Fila para tomar vacina |
Sendo que os dados do governo são eminentemente conservadores, haja vista os alarmantes números de casos com mortes no noticiário dos últimos dias. Só em MG os óbitos já teriam chegado a 19 desde dezembro segundo divulgado no G1 hoje (19/01) (aqui). No Estado de São Paulo os casos de morte chegaram a 21 desde janeiro, também segundo o G1 (aqui) em dados soltos pela secretária de Saúde de São Paulo (aqui), só nesses dois estados já dobrariam os óbitos divulgados pelo governo em números que levam em conta só até o mês de dezembro até hoje, de 20 para 40.
O governo diante da febre Amarela tem a preocupação de restringir o debate a vacina, não deixando que vá além para uma discussão de fundo da real causa do problema. As pessoas que tem mais contato com a doença é porque estão em áreas de degradação ambiental e social, com pouco acesso a prevenção, como por exemplo o preço exorbitante dos repelentes, que chegam a variar até 137% e um governo que não faz questão de que a proteção chegue até a população, além de ano após ano deixa de fazer o básico, que é garantir que a a vacina esteja disponível.
A Febre amarela assim, como todas as doenças transmissíveis pelo Aedes Egyphti são epidemias que, deixa em maus lençois em piores sempre os desfavorecidos. Por morarem em área de risco são pessoas em risco que, com uma habitação precária, com contato com dejetos, e terem muitas vezes alimentação pouco nutritiva estão muito mais sujeitos aos vírus (Dengue, Chikungunya, Zika e Febre amarela) desse mosquito, e muito mais sujeitos a morte por culpa do governo, que não dá condições minimas de vida aos pobres urbanos e trabalhadores.
Créditos: Esquerda Diário