Após a vacinação dos profissionais de enfermagem no país, as mortes entre eles despencaram. O Brasil chegou a ser um dos países em que mais morriam profissionais de enfermagem no mundo por Covid-19.
quarta-feira, 5 de maio de 2021
Mortes de profissionais de enfermagem despencam após vacinação
sábado, 1 de maio de 2021
1º de Maio: Terceirização, e desmonte das leis
Nos primeiros quatro meses do ano, a tendência se manteve, com a diminuição de 3% das horas trabalhadas em todo o planeta, equivalente a 90 milhões de empregos.
No Brasil a situação não é diferente, o país entra em 2021 com uma taxa de desemprego de 14,2%, quase 14 milhões de desocupados, de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para aqueles que ainda possuem alguma renda, a informalidade foi a saída.
Cerca de 34 milhões de trabalhadores, quase 40% da população economicamente ativa do Brasil, está no setor informal. São as pessoas que fazem bico, diaristas, ambulantes, pessoas que trabalham como freelancer, entre outras.
“A gente chega nesse 1º de maio, a nível mundial, com uma situação de bastante debilidade da classe trabalhadora do ponto de vista estrutural. Algo que vem de um processo mais amplo de erosão do trabalho assalariado”, analisa o sociólogo e professor da Universidade de Brasília (UnB), Ricardo Festi.
Na última terça-feira (27), o presidente Jair Bolsonaro editou uma nova Medida Provisória autorizando a suspensão dos contratos de trabalho por até quatro meses, o adiamento do pagamento do fundo de garantia (FGTS) e a diminuição dos salários em até 70%. Em 2020, com uma MP similar, 1,5 milhão tiveram os salários reduzidos e 9,8 milhões os contratos suspensos.
A socióloga Tábata Berg identifica que a precarização se expressou um tripé: terceirização, uberização e desmonte das leis trabalhistas.
“A gente tem um desmonte progressivo da CLT, com propostas de reformas trabalhistas cada vez mais duras. Essa é a realidade para os trabalhadores em todo o mundo, mas é ainda mais perverso nesse contexto, com um contingente significativo de trabalhadores que nunca experimentaram direitos sociais e direitos trabalhistas”, aponta a também pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Se o panorama geral é negativo, ao fazer um recorte de gênero e raça é possível perceber que o cenário pode ser ainda pior. As mulheres negras são 60% da população desempregada, segundo o IBGE. Também são as que passam mais tempo buscando emprego, 24% de 3 a 6 meses, e 18% passaram até um ano.
Além disso, são as piores remuneradas, uma mulher negra ganha em médio R$10,95 por hora, enquanto as mulheres brancas ganham cerca de R$18,15 por hora trabalhada, já os homens brancos tiveram uma média de R$20,79 de remuneração, segundo levantamento de 2020 do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese).
Entre a juventude, quase um terço dos jovens brasileiros estão desempregados e 78% possui baixos salários ou contrários temporários.
A falta de renda gera uma reação em cadeia, com o aumento da fome da pobreza. Segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), 118 milhões de mulheres latino-americanas passaram a viver em situação de pobreza em 2020 – maior índice dos últimos 20 anos.
O Brasil voltou a fazer parte do mapa de fome da ONU, quase 60% dos lares brasileiros realizam menos de três refeições ao dia, com 125,6 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar. Por Michele de Mello. Edição: Marina Duarte de Souza. Créditos: Brasil de Fato
sexta-feira, 30 de abril de 2021
Desemprego bate recorde e atinge 14,4 milhões de brasileiros
O número de brasileiros desempregados foi estimado em 14,4 milhões, a quantidade representa um recorde da série histórica iniciada em 2012. As informações foram publicadas no portal do IBGE. Na última PNAD, referente ao trimestre encerrado em janeiro, a taxa de desemprego estava em 14,2%, atingindo 14,3 milhões de brasileiros.
Já o nível de ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) chegou a 48,6%, o que representa uma estabilidade em relação ao trimestre móvel anterior (48,6%) e recuando 5,9% em relação a igual trimestre do ano anterior (54,5%).
A taxa de informalidade foi de 39,6% da população ocupada (34 milhões de trabalhadores). No trimestre anterior, a taxa havia sido 39,1% e no mesmo trimestre de 2020, 40,6%.
Segundo projeção da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada em março, a proporção de desempregados no Brasil poderá alcançar seu maior nível em 2021, com taxa de desocupação média de 14,6%. Créditos: Sputnik
terça-feira, 27 de abril de 2021
Razões políticas por trás da decisão da Anvisa sobre vacina russa Sputnik V
domingo, 25 de abril de 2021
Governo corta 98% dos recursos do Minha Casa Minha Vida
Houve um corte de R$ 1,5 bilhão nas despesas que estavam reservadas ao Fundo de Arrendamento Residencial (FAR), que banca as obras do faixa 1 do programa habitacional, voltada às famílias de baixa renda.
Cerca de 200 mil unidades habitacionais devem ter obras paralisadas a partir de maio, uma vez que sobraram apenas cerca de R$ 27 milhões para tocar o programa. Foto: SECOM. Créditos: Estadão/UOL.
quarta-feira, 21 de abril de 2021
Bancos lucram R$ 79 bi, cortam 13 mil empregos e fecham 1.400 agências em 2020
terça-feira, 20 de abril de 2021
Moradores da periferia têm 3 vezes mais risco de morrer de Covid-19
O cálculo foi feito com base nas mortes por grupo de cada 100 mil habitantes da capital e mostra que em São Miguel Paulista, na Zona Leste, as mortes por 100 mil habitantes chegaram a 128 óbitos em março. O distrito lidera as mortes proporcionais na cidade, seguido por Cidade Tirantes, Ponte Rasa e Jardim Iguatemi, onde a taxa de morte por 100 mil chegou a 125 óbitos.
Em Moema, na Zona Sul, as mortes por Covid-19 por 100 mil habitantes chegaram a 27 óbitos, enquanto no Jardim Paulista, também na Zona Sul, o total está em 30 óbitos, enquanto no Jaguaré e Perdizes esse valor é de 31 óbitos.
A taxa usada para comparar o risco de morrer em cada distrito é chamada de "taxa ajustada" ou "padronizada". Ela é mais indicada para esse tipo de análise porque cada município tem uma quantidade de habitantes diferentes, e o peso de cada faixa etária de cada distrito também é diferente. Considerando que o risco de morrer por Covid-19 é mais alto entre os idosos, o cálculo da mortalidade por 100 mil habitantes é feito para cada faixa etária em cada distrito.
Então, essas taxas são submetidas a um cálculo populacional padrão (nesse caso, a população brasileira em cada faixa etária, segundo o IBGE). Isso serve para "neutralizar" o perfil etário dos distritos e permitir, assim, uma comparação mais realista do risco de morrer relativo nas diversas regiões da capital.
Segundo especialistas, o que pode explicar esses números é a dificuldade de manter o distanciamento social em alguns bairros. Quanto mais pobre é a região, mais gente vive num mesmo lugar e menos estrutura essas pessoas têm pra ficar em casa.
Outro fator é a falta de fiscalização e de orientação por parte do poder público. É só andar pelas ruas de alguns distritos da capital, pra ver que algumas pessoas não entenderam a importância de se cuidar. Por Ana Carolina Moreno. Créditos: G1