segunda-feira, 17 de maio de 2021

Universidade do Ceará desenvolve nova vacina contra a Covid-19 e pede para testar em humanos

Pesquisadores da UECE e o governador do Ceará
A Universidade Estadual do Ceará pediu oficialmente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a  autorização para iniciar testes em humanos de uma nova vacina contra a covid-19 desenvolvida pela instituição.

O imunizante, que apresentou eficácia superior a 90% em testes realizados em camundongos, foi batizado como 2H120 Defense e tem valor estimado de R$ 0,04 por dose, o que representaria a vacina mais barata a ser usada no Brasil.

Caso a autorização seja dada, a universidade conduzirá o estudo clínico em três fases, sendo que na primeira recrutaria 100 pessoas adultas, com idade entre 18 e 60 anos, que não apresentem comorbidades. Para a segunda, a escolha seria por pessoas acima de 60 anos com comorbidades. Para a última fase, não há um número específico de pessoas.

A 2H120 Defense utiliza um modelo de coronavírus aviário e que, enfraquecido, não causa contaminação em humanos. A imunização completa também seria em duas doses.

Por meio das redes sociais, o governador do Ceará, Camilo Santana (PT), que trava uma disputa para a Anvisa liberar o uso emergencial da Sputnik V,  apoiou a vacina da universidade estadual. Foto: UECE. Créditos: IGSaúde

Estudo mostra redução de 90% em mortes pela Covid-19 após a 1ª dose da vacina

As infecções pela COVID-19 em adultos de todas as idades caíram 80% e as mortes pelo vírus caíram 90% cinco semanas após a primeira dose das vacinas da Pfizer/BioNTech, Moderna ou AstraZeneca na Itália, de acordo com um estudo italiano.

O primeiro estudo deste tipo feito por um país da União Europeia sobre o impacto real de sua campanha de vacinação foi realizado pelo Instituto Nacional de Saúde (ISS, na sigla em italiano) e Ministério da Saúde da Itália em 13,7 milhões de vacinados em todo o país.

Cientistas estudaram os dados desde o dia em que se iniciou a campanha de imunização na Itália, em 27 de dezembro de 2020, até 3 de maio de 2021. A análise mostrou que o risco de infecção, hospitalização e morte pela SARS-CoV-2 diminuiu progressivamente após as duas primeiras semanas desde o início da vacinação no país.

Entre os quase 15 milhões de pessoas estudadas, 95% tomaram duas doses das vacinas da Pfizer e Moderna, enquanto ninguém dos que receberam o imunizante da AstraZeneca tomou segunda injeção.

Até agora, a Itália segue as recomendações dos fabricantes, dando a segunda dose da Pfizer três semanas após a primeira injeção, a segunda da Moderna após um intervalo de quatro semanas e uma segunda dose da AstraZeneca após 12 semanas. Até sábado (15), cerca de 8,3 milhões de italianos, ou 14% da população, foram completamente vacinados, enquanto cerca de 10 milhões de pessoas receberam a primeira dose de imunizante. Fonte : Reuters. Créditos: Sputnik

sábado, 15 de maio de 2021

Falta a segunda dose da vacina em mais de mil municípios brasileiros

 

Segundo dados divulgados pela Confederação Nacional dos Municípios, em 322 municípios faltam a primeira dose da vacina para Covid-19, enquanto 1142 municípios têm carência da segunda dose do imunizante.

A falta de vacinas afeta cerca de 41,6% dos 3.051 municípios consultados pela entidade. 92% das cidades consultadas apontam a falta da CoronaVac, vacina produzida pelo instituto Butantã, que suspendeu a produção do imunizante por falta do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), o que reduziu para menos de 50% a quantidade de vacinas a serem entregues.

A possibilidade de falta de kit entubação também é apontada por 18,3% das 559 cidades consultadas sobre o assunto. Créditos: Esquerda Diário

quinta-feira, 13 de maio de 2021

Negacionismo e omissão do governo tornaram covid-19 mais letal no Brasil

O negacionismo e as medidas inadequadas, durante o combate à pandemia de covid-19 por parte do Brasil, resultaram em consequências mortais, de acordo com relatório do Painel Independente criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Na avaliação internacional, o Brasil governado por Bolsonaro é citado entre os países que criaram mortes e um número elevado de contaminados, por não seguir as recomendações científicas. 

Ao lado de Reino Unido e Nicarágua, o Brasil é criticado por permitir, por meio da omissão e negacionismo de seu governo, uma rápida escalada e altas taxas de mortalidade. “Os impactos sobre o direito à vida e à saúde foram exacerbados em alguns países pelo fracasso em adotar medidas de controle eficazes, através do distanciamento social, isolamento e quarentena”, aponta um dos documentos.

A avaliação é conduzida por respeitadas lideranças globais para examinar a resposta do mundo à pandemia do coronavírus, além de sugerir uma reforma ampla da estrutura internacional com o objetivo de que uma nova crise sanitária assole o mundo.

Sem citar o Brasil, a presidente do processo, Helen Clark, disse que líderes nacionais “desvalorizaram e rejeitaram a ciência, negaram severidade, demoraram para responder e venderam desconfiança a seus cidadãos”. “As consequências foram mortais”, disse a ex-primeira-ministra da Nova Zelândia.

O documento também indica entre os 28 países avaliados, incluindo o Brasil, os que já viveram surtos recentes e estavam mais dispostos a agir. Porém, alguns governantes se recusaram a tomar medidas. “Os países com resultados mais pobres tinham abordagens descoordenadas que desvalorizavam a ciência, negavam o impacto potencial da pandemia, atrasavam a ação abrangente e permitiam que a desconfiança minasse os esforços”, acusou.

“A negação de evidências científicas foi agravada pela falha da liderança em assumir a responsabilidade ou desenvolver estratégias coerentes destinadas a impedir a transmissão comunitária. Os líderes que pareciam céticos ou desdenhosos das evidências científicas emergentes corroíam a confiança pública, a cooperação e o cumprimento das intervenções de saúde pública”, completou. Com informações do jornalista Jamil Chade, do UOL. Foto: Bruno Kelly/ Reuters. Créditos: Rede Brasil Atual

terça-feira, 11 de maio de 2021

UFRJ fecha unidades por falta de pagamento


O corte de verbas nas Instituições Federais de Ensino Superior afeta o funcionamento das Universidades de todo o país. Os primeiros a perder são os trabalhadores terceirizados, da limpeza, segurança, ascensoristas, que sofrem desde o início do ano com atrasos no pagamento. 

Na UFRJ, a Faculdade Nacional de Direito decidiu fechar suas portas pela situação insustentável gerada pela falta dos serviços de limpeza, e foi seguida pela Escola de Comunicação. Ambas decidirão se vão seguir fechadas ou não na semana que vem, a depender do pagamento dos terceirizados, que neste mês estão há sete dias sem receber. O Colégio de Aplicação, que teve suas aulas atrasadas no início do ano pelo mesmo problema, também decidiu parar suas atividades a partir da quarta-feira (13), exceto o terceiro ano. No Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, os técnico-administrativos decidiram paralisar suas atividades nesta segunda-feira, até que a situação se resolva.

Esta situação já havia acontecido em fevereiro, quando a UFRJ adiou por duas semanas seguidas o início do seu calendário letivo. De lá para cá, os trabalhadores terceirizados da limpeza vem sofrendo com atrasos, pagamentos parciais, descontos por dias parados. Os porteiros de vários prédios, que também são terceirizados, foram mandados embora sem renovação do contrato, e por isso os seguranças patrimoniais estão fazendo dupla ou até tripla função, de recepção até abrir as salas para ter aula. Em vários prédios, os ascensoristas também foram mandados embora.

Em um comunicado oficial, o reitor Carlos Levi afirma que estava ciente da “possibilidade de paralisação” dos serviços de limpeza e segurança, e por isso esteve em contato desde a sexta-feira com o MEC, e que a liberação da verba teria ocorrido na segunda-feira de manhã. Mas a realidade dos centros e unidades na UFRJ demonstra como está sendo tratada a educação no Brasil, os corredores estão entupidos de lixo e os banheiros estão imundos. 

A paralisação dos serviços já está acontecendo, acontece parcialmente desde fevereiro, só que o descaso e o atraso dos pagamentos dos salários chegou em um nível insustentável para estes trabalhadores. Foto: SECOM.  Créditos: Esquerda Diário

sábado, 8 de maio de 2021

Na semana em que São Paulo atingiu 100 mil mortes por covid-19 governo flexibiliza atividades

Do início da pandemia de coronavírus até agora o estado de São Paulo já registrou mais de 100 mil mortes por covid-19, este número foi atingido nesta semana, o número de casos e de mortes continua alto, mesmo assim o governo estadual flexibilizou ainda mais as atividades no estado. 

 Com isso o que se viu foram muitos  carros nas ruas da capital, ruas de comércio popular e shoppings abarrotados de pessoas, sem distanciamento necessário recomendado pela saúde e principalmente ônibus e trens lotados.

Muitas pessoas se aglomeram em pontos de ônibus, várias pessoas sem máscara,  muitos passageiros reclamam da demora dos ônibus e quando chega no ponto já chega lotado.

quinta-feira, 6 de maio de 2021

Endividamento da população bate recorde

Pesquisa divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo mostra que o percentual de endividados chega a mais de 67,5% da população no mês de abril.  Pandemia da Covid-19 sem controle, desemprego em alta e redução do auxílio emergencial escancaram ainda mais a desigualdade no país. O endividamento dos mais pobres bate recorde no governo Bolsonaro.

Esse é o nível mais alto da pesquisa, também registrado em agosto do ano passado. O resultado de abril significa a quinta alta mensal seguida, com 0,2 ponto percentual de crescimento em relação a março.

A sondagem mensal do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, o Ibre/FGV, também aponta para 22,3% da população com renda de até R$ 2.100 se dizendo endividada em abril. Desde o início da série histórica, em maio de 2009, esse patamar de endividamento da classe mais baixa só foi observado em junho de 2016.

De fevereiro para março, a Serasa Experian computou mais de um milhão de inadimplentes no país, totalizando 62 milhões de pessoas endividadas. Foi o segundo maior avanço mensal de toda a série histórica. No recorte por setor, a inadimplência apurada pela Serasa é maior nos gastos com cartão de crédito e em contas básicas, como água e luz. Créditos: Rede Brasil Atual