quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021
Escolas de São Paulo já têm 741 casos confirmados de covid-19 e 1.133 suspeitos
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021
O triste fim do Minha Casa Minha Vida
sábado, 13 de fevereiro de 2021
País teve mais de 6 mil denúncias de trabalho escravo e tráfico de pessoas
De acordo com o vice-coordenador nacional de Combate ao Trabalho Escravo e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas (Conaete), do MPT, Italvar Medina, só no ano passado, mais de 900 trabalhadores foram resgatados de situações de trabalho escravo.
“A grande parte das situações ocorreu no meio rural, sobretudo nas atividades de café, carvoarias e plantio e colheita de cebola. Mas também tivemos resgates urbanos em oficinas de costura e trabalho doméstico”.
Segundo o coordenador, as vítimas do trabalho escravo moderno são pessoas em situação de alta vulnerabilidade social, baixa escolaridade, com poucas oportunidades de emprego e baixa consciência de seus direitos.
“Elas são iludidas por promessas de ótimas condições de trabalho e remuneração, muitas vezes levadas a sair do seu estado de origem e quando chegam ao seu destino, percebem que a situação não é como foi prometida”, diz.
No fim do ano passado, a história de Madalena Gordiniano, que passou quase toda a vida trabalhando em condições semelhantes à escravidão, chocou o Brasil. A mulher, que, aos 8 anos de idade, foi pedir um pedaço de pão e acabou servindo a uma família por 38 anos, nunca recebeu salário nem direitos trabalhistas, vivia reclusa, foi forçada a casar e chegou até a pedir comida e sabonete para vizinhos.
O calvário de Madalena só chegou ao fim em novembro de 2020, quando, após denúncia, ela foi resgatada por auditores fiscais do trabalho em um apartamento na cidade de Patos de Minas (MG). Vivia num cômodo, que não tinha sequer janelas.
O vice-coordenador nacional da Conaete destaca o perfil desses escravos modernos: 70% dos resgatados são pardos ou negros, “o que inclusive é revelador da persistência do racismo estrutural no país, pois a cor de hoje ainda reflete a dos escravos de antigamente”, analisa. A maioria deles são homens e com grau de escolaridade baixo. O estado de Minas Gerais é o que possui mais casos de trabalhos análogos à escravidão. Imagem: MPT. Fonte: Agência Brasil. Créditos: Observatório do Terceiro Setor
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021
CNBB divulga nota sobre a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2021
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021
Autonomia do Banco Central é um desserviço à soberania nacional
A Câmara aprovou na quarta-feira (10) o projeto de lei complementar (PLP 19/19), do Senado, que dá autonomia ao Banco Central e prevê mandatos do presidente e diretores de vigência não coincidente com o do presidente da República. Na avaliação da presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), a aprovação da proposta é um desserviço à soberania nacional. “Não é verdade que existe a necessidade da autonomia do Banco Central, que já tem a sua autonomia operacional.
Nós precisamos de uma política econômica que desenvolva o nosso País, que gere emprego, desenvolvimento, inclusão, que distribua a riqueza, e não que concentre poder na mão do sistema financeiro, que é o que vai acontecer com o Banco Central”, denunciou.
Gleisi Hoffmann alertou ainda que o texto aprovado, sob protesto do PT e da Oposição, dá autonomia ao Banco Central em relação a governos eleitos, mas não há nada na proposta que trata da autonomia do Banco Central em relação ao mercado. “É um equívoco o que esta Casa está fazendo. O País e o povo brasileiro pagarão caro”, lamentou.
E o líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT -CE), reforçou: “Somos contrários a essa autonomia, que não é autonomia coisa nenhuma. A autonomia o Banco Central já tem no seu funcionamento. Na verdade, é a entrega do principal instrumento de política monetária brasileira às forças do mercado, à iniciativa privada, ao sistema financeiro”.
O líder do PT, deputado Enio Verri (PR), afirmou que a autonomia do Banco Central não resolve os problemas do País, como quis fazer parecer o Centrão e a base do governo. “Surpreende-me quando algum parlamentar vem aqui e diz que a autonomia do BC é fundamental, porque o mercado vai ficar mais seguro. Que mercado é esse? Sabem o que é mercado de fato? Mercado de fato é a produção agrícola, é a fábrica e o comércio funcionando, tendo consumo. Esse é o mercado. Mas não, quando se fala em mercado aqui, fala-se pura e exclusivamente de bancos, da especulação financeira, daqueles que nada produzem e ganham muito, é o chamado capital vadio”, acusou.
O líder lembrou também que o Banco Central já tem uma autonomia relativa desde o governo FHC. “Ele tem autonomia e nunca tivemos problemas. O BC cumpriu o seu papel. Mesmo assim, o banco sempre se baseia no boletim da Focus, que é o mercado que monta. Então, hoje, com autonomia relativa, ele já é dependente do mercado financeiro. Imaginem com 100% de autonomia?”, alertou.
“Portanto, nós vamos estar passando uma procuração ao mercado financeiro para controlar toda a política financeira, toda a política monetária do nosso País. Se hoje já somos submetidos à especulação financeira, imaginem com a autonomia do Banco Central! Imaginem!?”, reforçou. Créditos: PortalPT
Brasil tem 21º dia consecutivo com mais de mil mortos por covid-19
Já são 21 dias consecutivos com o país passando da casa de mil óbitos diários pela pandemia, desde que registrou 1.007 mortes pelo novo coronavírus, em 21 de janeiro. Esta quarta-feira é também o segundo dia consecutivo com número de vítimas acima de 1.300. Com isso, a média diária de mortes, calculada em sete dias, sobe para 1.041.
O valor é equivalente ao ocorrido durante o pior momento do surto no país até então, entre junho e setembro. Com o avanço, o país tem 234.850 mortos de acordo com o Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). A continuar nesse ritmo, daqui a cerca de 10 dias serão 250 mil vítimas – em números oficiais.
Já o número de novos casos teve acréscimo nesta quarta de 59.602, totalizando 9.659.167. Tanto o número de mortes como o de infectados são defasados, em razão da subnotificação e pela pouca aplicação de testes à população do país.
O Brasil segue como o segundo com mais mortes no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. De acordo com o Imperial College de Londres, uma das maiores referências mundiais em epidemiologia, a covid-19 no Brasil está descontrolada desde o início do ano. A taxa de transmissão teve recuo nas últimas semanas, entretanto, segue acima do desejado. Hoje, 100 pessoas contaminam, em média, 105, segundo estudos daquela instituição. Logo, a epidemia segue em crescimento. Imagem: AFP. Créditos: Rede Brasil Atual
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021
Fim do auxílio emergencial leva milhões à pobreza extrema
Com o fim do auxílio emergencial em dezembro, a pobreza extrema no Brasil cresceu logo no início de 2021. A informação foi divulgada pelo FGV Social a partir de dados das Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios (Pnads) Contínua e Covid-19.
De acordo com a projeção realizada pela entidade, são quase 27 milhões de pessoas nesta condição. Ou seja, 12,8% dos brasileiros passaram a viver com menos de R$ 246 ao mês (R$ 8,20 ao dia). Isso significa que existem mais pessoas na pobreza do que antes da pandemia e do que no começo da década passada, em 2011.
O pagamento do auxílio emergencial ajudou a diminuir a pobreza para 4,5% (9,4 milhões) e beneficiou cerca de 55 milhões de brasileiros. Além da população que vive em extrema pobreza, o Brasil terá que enfrentar grandes desafios ao longo do ano, já que as mortes para a Covid-19 não deixam de crescer e também há o atraso no planejamento da vacinação.
O pagamento do auxílio emergencial custou cerca de R$ 322 bilhões, a maior despesa do Orçamento de Guerra contra a Covid-19. Com essa e outras medidas emergenciais, em 2020 a dívida pública saltou 15 pontos, atingindo 89,3% como proporção do PIB e R$ 5 trilhões. Por: Isabela Alves. Fonte: Folha de S. Paulo. Créditos: Observatório do Terceiro Setor