O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede o impacto dos preços entre famílias com renda mensal de até 2,5 salários mínimos quase dobrou entre novembro e dezembro, de 0,56% para 0,93%. A alta nos alimentos, em especial da carne – que subiu 17,7% no mesmo período –, deve continuar pressionando a inflação para os mais pobres em 2020. Esse comprometimento de uma parcela maior da renda com gastos essenciais tem levado ao aumento do endividamento.
De acordo com Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 65,6% das famílias têm algum tipo de dívida, a maior parte – 79,8% – no cartão de crédito. Trata-se do maior nível desde janeiro de 2010, quando a começou a pesquisa.
No ano de 2019, o IPCA acumulado ficou em 4,31%. Alimentos e bebidas pesaram mais no bolso e o preço da carne saltou 32,4%. Imagem: EBC. (Editado
Créditos: Rede Brasil Atual
sábado, 11 de janeiro de 2020
sexta-feira, 10 de janeiro de 2020
No primeiro ano, governo Bolsonaro queima 10 bi de dólares em reservas internacionais
Os números finais ainda não foram publicados, mas 2019 revela um verdadeiro desastre no setor externo para o Brasil. Dados oficiais na página do Banco Central mostram que no primeiro ano de Bolsonaro, o país queimou, até novembro, mais de 10 bilhões de dólares em reservas internacionais. Eram 376,9 bilhões em janeiro, chegando a 366,3 bi no penúltimo mês de 2019.
E os dados devem ser piores ainda no fechamento do ano, porque até 27 de dezembro o Brasil teve saída recorde de dólares. Só no mês, mais de 16 bilhões foram embora, a maior saída entre todos os meses já pesquisados.
No acumulado do ano, até a mesma data, foram embora 43,2 bilhões de dólares, de longe o pior resultado da série histórica. Antes, o recorde eram 16,1 bilhões registrados em 1999, no governo FHC, no ano da crise cambial, no começo de seu segundo mandato. E o governo Bolsondaro está queimando reservas para fechar as contas externas e também para segurar o valor do dólar no Brasil.
A balança comercial brasileira fechou 2019 com queda de 20,5% no superávit comercial em relação a 2018, o pior número desde 2015. E entre janeiro e outubro de 2019, 42,9 bilhões de dólares foram embora do sistema financeiro brasileiro. Os investimentos diretos no país também caíram. Nos doze meses até novembro de 2019, ingressaram 70 bilhões de dólares, 8,4% a menos que no mesmo período de 2018. Imagem FB.
Créditos: Brasil de Fato
E os dados devem ser piores ainda no fechamento do ano, porque até 27 de dezembro o Brasil teve saída recorde de dólares. Só no mês, mais de 16 bilhões foram embora, a maior saída entre todos os meses já pesquisados.
No acumulado do ano, até a mesma data, foram embora 43,2 bilhões de dólares, de longe o pior resultado da série histórica. Antes, o recorde eram 16,1 bilhões registrados em 1999, no governo FHC, no ano da crise cambial, no começo de seu segundo mandato. E o governo Bolsondaro está queimando reservas para fechar as contas externas e também para segurar o valor do dólar no Brasil.
A balança comercial brasileira fechou 2019 com queda de 20,5% no superávit comercial em relação a 2018, o pior número desde 2015. E entre janeiro e outubro de 2019, 42,9 bilhões de dólares foram embora do sistema financeiro brasileiro. Os investimentos diretos no país também caíram. Nos doze meses até novembro de 2019, ingressaram 70 bilhões de dólares, 8,4% a menos que no mesmo período de 2018. Imagem FB.
Créditos: Brasil de Fato
domingo, 5 de janeiro de 2020
Balança comercial tem pior resultado em 4 anos
A queda foi de 20,5% em 2019.
A balança comercial brasileira fechou 2019 com superávit de 46,674 bilhões de dólares, recuo de 20,5% pela média diária sobre 2018, num ano marcado pelo enfraquecimento no comércio global pelas tensões entre Estados Unidos e China, crise na Argentina e menor crescimento doméstico que o inicialmente projetado.
A última previsão feita pelo Ministério da Economia para a balança era de que ela ficaria positiva em 41,8 bilhões de dólares em 2019. Mesmo acima deste patamar, o resultado efetivamente alcançado representou o pior para o país desde 2015, quando houve superávit de 19,5 bilhões de dólares.
Em dezembro, o superávit foi de 5,599 bilhões de dólares, informou o Ministério da Economia, acima do saldo positivo de 4,352 bilhões de dólares esperado por analistas em pesquisa Reuters.
No último mês do ano, as exportações alcançaram 18,155 bilhões de dólares, enquanto as importações somaram 12,555 bilhões de dólares. Fonte: Reuters. (Editado). Imagem: JP. Créditos: Exame
sábado, 4 de janeiro de 2020
Produção industrial tem forte queda em dezembro
A atividade manufatureira no Brasil seguiu em crescimento, mas sofreu firme desaceleração no último mês de 2019, com fraqueza em novos pedidos e produção em meio a cortes em vagas de trabalho. Uma medida das exportações sofreu a maior queda em uma década.
O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) calculado pelo IHS Markit caiu a 50,2 em dezembro, ante 52,9 em novembro. Leituras acima de 50 indicam expansão da atividade, mas a queda no número-índice mostrou que o crescimento se deu em ritmo mais brando.
A taxa de dezembro é a mais baixa da atual série de cinco meses de crescimento.
O segmento de bens de capital teve a maior influência negativa no número geral, registrando o primeiro recuo em um ano, tendo como pano de fundo “fortes contrações” em vendas e produção, segundo o IHS Markit.
O crescimento do PMI foi puxado pelas categorias de bens de consumo e intermediários, com ambos registrando expansão em dezembro.
O total de novos negócios mal cresceu em dezembro, com a alta sendo a mais fraca da atual série de sete meses de números positivos.
O desempenho foi pressionado em parte por menores vendas aos mercados internacionais. O componente de novas encomendas de exportação caiu na maior velocidade desde o começo de 2009, com fraca demanda de clientes da América Latina, sobretudo Argentina e Chile.
O subíndice de empregos foi outro a mostrar debilidade, diante da persistente e ampla capacidade ociosa da indústria. O emprego no setor manufatureiro teve o primeiro declínio desde julho, ainda que discreto.
Enquanto isso, os custos dos insumos cresceram de forma ainda mais acelerada, com algumas empresas culpando a depreciação do real frente ao dólar. Contudo, os números mostraram falta de poder de precificação por parte dos produtores de bens, conforme os preços de vendas cresceram em ritmo leve, o menor desde agosto.
À frente, os consultados preveem um cenário melhor, com o otimismo alcançando uma máxima em 11 meses, amparado por previsões de mais negócios, maior investimento e clima econômico favorável. Imagem: EBC. Com informações da Agência Reuters.
Créditos: Brasil247
quarta-feira, 1 de janeiro de 2020
Extrema pobreza no Brasil atinge o maior nível em 7 anos
Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2019, divulgada pelo IBGE, mostra que em 2018 o país tinha 13,5 milhões pessoas com renda mensal per capita inferior a R$ 145, ou U$S 1,90 por dia, critério adotado para identificar a condição de extrema pobreza. Isso significa que 6,5% dos brasileiros viviam nessa condição, maior percentual em 7 anos.
Outro dado que chama atenção na SIS 2019 é que um em cada quatro brasileiros vive com menos de R$ 420 por mês. São 52,5 milhões de brasileiros vivendo na pobreza. A pobreza atinge principalmente a população preta ou parda, que representa 72,7% dos pobres (38,1 milhões de pessoas), em especial as mulheres pretas ou pardas (27,2 milhões estão abaixo da linha da pobreza).
Outro dado que chama atenção na SIS 2019 é que um em cada quatro brasileiros vive com menos de R$ 420 por mês. São 52,5 milhões de brasileiros vivendo na pobreza. A pobreza atinge principalmente a população preta ou parda, que representa 72,7% dos pobres (38,1 milhões de pessoas), em especial as mulheres pretas ou pardas (27,2 milhões estão abaixo da linha da pobreza).
Em relação às condições de moradia, 56,2% (29,5 milhões) da população abaixo da linha da pobreza não têm acesso a esgotamento sanitário; 25,8% (13,5 milhões) não são atendidos com abastecimento de água por rede; e 21,1% (11,1 milhões) não têm coleta de lixoO Maranhão foi o estado com maior percentual de pessoas com rendimento abaixo da linha de pobreza (53,0%). Já Santa Catarina, que também se mostrou o estado menos desigual, apresentou o menor percentual de pobres.
Em relação às inadequações habitacionais como em relação à ausência de saneamento, as proporções registradas são maiores entre pretos e pardos do que entre brancos. Entre pretos e pardos, 42,8% (49,7 milhões) não são atendidos com coleta de esgoto; 17,9% (20,7 milhões) não têm abastecimento de água por rede; e 12,5% (14,5 milhões) não têm acesso a coleta de lixo.
Em relação às inadequações habitacionais como em relação à ausência de saneamento, as proporções registradas são maiores entre pretos e pardos do que entre brancos. Entre pretos e pardos, 42,8% (49,7 milhões) não são atendidos com coleta de esgoto; 17,9% (20,7 milhões) não têm abastecimento de água por rede; e 12,5% (14,5 milhões) não têm acesso a coleta de lixo.
Créditos: Observatório do Terceiro Setor
terça-feira, 31 de dezembro de 2019
Maior programa habitacional da história será extinto
Enquanto a média de contratação dos governos do PT nessa faixa foi de 247 mil unidades por ano, durante o governo Temer foram apenas 66 mil unidades por ano e, no atual governo, nenhuma unidade foi contratada.
Agora, o governo Bolsonaro está anunciando que, em vez de oferecer casa aos brasileiros mais pobres, vai distribuir um “voucher” para que decidam o que fazer com os escassos recursos que receberão. No máximo, terão condições de reformar os lugares em que moram, se forem próprios. Fica restabelecida, assim, a política da casa própria para quem tem mais renda e do puxadinho para quem é pobre.
Além disso, segundo o relator do projeto de orçamento para 2020 no Congresso, os recursos orçamentários previstos para o Minha Casa Minha Vida nas demais faixas de renda serão usados apenas para obras em andamento, cujos pagamentos estão em atraso. O relator sugere a hipótese de usar R$ 450 milhões de recursos do FGTS, o que é improvável e, mesmo com este dinheiro e com a distribuição de voucher, apenas 7 mil novas famílias seriam atendidas pelo programa. Nos dois primeiros anos do MCMV nos governos do PT, 2009 e 2010, portanto há mais de nove anos, foram aplicados R$ 2,6 bilhões em valores reais de julho de 2019. (Editado).
Créditos: Jornalistas Livres
sexta-feira, 27 de dezembro de 2019
América Latina e Caribe terão o menor crescimento das últimas 7 décadas
A região da América Latina e do Caribe vem apresentando nos últimos 6 anos índices de baixo crescimento, consequência de uma desaceleração econômica generalizada que ocorre de forma sincronizada nas localidades.
A informação foi apresentada pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) em seu último relatório anual, que resultou no “Balanço Preliminar das Economias da América Latina e do Caribe 2019”.
O relatório mostra uma tendência à desaceleração da atividade econômica na região, diminuição do Produto Interno Bruto (PIB) per capita, queda do investimento e queda no consumo per capita, além de menores exportações junto a deterioração da qualidade do emprego.
O cenário é resultado de uma desaceleração na macroeconomia interna e uma baixa demanda externa junto às fragilidades dos mercados internacionais. Como resultado, em 2019 o crescimento na região será de apenas 0,1% (média), enquanto as projeções para o crescimento no próximo ano tendem a continuar baixas, com uma média de 1,3%.
O período entre 2014 e 2020 registrará o menor crescimento para as economias da América Latina e do Caribe, com base nas últimas sete décadas. No Brasil, a projeção de crescimento este ano é de 1%, e em 2020 se espera um índice de 1,7%.
De acordo com o relatório, 23 dos 33 países da América Latina e do Caribe – 18 apenas da América Latina – apresentarão uma desaceleração em seu crescimento ao longo de 2019. Ao menos 14 países registrarão uma expansão de no máximo 1% ao finalizar o ano. Além disso, o relatório ainda informa que o PIB per capita da região contraiu 4% neste período analisado. Este ano, o país com maior expansão econômica será Dominica, com 9%, enquanto a Venezuela apresentará o menor índice, com -25,5%.
Em 2020, os países do Caribe continuarão a liderar o crescimento regional, com uma média sub-regional de 5,6%. Apesar das limitações enfrentadas pelos países, a região encontra-se em situação de inflação baixa, uma média regional de 2,6% desconsiderando Venezuela, Argentina e Haiti. Para acessar o balanço completo, clique aqui. Fonte Nações Unidas Brasil. Por: Mariana Lima.
Créditos: Observatório do Terceiro Setor
Créditos: Observatório do Terceiro Setor
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