Em 2019, o desmatamento na Amazônia aumentou 85,3%, em relação a 2018, de acordo com dados levantados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
O Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (DETER), do INPE, revelou que, no último ano, 9.165,3 quilômetros quadrados de florestas na região foram destruídos. Em 2018, registros de alertas de desmatamento ocorreram em uma área de 4.219,3 km².
Os dados revelam que este foi o maior índice de desmatamento registrado na região nos últimos 5 anos. As maiores taxas ocorreram em maio, julho, agosto, setembro e novembro. Os estados mais impactados foram o Pará, Mato Grosso, Amazonas e Rondônia.
O desmatamento é um dos fatores principais para a propagação dos incêndios na Amazônia. No último ano, houve um aumento de 30% nas queimadas, indo de 68.345 focos em 2018 para 89.178 em 2019.
Vale lembrar que, durante as ocorrências das queimadas, o INPE sofreu com acusações do presidente da República, Jair Bolsonaro, resultando na exoneração do diretor do instituto, Ricardo Galvão.
No fim de 2019, Galvão foi eleito pela revista especializada Nature como uma das 10 pessoas mais importantes para a ciência ao longo do ano, no mundo, por sua oposição ao governo e atuação na defesa da ciência. Foto: Arquivo EBC. Fonte DW Brasil .
Créditos: Observatório do Terceiro Setor
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