Entre janeiro e a primeira quinzena de outubro deste ano, auditores-fiscais do Ministério do Trabalho encontraram 1.246 pessoas em situações análogas à escravidão. Comparado ao registro do ano passado (645), o número é 93% maior.
O estado que registrou o maior número de trabalhadores em situação análoga à escravidão foi Minas Gerais (754), seguido do Pará (129) e Mato Grosso (128). As atividades em que mais se encontraram pessoas trabalhando nestas condições foram a criação de bovinos, o cultivo de café e a produção florestal (plantio de florestas).
No decorrer das operações, realizadas em 159 estabelecimentos, 651 trabalhadores foram formalizados, 601 guias de seguro-desemprego foram emitidas e R$ 1,7 milhão em verbas rescisórias foi pago aos resgatados. No meio urbano, os fiscais encontraram trabalhadores nas situações mais degradantes (869); já no âmbito rural, foram 377 casos identificados.
Maurício Krepsky, chefe da Divisão de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Escravo (Detrae), avalia que o crescimento do número de trabalhadores encontrados em situação de escravidão moderna corresponde à eficiência das ações de combate a essa prática.
Para aqueles que desejarem saber mais informações sobre o combate ao trabalho análogo à escravidão, a ferramenta Radar disponibiliza resultados consolidados da inspeção do trabalho no Brasil. Além disso, a ferramenta também possui informações sobre o combate à informalidade, sonegação de FGTS, inserção de aprendizes e pessoas com deficiência no mercado de trabalho, entre outras informações.
Caso você saiba algo sobre pessoas que trabalham nestasem condições ilegais, as denúncias podem ser feitas nas unidades do Ministério do Trabalho em todo o país e também pelo Disque Direitos Humanos (Disque 100).Por Caio Lencioni.
Crédito: Observatório do Terceiro Setor