terça-feira, 10 de novembro de 2020

Brasil despenca para 12º no ranking das maiores economias do mundo

A desvalorização do real e a redução da economia nacional estão fazendo o país perder posições. Desde o Golpe de 2016, quando Dilma Rousseff foi afastada da Presidência pelo Congresso Nacional num impeachment sem crimes de responsabilidade, o país está recuando em todas as áreas, com aumento da desigualdade e do desemprego. Brasil deixará em 2020 o seleto grupo das dez maiores economias do planeta.

Pelas projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), o PIB brasileiro deve recuar 28,3% neste ano em relação a 2019, quando convertido para a moeda americana: de US$ 1,8 trilhão para US$ 1,4 trilhão. O país deve perder, assim, três posições no ranking das maiores economias do mundo, de 9ª para a 12ª posição, ultrapassado por Canadá, Coreia do Sul e Rússia.

O FMI projeta retração do PIB em 5,8% em 2020, frente ao ano passado, por conta da pandemia. Mas a queda de posição do Brasil no ranking das maiores economias do mundo decorre da depreciação cambial, e não apenas da queda da atividade econômica. Durante a pandemia, o real foi uma das moedas que mais se desvalorizaram no mundo. O dólar médio de 2020 está em R$ 5,28, 30% acima da média do ano passado. Desde o início da crise sanitária, o Banco Central já gastou US$ 23,4 bilhões para conter a alta do dólar. A desvalorização do Real não é obra do acaso e diz muito sobre a percepção de risco em relação ao Brasil.

No governo Dilma, o país chegou a ocupar a 7ª posição no ranking mundial, atrás de Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, Reino Unido e França. Foi assim em 2011, quando a moeda americana valia menos de R$ 2. Levando em conta a paridade do poder de compra, o Brasil ocupou no começo desta década a 7ª posição no ranking de maiores economias do mundo, status que sustentou até 2016, quando Dilma foi deposta do governo.

Já em 2017, depois do Golpe de Estado que levou à ascensão de Michel Temer, o país escorregou para a 8ª posição e, em 2019, já com Bolsonaro no Palácio do Planalto, o Brasil passou a ocupar o 10º lugar entre as grandes economias do planeta. Agora, a queda de duas posições. Vale lembrar que o critério de paridade de poder de compra é menos frequentemente usado. Por ele, a China já é a maior economia do mundo, com um PIB de US$ 23,4 trilhões em 2019, superando os Estados Unidos, com um PIB de US$ 21,4 trilhões.(Editado). Créditos: PTnoSenado

Internações por covid-19 aumentam 48,7% em São Paulo

Após várias semanas consecutivas de queda, a capital paulista voltou a registrar aumento no número de internações por covid-19. Dez dias depois da cidade entrar na fase 4-verde do Plano São Paulo, que coordena a reabertura do comércio e dos serviços, o número de pessoas internadas chegou a 228, o mais baixo desde o pico da pandemia do novo coronavírus, segundo dados da Secretaria Municipal da Saúde, divulgados em 18 de outubro. 

Depois disso, houve um novo aumento, que se mostrou contínuo. Agora a cidade chegou a 368 pessoas internadas, segundo o boletim municipal divulgado dia 4. Um aumento de 48,7% nas internações em cerca de duas semanas.

Além disso, segundo os dados do Boletim Coronavírus do governo estadual, a média móvel de novas internações por covid-19 na Grande São Paulo, que voltou a incluir a capital paulista no dia 9 de outubro, registrou novo aumento e uma tendência de platô, encerrando a queda que vinha sendo registrada desde o pico da pandemia, em junho. Os dados mostram que a média móvel de internações em 18 de outubro chegou a 499, menor valor desde o pico. Mas voltou a subir, chegando a 546, em 31 de outubro. E marcando 520 novas internações dia 4.

A média móvel de mortes por covid-19 na cidade de São Paulo também voltou a subir, de acordo com os dados do governo estadual. Depois de chegar a 16,29 mortes por dia, em média, no dia 27 de outubro, os registros tiveram uma nova alta estão em 26 mortes por dia. Depois de encerrar outubro em queda, o número de novos casos também iniciou outubro apresentando uma tendência de alta, após a média móvel chegar a 646, em 19 de outubro. Em 1º de novembro, a média já estava em 841 novos casos por dia.

Os dados confirmam o apontamento feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no final de outubro, de que havia uma tendência de alta nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na cidade de São Paulo. Cerca de 97% dos casos de SRAG em 2020 tiveram como causa o novo coronavírus. Segundo a Fiocruz, a capital paulista tem tendência de estabilização do número de novos casos – o que significa uma interrupção na queda – no curto prazo e tendência de aumento no longo prazo – período de aproximadamente seis semanas.

Créditos: Rede Brasil Atual

sábado, 7 de novembro de 2020

Eleição 2020; um candidato é assassinado a cada 3 dias

Desde 17 de setembro, dia seguinte a oficialização das candidaturas às eleições municipais de 2020, ao menos 15 candidatos foram assassinados no país. No total, 14 candidatos ao cargo de vereador e um candidato a prefeito forma mortos em cidades do interior de 12 estados brasileiros, estabelecendo uma média de um assassinato relacionado à eleição a cada três dias.

Além dos assassinatos consumados, foram registrados no mesmo período pelo menos 19 tentativas de assassinatos com armas de fogo contra candidatos destas eleições. Na maior parte dos casos, os candidatos vítimas dos atentados chegaram a ser atingidos por tiros, mas sobreviveram.

O levantamento foi realizado pelo professor Pablo Nunes, doutor em ciência política e coordenador do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC). Desde janeiro, ele já registrou a morte de pelo menos 80 políticos no país, incluindo pré-candidatos, candidatos, ocupantes e ex-ocupantes de cargos eletivos.

De acordo com o levantamento, os estados do Pará, Paraíba e São Paulo são os que mais registram episódios de violência nesta campanha, representando quatro casos para cada um. No Pará, por exemplo, um candidato a prefeitura foi morto e três candidatos a vereador foram alvos de atentados. Até o momento, a Polícia Civil investiga se os crimes têm motivação política. Fonte: Folha de S. Paulo.Por: Mariana Lima

Créditos: Observatório do Terceiro Setor

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Congresso Nacional aprova projeto que retira R$ 1,4 bilhão da educação

Deputados e senadores aprovaram ontem (4) um projeto de lei enviado pelo governo ao Legislativo que retira R$ 1,4 bilhão do orçamento do Ministério da Educação este ano e repassa o dinheiro para obras. O texto vai à sanção de Jair Bolsonaro. 

O projeto autoriza o remanejamento e o uso de reservas de contingência que somadas chegam a R$ 6,1 bilhões. Sete ministérios perderão recursos. A da Educação deixará de ter a maior parte (R$ 1,4 bilhão). 

Depois vêm a pasta dada Justiça e Segurança Pública, com R$ 300 milhões, e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (R$ 9,6 milhões). Na realocação dos recursos, as pastas do Desenvolvimento Regional (R$ 2,3 bilhões) e da Infraestrutura (R$ 1 bilhão). Imagem: BBC.

Créditos: Brasil 247


sexta-feira, 30 de outubro de 2020

Divida pública bate recorde e supera 90% do PIB

O endividamento do governo chegou a R$ 6,5 trilhões, atingindo seu maior patamar. As contas do setor público consolidado registraram um déficit primário de R$64,559 bilhões em setembro, informou o Banco Central nesta sexta-feira (30). Os números englobam as contas do governo federal, estados, municípios e empresas estatais.

Com isso, a dívida bruta do setor público, uma das principais formas de comparação internacional (que não considera os ativos dos países, como as reservas cambiais), superou a marca inédita de 90% do PIB.

O déficit primário ocorre quando as receitas de impostos e contribuições do governo são menores do que as despesas. A conta não inclui os gastos com o pagamento dos juros da dívida pública.

De acordo com o BC, esse foi o pior resultado para  setembro desde o início da série histórica da instituição, em 2001. No mesmo período de 2019, o déficit fiscal foi de R$ 20,541 bilhões.

O rombo recorde está relacionado ao aumento de despesas diante da pandemia do novo coronavírus e à queda na arrecadação, fruto do tombo na atividade econômica e do adiamento no prazo de pagamento de impostos.

Para este ano, havia uma meta de déficit para o setor público de até R$ 118,9 bilhões. Entretanto, com o decreto de calamidade pública, proposto pelo governo e aprovado pelo Congresso Nacional por conta da pandemia, não será mais necessário atingir esse valor. 

Em todo ano de 2019, as contas do setor público tiveram um déficit primário de R$ 61,87 bilhões, ou 0,85% do Produto Interno Bruto (PIB). Foi o sexto ano seguido de contas no vermelho, mas também foi o melhor resultado desde 2014, ou seja, em cinco anos. Foto: EBC. 

Créditos: G1

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Violência contra mulheres cresceu 64% em São Paulo

A violência contra a mulher aumentou em 64% na cidade de São Paulo entre 2016 e 2019, mostrou um levantamento divulgado nesta quinta-feira (29), pela Rede Nossa São Paulo. 

Mapa da Desigualdade 2020, com dezenas de indicadores sociais, econômicos e de oferta de serviços públicos na capital paulista, apontou que o número de mulheres vítimas de violência passou de 50.566, em 2016, para 83 mil em 2019. O feminicídio também aumentou: de 95 casos em 2016 para 163 três anos depois, um incremento de 72%.

Aumentaram ainda os registros de violência homofóbica e transfóbica -- de 240 para 279 casos, aumento de 16% -- e de racismo e injúria racial, de 1.454 casos para 2.320, uma diferença 60%, no mesmo período. 

Os bairros centrais foram os que mais concentraram casos de violência ligados a gênero e raça. No caso de violência contra as mulheres, o distrito da Sé registrou 865 vítimas para cada 10 mil moradoras, quase quatro vezes mais do que a média da cidade (228 por 10 mil), em 2019. Edição: Rogério Jordão. Imagem: Google.

Créditos: Brasil de Fato

Petrobras tem prejuízo de R$ 1,5 bilhão

G1-A Petrobras informou na quarta-feira (28) que registrou prejuízo de R$ 1,5 bilhão no terceiro trimestre deste ano — o terceiro resultado negativo seguido da estatal.  

No mesmo período do ano passado, a estatal teve lucro de R$ 9 bilhões. No segundo trimestre, houve prejuizo de R$ 2,71 bilhões. Pela projeção da Refinitiv, a Petrobras deveria ter tido lucro de R$ 736 milhões no período.

De acordo com a companhia, o prejuízo ocorreu porque os ganhos com volumes de vendas de petróleo e derivados foram "mais do que compensados" por despesas financeiras, principalmente prêmios pagos na recompra de títulos. Excluindo itens não recorrentes, a empresa garantiu que poderia ter registrado lucro líquido de R$ 3,2 bilhões.

O lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação ajustado (Ebitda) somou R$ 33,4 bilhões, contra R$ 32,6 bilhões no mesmo período do ano passado.

O terceiro trimestre também foi marcado pela recuperação da demanda de derivados de petróleo no Brasil — com crescimento de 18% no volume de vendas em relação ao período imediatamente anterior — e pela manutenção das exportações, ponderou a Petrobras.

As receitas de exportações também aumentaram, acompanhando os preços do Brent (classificação do petróleo cru). Nos primeiros nove meses do ano, o fluxo de caixa livre da empresa atingiu US$ 16,4 bilhões. 

"O forte desempenho permitiu reduzir nossa dívida bruta de US$ 87,1 bilhões, em 30 de dezembro de 2019, para US$ 79,6 bilhões de dólares, em 30 de setembro de 2020", afirmou a estatal.

Créditos: G1