sábado, 18 de agosto de 2018

Brasil bate novo recorde e tem maior nº de assassinatos da história com 7 mortes por hora

O Brasil registrou 63.880 mortes violentas em 2017, o maior número de homicídios da história, de acordo com dados divulgados dia 9 de agosto, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Foram 175 assassinatos por dia no ano passado, sete por hora - um aumento de 2,9% em relação a 2016. Os estupros aumentaram 8,4% de um ano para o outro. Foto: S1 Créditos: G1.

O Rio Grande do Norte registrou a maior taxa de mortes violentas por 100 mil habitantes: 68, seguido por Acre (63,9) e Ceará (59,1). As menores taxas estão em São Paulo (10,7), seguida de Santa Catarina (16,5) e Distrito Federal (18,2).
As capitais com as maiores taxas são Rio Branco (AC), com 83,7 por 100 mil habitantes, Fortaleza (CE), com 77,3, e Belém (PA), com 67,5.

O 12º Anuário de Segurança Pública compila dados das polícias de todos os estados do país e é utilizado como dado oficial, já que o governo federal ainda não tem uma base de informações nacional. Em julho, o Sistema Único da Segurança Pública (Susp) foi criado e, entre outras coisas, prevê a criação de um sistema de dados unificado entre as forças policiais e entre os estados, semelhante ao Datasus (do Sistema Único de Saúde).

"O crescimento da violência no país tem duas direções. Uma são as novas dinâmicas do crime organizado, agora, a outra, é a insistência da política pública de várias esferas e poderes, de continuar fazendo mais do mesmo"", diz o diretor do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima. 
Foto: S1. Créditos: G1.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Governo Temer paralisa 40 mil obras do Minha Casa Minha Vida

O "Minha Casa, Minha Vida", maior programa habitacional do país, está com mais de 40 mil obras em unidades habitacionais paralisadas. Os problemas vão desde a falta de recurso até a burocracia e invasões aos imóveis. A situação faz com que moradores de baixa renda sigam pagando aluguel ou vivendo em áreas de risco. 
"O programa "Minha Casa, Minha Vida" foi lançado em março de 2009 e, desde lá, construiu 5,2 milhões de unidades habitacionais. Dessas, o Ministério das Cidades afirma que quase 4 milhões foram entregues. Diz também que o número de obras paradas era maior e vem caindo, porém ainda é considerado um problema. Um exemplo do problema está em Olinda, na Grande Recife, onde os residenciais de Peixinhos 1 e 2 estão abandonados, mesmo após 95% da obra concluída. A construção foi iniciada em março de 2014, com entrega prevista para março de 2016 às 720 famílias contempladas. A nova previsão de entrega é o final deste ano. 
O local hoje está com prédios concluídos, mas à espera de obras complementares para serem entregues. Por conta do tempo em que a construção esteve parada, o local já apresenta marcas do descaso, como casa de máquina abandonada, esgoto a céu aberto e janelas quebradas. Os contratos com os beneficiários foram assinados em dezembro de 2017. Um deles é Alexandre Moura Cavalcante, 44. Ele conta que aguarda há sete anos por uma casa prometida, após aquela em que vivia ser desapropriada pela prefeitura para uma obra pública." Com informações do UOL.
Créditos: Revista Fórum

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Lava Jato recupera R$ 1 bilhão, após dar prejuízo de R$ 160 bilhões à Petrobras

A força-tarefa da Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná registrou ontem (9) a devolução de cerca de R$ 1 bilhão à Petrobras, por meio de acordos de colaboração premiada e leniência. Este é o maior valor já ressarcido à estatal de uma única vez.
A notícia saiu Folha e o G1 e deve ser divulgada com bastante destaque em outros veículos da velha mídia, aliada da Lava Jato.
Os tolos certamente aplaudirão, sem se darem conta de que o valor corresponde a menos de 10% do valor provisionado para reembolsar os investidores americanos, num acordo que foi celebrados nos Estados Unidos antes que a estatal brasileira fosse condenada em processo aberto pelos escândalos gerados pela força tarefa.
Desde 2014, quando se iniciou a operação Lava Jato, comandada pelo procurador Deltan Dallagnol e pelo juiz Sérgio Moro, até este ano, a Petrobras já registrou uma redução no seu patrimônio de R$ 160 bilhões, como registrou o jornal Valor Econômico, em março.
No ano passado, a Petrobras teve seu quarto prejuízo anual consecutivo, quando registrou perdas de R$ 466 milhões, impactada pelo provisionamento de R$ 11,2 bilhões para pagar investidores dos Estados Unidos.
O valor de mercado da companhia hoje é de R$ 292,4 bilhões e o patrimônio líquido vale R$ 269,6 bilhões; em 2013, antes da Lava-Jato, o patrimônio líquido era de R$ 350 bilhões. (Do DCM)
Crédito: Carta Campinas

Vice de Bolsonaro prega golpe militar se Lula for candidato

 O general Hamilton Mourão, candidato a vice na chapa de Bolsonaro, ameaçou o país com um golpe militar se Lula for candidato. A afirmação foi feita em entrevista ao jornal Valor Econômico. Ele afirmou que o país quase teve um golpe militar  durante a greve dos caminhoneiros: "A manifestações dos caminhoneiros chegou quase no limite". 

O general passou à reserva em março, dois meses antes da greve. Ele voltou a elogiar o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra que comandou o principal centro de torturas no regime militar, o DOI-CODI de São Paulo.

Veja os trechos com as declarações de Mourão em relação a Lula, aos caminhoneiros e a Ustra.

A greve dos caminhoneiros justificaria a intervenção?
Mourão: Manifestações dos caminhoneiros chegou quase no limite. As Forças Armadas tiveram que ser empregadas para desobstruir as rodovias e foi um trabalho feito de forma contencioso. Não tivemos quase nenhum incidente [O caminhoneiro José Batistela morreu durante a greve, depois de levar uma pedrada]. O governo demorou a reconhecer o problema.
Em que caso justificaria?
Mourão: Os casos mais prementes são de leis, da Ficha Limpa, o PT tentando impor de todas as formas a candidatura [de Lula] que pode ensejar em razão das leis existentes... Se por acaso uma coisa dessas levar a uma revolta popular, é necessário que haja controle disso aí, senão vamos para a barbárie.
O senhor está dizendo que se a candidatura Lula vingar vai levar o país a uma situação de caos?
Mourão: Nem raciocino com a candidatura Lula. Essa é uma questão interna do PT. Lula candidato é uma coisa que está correndo nas redes sociais. Se Lula pode ser candidato, então Fernandinho Beira-Mar pode, Marcola pode... Ressalvadas as devidas diferenças.
O senhor diz que é contra tortura, mas elogia Brilhante Ustra (1932-2015), reconhecido pela Justiça como torturador
Mourão: Quem acusou Ustra como torturador não apresentou nenhuma prova. Ele comandou o DOI de São Paulo, principal elemento do desbaratamento das organizações subversivas. Ustra foi meu comandante quando eu era tenente, por dois anos. Me ensinou muito no começo da minha vida militar. É um homem justo, um líder, estava presente em todas as atividades no nosso quartel. É um dos homens que tenho como exemplo para a vida. Ele passou quase 30 anos sendo atacado. Costumo dizer que Ustra é a "Geni". Quando está tudo calmo aí, arruma alguma coisa do Ustra e ataca pedra nele. Leia a entrevista aqui.
Créditos:Brasil 247

domingo, 5 de agosto de 2018

PT confirma Lula candidato à Presidência da República


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi confirmado pelo Partido dos Trabalhadores como candidato da legenda à Presidência da República em convenção nacional realizada ontem (4), na Casa de Portugal, na capital paulista.
"Viemos aqui para votar em nosso presidente Lula. Este é um momento histórico em que mandamos um recado para a rede Globo: Apesar de vocês, nós estamos aqui e Lula é o nosso candidato à Presidência. Somos milhões de Lula", disse a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, logo após entoar um emocionado "Lula guerreiro, do povo brasileiro".
Gleisi relembrou o discurso do ex-presidente no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo, antes de seguir para Curitiba, onde está preso desde 7 de abril na Polícia Federal do Paraná.
"Lula nos disse: 'Cada um de vocês vai ser eu, vou pensar pela cabeça de vocês'. E em todos esses meses em que Lula está preso, cada um de nós mantém seu nome vivo. E apesar de eles não querer que Lula seja candidato, Lula ficou nas mentes e no coração do povo brasileiro".
A presidente do PT afirmou que Lula será registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, no próximo dia 15, "nos braços do povo". "Essa é a nossa ação. A mais confrontadora à Justiça, que não faz outra coisa a não ser perseguir Lula".  
Coordenador do plano Lula de governo, o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, declarou a certeza de o cenário está configurado. "Eles imaginavam que o Lula não teria prestígio. Mas o que vemos hoje é que não tem nenhum golpista vitorioso."
Lideranças do Partido da Causa Operária, que nasceu de dissidência com o PT, anunciaram apoio incondicional ao ex-presidente.
Créditos:  RBA

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Vaticano declara que pena de morte é inadmissível

Papa Francisco aprovou a modificação do Catecismo católico para declarar “inadmissível” a pena de morte em todas as circunstâncias e indicou o compromisso da Igreja em encorajar sua abolição no mundo todo, informou o Vaticano nesta quinta-feira (2). Até então, essa prática era aceita em casos raros.
O Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Cardeal Luís Ladaria, encontrou-se com o pontífice, em maio, ocasião em que a nova redação do artigo 2267 do Catecismo Católico foi aprovada.
“Durante muito tempo, o recurso à pena de morte, por parte da legítima autoridade, era considerada, depois de um processo regular, como uma resposta adequada à gravidade de alguns delitos e um meio aceitável, ainda que extremo, para a tutela do bem comum”, diz o texto.
O artigo afirma que difundiu-se “uma nova compreensão do sentido das sanções penais por parte do Estado” e foram desenvolvidos sistemas de detenção mais eficazes, que “garantem a indispensável defesa dos cidadãos, sem tirar, ao mesmo tempo e definitivamente, a possibilidade do réu de se redimir”.
No novo texto ressalta que “a Igreja mostra, à luz do Evangelho, que a pena de morte é inadmissível, porque atenta contra a inviolabilidade e a dignidade da pessoa, e se compromete com determinação para sua abolição no mundo todo”. (G1).
Créditos: WSCOM

Empregado teve perda de salário com reforma trabalhista

O analista político André Santos, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), afirmou que, a partir da reforma trabalhista, cada trabalhador teve perda média de R$ 14 em seu salário.
"Pode parecer pouco para a classe média, mas é muito significativo para quem ganha um salário mínimo", afirmou. Ele fez as declarações ao participar de seminário, na Câmara dos Deputados, com o tema "Impactos da Aplicação da Nova Legislação Trabalhista no Brasil".
O analista afirmou que tanto o poder Executivo quanto o Legislativo "têm culpa no cartório" ao, respectivamente, propor e aprovar uma reforma trabalhista que surtiu efeito "inverso" ao prometido.
Santos disse que não houve crescimento de emprego no período de janeiro a março deste ano, quando a nova lei já estava em vigor. "Se o objetivo era dinamizar a economia e modernizar as relações de trabalho para se encarar novos desafios, isso ainda não teve o efeito necessário."
Na avaliação do Diap, a reforma trabalhista resultou na precarização das relações de trabalho. "Os contratos intermitentes, por exemplo, devem ocorrer apenas para áreas em que é realmente necessário, mas, da forma como está posto na lei, é muito abrangente e vale para todos - a ponto de os empregadores, de forma irracional, quererem demitir trabalhadores fixos e contratá-los como temporários", disse.
A reforma trabalhista não foi capaz de estimular um processo de formalização do contingente de trabalhadores informais até o fim do ano passado - é a conclusão da pesquisadora Marilane Teixeira, do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Os postos de trabalho estão sendo destruídos", disse.
Ela afirmou que os empregos gerados são predominantemente informais e as formas de contratação, atípicas, provocando uma concentração de postos de trabalho precários e com baixa remuneração. "A instabilidade e a insegurança geradas pela ausência de renda estável estimulam a contenção de um mercado de consumo já retraído pelo elevado desemprego. Além disso, a reforma trabalhista não estimulou a recuperação dos investimentos públicos e privados - e os investimentos externos, sobre os quais também havia expectativas, indicam o mesmo caminho", disse.
Ela citou dados que preveem, por exemplo, redução da taxa de crescimento do PIB para 2018 (de 3% para 1,7%) e retração na arrecadação de impostos, como o IPI (queda de 7,5%) e o Imposto de Renda (diminuição de 12%). Por outro lado, segundo a professora, o número de brasileiros subutilizados aumentou em um milhão.
O secretário adjunto de Relações do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Luiz Carlos Silva Barbosa, afirmou que não se pode relacionar as taxas de desemprego no país com a implementação da reforma trabalhista.
Segundo o representante do governo, ainda não é possível afirmar que o regime de demissão e admissão de trabalhadores tenha mudado após a vigência da nova lei. "A economia vem sofrendo desemprego há muitos anos, não é que isso tenha acontecido em 2018 ou 2017", disse Barbosa.
Ele citou que, neste ano, foram criados 500 mil novos postos de trabalho. "A discussão é se isso é impacto da reforma ou da confiança e investimento de empresariado. Eu não sei", disse.
O secretário ainda disse que "pode ser que haja fundamento" nas críticas relacionadas aos contratos intermitentes (temporários), previstos na nova norma, "mas, por outro lado, setores da economia que não registravam na carteira passam a ter essa possibilidade".
O diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Clemente Ganz Lúcio, afirmou que a reforma trabalhista atuou de forma "escandalosa" ao não dimensionar seus impactos, que podem ser "monumentais" no âmbito fiscal. Ele disse, ainda, que os reflexos da reforma nas relações de trabalho são "gravíssimos", com efeitos "monstruosos" sobre a vida laboral.
"Não temos nenhuma estimativa de impacto. Não dá para fazer, por exemplo, estudos de comparação, se não tivermos uma base de referência. Se o governo tinha o objetivo de criar empregos, tinha de ter medido quanto, de quais tipos e de que maneira", disse ele, para quem as novas leis são "genéricas". Lúcio sugere que o Congresso Nacional seja pressionado a "reformar a reforma" e corrigir artigos da nova legislação.
Créditos: Valor