Um sensor semelhante ao bafômetro poderá diagnosticar e medir o nível de açúcar no sangue de pacientes portadores de diabetes pelo hálito. O equipamento é desenvolvido em São Carlos (SP) por uma equipe de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Universidade Estadual Paulista (Unesp). O objetivo do novo sensor é substituir as picadas de agulhas no dedo para o controle da doença por um procedimento não invasivo e indolor.
O organismo das pessoas que têm a diabetes produz em maior quantidade uma substância chamada acetona. O dispositivo, cuja pesquisa está ainda em estágio preliminar, permitiu detectar níveis de acetona produzida em laboratório. Os resultados do estudo já foram publicados, mas ainda não há uma data para que os testes clínicos comecem a ser feitos.
O protótipo, criado no Centro de Pesquisa para o Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF) do Instituto de Física da USP, é capaz de simular o sopro de pessoas com e sem diabetes.
“Ele consegue aferir a concentração de acetona no hálito. Um paciente não diabético possui em torno de 0,3 a 0,9 partes por milhão de acetona, enquanto o paciente diabético possui o dobro dessa concentração”, explicou o pesquisador Luís Fernando da Silva, professor do departamento de física da UFSCar.
Atualmente, a coleta de sangue é a principal forma de diagnóstico da diabetes e de controle da glicose. Portadora da doença, a dona de casa Euzélia de Azevedo toma três doses de insulina diariamente e realiza o processo de controle. “É uma picadinha, mas dói. Se não furar, não sai sangue. O dedo fica dolorido”, contou.
Para o pesquisador, o método atual de controle é viável, mas o procedimento invasivo é desconfortável. Além disso, há custos com os materiais. Outro benefício do novo sensor seria a portabilidade.
“O paciente pode carregar em uma bolsa ou mesmo adaptá-lo ao seu smartphone ou relógio e então aferir o nível de glicemia. Até pessoas que não são diabéticas podem estar aferindo. Normalmente, descobre-se a doença quando o médico pede algum exame de sangue. A partir disso é que você vai começar a se preocupar com a diabetes. A gente sabe que o brasileiro não tem muito costume de análise laboratorial”
A pesquisa ainda tem que passar por testes clínicos com pacientes e também por estudos para descobrir quanto o equipamento custaria para o consumidor. Segundo o pesquisador, ainda não há prazo para a inovação chegar ao mercado e não é possível estimar o valor do aparelho. “Não seria nada exorbitante, até porque a gente busca meios de ter a portabilidade a um custo-benefício favorável”, disse.
O professor ressaltou que sensores como esse ajudariam ainda a detectar outros problemas de saúde. “Existem pesquisas que têm indicado que é possível também diagnosticar alguns tipos de câncer ou mesmo caso de infarto por meio da análise do hálito do paciente”.
Créditos:: G1
quinta-feira, 26 de janeiro de 2017
quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
Desemprego provoca debandada de clientes dos planos de saúde privados para o SUS
O Sistema Único de Saúde (SUS) passou a ser a única a forma de atendimento médico-hospitalar para mais 172.675 mineiros no ano passado.
Eles fazem parte do contingente de brasileiros que cancelaram planos privados entre dezembro de 2015 e dezembro de 2016.
Em todo o país, 1,36 milhão de beneficiários não renovaram os contratos nesse período, sendo 1,1 milhão no Sudeste.
Eles fazem parte do contingente de brasileiros que cancelaram planos privados entre dezembro de 2015 e dezembro de 2016.
Em todo o país, 1,36 milhão de beneficiários não renovaram os contratos nesse período, sendo 1,1 milhão no Sudeste.
Os números são do Acompanhamento de Beneficiários (NAB), um documento produzido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), com base em informações da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Em Minas, o número de beneficiários no fim de 2015 era de 5,21 milhões e, agora, soma pouco mais que 5 milhões. No Estado, a queda no período foi de 3,3%, percentual maior do que a média do Brasil, de 2,8%.
Na opinião do superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, a diminuição do número de beneficiários vem acontecendo há três anos e está diretamente ligada à queda na atividade econômica e do nível de emprego, tanto no Brasil como no Estado.
“Os números têm caído desde 2014, mas mais acentuadamente nos últimos dois anos (2015 e 2016). Essa redução está associada à crise econômica, mais especificamente à redução de postos de empregos formais, já que a maior parte dos planos ainda é composta por planos coletivos empresariais”, diz. Ele destaca que é natural que o encolhimento do mercado de trabalho seja acompanhado por uma redução no total de beneficiários de planos de saúde.
A análise é confirmada pelos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Os empregos estão diminuindo desde 2013, movimento que é acompanhado pela redução no número de clientes da saúde suplementar. Mas em velocidades diferentes. O corte de vagas de trabalho é relativamente maior que o encolhimento dos planos de saúde.
Segundo Carneiro, isso se explica pelo esforço dos brasileiros em manter os contratos com as operadoras, mesmo que em situação financeira adversa.
“O que podemos constatar é que, como o plano de saúde é o terceiro maior desejo do brasileiro, atrás apenas de casa própria e educação, o setor apresenta boa resiliência. Isso significa que as famílias optam por cortar vários outros gastos antes de se verem obrigadas a deixar o plano de saúde”.
Desde que perdeu o emprego, em janeiro do ano passado, a instrumentista cirúrgica Gisele de Oliveira Rios, de 33 anos, precisou ir ao posto de saúde pública em duas ocasiões. Diz que não conseguiu, em nenhuma delas, atendimento em Santa Luzia, onde mora.
“Venho direto para Belo Horizonte e aqui é esperar. Estou desde 11h da manhã (eram 17h quando conversou com a reportagem) esperando por uma consulta. Quando tinha plano de saúde, pagava algo em torno de R$ 100. Agora, se eu for fazer um novo, não vai ficar por menos de R$ 170. As pessoas ficam reclamando que os planos de saúde são como o SUS, mas não são. Só quem precisa esperar por uma consulta sabe de fato como funciona. O plano de saúde, ainda que seja ruim, funciona”, disse.
Ela já conseguiu voltar ao mercado de trabalho e pretende ter plano de saúde novamente. “Tem que apertar o orçamento, não tem jeito”, diz. A cozinheira Aparecida Oliveira, de 45 anos, deixou de pagar o plano de saúde há três anos e, desde então, luta para conseguir tratamento adequado para pneumonia. A demora entre a marcação da consulta e o atendimento já chegou a dez meses.
“Passei por diversos postos de atendimento em Contagem, até vir a Belo Horizonte. É difícil marcar consulta pelo posto, e mais difícil ainda é voltar a pagar plano de saúde. Por causa da minha idade, não consigo nenhum convênio por menos de R$ 200. Há três anos cheguei a pagar R$ 60 para mim e minhas duas filhas”, disse Aparecida, que pagou pelo plano durante 18 anos.
Créditos: Hoje em Dia
Se houver democracia, nós venceremos de novo, diz Dilma
A presidente deposta Dilma Rousseff defendeu ontem, (23) em Sevilla, na Espanha, durante coletiva de imprensa, a candidatura do ex-presidente Lula em 2018.
"Eu creio e desejo que ele seja candidato. Será importante para o Brasil", afirmou.
"O primeiro golpe foi o meu impeachment. O segundo é impedir que Lula seja candidato", declarou.
Ela lembrou que o ex-presidente lidera as pesquisas de intenção de voto em primeiro turno, e disse acreditar que ele vencerá se for candidato. "Eu acho que ele ganharia as eleições por todas as suas realizações", declarou.
A presidente reafirmou que interromper a democracia foi a única maneira de o atual governo, de Michel Temer, implantar o programa neoliberal derrotado quatro vezes nas urnas. "Não podemos perder a democracia. E eu asseguro que se houver democracia, nós venceremos de novo", afirmou.
Créditos: Brasil 247
Seca castiga a PB e 21 reservatórios já secaram totalmente
O número de reservatórios em situação crítica na Paraíba aumentou neste ano. Dos 127 açudes monitorados pela Agência Executiva de Gestão das Aguas do Estado (Aesa), 73 estão com menos de 5% do seu volume; outros 28 têm menos de 20% de seu volume total. Só em 26 reservatórios a situação não é tão grave – estão com sua capacidade armazenada superior a 20%. Não há registro de açude sangrando em 2017.
Na relação divulgada pela Aesa, há 21 açudes que estão completamente secos: Algodão, Algodão de Jandaíra; Bichinho, Barra de São Miguel; Escondido, em Belém do Brejo do Cruz; Tapera, em Belém do Brejo do Cruz ; Campos, em Caraúbas; Cordeiro, no Congo ; Gurjão, em Gurjão; Cachoeira dos Alves, Itaporanga; Carneiro, em Jericó; Olivedos, em Olivedos; Ouro Velho, em Ouro Velho; Caraibeiras, Picuí; Prata II, em Prata; Riacho dos Cavalos, em Riacho dos Cavalos; Serra Branca I, em Serra Branca; Jenipapeiro, em São José da Lagoa Tapada; São José IV, em São José do Sabugi; São Mamede, em São Mamede; Novo II, em Tavares; Bastiana, em Teixeira, e Riacho das Moças, em Teixeira.
Ainda de acordo com a Aesa, há alguns casos que chamam a atenção. Como e o caso do reservatório São José, em Monteiro. Em uma das regiões mais castigadas pela seca, no Cariri, o açude tem 65,86% de seu volume total.
A Capital paraibana e as cidades no entorno que são abastecidas por dois reservatórios aparentemente continua saldo da crise hídrica. O reservatório de Marés com capacidade superior a dois milhões de metros cúbicos tem uma volume total de 1,2 milhão de metros cúbicos. Já o Gramame/Mamuaba tem 70,4% de sua capacidade armazenada. A barragem tem capacidade máxima (m3) de 56.937.000.Confira a situação em cada reservatório. Fonte: ClikPB.
Créditos: Focando a Notícia
terça-feira, 24 de janeiro de 2017
Desemprego em São Paulo aumenta em periferias e famílias mais jovens
O desemprego no município de São Paulo cresceu acima da média, no ano passado, em parte das regiões sul e leste, "áreas mais periféricas e que se caracterizam pelo predomínio de famílias com mais jovens e com elevada vulnerabilidade". Os dados estão em pesquisa divulgada ontem pela Fundação Seade, em alusão ao aniversário da capital, na próxima quarta-feira.
As áreas com taxa de desemprego mais elevada abrange bairros como Ermelino Matarazzo, Ponte Rasa, Itaquera, São Mateus, Itaim Paulista, Cidade Tiradentes, José Bonifácio, Parque do Carmo, Guaianases (zona leste), Cidade Ademar, Campo Limpo, Capão Redondo, Jardim Ângela, Cidade Dutra, Grajaú, Parelheiros e Marsilac (sul).
A taxa média de desemprego no ano passado, com base na pesquisa Seade/Dieese, foi de 16% (com estimados 1,021 milhão de desempregados), ante 12,8% no ano anterior e 10,3% em 2014. Mas chega a 19,3% nas chamadas zonas leste 2 e sul 2, que concentram os bairros citados. Nesta segunda concentra-se o maior número de ocupados da cidade, por volta de 1,143 milhão, enquanto na primeira estão 1,054 milhão.
Segundo a pesquisa, em 2015 havia 6,15 milhões de pessoas que trabalhavam na capital. Desse total, estima-se que 5,4 milhões moravam na própria cidade, 226 mil em municípios do ABC e 805 mil nas demais cidades da região metropolitana.
No ano passado, foram eliminadas 205 mil ocupações em São Paulo. O corte atingiu a maioria das regiões – as exceções foram o centro (Sé, Bela Vista, Bom Retiro, Cambuci, Consolação, Liberdade, República e Santa Cecília) e a chamada região sul 1 (Vila Mariana, Saúde, Moema, Ipiranga, Cursino, Sacomã, Jabaquara, Santo Amaro, Campo Belo e Campo Grande).
A maior parte das vagas cortadas, 61 mil, se concentrou na zona leste 2, seguida da zona sul 2, com menos 55 mil. A leste 1 (Mooca, Água Rasa, Belém, Pari, Tatuapé, Vila Prudente, Sapopemba, Carrão, São Lucas, Aricanduva, Artur Alvim, Vila Formosa, Penha, Cangaíba e Vila Matilde), perdeu 44 mil. Segundo o Seade, as zonas com maiores reduções no número de ocupados nela residentes foram as mais distantes da mancha central que concentra a geração de empregos.
Com base em dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais, do Ministério do Trabalho) e da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED, do Seade e do Dieese), o levantamento aponta 5,12 milhões de empregados formais em 2015. Desse total, 3,4 milhões (62%) moravam na própria cidade. "Os trabalhadores sem vínculo empregatício, que trabalham por conta própria ou empregados domésticos, tendem a estar mais dispersos pela cidade", aponta o Seade.
Segundo a fundação, a maior desproporção entre local de criação de empregos e região de residência ocorre no centro, "onde a infraestrutura é bem desenvolvida, mas os empregados residentes correspondem a 16% dos postos de trabalho".
Enquanto 64% dos empregos formais concentram-se nas zonas sul 1 (25,4%), oeste (21%) e centro (17,8%), 60% dos empregados moram "nas extremidades da cidade": zona sul 2, leste 2 e norte 2 (Casa Verde, Limão, Freguesia do Ó, Pirituba, Peru e outros).
Créditos: Rede Brasil Atual
Espionagem dos EUA sobre o Brasil foi parte da Guerra Fria, dizem especialistas
A CIA (Agência Central de Inteligência americana) liberou um conjunto de informações com mais de 11.100 documentos revelando o teor da espionagem dos Estados Unidos sobre o Brasil entre os anos de 1940 e de 1990.
Especialistas constataram que os documentos fazem parte de um arquivo com mais de 13 milhões de páginas.
O conjunto de documentos reunidos pela CIA enfatiza questões como o regime militar, instaurado no Brasil com a deposição do Presidente João Goulart, analisa a fundo o comportamento de Luiz Inácio Lula da Silva e seu relacionamento com Fidel Castro e minimiza casos de tortura cometidos por militares contra militantes de esquerda, inclusive padres que foram presos por organismos civis e militares.
Para o cientista político Cláudio Couto, da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo, todo este procedimento dos Estados Unidos em relação ao Brasil guarda íntima relação com a Guerra Fria – o clima de guerra latente que se instalou entre os Estados Unidos e a então União Soviética após a Segunda Guerra Mundial:
"Eu creio que a revelação desses dados mostra o que, de alguma maneira, todos nós já imaginávamos", diz o professor da FGV. "Existe, de fato, um sistema de acompanhamento e de espionagem do Governo norte-americano sobre países ao redor do mundo, e sobre o Brasil em particular."
Cláudio Couto observa que, na realidade, pelo que aparece nesses documentos, "o que nós vemos é que tudo aquilo que era espionado fazia sentido no contexto da Guerra Fria. Por exemplo: a aproximação de Lula e do PT com Cuba (Fidel Castro); a questão da repressão durante a ditadura militar; a simpatia pelo Governo Médici; e as perspectivas de duração do regime autoritário".
"Tudo isso", conclui o Professor Cláudio Couto, "fazia muito sentido naquele contexto de Guerra Fria, em que o alinhamento do Governo Militar brasileiro, ou mesmo antes disso, [o alinhamento] dos Governos brasileiros anteriores com os interesses norte-americanos era algo evidentemente importante para eles. Por isso, espionavam tudo aquilo que fazia sentido para essa questão."
Por sua vez, o historiador João Cláudio Pitillo, pesquisador do Núcleo das Américas na UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), acentua que "o Brasil foi e é tratado pelos Estados Unidos como uma grande colônia", e que isso revela a "fragilidade do Estado brasileiro diante dos interesses norte-americanos."
Para Pitillo, embora os documentos só confirmem o que muitos no país já sabiam (a constante espionagem dos Estados Unidos sobre o Brasil), historicamente os documentos têm valor, pois atestam a veracidade de fatos que até então vinham sendo tratados como suposições.
Particularmente sobre Lula e seu relacionamento com Cuba e Fidel Castro, João Cláudio Pitillo questiona:
"Se nós formos pegar a documentação que fala do Lula, de suas andanças e dos seus contatos internacionais, eu lhe pergunto: qual o interesse de monitorar isso? Para que se monitora isso? É óbvio que isso tem uma ação contundente, uma ação repressiva. É claro que os órgãos de segurança norte-americanos são onipotentes, onipresentes e oniscientes. E a fragilidade do Estado nacional brasileiro é que permite este tipo de ação. Eu não tenho dúvida nenhuma de que essa espionagem feita contra o então militante Lula tem a conivência direta do Estado brasileiro. Ainda mais naquele momento em que vivíamos uma ditadura voraz."
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, que tornou públicas essas revelações, "em julho de 1986 a CIA produziu um relatório secreto, no qual tratou, em seis páginas, dos esforços do PT para deixar de ser um mero partido de operários para formar uma base de militância maior e conquistar eleitores mais jovens, além de ampliar contatos no exterior. Segundo a CIA, o líder do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, estava intensificando tratativas com o ditador de Cuba, Fidel Castro, de quem o petista seria franco admirador".
Créditos: Sputnyk
Especialistas constataram que os documentos fazem parte de um arquivo com mais de 13 milhões de páginas.
O conjunto de documentos reunidos pela CIA enfatiza questões como o regime militar, instaurado no Brasil com a deposição do Presidente João Goulart, analisa a fundo o comportamento de Luiz Inácio Lula da Silva e seu relacionamento com Fidel Castro e minimiza casos de tortura cometidos por militares contra militantes de esquerda, inclusive padres que foram presos por organismos civis e militares.
Para o cientista político Cláudio Couto, da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo, todo este procedimento dos Estados Unidos em relação ao Brasil guarda íntima relação com a Guerra Fria – o clima de guerra latente que se instalou entre os Estados Unidos e a então União Soviética após a Segunda Guerra Mundial:
"Eu creio que a revelação desses dados mostra o que, de alguma maneira, todos nós já imaginávamos", diz o professor da FGV. "Existe, de fato, um sistema de acompanhamento e de espionagem do Governo norte-americano sobre países ao redor do mundo, e sobre o Brasil em particular."
Cláudio Couto observa que, na realidade, pelo que aparece nesses documentos, "o que nós vemos é que tudo aquilo que era espionado fazia sentido no contexto da Guerra Fria. Por exemplo: a aproximação de Lula e do PT com Cuba (Fidel Castro); a questão da repressão durante a ditadura militar; a simpatia pelo Governo Médici; e as perspectivas de duração do regime autoritário".
"Tudo isso", conclui o Professor Cláudio Couto, "fazia muito sentido naquele contexto de Guerra Fria, em que o alinhamento do Governo Militar brasileiro, ou mesmo antes disso, [o alinhamento] dos Governos brasileiros anteriores com os interesses norte-americanos era algo evidentemente importante para eles. Por isso, espionavam tudo aquilo que fazia sentido para essa questão."
Por sua vez, o historiador João Cláudio Pitillo, pesquisador do Núcleo das Américas na UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), acentua que "o Brasil foi e é tratado pelos Estados Unidos como uma grande colônia", e que isso revela a "fragilidade do Estado brasileiro diante dos interesses norte-americanos."
Para Pitillo, embora os documentos só confirmem o que muitos no país já sabiam (a constante espionagem dos Estados Unidos sobre o Brasil), historicamente os documentos têm valor, pois atestam a veracidade de fatos que até então vinham sendo tratados como suposições.
Particularmente sobre Lula e seu relacionamento com Cuba e Fidel Castro, João Cláudio Pitillo questiona:
"Se nós formos pegar a documentação que fala do Lula, de suas andanças e dos seus contatos internacionais, eu lhe pergunto: qual o interesse de monitorar isso? Para que se monitora isso? É óbvio que isso tem uma ação contundente, uma ação repressiva. É claro que os órgãos de segurança norte-americanos são onipotentes, onipresentes e oniscientes. E a fragilidade do Estado nacional brasileiro é que permite este tipo de ação. Eu não tenho dúvida nenhuma de que essa espionagem feita contra o então militante Lula tem a conivência direta do Estado brasileiro. Ainda mais naquele momento em que vivíamos uma ditadura voraz."
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, que tornou públicas essas revelações, "em julho de 1986 a CIA produziu um relatório secreto, no qual tratou, em seis páginas, dos esforços do PT para deixar de ser um mero partido de operários para formar uma base de militância maior e conquistar eleitores mais jovens, além de ampliar contatos no exterior. Segundo a CIA, o líder do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, estava intensificando tratativas com o ditador de Cuba, Fidel Castro, de quem o petista seria franco admirador".
Créditos: Sputnyk
Imigrantes com antecedentes criminais serão prioridade nas deportações, nos EUA
A Casa Branca informou nesta segunda-feira que os imigrantes em situação irregular e que possuem antecedentes criminais serão prioridade nas políticas de deportação, como havia prometido durante a campanha o presidente Donald Trump.
"Pessoas que podem fazer mal ou tenham feito mal e têm antecedentes criminais são o centro das atenções", disse o novo porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, para quem "na atualidade a prioridade está nas pessoas que fizeram mal ao nosso país".
Spicer acrescentou que, no momento, a prioridade do governo está nos imigrantes "que ficaram no país após o vencimento de seus vistos ou que cometeram crimes. Mas avançaremos nisto de forma sistemática e metódica".
Trump, disse o porta-voz, "deixou muito, muito claro que precisamos orientar as agências a se concentrar nos que estão ilegalmente no país e têm antecedentes criminais ou representam uma ameaça". "No momento, a prioridade clara está aí".
Ao ser questionado se Trump firmaria algum decreto contra a chamada "Ação Diferida para a Chegada de Jovens Imigrantes" (DACA, sigla em inglês), Spicer sugeriu que não deve haver novidades a este respeito.
A DACA foi adotada em 2012 pelo então presidente Barack Obama e permite regularizar a situação de imigrantes que chegam ilegalmente aos Estados Unidos como menores trazidos por seus pais. O mecanismo permitiu que mais de 740 mil imigrantes regularizassem sua situação, mas os pais destes jovens permanecem em situação irregular.
No final de 2014, Obama firmou outro decreto, que permitia ampliar o benefício da DACA aos pais de jovens com a situação regularizada, para evitar a separação de famílias por deportação, mas a aplicação da segunda medida foi bloqueada pela Justiça.
Durante sua campanha eleitoral, Trump prometeu tolerância zero com imigrantes em situação irregular, e disse que iria construir um muro na fronteira com o México. Fonte: AFP /Agence France-Presse
Créditos: EM.com.br
"Pessoas que podem fazer mal ou tenham feito mal e têm antecedentes criminais são o centro das atenções", disse o novo porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, para quem "na atualidade a prioridade está nas pessoas que fizeram mal ao nosso país".
Spicer acrescentou que, no momento, a prioridade do governo está nos imigrantes "que ficaram no país após o vencimento de seus vistos ou que cometeram crimes. Mas avançaremos nisto de forma sistemática e metódica".
Trump, disse o porta-voz, "deixou muito, muito claro que precisamos orientar as agências a se concentrar nos que estão ilegalmente no país e têm antecedentes criminais ou representam uma ameaça". "No momento, a prioridade clara está aí".
Ao ser questionado se Trump firmaria algum decreto contra a chamada "Ação Diferida para a Chegada de Jovens Imigrantes" (DACA, sigla em inglês), Spicer sugeriu que não deve haver novidades a este respeito.
A DACA foi adotada em 2012 pelo então presidente Barack Obama e permite regularizar a situação de imigrantes que chegam ilegalmente aos Estados Unidos como menores trazidos por seus pais. O mecanismo permitiu que mais de 740 mil imigrantes regularizassem sua situação, mas os pais destes jovens permanecem em situação irregular.
No final de 2014, Obama firmou outro decreto, que permitia ampliar o benefício da DACA aos pais de jovens com a situação regularizada, para evitar a separação de famílias por deportação, mas a aplicação da segunda medida foi bloqueada pela Justiça.
Durante sua campanha eleitoral, Trump prometeu tolerância zero com imigrantes em situação irregular, e disse que iria construir um muro na fronteira com o México. Fonte: AFP /Agence France-Presse
Créditos: EM.com.br
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