Em proposta para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) realizada pelo relator, deputado Cacá Leão (PP-BA), consta a previsão de aumento de 2 bilhões para o Fundo Eleitoral para as eleições municipais do ano que vem. Enquanto tiram dinheiro da previdência, querem aumentar o montante que sai dos recursos públicos para que vários partidos da ordem corruptos e que são contra os trabalhadores invistam em suas campanhas eleitorais.
De acordo com o parecer, o valor para o Fundo Eleitoral mais que dobra em relação ao valor de 2018: 1% dos recursos públicos do Orçamento da União poderão ser destinados para as emendas das bancadas estaduais, e 44% deste valor irá para o Fundo Eleitoral. Com esse aumento, o valor disponível para as campanhas municipais poderá chegar a quase 4 bilhões.
Parlamentares que são os primeiros a defender reformas e medidas que cortam verbas e direitos sociais que afetam a maioria da população, como a nefasta reforma da previdência, na hora de defender os seus próprios privilégios não titubeiam sem vergonha nenhuma. Para Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, um aumento de mais de 100% para campanha eleitoral não é exagero.
A reforma da previdência foi aprovada em primeiro turno ontem (10/07), regada com mais de 1 bilhão liberado por Bolsonaro para comprar os deputados às vésperas da votação, após a aprovação de isenção para o agronegócio, que não precisará pagar o INSS, com cerca de 450 bilhões de dívidas de empresas ao INSS que não são cobradas, e com direito a acordos que poupam juízes, promotores, políticos que já tem mandato e até a polícia da reforma.
Está claro que atacam os nossos direitos em nome de manter seus cargos e privilégios e os lucros dos empresários. Bolsonaro, Câmara, Senado e o STF estão juntos nisso. É preciso tirar lições da atuação dos sindicatos, centrais sindicais e correntes da esquerda para seguir a luta contra a reforma da previdência e todos os ataques de Bolsonaro e os capitalistas querem descarregar sobre as costas dos trabalhadores e da população pobre.
Créditos: Esquerda Diário