Pelas projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI), o PIB brasileiro deve recuar 28,3% neste ano em relação a 2019, quando convertido para a moeda americana: de US$ 1,8 trilhão para US$ 1,4 trilhão. O país deve perder, assim, três posições no ranking das maiores economias do mundo, de 9ª para a 12ª posição, ultrapassado por Canadá, Coreia do Sul e Rússia.
O FMI projeta retração do PIB em 5,8% em 2020, frente ao ano passado, por conta da pandemia. Mas a queda de posição do Brasil no ranking das maiores economias do mundo decorre da depreciação cambial, e não apenas da queda da atividade econômica. Durante a pandemia, o real foi uma das moedas que mais se desvalorizaram no mundo. O dólar médio de 2020 está em R$ 5,28, 30% acima da média do ano passado. Desde o início da crise sanitária, o Banco Central já gastou US$ 23,4 bilhões para conter a alta do dólar. A desvalorização do Real não é obra do acaso e diz muito sobre a percepção de risco em relação ao Brasil.
No governo Dilma, o país chegou a ocupar a 7ª posição no ranking mundial, atrás de Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, Reino Unido e França. Foi assim em 2011, quando a moeda americana valia menos de R$ 2. Levando em conta a paridade do poder de compra, o Brasil ocupou no começo desta década a 7ª posição no ranking de maiores economias do mundo, status que sustentou até 2016, quando Dilma foi deposta do governo.
Já em 2017, depois do Golpe de Estado que levou à ascensão de Michel Temer, o país escorregou para a 8ª posição e, em 2019, já com Bolsonaro no Palácio do Planalto, o Brasil passou a ocupar o 10º lugar entre as grandes economias do planeta. Agora, a queda de duas posições. Vale lembrar que o critério de paridade de poder de compra é menos frequentemente usado. Por ele, a China já é a maior economia do mundo, com um PIB de US$ 23,4 trilhões em 2019, superando os Estados Unidos, com um PIB de US$ 21,4 trilhões.(Editado). Créditos: PTnoSenado