sexta-feira, 12 de março de 2021

Programa de construção de cisternas no Semiárido sofre redução de 94%

O maior programa de armazenamento de água do país chegou em 2020, ao pior patamar de investimento desde sua criação, há 17 anos, com a construção de apenas 8.310 cisternas. Em 2014, esse número chegou a 149 mil, o que representa uma queda de 94% nos últimos seis anos, segundo dados compilados pelo portal UOL.

De acordo com a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), há pelo menos 350 mil famílias que aguardam na fila de espera pelas cisternas e mais de 800 mil precisam do equipamento para a produção de alimentos e criação de animais, como explica a integrante da coordenação-executiva da entidade, Glória Batista. 

O Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) foi criado em 2003, no governo Lula. Desde então, foram entregues 1,5 milhões de cisternas, beneficiando cerca de 5 milhões de brasileiros. O P1MC chegou a ser premiado pela ONU e se tornou uma referência internacional como projeto de democratização do acesso à água. Glória Batista ressalta que o programa é um marco histórico do Semiárido.

“O ano de 2003 foi um marco na história do Semiárido brasileiro. Antes, a água, que é um direito, sempre foi destinada às grandes propriedades, ao latifúndio. Era pra lá que iam os investimentos públicos".
O equipamento armazena água da chuva, utilizada para beber e cozinhar. As cisternas também geraram impactos positivos na produção agrícola e geração de renda da região.
O montante previsto na Lei Orçamentária Anual (LOA) para o ano foi de R$ 50,7 milhões, a destinação mais baixa desde a criação do programa. Para piorar, o orçamento empenhado não estava sendo executado, segundo levantamento da ASA. Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, 27 milhões de pessoas residem no Semiárido brasileiro e ainda sofrem com dificuldades de acesso à água. Por Lucila Bezerra. Créditos: BdF Pernambuco

quinta-feira, 11 de março de 2021

Governo corta verba de 72% dos leitos de UTI para covid-19

O governo cortou a verba federal para o financiamento de 72% dos leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) para pacientes com covid-19. Em dezembro, a União repassava verba para a manutenção de 12.003 leitos de UTI para covid-19. Hoje são financiados 3.372. Os dados são do Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass). 

A redução se dá em meio ao momento mais grave da pandemia do novo coronavírus no Brasil, com quase todos os estados à beira do colapso no sistema de saúde e em média 2 mil mortes ocorrendo todos os dias.

Dados do Conass mostram que o corte do financiamento de leitos de UTI para covid-19 pelo governo Bolsonaro foi total em Goiás, Maranhão, Acre e Rondônia. Em São Paulo, que tem o maior número de leitos de UTI do país, a redução foi de 81%. Semelhante ao ocorrido em Minas Gerais, Espírito Santo, paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Amazonas, Ceará, Paraíba e Sergipe. A redução no financiamento desses leitos bate com o período de colapso generalizado na saúde em todo o Brasil. Leia mais em: Rede Brasil Atual

quarta-feira, 10 de março de 2021

Catástrofe sanitária

Com pessoas morrendo na fila de espera por um leito, sistema de saúde em colapso em vários estados, processo de vacinação muito atrasado e o despreparo total do governo, o país vive uma catástrofe sanitária sem precedentes.

O Brasil bateu seu próprio recorde mortos em um período de 24 horas, com 1.972 vítimas notificadas ao Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). Com os novos números, o país chega 268.370 vidas ceifadas pelo coronavírus desde o início da pandemia, em março.

O balanço da terça-feira, (9) nos estados também identificou um total de 70.764 novos casos de infecção. Isso, sem contar a subnotificação, admitida por todas as autoridades sanitária envolvidas. Com isso, 11.122.429 brasileiros já foram contaminadas com a covid-19.

As médias móveis diárias de novos casos e mortes, calculadas com base nos últimos sete dias, seguem em ascensão acelerada, e estão em seu ápice, superando o piro momento da pandemia, entre julho e agosto do ano passado.

Os sistemas de saúde das cidades brasileiras seguem em colapso – ou já muito próximos dele – há mais de uma semana. A demanda não atendida por leitos hospitalares já faz com que brasileiros morram sem terem recebido nenhum atendimento médico. No Paraná, por exemplo, no fim de semana, 989 pessoas aguardavam na fila por uma vaga para tratar de covid-19, sendo 519 com necessidade imediata de UTI. O cenário dramático se repete em boa parte do restante do país. No Mato Grosso, por exemplo, quase 100 pessoas aguardam por um leito.

O Brasil é, desde janeiro, o epicentro da pandemia de covid-19. Segundo com mais mortes, atrás apenas dos Estados Unidos, o país vive um cenário oposto ao mundo. Os demais países da comunidade internacional assistem a uma grande redução de casos e mortos desde o início do ano. Resultados expressivos foram observados na Europa, com a adoção de “lockdown” intensivo e também com o avanço das respectivas campanhas de vacinação. Foto: Agencia Brasil. (Editado). Com informações de: Rede Brasil Atual

terça-feira, 9 de março de 2021

Auxílio Emergencial ficará entre R$ 175 e R$ 375

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou ontem (8) que a nova rodada do auxílio emergencial contemplará valores entre R$ 175 e R$ 375, dependendo da composição das famílias beneficiadas. Segundo ele, o valor médio será de R$ 250.

A PEC emergencial, que viabiliza a retomada do auxílio emergencial, foi aprovada na semana passada pelo Senado Federal, mas ainda passará pela Câmara dos Deputados.  A expectativa do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), é a de que o texto seja aprovado quarta-feira (10), se houver acordo.

"Esse é um valor médio [R$ 250], porque, se for uma família monoparental, dirigida por uma mulher, aí já é R$ 375. Se tiver um homem sozinho, já é R$ 175. Se for o casal, os dois, ai já são R$ 250. Isso é o Ministério da Cidadania, nós só fornecemos os parâmetros básicos, mas a decisão da amplitude é com o Ministério da Cidadania", declarou Guedes em entrevista no Palácio do Planalto.

A PEC Emergencial, que autoriza a extensão do auxílio, não detalha valores, duração ou condições para o benefício. O texto flexibiliza regras fiscais para abrir espaço para a retomada do programa. Isso porque, pela PEC, a eventual retomada do auxílio não precisará ser submetida a limitações previstas no teto de gastos.

A proposta prevê também protocolos de contenção de despesas públicas e uma série de medidas que podem ser adotadas em caso de descumprimento do teto de gastos, regra que limita o aumento dos gastos da União à inflação do ano anterior. Créditos: ClickPB

Covi-19: Fiocruz prevê produção 1 milhão de vacinas por dia

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) espera produzir um milhão de doses da vacina contra a covid-19 por dia até o final de março. A estimativa foi divulgada ontem (8), durante a visita técnica do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, quando foi anunciado o início da produção em larga escala.

Durante o encontro, representantes da Fiocruz previram a entrega de 3,8 milhões de doses para o mês de março. A produção dos lotes de pré-validação e validação foram finalizadas no último domingo (7), com testes de consistência e estabilidade dentro dos parâmetros desejados.

Esses lotes poderão ser incorporados ao Programa Nacional de Imunização (PNI), mediante aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Com o início da operação dessa primeira linha na segunda-feira, a Fiocruz iniciará o escalonamento gradual da produção.

A expectativa é chegar, até o final de março, com as duas linhas em funcionamento, com uma produção de cerca de um milhão de doses por dia", informou a Fiocruz em nota publicada em sua página na internet. Créditos: UOL

segunda-feira, 8 de março de 2021

Brasil supera dez mil mortes por covid-19 em uma semana

Em sete dias, mais de dez mil pessoas morreram no Brasil em decorrência da covid-19, maior registro em um período de uma semana de toda a pandemia. Dados deste reunidos pelo consórcio de veículos de imprensa no sábado (06) mostram 1.498 novos óbitos nas últimas 24 horas, totalizando 10.183 mortes desde o sábado passado. O número de vítimas da pandemia já ultrapassa 264 mil pessoas em todo o País, que obteve pelo oitavo dia consecutivo um novo recorde na média móvel diária de mortes, com 1.455 óbitos neste sábado. 

Ao longo dos últimos sete dias, São Paulo respondeu por 1.989 do total de óbitos nacionais, enquanto outros 1.027 aconteceram no Rio Grande do Sul. O Estado vive uma crise no sistema de saúde, com 100% dos 3 mil leitos de UTI ocupados. Em Minas Gerais, as mortes desta semana chegaram a 928. Liderando as estatísticas absolutas, nas últimas 24 horas, São Paulo registrou 353 óbitos pela doença, seguido por 182 no Rio Grande do Sul, 155 em Minas Gerais e 146 no Paraná. 

Ainda segundo dados do consórcio de veículos, 67.477 novos casos de covid-19 foram confirmados no País neste sábado, chegando a um total de 10.939.320. Segundo o Ministério da Saúde, 9.704.351 pessoas estão recuperadas da doença, em meio a 10.938.836 casos confirmados. Os números da pasta diferem em relação ao consórcio pelo horário de coleta dos dados. Créditos: Jornal do Comércio

Brasil perdeu R$ 172 bilhões em investimentos e 4,4 milhões de empregos com a Lava Jato

Desde que surgiu em 2014, a operação Lava Jato, provocou o fechamento de 4,4 milhões de empregos no país. Além disso, o Brasil perdeu R$ 172 bilhões em investimentos. Esses dados constam de estudo elaborado pelo Dieese a pedido da CUT. 

A pesquisa diz que o setor mais atingido foi o da construção civil, que perdeu 1,1 milhão de postos de trabalho.  A CUT fará o lançamento formal da pesquisa na terça-feira (9).

Esse trabalho que denuncia o ataque da Lava Jato a empregos e investimentos é o primeiro estudo feito com base em dados e documentos oficiais sobre o impacto desastroso da operação no mercado de trabalho e na economia. O levantamento, feito pelo Dieese a pedido da Central, consumiu um ano de pesquisas. Créditos: Rede Brasil Atual