domingo, 16 de fevereiro de 2020

Com lucro recorde, bancos fecham agências e demitem 6,9 mil em 2019

Em 2019, os três maiores bancos privados do Brasil fecharam 430 agências, demitindo um total de 6,923 mil pessoas. O principal mecanismo de demissão foram os chamados programas de demissão voluntária (PDV’s).

Embora aleguem que as demissões foram resultado de uma situação de prejuízo advinda da competição com as fintechs e pressões regulatórias, os três bancos fecharam o ano de 2019 com lucro.

Apesar de ter fechado 172 agências no Brasil (436 em toda a América Latina), o Itaú encerrou o ano com lucro de R$ 28,363 bilhões, um crescimento de 10,2%. Em relatório do seu acompanhamento financeiro, o banco escreveu: “O contínuo investimento em tecnologia permitiu ações com foco em eficiência de custos, como o encerramento de agências e o programa de desligamento voluntário, que levaram ao aumento de apenas 2,5% nas despesas não decorrentes de juros em relação ao ano anterior, abaixo da inflação acumulada (4,3% – IPCA) e do acordo coletivo de trabalho no período”. Segundo O Estado de S. Paulo, a tendência é que, em 2020, o ritmo de fechamento de unidades desacelere.

O Bradesco, por outro lado, pretendo continuar o processo. Com lucro de R$ 6,645 bilhões em 2019, caracterizando crescimento de 20%, o banco fechou mais de 100 unidades no ano passado, a maioria no último trimestre. A meta para 2020 é fechar mais 300 agências. Em conversa recente com a imprensa, Octavio de Lazari, presidente do Bradesco, afirmou: “Temos um compromisso, um propósito muito forte de controle de custos próximos anos”.
Já o Santander obteve crescimento de 21% apenas no segundo trimestre de 2019. Até o fim do terceiro trimestre do ano, o lucro líquido era de R$ 10,433 bilhões, segundo o G1. O banco abriu 45 agências no ano passado. 
Créditos: Revista Forum

sábado, 1 de fevereiro de 2020

Trabalho informal atinge 38,4 milhões de pessoas

(CC)-A desocupação no Brasil caiu em 2019 na comparação com o ano anterior, passando de 12,3% para 11,9% da população ativa, a segunda queda anual consecutiva, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada na sexta-feira 31 pelo IBGE.

No entanto os dados mostram um novo aumento na taxa de informalidade, que alcançou seu maior nível em três anos, abarcando 41,1% da força de trabalho ocupada, o equivalente a 38,4 milhões de pessoas. Em 2016, essa proporção era de 39,1%. Do acréscimo de 1,8 milhão no número de ocupações em 2018, 1 milhão (55% do total) foi de ocupações informais – um ritmo de crescimento da informalidade que tem se mantido nos últimos anos, segundo a analista da PNAD Adriana Beriguy.

A pesquisa considera como informais os trabalhadores sem carteira, por conta própria sem CNPJ ou familiares auxiliares, assim como empregadores sem CNPJ.
Esses dados mostram que, a despeito de alguma melhora no número de trabalhadores com carteira assinada, com a expansão de 1,1% pela criação de 356 mil vagas em 2018 – interrompendo a trajetória de queda entre 2015 e 2018 –, ela não foi acompanhada pelos indicadores de informalidade.
Para Daniel Duque, pesquisador da área de Economia Aplicada do IBRE-FGV, a tendência é que, a partir deste ano, os ritmos se invertam, e as vagas formais avancem mais que as informais. Ele diz ser possível ver melhora no mercado como um todo, e que os dados do último trimestre, com incremento de 2,2% das vagas formais, são um dado importante no contexto da recuperação da economia e do mercado de trabalho. A previsão da FGV é que 2020 seja mais um ano de queda da desocupação, encerrando em 11,3%.
No entanto, segundo a analista da PNAD, uma reversão do quadro é algo mais complexo: “O que a gente percebeu é que no segundo semestre de 2019 houve um pouco mais de reação na carteira de trabalho, mas ainda muito pequena frente ao quantitativo de carteira que já tivemos em 2014. Para reverter esse contingente grande de informalidade, a gente teria que ter uma mudança estrutural muito acentuada no mercado, e tivemos uma pequena mudança, muito concentrada no final do ano.”
Com o aumento da informalidade, caiu o percentual da população ocupada que contribui para a Previdência. Em 2019, 62,9% dos trabalhadores contribuíam para a aposentadoria, o menor número desde 2013. O único ano na série histórica em que esse dado foi menor foi em 2012, com 61,9%.
“Em 2014, a população ocupada crescia 1,5%, e a população ocupada contribuinte crescia a uma taxa de 4,2%. Em 2019, a população ocupada cresceu 2%, e a população contribuinte aumentou a uma taxa de 1,1%. Tem todo esse desdobramento da informalidade”, explica Bariguy.
Para o professor do Insper Sergio Firpo, uma outra problemática da ocupação informal é a implicação sobre a produtividade. “A perpetuação do emprego informal contribui para que a gente permaneça com produtividade muito pequena na economia, e a produtividade é um elemento fundamental para que a gente consiga crescer, e a longo prazo.”
Créditos: Carta Capital

quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Número de moradores de rua em São Paulo cresce 60% em quatro anos


Censo da População em Situação de Rua, realizado pela Prefeitura de São Paulo, ainda inédito, aponta um crescimento vertiginoso, de 60%, do número de moradores de rua na maior cidade do país.

A população de rua da cidade de São Paulo chegou a 24.344 pessoas em 2019, aumentando 60% em quatro anos, período em que o Brasil passou a ser governado pelo governo de Michel Temer e, há um ano, por Jair Bolsonaro, que pratica uma política econômica excludente.


Em 2015, os moradores em situação de rua em São Paulo eram 15,9 mil.
Os dados do Censo da População em Situação de Rua, realizado pela Prefeitura de SP, serão revelados oficialmente amanhã (31).
O censo demonstra a relação entre o salto no número de moradores de rua e a alta na taxa de desemprego —que era de 13,2% na cidade em 2015 e agora chega a 16,6%. Informações Folha e247.
Créditos: Brasil247 

domingo, 26 de janeiro de 2020

Desmatamento na Amazônia aumentou 85% em 2019

Em 2019, o desmatamento na Amazônia aumentou 85,3%, em relação a 2018, de acordo com dados levantados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
O Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (DETER), do INPE, revelou que, no último ano, 9.165,3 quilômetros quadrados de florestas na região foram destruídos. Em 2018, registros de alertas de desmatamento ocorreram em uma área de 4.219,3 km².
Os dados revelam que este foi o maior índice de desmatamento registrado na região nos últimos 5 anos. As maiores taxas ocorreram em maio, julho, agosto, setembro e novembro. Os estados mais impactados foram o Pará, Mato Grosso, Amazonas e Rondônia.
O desmatamento é um dos fatores principais para a propagação dos incêndios na Amazônia. No último ano, houve um aumento de 30% nas queimadas, indo de 68.345 focos em 2018 para 89.178 em 2019.
Vale lembrar que, durante as ocorrências das queimadas, o INPE sofreu com acusações do presidente da República, Jair Bolsonaro, resultando na exoneração do diretor do instituto, Ricardo Galvão.
No fim de 2019, Galvão foi eleito pela revista especializada Nature como uma das 10 pessoas mais importantes para a ciência ao longo do ano, no mundo, por sua oposição ao governo e atuação na defesa da ciência. Foto: Arquivo EBC. Fonte DW Brasil .
Créditos: Observatório do Terceiro Setor

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Brasil fecha 17 fábricas por dia desde 2015

O golpe dado contra Dilma Rousseff para impor uma agenda neoliberal fez o Brasil perder 17 indústrias por dia nos últimos quatro anos.

De acordo com levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 25.376 unidades industriais encerraram suas atividades de 2015 a 2018. O País tinha 384.721 unidades industriais de transformação em 2014, mas teve uma queda de 6,6%, com 359.345 indústrias em 2018.
A indústria de transformação opera 18,4% abaixo do pico alcançado em março de 2011. "A transformação está praticamente parada. Se ela não cai, também não demonstra nenhum tipo de crescimento", afirmou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE. Os dados foram publicados no jornal O Estado de S.Paulo.
Com baixa de 12,7%, o Rio de Janeiro teve a maior queda nas unidades industriais de transformação de 2014 a 2018. Perdeu 2.535 unidades em quatro anos. Em números absolutos, o estado de São Paulo teve a maior perda de unidades produtoras. Foram menos 7.312 unidades, uma redução de 7%. Fonte: Estadão. Foto: EBC.(Editado).
Créditos: Brasil247

sábado, 11 de janeiro de 2020

Endividamento bate recorde e consumo cai

O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede o  impacto dos preços entre famílias com renda mensal de até 2,5 salários mínimos quase dobrou entre novembro e dezembro, de 0,56% para 0,93%. A alta nos alimentos, em especial da carne – que subiu 17,7% no mesmo período –, deve continuar pressionando a inflação para os mais pobres em 2020. Esse comprometimento de uma parcela maior da renda com gastos essenciais tem levado ao aumento do endividamento.

De acordo com Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), 65,6% das famílias têm algum tipo de dívida, a maior parte – 79,8% – no cartão de crédito. Trata-se do maior nível desde janeiro de 2010, quando a começou a pesquisa.

No ano de 2019, o IPCA acumulado ficou em 4,31%. Alimentos e bebidas pesaram mais no bolso e o preço da carne saltou 32,4%. Imagem: EBC. (Editado
Créditos: Rede Brasil Atual

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

No primeiro ano, governo Bolsonaro queima 10 bi de dólares em reservas internacionais

Os números finais ainda não foram publicados, mas 2019 revela um verdadeiro desastre no setor externo para o Brasil. Dados oficiais na página do Banco Central mostram que no primeiro ano de Bolsonaro, o país queimou, até novembro, mais de 10 bilhões de dólares em reservas internacionais. Eram 376,9 bilhões em janeiro, chegando a 366,3 bi no penúltimo mês de 2019.

E os dados devem ser piores ainda no fechamento do ano, porque até 27 de dezembro o Brasil teve saída recorde de dólares. Só no mês, mais de 16 bilhões foram embora, a maior saída entre todos os meses já pesquisados. 

No acumulado do ano, até a mesma data, foram embora 43,2 bilhões de dólares, de longe o pior resultado da série histórica. Antes, o recorde eram 16,1 bilhões registrados em 1999, no governo FHC, no ano da crise cambial, no começo de seu segundo mandato. E o governo Bolsondaro está queimando reservas para fechar as contas externas e também para segurar o valor do dólar no Brasil.

A balança comercial brasileira fechou 2019 com queda de 20,5% no superávit comercial em relação a 2018, o pior número desde 2015. E entre janeiro e outubro de 2019, 42,9 bilhões de dólares foram embora do sistema financeiro brasileiro. Os investimentos diretos no país também caíram. Nos doze meses até novembro de 2019, ingressaram 70 bilhões de dólares, 8,4% a menos que no mesmo período de 2018. Imagem FB.
Créditos: Brasil de Fato