode retirar o dinheiro em qualquer agência da Caixa Econômica Federal ou em uma casa lotérica. Servidores públicos devem procurar o Banco do Brasil. Cada trabalhador recebe valor proporcional à quantidade de meses trabalhados formalmente naquele ano. Se a pessoa trabalhou o ano todo, recebe o valor na íntegra. Quem trabalhou por seis meses, por exemplo, recebe metade do valor. Os pagamentos variam de R$ 79 a R$ 937.
QUEM TEM DIREITO
Para ter direito ao abono salarial ano-base 2015, é preciso ter trabalhado formalmente em 2015 e atender a alguns requisitos, como estar vinculado formalmente a uma empresa ou a um órgão público por pelo menos 30 dias naquele ano, ter remuneração média de até dois salários mínimos no período, estar inscrito no Programa de Integração Social (PIS) ou no Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) há pelo menos cinco anos e ter os dados informados corretamente pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais).
Para saber se tem direito ao benefício, é possível fazer uma consulta ao site do Ministério do Trabalho com o número do PIS ou do CPF e a data de nascimento. Também é possível obter informações nas agências bancárias ou ligando para o Alô Trabalho, 158. As ligações são gratuitas de telefone fixo em todo o país. A Caixa Econômica Federal fornece a informação aos beneficiários do PIS também pelo telefone 0800-726 02 07. O Banco do Brasil atende os beneficiários do Pasep no número 0800-729 00 01. (EBC

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Brasil fecha 12.292 vagas formais em novembro, após reforma trabalhista

Reuters - O Brasil perdeu 12.292 vagas formais de emprego em novembro, período em que os efeitos da reforma trabalhista já estavam em vigor, quebrando uma série de sete resultados positivos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho.
O dado frustrou expectativa de abertura de 22 mil postos, de acordo com pesquisa Reuters junto a analistas, mas foi melhor em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram encerradas 116.747 vagas.


Dos oito setores pesquisados, sete registraram saldo negativo em novembro, com destaque para indústria da transformação (-29.006 postos), construção civil (-22.826) e agropecuária (-21.761).
Apenas o comércio ficou no azul com a proximidade das festas de fim de ano, com a criação líquida de 68.602 vagas, mas num movimento insuficiente para levar o resultado geral para o campo positivo.
Em apresentação, o ministério do Trabalho argumentou que a indústria já começa a demitir nesta altura do ano num cenário em que “todas as encomendas já foram atendidas”. Em relação à construção civil, disse que o setor é marcado por paralisação de obras em função do período de chuvas.
Pela série histórica do próprio Caged, que tem início em 2002, houve perdas líquidas de vagas em novembro apenas em 2002 e 2008 --anos marcados pela eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e crise financeira nos Estados Unidos, respectivamente-- e em 2015 e 2016, quando o país viveu a pior recessão da sua história.
Segundo o ministério, foram criadas 3.120 vagas de trabalho intermitente no mês passado, na esteira da reforma trabalhista. Ao propô-la, o governo do presidente Michel Temer defendeu que as flexibilizações legislativas ajudariam na retomada do emprego.
No acumulado de janeiro a novembro, foram abertas 299.635 vagas, na série com ajustes, contra resultado negativo de 858.333 vagas no mesmo período do ano passado.
No trimestre até outubro, a taxa de desemprego no Brasil caiu a 12,2 por cento, segundo dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, atingiu o nível mais baixo desde o final de 2016, mas com o número de desempregados ainda recuando devido à informalidade. 
Créditos: Reuters

70% dos brasileiros não aprovam privatizações

A postura contrária às privatizações predomina em quase todos os recortes da pesquisa, tais como região, sexo, escolaridade, preferência partidária e aprovação do presidente Michel Temer (PMDB). As privatizações são aprovadas por apenas um segmento: aqueles com renda superior a dez salários mínimos por mês, com 55% de aprovação.

Entre os que recebem até dois salários mínimos por mês, a aceitação é de 13%. Até mesmo eleitores do PSDB, um partido historicamente favorável ao processo de privatização, não concordam com o processo de venda das estatais. Neste segmento, 55% são contrários e 37%, favoráveis. Já entre os eleitores de Lula (PT), o processo de privatização é rejeitado por 80%.

Uma possível venda da estatal de petróleo do Brasil também foi abordada pela pesquisa do Datafolha. 70% da população é contra a privatização da Petrobras enquanto 21% é favorável. A pesquisa ouviu 2.765 pessoas e tem margem de erro de dois pontos percentuais. O tema da venda das estatais deve ser um dos assuntos das eleições presidenciais e do ano de 2018. O Governo de Temer pretende privatizar a Eletrobras. 
Créditos Sputnyk



Testes nucleares podem ter causado 695 mil mortes nos EUA

Uma explosão nuclear (imagem ilustrativa)
Sputnyk-De acordo com o cientista da Universidade do Arizona, Keith Meyers, as consequências dos testes nucleares nos EUA, efetuados durante a Guerra Fria são comparáveis com as que sofreram Hiroshima e Nagasaki. A conclusão se baseia na análise dos padrões de mortalidade nos EUA naquele período.
O especialista descobriu que o leite produzido nesta área continha concentrações de isótopos I-131 (iodo radioativo). Segundo as estimativas, o consumo do leite contaminado causou a morte de 395.000 a 695.000 pessoas entre os anos de 1951 e 1973. A contaminação radioativa não se limitou apenas às regiões próximas ao lugar de testes em Nevada. Também foi registrada em partes distintas do país.
Além disso, o especialista destaca que os trabalhos anteriores analisaram as consequências de testes nucleares para a saúde dos residentes de Nevada, Arizona e Utah. No entanto, apesar de serem zonas vizinhas ao campo de testes, o maior impacto no índice de mortalidade não foi registrado nessas regiões, mas nas áreas com níveis significativos de contaminação radioativa no interior dos EUA. "O número total de mortes atribuídas a esses testes é comparável aos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki", conclui o pesquisador. Foto: CC0 / Pixabay
Créditos: Sputnyk

Investimentos em Educação terá redução de mais de 30% em 2018

O orçamento previsto para novos investimentos no Ministério da Educação (MEC) vai ter redução de 32% em 2018 com relação ao ano anterior. Em 2017, foram destinados mais de R$ 6,6 bilhões para investimentos no setor, enquanto a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2018 reserva apenas R$ 4,52 bilhões. 

Para o economista Bruno Moretti, o corte pode comprometer o cumprimento do Plano Nacional de Educação (PNE), que pressupõem recursos de investimentos para ampliação de unidades educacionais. "Isso significa dizer que, com a redução desses valores, você acaba vislumbrando um horizonte em que você não consegue atender as metas do Plano Nacional de Educação. Não consegue, pelo menos, imprimir um ritmo de melhoria do acesso aos diversos níveis de ensino", explica o economista.

A verba é destinada a novos investimentos como o apoio à construção de creches, compra de equipamentos para universidades e obras de ampliação e criação de instituições educacionais. O orçamento para manter o funcionamento do MEC e suas unidades ficou praticamente estável em 2018, com previsão de R$ 43,95 bilhões. 

Moretti pondera que o problema de cortes em investimentos não se localiza apenas no MEC. a proposta de lei orçamentária de 2018 prevê investimentos de R$ 68,8 bilhões para o próximo ano. Já o pagamento com juros da dívida pública alcança R$ 316 bilhões.

De acordo com Moretti, as reduções são expressão do limite de gastos imposto pela Emenda Constitucional 95, aprovada em dezembro de 2016, na gestão do presidente golpista Michel Temer (PMDB). Em 2017, o teto de gastos já estava vigente, mas será a partir do próximo ano que as despesas em Saúde e Educação, que têm um valor mínimo que o governo é obrigado a aplicar, passa a ser corrigido pela inflação.

"Em geral, não há ampliação das ações e dos programas ainda que haja demanda sociais crescentes, sobretudo em circunstâncias de crise. E caso uma despesa cresça mais do que inflação isso significa, na verdade, que uma outra despesa terá que ser reduzida para atender ao teto dos gastos", aponta o economista. Ele ressalta também que não houve despesas crescentes acima da inflação praticamente em nenhuma área em comparação a 2017, ano que já teve patamar de investimentos muito baixo. Foto: Marcelo Casal Jr./EBC.
Créditos: Brasil de Fato