A produção industrial recuou em sete dos 15 locais pesquisados em julho deste ano em relação a igual mês do ano passado, segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Regional, divulgados nesta terça-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A produção do Estado de São Paulo, maior parque industrial do País, registrou perda de 2,7% no período. O desempenho negativo ocorreu apesar do efeito calendário favorável: o mês de julho de 2019 teve um dia útil a mais do que julho de 2018.
As demais quedas ocorreram no Espírito Santo (-14,2%), Pernambuco (-10,2%), Região Nordeste (-7,9%), Minas Gerais (-6,5%), Bahia (-5,6%) e Mato Grosso (-3,2%).
Houve avanços no Paraná (4,8%), Rio de Janeiro (4,8%), Pará (3,4%), Goiás (2,1%), Ceará (1,9%), Rio Grande do Sul (1,8%), Santa Catarina (1,4%) e Amazonas (0,3%). Na média global, a indústria nacional teve redução de 2,5% em julho de 2019 ante o mesmo mês de 2018, segundo o IBGE.
A Fiesp, federação das industrias de São Paulo, foi uma das grandes patrocinadoras do golpe institucional no país, tendo sua campanha com os patos infláveis tornado-se simbólica do golpismo. Porém, essa fração da burguesia se vê excluída da atual política econômica, que prioriza a subordinação das empresas nacionais ao capital estrangeiro, além do irresponsável incentivo ao agronegócio, em prejuízo inclusive ao meio ambiente. Assistimos a um crescente processo de reprimarização da economia, que vem acompanhado dos cortes a pesquisa e desenvolvimento tecnológico, tornando o país ainda mais atrasado e dependente na divisão do trabalho mundial.
As principais vítimas dessa política de desindustrialização são os trabalhadores, que sofrem com o fechamento das plantas das fábricas, como foi o caso da Ford em São Bernado do Campo e da gráfica RR Donnelley. A desindustrialização alimenta a alta taxa de desemprego. Contra o fechamento das fábricas e a demissão de milhares de operários é necessário a mobilização dos trabalhadores em defesa dos seus postos de trabalho. Foto: 247.
Créditos: Esquerda Diário
terça-feira, 10 de setembro de 2019
sexta-feira, 6 de setembro de 2019
Desmonte do SUS pode levar Brasil à barbárie social
O Brasil teve a oportunidade de experimentar por três décadas a construção de um sistema universal de saúde baseado na ideia de que esse é um direito de todos e um dever do Estado. Mas, após três anos de um golpe parlamentar que em 31 de agosto destituiu definitivamente Dilma Rousseff da Presidência da República, essa construção corre grave risco e pode levar o país a uma situação de barbárie social.
Ministro da Saúde do segundo governo Dilma, entre 2014 e 2015, o médico Arthur Chioro lembra que o Brasil foi o único país com mais de 100 milhões de habitantes que ousou colocar na Constituição, em 1988, esse direito, com a criação do Sistema Único de Saúde.
“Entre 2003 e 2015 tivemos a oportunidade de viver esse processo de expansão, com cobertura de mais de 70% da atenção básica em saúde”, diz, lembrando programas como o Saúde da Família, o Mais Médicos. “Setenta e três milhões de brasileiros que viviam em condições mais adversas, nas periferias das grandes cidades, região semiárida, na região Amazônica, aldeias indígenas, assentamentos, nunca tinham tido contato com uma equipe completa.”
Obras dos governos petistas, a expansão da atenção básica coincidiu com a ampliação da assistência farmacêutica, a criação de programas como o Brasil Sorridente (odontológico), a implantação dos serviços de Samu, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, em todo o Brasil.
“O resultado concreto é que, graças ao SUS, o brasileiro vive mais, houve diminuição da mortalidade infantil e materna, da mortalidade por causas evitáveis. Se o brasileiro vive mais e melhor, ele deve fundamentalmente à criação de um sistema universal, para todos”, avalia Chioro.
Mas, uma das primeiras áreas atingidas pelo golpe, a saúde acabou vendo sua evolução orçamentária paralisada pela Emenda Constitucional 95. Promulgada pelo Congresso Nacional quatro meses após a destituição da presidenta Dilma, a emenda conhecida como PEC da Morte estabeleceu um teto de gastos válidos por 20 anos.
Com isso, o montante que vinha tendo aumentos mais ou menos expressivos desde 2004 – cresceu 18,54%, em 2012 – chegou a 2019 com um ínfimo acréscimo de 0,23%. A situação deve piorar muito e continuamente até o ano de 2036, segundo estudo do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea). A projeção do orçamento para o setor, sob a barreira do teto de gastos, indica perda que deve chegar a R$ 1 trilhão até 2036, em relação ao que seria investido na saúde de acordo com o previsto pela Constituição Federal.
“E o que é mais perverso é que tanto o governo Temer como o governo Bolsonaro têm utilizado a ‘sobra’ de recursos obtida pela fragilização de programas como a Farmácia Popular, pelo não cumprimento dos gastos previstos no programa Mais Médicos, pela diminuição da oferta de vacinas e medicamentos de alto custo, exatamente para fazer pagamento de emendas parlamentares com as quais têm sido literalmente compradas as reformas trabalhista e da Previdência”, denuncia Chioro.
“E o que é mais perverso é que tanto o governo Temer como o governo Bolsonaro têm utilizado a ‘sobra’ de recursos obtida pela fragilização de programas como a Farmácia Popular, pelo não cumprimento dos gastos previstos no programa Mais Médicos, pela diminuição da oferta de vacinas e medicamentos de alto custo, exatamente para fazer pagamento de emendas parlamentares com as quais têm sido literalmente compradas as reformas trabalhista e da Previdência”, denuncia Chioro.
“E a gente ainda é obrigado a ouvir o discurso de que a relação com o Congresso mudou e o governo Bolsonaro não faz a política do ‘toma lá e dá cá’. É literalmente uma política do ‘tira da população brasileira’ para honrar o processo de desmontagem da estrutura de proteção social que esse país construiu ao longo de décadas”, critica o médico sanitarista.
A Emenda Constitucional 95 é tão absurda que quanto maior o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, maior a perda de recursos para cuidar da saúde da população. Pela regra anterior ao teto de gastos, a saúde seguiria correspondendo sempre a 15% do orçamento geral. Mas com o teto, se o PIB tiver crescimento, os investimentos em saúde não acompanham, porque a lei prevê a correção do orçamento no máximo pela inflação.
A mesma situação ocorre com o investimento per capita em saúde. Nos governos petistas, o Brasil avançou de um investimento em saúde por pessoa de aproximadamente R$ 420, em 2008, para R$ 519, em 2016. A projeção do Ipea indica que chegaríamos a 2025 com R$ 632 per capita, e em 2036 com R$ 822. Mas o teto de gastos impede essa evolução e vai fazer o país reduzir o gasto per capita em saúde para R$ 411 em 2036. Menos do que era investido em 2008.
Os programas de atendimento à população mais pobre estão entre os mais atingidos. Após 16 anos de expansão contínua, a Estratégia Saúde da Família (ESF), modelo de atendimento que a equipe de saúde vai à casa das pessoas e atua de forma territorializada, teve sua primeira redução de atendimento. Em 2019, o ESF perdeu 836 equipes, deixando de atender 2,2 milhões de pessoas. A equipe completa, mencionada pelo ex-ministro Chioro, é multiprofissional, composta por médico e enfermeiro especialista em saúde da família, auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde (ACS).
“Estudo publicado em 2018 já antecipava o impacto que a EC 95 teria sobre municípios e estados. Mantida a ordem das coisas, chegaremos em 2022 com estados e municípios tendo de honrar, para manter a atual rede existente, 70% dos gastos com saúde e isso é impossível”, relata o ex-ministro. “O que nós já estamos observando é progressivamente a incapacidade de manutenção da operação cotidiana do sistema de saúde.”
A destruição do programa Mais Médicos, cujos profissionais cubanos deixaram os locais de trabalho no final de 2018, após uma série de ataques e mentiras difundidas pelo presidente Jair Bolsonaro, é um exemplo desse descaso. Cerca de 28 milhões de pessoas ficaram sem atendimento após a saída dos 8.476 médicos cubanos de 1.575 cidades. Locais esses que passaram a não ter nenhum médico, já que brasileiros não aceitaram ir para esses municípios nos editais abertos posteriormente.
“Os governos Temer e Bolsonaro entregam aquela receita do Banco Mundial, do Consenso de Washington que tinha sido desenhada 1993. No caso da saúde era uma medicina pobre para os pobres. Ao invés de uma atenção primária de qualidade, uma atenção primitiva”, compara.
Para Chioro, a volta do surto de sarampo tem a ver com a incapacidade do Estado brasileiro. “Não tem nada a ver com a Venezuela, com diz o governo. Mas com a vergonhosa postura do Ministério da Saúde de não coordenar as ações necessárias de enfrentamento da circulação do vírus do sarampo.”
Quando era ministro, lembra o médico, o Brasil viveu situação parecida, mas com desfecho completamente diferente. A visita de estrangeiros não vacinados ao país reintroduziu o sarampo no Recife e em Fortaleza. “Num esforço muito grande, envolvendo o governo federal, estados e municípios, nós tivemos capacidade de enfrentar e resolver o problema”, afirma.
“Temos hoje mais de 2 mil casos de sarampo, óbitos acontecendo, de uma doença da qual tínhamos obtido o certificado de erradicação. É um exemplo da recrudescência, da reemergência de problemas que estão diretamente relacionados à falta de investimento, à desmontagem do SUS, à desorganização, ainda que o discurso seja de ficar colocando a culpa no passado. Uma postura irresponsável porque fragiliza e coloca em situação de altíssima vulnerabilidade toda população brasileira”, ressalta Chioro.
O ex-ministro da Saúde explica que o SUS sempre enfrentou a situação de subfinanciamento, ou seja, de ter menos recursos do que necessita. “Desde a instauração do golpe podemos afirmar que vivemos uma situação de desfinanciamento”, compara.
“É de uma perversidade inaceitável”, lamenta. “Mas na lógica desses liberais conservadores que instalam uma nova ordem no país a partir do golpe, a diminuição dos gastos públicos objetiva aumentar os lucros do sistema financeiro e aumentar o percentual da população brasileira que terá de buscar no mercado o provimento de suas necessidades.”
Chioro afirma que mesmo países capitalistas – como Canadá, Reino Unido, Itália, Espanha, França, países escandinavos – reconheceram ao longo da história que o Estado tem papel fundamental no atendimento à saúde. “Aqui se pretende fazer o mesmo caminho desastroso que os Estados Unidos, Chile, Colômbia fizeram. E demonstram com indicadores péssimos, com incapacidade de atender às necessidades das pessoas, um caminho de transformar de vez a saúde em mercadoria.”
Assim, avisa o médico, o país caminha para a barbárie. Em um contexto de recessão econômica, de perda dos contratos formais de trabalho que permitiam acesso aos planos coletivos de saúde, não haverá capacidade financeira da população para o pagamento dos serviços de saúde. “Toda essa situação condenará milhões e milhões de brasileiros à desassistência”, avalia. “Por isso, tenho uma convicção baseada em evidências, estudos que vêm sendo feitos não só por nós da Unifesp, mas por pesquisadores em todo o país, de que nós caminhamos aceleradamente para uma situação de barbárie com a desmontagem das políticas públicas, entre elas a do Sistema Único de Saúde.” Por Rodrigo Gomes e Cláudia Motta, da RBA. (Editado).
Créditos: Rede Brasil Atual
terça-feira, 3 de setembro de 2019
Governo corta orçamento do Minha Casa, Bolsa Família e Fies
O presidente Jair Bolsonaro (PSL) reduziu o orçamento de ações voltadas à população mais vulnerável e de medidas que buscam reduzir as desigualdades no país em 2020. Entre os programas afetados estão o Minha Casa Minha Vida, o Bolsa Família e o Fies. A informação é do jornal Folha de S. Paulo.
O maior corte será no Minha Casa Minha Vida. A previsão para o programa habitacional caiu de R$ 4,6 bilhões, em 2019, para R$ 2,7 bilhões na projeção do próximo ano. Com isso, o programa terá o menor orçamento da história.
O maior corte será no Minha Casa Minha Vida. A previsão para o programa habitacional caiu de R$ 4,6 bilhões, em 2019, para R$ 2,7 bilhões na projeção do próximo ano. Com isso, o programa terá o menor orçamento da história.
De 2009 a 2018, a média destinada ao programa habitacional era de R$ 11,3 bilhões por ano. O programa foi a principal iniciativa nos últimos anos para tentar reduzir o déficit habitacional. Mas vem sofrendo sucessivos cortes diante do desequilíbrio nas contas públicas.
Com isso, o Minha Casa Vida pode seguir a diretriz estabelecida para o PAC, que não vai mais receber novas obras. Permanecem em execução somente as já contratadas.
A proposta de Orçamento do governo afeta também o Bolsa Família, que transfere renda para famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza. (Editado).
Créditos: Correio 24h
segunda-feira, 2 de setembro de 2019
Senado aprova trabalho aos domingos e feriados sem pagamento de horas extras
O Senado ao aprovar a Medida Provisória (MP) da Liberdade Econômica, transformada no Projeto de Lei de Conversão (PLV) 21/19, liberou o trabalho aos finais de semana e feriados, sem pagamento de horas extras, o que era antes proibido por leis específicas.
Agora cabe à Presidência da República, ocupada por Jair Bolsonaro (PSL), decidir se veta ou não a proposta aprovada pelos senadores. Caso seja sancionada, as categorias mais prejudicadas com a medida serão os professores, comerciários e bancários, já que a MP trata da abertura de agências bancárias aos sábados, a possibilidade de professores ministrarem aulas aos domingos e a abertura do comércio nos finais de semana e feriados.
Créditos: CUT
Agora cabe à Presidência da República, ocupada por Jair Bolsonaro (PSL), decidir se veta ou não a proposta aprovada pelos senadores. Caso seja sancionada, as categorias mais prejudicadas com a medida serão os professores, comerciários e bancários, já que a MP trata da abertura de agências bancárias aos sábados, a possibilidade de professores ministrarem aulas aos domingos e a abertura do comércio nos finais de semana e feriados.
Créditos: CUT
sexta-feira, 30 de agosto de 2019
20 milhões de crianças e adolescentes vivem na pobreza no Brasil
As crianças são as que mais sofrem com a pobreza no Brasil. 47,8% das crianças e dos adolescentes de 0 a 14 anos no país vivem em condição domiciliar de baixa renda, ou seja, são de famílias pobres ou extremamente pobres. O dado é do relatório ‘Cenário da Infância e Adolescência no Brasil 2019‘, da Fundação Abrinq.
Isso significa que 20 milhões de crianças e adolescentes com 14 anos ou menos pertencem a famílias com renda per capita mensal de até meio salário mínimo. Desse total, 9,4 milhões vivem em condição de extrema pobreza, com renda per capita de até um quarto do salário mínimo.
O número de crianças que vivem em situação de pobreza ou extrema pobreza no Brasil representa quase o dobro da população inteira de Portugal, que é composta por 10,3 milhões de habitantes.
Créditos: Observatório do Terceiro Setor
quarta-feira, 28 de agosto de 2019
Saída de capital externo dispara
O fluxo de recursos estrangeiros na Bolsa de Valores brasileira em 2019 registrou o pior saldo no acumulado até agosto em comparação a 2008, ano da crise financeira global. Ou seja, os investidores externos tiraram mais recursos do que aplicaram.
Até o dia 15 deste mês (dado mais recente), o volume estava negativo em R$ 19,1 bilhões. Em 2008, o saldo no vermelho registrado no ano até o fim de agosto era de R$ 16,5 bilhões. O valor de agora é pior até mesmo do que o de setembro daquele ano (-R$ 18,3 bilhões), quando o mercado já repercutia a quebra do banco Lehman Brothers. Foto: EBC.
Créditos: O Estado de S Paulo
Até o dia 15 deste mês (dado mais recente), o volume estava negativo em R$ 19,1 bilhões. Em 2008, o saldo no vermelho registrado no ano até o fim de agosto era de R$ 16,5 bilhões. O valor de agora é pior até mesmo do que o de setembro daquele ano (-R$ 18,3 bilhões), quando o mercado já repercutia a quebra do banco Lehman Brothers. Foto: EBC.
Créditos: O Estado de S Paulo
Investimento público cai ao menor nível de todos os tempos
Os investimentos previstos no Orçamento de 2020 devem cair para a faixa de R$ 25 bilhões a R$ 30 bilhões, o menor patamar desde o início da série do Tesouro Nacional em 2007, destaca reportagem da Folha de S.Paulo.
Os investimentos públicos tinham atingido o pico durante o governo da ex-presidenta Dilma Rousseff. O ano recorde foi o de 2014: R$ 103,2 bilhões, o que indica que foi no período do governo Dilma que os investimentos públicos tiveram prioridade
A cifra representa uma queda de até 40% em comparação com 2019 Na comparação com 2019, a queda pode ser de até 40% ante os R$ 35 bilhões a R$ 40 bilhões estimados para este ano. As informações foram dadas pelo próprio secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida.
A proposta de Orçamento deve ser encaminhada ao Congresso Nacional até o final de agosto. A reportagem relembra que em 2007, início da série, os investimentos foram de R$ 72,7 bilhões. O ano recorde foi o de 2014: R$ 103,2 bilhões, também corrigidos pela inflação, o que indica que foi no período dos governos dos ex-presidentes Lula e Dilma que os investimentos públicos atingiram os patamares mais elevados.
Apesar das dificuldades que atingiram o segundo mandato da ex-presidenta Dilma e da recessão que se seguiu, ela fez valer sua concepção desenvolvimentista. Depois do golpe e principalmente agora, a queda dos investimentos públicos é um dos fatores que dificulta a retomada a economia brasileira, que patina desde a saída da recessão.
O secretário do Tesouro informou também que as despesas discricionárias (não obrigatórias e que podem ser cortadas) também vão cair em 2020, o que sinaliza para mais arrocho fiscal, mais estagnação, mais recessão e mais sofrimentos para o povo.
Créditos: Brasil 247
Os investimentos públicos tinham atingido o pico durante o governo da ex-presidenta Dilma Rousseff. O ano recorde foi o de 2014: R$ 103,2 bilhões, o que indica que foi no período do governo Dilma que os investimentos públicos tiveram prioridade
A cifra representa uma queda de até 40% em comparação com 2019 Na comparação com 2019, a queda pode ser de até 40% ante os R$ 35 bilhões a R$ 40 bilhões estimados para este ano. As informações foram dadas pelo próprio secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida.
A proposta de Orçamento deve ser encaminhada ao Congresso Nacional até o final de agosto. A reportagem relembra que em 2007, início da série, os investimentos foram de R$ 72,7 bilhões. O ano recorde foi o de 2014: R$ 103,2 bilhões, também corrigidos pela inflação, o que indica que foi no período dos governos dos ex-presidentes Lula e Dilma que os investimentos públicos atingiram os patamares mais elevados.
Apesar das dificuldades que atingiram o segundo mandato da ex-presidenta Dilma e da recessão que se seguiu, ela fez valer sua concepção desenvolvimentista. Depois do golpe e principalmente agora, a queda dos investimentos públicos é um dos fatores que dificulta a retomada a economia brasileira, que patina desde a saída da recessão.
O secretário do Tesouro informou também que as despesas discricionárias (não obrigatórias e que podem ser cortadas) também vão cair em 2020, o que sinaliza para mais arrocho fiscal, mais estagnação, mais recessão e mais sofrimentos para o povo.
Créditos: Brasil 247
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