segunda-feira, 14 de dezembro de 2020
Países ricos já compraram metade das vacinas contra Covid-19
sábado, 12 de dezembro de 2020
Mais de 220 mil pessoas estão em situação de rua no Brasil
O estudo ‘Estimativas da População em Situação de Rua no Brasil‘ utilizou dados de 2019 do censo anual do Sistema Único de Assistência Social (Censo Suas), que conta com informações das secretarias municipais.
Outra fonte de dados para o levantamento foi o Cadastro Único (CadÚnico) do Governo Federal. No total, 81,5% da população em situação de rua está em municípios com mais de 100 mil habitantes, principalmente das regiões Sudeste (56,2%), Nordeste (17,2%) e Sul (15,1%).
É importante salientar que em 2020 18,5% da população de rua estava em municípios pequenos ou médios, indicando a necessidade de se pensar também em políticas públicas adequadas a essas localidades.
No total, até março o Brasil registrava 221.869 pessoas em situação de rua. A análise seguiu o modelo de contagem utilizado em 2015, quando foi lançado o último balanço pelo Ipea, utilizando os dados oficiais informados pelos municípios por meio do Censo Suas. No entanto, agora a pesquisa usa dados de mais municípios do que em 2015. Esses municípios representam 84% da população total brasileira. Em 2015, a pesquisa usou dados de municípios que representavam 69% da população.
O Ipea também produziu outro levantamento, desta vez focando no impacto da pandemia na população em situação de rua. No estudo ‘Populações em Situação de Rua em Tempos de Pandemia: Um Levantamento de Medidas Municipais Emergenciais‘, o Ipea mapeou, por meio dos sites oficiais, as principais medidas de assistência adotadas pelas prefeituras, nas capitais do Nordeste e Sudeste.
No total, entre as 13 capitais dessas regiões, as ações reportadas foram: abrigamento (12), higiene (9) e alimentação (8). As ações menos frequentes foram: centros emergenciais de serviço (2) e atividades específicas de orientação (6) para usuários de álcool e outras drogas, pessoas com transtornos mentais e iniciativas específicas para crianças e adolescentes em situação de rua.
Mesmo com as ações emergenciais que as prefeituras vêm realizando, o estudo alerta para o aumento da população em situação de rua durante a pandemia, por conta da desocupação crescente e mais intensa devido aos problemas econômicos.
Além das ações listadas, as pessoas em situação de rua ouvidas também apontaram iniciativas como instalação de pias em espaços públicos e unidades que abriguem pessoas que não conseguem fazer isolamento social (inclusive pessoas em situação de rua que recebem auxílio-moradia).A oferta de novos serviços também foi ressaltada, assim como a instalação de lavanderias e banheiros públicos.
Entre os principais limitadores diante das medidas emergenciais, houve destaque para a dificuldade de testagem das pessoas em situação de rua, a insuficiência das vagas de abrigamento e os obstáculos para acesso às transferências de renda para esta população, especialmente vinculadas ao acesso à informação, documentação e tecnologia.
Também foi pontuada a necessidade de se buscar os mais “vulneráveis entre os vulneráveis”, aí incluídas as pessoas com transtornos mentais ou que vivem em situação de rua fora dos grandes centros e, por consequência, com menos acesso aos serviços públicos. Por: Mariana Lima. Imagem G1. Créditos: Observatório do Terceiro Setor
Brasil ultrapassa 180 mil mortes por covid-19. Aglomerações de fim de ano preocupam
As curvas médias de sete dias seguem em acentuada elevação. Em relação aos casos, o cenário já se equivale ao período de maior pico. Já em relação às mortes, os números se aproximam dos do início de outubro, quando as taxas começaram a apresentar tendência de queda e estabilização, apesar de patamares elevados.
A semana que se encerra neste sábado (12) tende a ser a de maior número de vítimas oficiais desde a primeira de outubro, quando foram registrados 4.213 mortes nos sete dias. Sem os números de amanhã, já são 3.809 vítimas. A semana passada registrou 4.067 mortes, e pode ser batida caso o sábado registre número acima de 258. Isso, sem contar a ampla subnotificação, já que o Brasil é um país que aplica poucos testes de covid-19 em relação à população.
Diante deste cenário crítico de crescimento da propagação do vírus, especialistas temem o pior para o futuro próximo. Isso, porque o fim de ano é marcado, tradicionalmente, por aglomerações. Férias escolares, compras de Natal, os festejos entre famílias e amigos e as comemorações de ano novo devem agravar a situação da covid-19 no Brasil.
Créditos: Rede Brasil Atual
segunda-feira, 7 de dezembro de 2020
China detecta novo coronavírus nas embalagens de carnes importadas do Brasil e Uruguai
De acordo com a Comissão Municipal de Saúde da cidade de Wuhan, na China, no sábado (5), o Departamento Municipal de Controle e Prevenção de Doenças de Wuhan, realizou testes de rotina nos alimentos de frios importados do Centro de Armazenamento de Cadeias Frias de Changjing, no distrito de Hongshan.
sábado, 5 de dezembro de 2020
Desigualdade no Brasil se perpetua mesmo nos municípios mais ricos
As conclusões são possíveis ao se analisar o Índice Brasileiro de Privação (IBP), calculado pela primeira vez e que reúne dados referentes a todo o território nacional. Além de proporcionar um retrato de todas as cidades brasileiras, a partir de dados do Censo, ele permite análises em áreas específicas dentro dos próprios municípios. Com isso, é possível observar as discrepâncias locais de desenvolvimento.
O panorama foi construído por pesquisadores do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na Bahia. "A gente fez uma ampla revisão sobre o uso de indicadores no Brasil, se existia algum indicador de privação que tornasse desnecessária a nossa construção", relata Maria Yury, Ichihara Vice-coordenadora do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde da Fiocruz.
Ela conta que, após a revisão, constatou-se que nenhum índice realizava uma análise tão específica em pequenas áreas. "Isso reforçou, era uma lacuna no Brasil, a gente precisaria fazer esse índice. Então, todo o nosso esforço foi trabalhar com isso.", afirma a pesquisadora;
Maria Yuri diz ainda que o processo foi "árduo" e envolveu análise de dados que originalmente não foram construídos para esse fim. Ainda assim, as informações do Censo foram consideradas ideais por englobarem toda a diversidade do país. Entre os exemplos estão áreas indígenas, regiões de moradias improvisadas, presídios, comunidades tradicionais e muitas outras configurações. Nas palavras dela "revelar as desigualdades pode orientar políticas públicas".
Uma plataforma online para consulta será disponibilizada, com possibilidade de acesso para toda a população. Gestores públicos, estudiosos e organizações sociais poderão ter uma visão em lupa das condições específicas dos setores das cidades.
"Nós somos pesquisadores, construímos esse índice, mas a gente tem um compromisso com as políticas públicas. Nossa ideia é oferecer uma medida que possa ser utilizada. Hoje a gente tem uma dificuldade muito grande de ter informação sobre a situação socioeconômica da população. São muitas possibilidades de uso, que eu gostaria que tivessem um impacto importante em todas essas áreas."
A desigualdade mora ao lado
Embora o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), medido pela Organização das Nações Unidas, mostre um avanço considerável entre os anos de 1991 e 2010, o IBP aproxima a fotografia e expõe que ainda há muito o que fazer. Esse trabalho que o Brasil tem pela frente guarda origem em aspectos estruturais e na diversidade de realidades que compõem o país. O objetivo do dado levantado pela Fiocruz é justamente oferecer informações mais localizadas e precisas sobre esses cenários tão diferentes.
O IBP reafirma algumas realidades já conhecidas sobre o Brasil. A maior parte das cidades em que a população enfrenta índices altos de privação estão nas regiões Norte e Nordeste. As regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste abrigam as que estão na outra ponta. A reportagem do Brasil de Fato analisou os mil municípios em que a escassez material é menos expressiva. Apenas três estão na região Nordeste: Fernando de Noronha (PE), Salvador (BA) e Aracaju (SE). O Norte do país não aparece.
Se o índice joga mais luz ao que já é consenso, ele também traz à tona as diferenças sociais presentes nas cidades mais ricas do Brasil. É possível perceber que nem mesmo as regiões com condições sociais mais desenvolvidas conseguiram solucionar a desigualdade. Em São Caetano do Sul (SP), por exemplo, cidade que tem o melhor IDH do Brasil, há setores em que mais de 20% da população ganha menos de meio salário mínimo e locais com mais de 5% de analfabetismo.
O Índice Brasileiro de Privação (IBP) será apresentado na próxima quarta-feira (9) em um evento online. Na ocasião, além dos pesquisadores da Fiocruz, estarão reunidos representantes da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretarias Municipais (Conasems) e da Universidade de Glasgow, na Escócia, parceira da inciativa pelo projeto Social Policy & Health Inequalities (SPHI).
A pesquisadora Maria Yuri finaliza com um relato contundente sobre a importância da valorização da pesquisa e da produção de conhecimento no Brasil, "a gente vai naquela lacuna, a gente faz com que a ciência atenda à sociedade. Ela precisa estar dando resposta para os problemas da sociedade. Ela é fundamental para responder os problemas da sociedade." Imagem: Web. Por Nara Lacerda/Edição: Rebeca Cavalcante.
Créditos: Brasil de Fato
quinta-feira, 3 de dezembro de 2020
Contágio por covid-19 dispara no Brasil
Créditos: Brasil 247
sábado, 28 de novembro de 2020
Mortes por Covid-19 disparam no Brasil e casos graves lotam UTIs
O Brasil no momento tem mais de 6,2milhões de infectados e mais de 171 mil mortes pela doença . O Sistema Único de Saúde (SUS) do Rio de Janeiro atingiu, na sexta-feira (27/11), mais de 94% de ocupação de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) com pacientes infectados pela Covid-19. A rede engloba unidades municipais, estaduais e federais. No setor privado, mais de 90% das vagas já estão ocupadas.
Isso significa que a rede pública tem apenas 6% de vagas na UTI para outras doenças e a privada apenas 10%. A fila por um leito de Covid-19 no estado do Rio de Janeiro tinha, até a manhã desta sexta-feira (27), 276 pessoas infectadas com o novo coronavírus ou com suspeita da doença. Entre elas, 123 apresentavam estado de saúde grave e precisavam de uma vaga na UTI.
Em São Paulo não é diferente, as taxas de ocupação dos leitos de UTI são de 57,2 % na Grande São Paulo e 50% no Estado. O número de pacientes internados é de 9.432, sendo 5.401 em enfermaria e 4.031 em unidades de terapia intensiva, conforme dados coletados em 26/11.
Mesmo com a alta de mortes e infectados, o presidente Jair Bolsonaro se mostrou contra o uso de máscara, e disse em uma live que “esse tabu ainda vai cair”. O presidente também já se mostrou contra o isolamento social, medida adotada mundialmente. Até o momento, o governo brasileiro não apresentou nenhum planejamento estratégico para o combate da doença no país. Fontes: G1/SECOM. Foto: EBC. Créditos: Observatório do Terceiro Setor