sábado, 7 de novembro de 2020

Eleição 2020; um candidato é assassinado a cada 3 dias

Desde 17 de setembro, dia seguinte a oficialização das candidaturas às eleições municipais de 2020, ao menos 15 candidatos foram assassinados no país. No total, 14 candidatos ao cargo de vereador e um candidato a prefeito forma mortos em cidades do interior de 12 estados brasileiros, estabelecendo uma média de um assassinato relacionado à eleição a cada três dias.

Além dos assassinatos consumados, foram registrados no mesmo período pelo menos 19 tentativas de assassinatos com armas de fogo contra candidatos destas eleições. Na maior parte dos casos, os candidatos vítimas dos atentados chegaram a ser atingidos por tiros, mas sobreviveram.

O levantamento foi realizado pelo professor Pablo Nunes, doutor em ciência política e coordenador do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC). Desde janeiro, ele já registrou a morte de pelo menos 80 políticos no país, incluindo pré-candidatos, candidatos, ocupantes e ex-ocupantes de cargos eletivos.

De acordo com o levantamento, os estados do Pará, Paraíba e São Paulo são os que mais registram episódios de violência nesta campanha, representando quatro casos para cada um. No Pará, por exemplo, um candidato a prefeitura foi morto e três candidatos a vereador foram alvos de atentados. Até o momento, a Polícia Civil investiga se os crimes têm motivação política. Fonte: Folha de S. Paulo.Por: Mariana Lima

Créditos: Observatório do Terceiro Setor

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Congresso Nacional aprova projeto que retira R$ 1,4 bilhão da educação

Deputados e senadores aprovaram ontem (4) um projeto de lei enviado pelo governo ao Legislativo que retira R$ 1,4 bilhão do orçamento do Ministério da Educação este ano e repassa o dinheiro para obras. O texto vai à sanção de Jair Bolsonaro. 

O projeto autoriza o remanejamento e o uso de reservas de contingência que somadas chegam a R$ 6,1 bilhões. Sete ministérios perderão recursos. A da Educação deixará de ter a maior parte (R$ 1,4 bilhão). 

Depois vêm a pasta dada Justiça e Segurança Pública, com R$ 300 milhões, e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (R$ 9,6 milhões). Na realocação dos recursos, as pastas do Desenvolvimento Regional (R$ 2,3 bilhões) e da Infraestrutura (R$ 1 bilhão). Imagem: BBC.

Créditos: Brasil 247


sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Divida pública bate recorde e supera 90% do PIB

O endividamento do governo chegou a R$ 6,5 trilhões, atingindo seu maior patamar. As contas do setor público consolidado registraram um déficit primário de R$64,559 bilhões em setembro, informou o Banco Central nesta sexta-feira (30). Os números englobam as contas do governo federal, estados, municípios e empresas estatais.

Com isso, a dívida bruta do setor público, uma das principais formas de comparação internacional (que não considera os ativos dos países, como as reservas cambiais), superou a marca inédita de 90% do PIB.

O déficit primário ocorre quando as receitas de impostos e contribuições do governo são menores do que as despesas. A conta não inclui os gastos com o pagamento dos juros da dívida pública.

De acordo com o BC, esse foi o pior resultado para  setembro desde o início da série histórica da instituição, em 2001. No mesmo período de 2019, o déficit fiscal foi de R$ 20,541 bilhões.

O rombo recorde está relacionado ao aumento de despesas diante da pandemia do novo coronavírus e à queda na arrecadação, fruto do tombo na atividade econômica e do adiamento no prazo de pagamento de impostos.

Para este ano, havia uma meta de déficit para o setor público de até R$ 118,9 bilhões. Entretanto, com o decreto de calamidade pública, proposto pelo governo e aprovado pelo Congresso Nacional por conta da pandemia, não será mais necessário atingir esse valor. 

Em todo ano de 2019, as contas do setor público tiveram um déficit primário de R$ 61,87 bilhões, ou 0,85% do Produto Interno Bruto (PIB). Foi o sexto ano seguido de contas no vermelho, mas também foi o melhor resultado desde 2014, ou seja, em cinco anos. Foto: EBC. 

Créditos: G1

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Violência contra mulheres cresceu 64% em São Paulo

A violência contra a mulher aumentou em 64% na cidade de São Paulo entre 2016 e 2019, mostrou um levantamento divulgado nesta quinta-feira (29), pela Rede Nossa São Paulo. 

Mapa da Desigualdade 2020, com dezenas de indicadores sociais, econômicos e de oferta de serviços públicos na capital paulista, apontou que o número de mulheres vítimas de violência passou de 50.566, em 2016, para 83 mil em 2019. O feminicídio também aumentou: de 95 casos em 2016 para 163 três anos depois, um incremento de 72%.

Aumentaram ainda os registros de violência homofóbica e transfóbica -- de 240 para 279 casos, aumento de 16% -- e de racismo e injúria racial, de 1.454 casos para 2.320, uma diferença 60%, no mesmo período. 

Os bairros centrais foram os que mais concentraram casos de violência ligados a gênero e raça. No caso de violência contra as mulheres, o distrito da Sé registrou 865 vítimas para cada 10 mil moradoras, quase quatro vezes mais do que a média da cidade (228 por 10 mil), em 2019. Edição: Rogério Jordão. Imagem: Google.

Créditos: Brasil de Fato

Petrobras tem prejuízo de R$ 1,5 bilhão

G1-A Petrobras informou na quarta-feira (28) que registrou prejuízo de R$ 1,5 bilhão no terceiro trimestre deste ano — o terceiro resultado negativo seguido da estatal.  

No mesmo período do ano passado, a estatal teve lucro de R$ 9 bilhões. No segundo trimestre, houve prejuizo de R$ 2,71 bilhões. Pela projeção da Refinitiv, a Petrobras deveria ter tido lucro de R$ 736 milhões no período.

De acordo com a companhia, o prejuízo ocorreu porque os ganhos com volumes de vendas de petróleo e derivados foram "mais do que compensados" por despesas financeiras, principalmente prêmios pagos na recompra de títulos. Excluindo itens não recorrentes, a empresa garantiu que poderia ter registrado lucro líquido de R$ 3,2 bilhões.

O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação ajustado (Ebitda) somou R$ 33,4 bilhões, contra R$ 32,6 bilhões no mesmo período do ano passado.

O terceiro trimestre também foi marcado pela recuperação da demanda de derivados de petróleo no Brasil — com crescimento de 18% no volume de vendas em relação ao período imediatamente anterior — e pela manutenção das exportações, ponderou a Petrobras.

As receitas de exportações também aumentaram, acompanhando os preços do Brent (classificação do petróleo cru). Nos primeiros nove meses do ano, o fluxo de caixa livre da empresa atingiu US$ 16,4 bilhões. 

"O forte desempenho permitiu reduzir nossa dívida bruta de US$ 87,1 bilhões, em 30 de dezembro de 2019, para US$ 79,6 bilhões de dólares, em 30 de setembro de 2020", afirmou a estatal.

Créditos: G1

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Ibama decreta fim dos trabalhos contra queimadas no Brasil

Mesmo com alguns biomas passando pelo maior desmatamento da história, o Ibama determinou, em ofício da última quarta-feira (21/10), que as brigadas de incêndios florestais interrompam seus trabalhos, em todo o país. Em um segundo documento, o órgão fala em “indisponibilidade financeira” para fechar o mês de outubro.

A suspensão do trabalho dos agentes é determinada em um momento em que tanto o Pantanal quanto a Amazônia têm recordes de queimadas. O bioma pantaneiro enfrenta uma seca histórica, que contribui para a alta nos incêndios. O ofício da última quarta-feira (21/10), que determina a suspensão dos trabalhos, é assinado pelo chefe do Centro Especializado Prevfogo/Dipro, Ricardo Vianna Barreto. 

Incêndios devastadores estão sendo registrados na Amazônia, no Pantanal, na Mata Atlântica e no Cerrado, destruindo grandes áreas e matando animais. com informações do G1. Por Maria Fernanda Garcia.

Créditos: Observatório do Terceiro Setor

Falta matéria-prima para 68% das empresas

Estudo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra as dificuldades do setor em retomar a produção após a crise econômica do coronavírus. Segundo o levantamento, 68% das empresas estão com dificuldade em comprar matérias-primas no mercado nacional. Entre as que compram insumos importados, 56% relataram dificuldade.

A pesquisa também mostra que 82% das empresas perceberam alta nos preços, sendo que 31% falam em alta acentuada. A pesquisa contou com a participação de 1.855 empresas, entre 1º e 14 de outubro, em 27 setores das indústrias de transformação e extrativa.

A pesquisa aponta ainda que 44% das empresas dizem estar com dificuldade para atender os clientes, seja por falta de estoques (47%), procura maior que a capacidade de produção (41%), incapacidade de aumentar a produção (38%), problemas de logística (13%), inadimplência dos clientes (4%), entre outros.

Créditos: Revista Forum