segunda-feira, 29 de julho de 2013

Mais de 3 milhões assistiram à missa com papa Francisco em Copacabana


 Mais de três milhões de pessoas participaram neste domingo (28) da missa do papa Francisco na Praia de Copacabana, último evento público do papa na Jornada Mundial da Juventude. O cálculo é de organizadores do evento, segundo o porta-voz do Vaticano, padre Frederico Lombardi.
O porta-voz disse que a adesão dos fiéis à jornada mostra
a vitalidade da Igreja Católica. "Mais que três milhões de pessoas é um número grande. É sinal da participação dos jovens. Creio que conseguimos honrar a meta do papa, que não queria fazer algo para os jovens, mas com eles, para inseri-los nos temas que mobilizam a Igreja e a sociedade", acrescentou.
Frederico Lombardi disse também que foi "incrível" ver o desempenho de Francisco, que assumiu o pontificado há cerca de quatro meses. "Foi a chance de ver um papa espontâneo", destacou. A jornada no Rio, acrescentou, é uma chance de aproximar a Igreja latino-americana da Igreja universal.
Da Agência Brasil

Pesquisa da USP descobre processo para bloquear dor inflamatória


Um estudo de pesquisadores do Departamento de Farmacologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto (SP), pode ajudar na elaboração de medicamentos mais eficazes - e com menos efeitos colaterais - para o controle de dores decorrentes de inflamações.
Um artigo sobre a pesquisa, assinado pelos professores Sergio Henrique Ferreira e Thiago Mattar Cunha, pelo pós-doutor Guilherme Rabelo e pelo pós-graduando Jhimmy Talbot, todos do Departamento de Farmacologia da faculdade, foi publicado em junho na revista científica Proceedings of the National Academy of Science, dos Estados Unidos.
Segundo o professor do Departamento de Farmacologia, Thiago Mattar Cunha, os pesquisadores trabalham há mais de 20 anos para tentar entender a gênese da dor, principalmente no caso de origem inflamatória. “Nossa ideia é que, se conseguirmos entender como a dor aparece e o que está por trás do surgimento da dor inflamatória, a gente possa, baseado nesse conhecimento, desenvolver um novo medicamento”, disse Cunha à Agência Brasil.
No estudo, os pesquisadores descobriram que uma proteína, chamada de fractalcina, está envolvida na ativação das dores crônicas de origem inflamatória. Se os receptores da proteína forem bloqueados, acreditam os pesquisadores, as dores inflamatórias, tais como as que ocorrem na artrite reumatoide, poderão ser controladas.
Em experiência com animais, os pesquisadores observaram que existe um tipo celular, chamado de células satélites, que estabelecem o último contato com os neurônios que transmitem a dor. “Nós demonstramos que estas células, que estão envoltas no corpo desse neurônio e que não tinham uma função patológica conhecida, são fundamentais para esse processo de dor inflamatória”, explicou.
Além da descoberta da importância das células satélites no mecanismo da dor, os pesquisadores conseguiram, segundo ele, demonstrar como elas são ativadas e quem é a responsável por essa ativação: a fractalcina. “Essa proteína, a fractalcina, é liberada durante o processo inflamatório e ativa essa célula satélite. Existe um local específico onde essa fractalcina atua, que chamamos de receptor. A ideia então é desenvolver um fármaco ou uma molécula que bloqueie esse receptor e que impeça que a fractalcina se ligue a esse receptor e ative a célula satélite”.
Segundo Cunha, indústrias farmacêuticas já estão desenvolvendo medicamentos para bloquear o receptor da fractalcina. Mas a ideia do grupo de pesquisadores da USP é que, em médio prazo, seja criado um remédio para ser testado contra a dor inflamatória, com menos efeitos colaterais, e que venha, no futuro, amenizar dores de pessoas que sofrem com artrite reumatoide, osteoartrite, gota e até traumas cirúrgicos e torções. “O que queremos é desenvolver fármacos que sejam efetivos no tratamento da dor e que tenham menos efeitos colaterais para melhorar a qualidade de vida do paciente”, ressaltou.
 “Já existem fármacos no mercado contra a dor inflamatória. Estes anti-inflamatórios que se toma, tal como a aspirina, são efetivos. O grande problema está relacionado com os efeitos colaterais que eles apresentam e que tem muito a ver com o sistema cardiovascular e com o sistema gastrointestinal. São efeitos que limitam a utilização. Um paciente que tem artrite reumatoide e que vai precisar tomar medicamento por mais de um ou até 20 anos, ele não vai suportar estes efeitos colaterais por muito tempo. Nossa ideia é achar um mecanismo importante e, a partir disto, compor novas drogas para conter esse processo”, disse o professor.
 Crédito Agência Brasil

Associação de Juízes Federais cobra apuração sobre empresa de Joaquim Barbosa

Presidente da entidade considera 'gravíssimo' o caso da offshore aberta pelo ministro da STF para comprar um imóvel em Miami

A Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) se manifestou sobre a empresa criada na Flórida, Estados Unidos, pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, para adquirir um apartamento na cidade de Miami, que tem como sede o imóvel funcional onde ele mora. Para o presidente Ajufe, Nino Toldo, o fato de a empresa estar sediada no imóvel funcional que Barbosa ocupa “é gravíssimo, do ponto de vista ético”. A notícia é do jornal Correio Braziliense.

Segundo ele, “não é dado a nenhum magistrado, ainda mais a um ministro do Supremo, misturar o público com o privado”. E completou: “Dos magistrados, espera-se um comportamento adequado à importância republicana do cargo, pois um magistrado, seja qual for o seu grau de jurisdição, é paradigma para os cidadãos”. Questionada a respeito da abertura de procedimento para averiguar a regularidade da operação, a Procuradoria-Geral da República não se manifestou.
A Ajufe defende a apuração “rigorosa” acerca das duas situações. “Um ministro do STF, como qualquer magistrado, pode ser acionista ou cotista de empresa, mas não pode, em hipótese alguma, dirigi-la”, afirmou o presidente da entidade, Nino Toldo, referindo-se ao artigo 36 da Lei Complementar 35. “Essa lei aplica-se também aos ministros do STF. Portanto, o fato de um ministro desobedecê-la é extremamente grave e merece rigorosa apuração”, ressaltou Toldo.
Além disso, o fato contraria o Decreto 980, de 1993. Segundo o Ministério do Planejamento, o inciso VII do artigo 8º da norma — que rege as regras de ocupação de imóveis funcionais — estabelece que esse tipo de propriedade só pode ser usado para “fins exclusivamente residenciais”.
Nos registros da Assas JB Corp., pertencente a Barbosa, no portal do estado da Flórida, nos Estados Unidos, consta o imóvel do Bloco K da SQS 312 como principal endereço da companhia usada para adquirir o apartamento em Miami — conforme informado pelo jornal Folha de S.Paulo no domingo passado. As leis do estado norte-americano permitem a abertura de empresa que tenha sede em outro país. A Controladoria-Geral da União (CGU) também assegurou que o Decreto 980 não prevê “o uso de imóvel funcional para outros fins, que não o de moradia”. O presidente do STF consta, ainda, como diretor e único dono da Assas Jb Corp. A Lei Orgânica da Magistratura (Lei Complementar 35, de 1979), a exemplo da Lei 8.112/90, do Estatuto do Servidor Público Federal, proíbe que seus membros participem de sociedade comercial, exceto como acionistas ou cotistas, sem cargo gerencial.
Créditos: Rede Brasil Atual

'Fé não deve estar divorciada das demandas e exigências sociais do evangelho' afirma Frei Betto

Fiéis

O papa Francisco esteve na Favela de Varginha, no Rio de Janeiro, e em discurso afirmou que não basta que o poder público faça pacificação nas comunidades, mas sim que as demandas sociais sejam atendidas. “Em sua visita à Favela de Varginha o papa Francisco mostrou que a fé cristã não pode estar divorciada das exigências sociais do evangelho. Não basta fazer pacificação, assim como ele afirmou, sem que se procure combater a desigualdade social no mundo”, disse Frei Betto.
Segundo ele, o discurso do papa é uma crítica implícita àqueles que levam vida distanciada dos “pobres e oprimidos”. “Ele falou daqueles que se satisfazem com show-missas e ficam só no 'aleluia' de olhos no céu e de costas para a terra. Francisco enfatizou a importância de todo cristão participar de um mundo mais justo, mais livre e pacífico, e não ficar ligado só à fé em Deus sem se ligar no amor ao próximo, o que implica compromisso com a situação de exclusão, de marginalização e opressão”, afirmou.
Leia mais em:Rede Brasil Atual

domingo, 28 de julho de 2013

Papa deve anunciar hoje sede da próxima jornada

 O papa Francisco deve anunciar, nesta manhã, na Missa de Envio, na Praia de Copacabana, o nome da cidade-sede da próxima Jornada Mundial da Juventude. Entre os peregrinos, que tomam a orla desde as primeiras horas deste domingo (28), o nome mais citado é Cracóvia, na Polônia. Espera-se para a c
erimônia, prevista para as 10h, público de 3 milhões de pessoas. O movimento é intenso nas ruas que dão acesso à praia, com a chegada de mais e mais fiéis para a missa, último evento público da jornada com a participação do papa.
Com a temperatura variando entre 15 e 17 graus centígrados, os fiéis que participaram da vigília na noite passada amanheceram hoje na Praia de Copacabana. As 7h30, a orla, sobretudo no trecho em frente ao hoje Copacabana Palace, já estava tomada de fiéis que se procuravam o melhor lugar para assistir à missa. Às 8h, todos os acessos à Avenida Atlântica estavam fechados para o tráfego de veículos.
Além do frio, o desafio para quem pernoitou na praia foi encontrar um banheiro livre. As filas de peregrinos em busca de um banheiro para usar estão imensas em frente a igrejas, padarias e lanchonetes de redes internacionais.
Durante a madrugada a espera por um banheiro químico chegou a até três horas, contam os peregrinos. “Só conseguimos usar um banheiro porque, depois de três horas de espera, decidimos pagar”, disse a peregrina Ana Carolina Souza Norberto, de 19 anos, do interior do estado do Rio. “A gente acordou com muito mais vontade de fazer xixi do que de tomar café da manhã”, desabafou Ludmila Paula Viegas, de 22 anos, Brasília.
Agência Brasil

Papa Francisco reúne três milhões em vigília no Rio

Uma multidão de aproximadamente três milhões de pessoas se reuniu na praia de Copacabana para ver o papa Francisco durante a vigília de oração com os jovens da JMJ (Jornada Mundial da Juventude) na noite deste sábado, segundo uma estimativa da Prefeitura do Rio de Janeiro. Grande parte dos peregrinos decidiu acampar e passar a noite no local.
A concentração de pessoas superou o público da última festa de Reveillon, que teve dois milhões de participantes. Durante a celebração deste sábado, os fiéis enfrentaram grande dificuldade para se deslocar, tanto na Avenida Atlântica como na areia da praia. Era quase impossível se aproximar do palco onde estava o papa, na altura da avenida Princesa Isabel.
A jovem Ana Beatriz Loureiro, de 17 anos, viajou ao Rio com um grupo paroquial de Dourados (MS). Eles chegaram à capital após uma viagem de 24 horas de ônibus e se hospedaram em uma paróquia em Piedade, na zona norte da cidade.
"Estou muito emocionada. Fomos muitos agraciados. Quando fomos buscar o kit alimentação, conseguimos ver o papa", disse.
Ana Beatriz trouxe saco de dormir, binóculo, lanterna, guarda-chuva e capa de chuva, mas disse estar preocupada com os planos do grupo de passar a noite na praia. Os amigos devem se revezar para viajar o "acampamento" enquanto os outros dormem.
Daniela Schiavone, de 21 anos, veio de Taranto, no sudeste da Itália, para ver o papa pela primeira vez ao vivo no Brasil. Ela está acompanhada de 35 amigos e também planejava passar a noite na praia.
Afirmou ter detestado o kit alimentação distribuído para os peregrinos. "É tudo junk food; não é saudável".
Como ela, muitos peregrinos acamparam em Copacabana. Diversos grupos improvisaram "barracas" empilhando sacos de dormir sobre grades de proteção instaladas no local pela prefeitura. A temperatura às 22h de sábado girava em torno dos 17°C e não havia sinal de chuva.
Leia mais em:BBC Brasil 

Papa Francisco pede aos jovens que assumam o papel de "protagonistas da história"


 A pregação do papa Francisco na Virgília de Oração, em Copacabana, teve como ponto central a convocação aos jovens para que assumam o papel de “protagonistas” no processo de reconstrução da Igreja e na luta por um mundo melhor e mais fraterno. “Vocês são os construtores de um mundo melhor”, disse Francisco aos milhares de jovens de vários países que se aglomeram desde cedo na Praia de Copacabana.
 O pontífice destacou que tem acompanhado as notícias, em todo o mundo, de jovens que saem às ruas para pedir uma sociedade mais fraterna e mais justa. “Vocês são os jovens que têm nas mãos a tarefa de serem os protagonistas da mudança. Não permitam que outras pessoas assumam essa tarefa”, pregou Francisco aos jovens.
O papa pediu aos jovens que perguntassem para si próprios “por onde começar” esse processo de mudança. Francisco conclamou aos presentes que não se esqueçam que “são o campo de fé, os atletas de Cristo, os construtores de uma Igreja cada vez melhor”.
Em um recado direto aos presentes na Praia da Copacabana, o papa destacou que “nunca esses rapazes estarão sozinhos”. Ele acrescentou, na sua pregação, que, em conjunto, [os jovens] fizeram como São Francisco de Assis fez, construíram a Igreja. “Nos tornamos protagonistas da história. Não fiquem para trás jovens, sempre no ataque, na linha de frente”, conclamou o pontífice.
No sermão, Francisco destacou, ainda, que São Pedro disse que as pessoas são como “pedras vivas” no processo de construção da Igreja. Ele acrescentou que Jesus pede que, cada um, ajude no processo de edificação da Igreja. “Ide e fazei discípulos em todas as nações. Quero me tornar um construtor da Casa de Cristo. Quero que pensem nisso”, pediu o papa.
Francisco usou o fechamento do Campus Fidei (Campo da Fé) para fazer uma comparação e dizer aos jovens que são eles o verdadeiro campo da fé, ideia que foi explorada em três dimensões: o campo como um lugar para semear, para treinar e para construir.
Ao falar de como semear, o papa pediu que os jovens não sejam cristãos pela metade, nem cristãos de fachada: "Sei que não querem ser cristãos de fachada, cristãos que levantam o nariz e nada fazem. Sei que querem ser cristãos autênticos".
Quando mencionou o campo como local de treinamento, Francisco comparou o cristão a um jogador de futebol e disse que há três formas de treinar: a oração, o sacramento e a ajuda ao próximo. "Jesus nos oferece uma coisa maior que uma copa do mundo, oferece uma vida fecunda, uma vida feliz. E não pede que paguemos entrada. A entrada é que entejamos em forma".
Foi na hora de falar da construção que o papa mencionou o protagonismo e os protestos, parte que encerrou lembrando Madre Teresa de Calcutá: "Uma vez perguntaram a Madre Teresa por onde deveriam começar a mudança na Igreja, e ela disse: Por mim e por você. Tinha garra essa mulher e sabia por onde começar. Comecemos por mim e por vocês. E se tenho que começar por mim, por onde começo? Cada um abra seu coração para que Jesus lhe diga", disse o papa, que concluiu: "vocês são os construtores de uma Igreja mais bela e de um mundo melhor".
Apenas as primeiras palavras e as últimas frases do discurso foram pronunciadas em português, já que a opção do papa foi por falar em espanhol. Com muitos gestos e expressões faciais para passar sua mensagem, o pontífice pediu em alguns momentos que os jovens fechassem os olhos e, em outros, que repetissem suas palavras, que foram muito aplaudidas e comemoradas com o grito que já se tornou símbolo da JMJ: "Esta es la juventud del papa".
 Agência Brasil