domingo, 25 de agosto de 2013

DF vai proibir a venda de armas de brinquedo


 O Distrito Federal (DF) vai proibir a comercialização e distribuição de armas de brinquedo. A Câmara Legislativa do DF aprovou um projeto de lei, inédito no país, que impede a venda de armas que disparem bolinhas, luzes a laser ou façam qualquer tipo de barulho que permita alguma associação com arma de fogo. A medida aguarda sanção do governador Agnelo Queiroz.
A iniciativa do projeto de lei partiu do Executivo local, que considerou os índices de criminalidade na região. Segundo a Polícia Militar, em 2012, armas de brinquedo representaram 12% do total das armas apreendidas com criminosos nas ruas do DF.
A proibição da venda dos brinquedos não inclui armas de ar comprimido, como airsoft paintball, e também exclui da proibição armas utilizadas em práticas desportivas, desde que adquiridas por pessoas maiores de 18 anos associadas a instituições esportivas.

Os comerciantes ficarão obrigados a afixar mensagem padrão em local visível, com a informação de que o estabelecimento não comercializa armas de brinquedo. Quem descumprir a lei, pode receber desde advertência escrita até multa de R$ 100 mil, suspensão das atividades e a cassação da licença de funcionamento. Após a sanção da lei, o governo do Distrito Federal terá 120 dias para regulamentá-la.
Quando entrar em vigor, a nova lei também instituirá a Semana do Desarmamento Infantil, no mês de abril, período destinado a reflexões, palestras e eventos voltados ao debate do tema.
Foto: Google
Créditos: Agência Brasil

sábado, 24 de agosto de 2013

CARTÉIS: Áreas de energia e saúde também têm contratos irregulares, diz ex-executivo da Siemens

energia

 Corrupção e Irregularidades como fraudes em licitações e pagamentos de propina a agentes públicos não acontecem apenas nos metrôs de São Paulo e Brasília e na CPTM, mas também nas divisões de Transmissão e Distribuição de Energia, Geração de Energia e de Sistemas Médicos. As informações foram fornecidas por um ex-executivo da multinacional Siemens ao ombudsman da empresa na Alemanha em junho de 2008, segundo reportagem do jornal O Estado de S. Paulo de ontem (23).
De acordo com o texto, o denunciante não cita nomes de possíveis envolvidos ligados aos governos. A Companhia Energética de São Paulo (Cesp) contratou a Siemens várias vezes. "É impressionante observar que, apesar de todos os escândalos e consequências para toda a companhia, a Siemens Brasil continua pagando propinas no Brasil para conseguir contratos lucrativos", disse o denunciante na carta. "Espero que as informações mencionadas possam ajudá-lo em sua difícil função como ombudsman em uma companhia que não aprendeu com as lições do passado."
As informações são consideradas verossímeis, já que a carta contém revelações confirmadas pelos seis executivos – quatro brasileiros e dois alemães – da Siemens que firmaram acordo de leniência com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em maio de 2013. No plano federal, controladas da Eletrobrás, como Furnas, Chesf e Eletronorte, têm contratos com a empresa.
Em um trecho da carta, o denunciante afirma: "Eu gostaria de trazer para o seu conhecimento alguns fatos e documentos que demonstram práticas ilícitas adotadas pela Siemens no Brasil, nos dias de hoje e no passado, particularmente nos seguintes projetos: CPTM Linha G (Linha 5 do Metrô de São Paulo), CPTM Série 3000 e contrato de manutenção do Metrô-DF."
Em outro trecho ele declara que "esse tipo de prática não é privilégio da divisão de transportes. Elas também são comuns nas áreas de transmissão e distribuição de energia, geração de energia e na divisão de sistema de saúde, que trabalham com empresas públicas".

Metrô e CPTM

Na semana passada, o secretário municipal de Serviços de São Paulo, Simão Pedro (PT), disse ser improvável a existência do cartel para obras do metrô e da CPTM sem o conhecimento do governo estadual, controlado pelo PSDB desde 1995. “Não existe cartel sem a conivência de autoridades públicas. Se você tem autoridades públicas sérias, que têm em primeiro lugar o interesse público, a economia, a transparência, é evidente que as autoridades não permitem acerto entre empresas”, afirmou.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tem dito que o estado é vítima das empresas e da Siemens, em particular. “Se for confirmado algum cartel, o estado é vítima e entrará imediatamente com ação de indenização e ressarcimento de possíveis prejuízos", defendeu-se, no início do mês.

Alheias a embate ideológico, pequenas cidades comemoram vinda de médicos cubanos

médicos cubanos

Entidades representativas da categoria apelam a 'trabalho escravo' e comunismo para se opor a chegada de profissionais, já a partir da próxima semana. Governo diz que questão é humanitária


– Secretários municipais de Saúde de cidades do Norte e Nordeste brasileiros estão animados com a possibilidade de a população receber atendimento médico por meio do programa federal Mais Médicos, independente da nacionalidade dos profissionais. Gestores públicos ouvidos pela reportagem da RBA destacam que o importante é a população ter acesso à atenção básica em saúde e apontam preocupações mais cotidianas e menos ideológicas sobre o processo. Os profissionais cubanos começam o atendimento às populações no próximo dia 16.
Segundo o Ministério da Saúde, os 400 médicos cubanos que atuarão na primeira etapa do programa, por meio de acordo firmado quarta-feira (21) entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana de Saúde, serão direcionados aos 701 municípios que não despertaram o interesse de nenhum profissional inscrito, seja brasileiro, seja estrangeiro. A maioria das cidades (68%) apresenta os piores índices de desenvolvimento humano do país (IDH muito baixo e baixo) e 84% estão no interior do Norte e Nordeste em regiões com 20% ou mais de sua população vivendo em situação de extrema pobreza. Os demais 358 estrangeiros cadastrados no Mais Médicos vão para as cidades escolhidas no processo de inscrição no programa.
A secretária de Saúde de Jaboatão dos Guararapes (PE), Geciane Paulino, afirma que já conhece e tem boas referências sobre o trabalho dos médicos cubanos. “Eu trabalhei em Cabo do Santo Agostinho (PE), de 2001 a 2004, e a experiencia lá foi muito positiva. Os médicos atendiam muito bem à população, que tinha um entrosamento muito grande com eles”, contou. Geciane considera que a reclamação das entidades médicas se pauta pela reserva de mercado. “Quem faz a gestão do SUS não pode ficar restrito à preocupação de uma categoria profissional. Temos que pensar em todos os brasileiros”, afirmou. O Conselho Federal de Medicina (CFM) condena o programa avaliando que será uma tragédia.
Jaboatão dos Guararapes é uma cidade com 654 mil habitantes na região metropolitana de Recife, governada pelo prefeito tucano Elias Gomes. Apesar de ser uma cidade cujo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é alto (0,717), há desigualdade no atendimento entre as periferias e as regiões mais centrais, o que se espera ser corrigido com o Mais Médicos. “A região metropolitana tem muita infraestrutura em equipamentos de lazer e outras coisas, porém, Jaboatão é um município com sérios problemas. Os médicos virão atuar justamente nas áreas de favelas”, explicou Geciane.
O Mais Médicos foi alvo desde o começo de ataques das entidades de classe, que são contra a vinda de profissionais estrangeiros e argumentam que o mais relevante é garantir melhores condições de trabalho, e que não há déficit. Mas, segundo o ministério, o Brasil tem 1,8 médico por mil habitantes, enquanto na Argentina a proporção é 3,2; no Uruguai, 3,7; em Portugal, 3,9; e no Reino Unido, 2,7. A longo prazo, o programa federal prevê aumentar a formação de médicos, passando de 55 mil para 108 mil matrículas em quatro anos. A expectativa é criar 1.500 novos cursos em um total de 117 municípios atendidos por instituições particulares e públicas, 60 a mais do que o atual.
Após um recuo inicial, o governo acabou fechando convênio para trazer os profissionais de Cuba. O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, defendeu hoje a decisão. "Temos 700 municípios sem médico e extrema carência de médicos no interior do país", afirmou. Adams lembrou que o sistema já é praticado por Cuba em acordos com outras nações.
O ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, também rebateu as críticas dos que veem o programa por um viés ideológico. “A ideia é atrair o médico que esteja disposto a trabalhar. Não há um viés ideológico, mas, ao contrário, um viés humanitário”. Patriota destacou que o acordo respeita regras internacionais. “É algo aceito internacionalmente, dentro das estratégias de saúde. O acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde garante que estamos procedendo dentro das melhores práticas”, afirmou.
Barreirinha, no Amazonas um dos municípios beneficiados pela medida, também celebrou o anúnio. A coordenadora de Planejamento da Secretaria Municipal de Saúde, Thaís Caldeira, disse que a gestão está ansiosa pela chegada dos profissionais. “Acreditamos que o programa tem grande possibilidade de dar certo no interior do Amazonas porque nossa necessidade é muito grande”, disse, apontando uma questão que deve ser considerada na escolha dos profissionais. “Para nós, a preocupação é com a comunicação entre médicos e as populações indígenas de nossa cidade”, completou. A cidade amazonense é administrada por Mecias Pereira Batista (PSD), tem 27 mil habitantes, possui IDH baixo (0,574) e fica na divisa com o Pará.
De onde quer que venham, os médicos serão bem recebidos em Cabixi (RO), segundo o secretário de Saúde, Wilson de Oliveira. Para ele, só interessa saber se o atendimento será bom. “Sempre se fica com o pé atrás sobre alguém que você não conhece, se vai ser bom, se vai ser ruim. Queremos que sejam pessoas que atendam bem à população e que conheçam os princípios da atenção básica. Se vão ser cubanos, paulistas ou gaúchos, não importa”, disse. A cidade, administrada pelo prefeito Izael Dias Moreira (PTB), tem 6 mil habitantes e uma área de pouco mais de um quilômetro quadrado. Cabixi tem IDH 0,65, considerado médio.
As três cidades citadas não foram selecionadas na primeira leva de cadastros do programa. No total se candidataram 1.618 profissionais, sendo 1.260 brasileiros e 358 estrangeiros. Como não houve interesse em 701 cidades, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, firmou o acordo com a Opas para a vinda dos 4 mil médicos cubanos. Os primeiros 400 chegam na próxima segunda-feira (26).
Segundo o ministério, os cubanos serão recebidos em Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza. Como os demais estrangeiros, ficarão em alojamentos militares e farão um curso preparatório de três semanas, até 13 de setembro, abrangendo língua portuguesa, funcionamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e legislação. Eles farão avaliações de desempenho, além de visitar unidades de saúde nas cidades em que estiverem.

Manifestações favoráveis

O presidente do Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde (Conasems), Antônio Carlos Nardi, é bastante objetivo no entendimento da vinda de médicos estrangeiros. “A partir do momento que os profissionais do mercado interno, formados em nossas universidades, não preencheram os postos do setor público para o atendimento básico à população no Saúde da Família e nas Unidades Básicas de Saúde, tendo sido aberto o edital para países estrangeiros com acompanhamento de universidades federais e do Ministério da Saúde, somos absolutamente favoráveis a que venham e deem o que a população pede e o que o sistema necessita”, afirmou.
Desmistificando as críticas de que o problema estaria na estrutura de atendimento e não na falta de profissionais, Nardi defendeu que esta não é uma ação isolada ou eleitoreira, como acusa o Conselho Federal de Medicina. "Há um programa de qualificação ou construção de novas UBS, para dar condições de ambiência e bom exercício profissional para médicos, dentistas, enfermeiros, todas as profissões da área de saúde. Fora recursos que foram investidos para as prefeituras equiparem e reformarem UBS pré-existentes."
Nardi também considera que não há necessidade de preocupação em reservar o mercado de trabalho aos profissionais brasileiros. “É importante lembrar que são profissionais que vão atuar exclusivamente na atenção básica, fazer promoção de saúde e prevenção de doenças, principalmente as crônicas não transmissíveis. Não vão atuar em unidades de terapia intensiva ou como profissionais privados, o que, aí sim, ofereceria um risco econômico para a categoria médica”, explicou.
A prefeita de Guarujá (SP), Maria Antonieta de Brito (PMDB), rebateu as críticas contra a vinda de médicos estrangeiros com exemplo de sua própria cidade, durante audiência da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) do Senado, na manhã de hoje (22). “Eles possuem esta experiência de estar lá, onde há maior necessidade, e a capacidade de entender o outro, aquele que muitas vezes vem da lama, de chinelinho”, afirmou. A prefeita assegurou que eles possuem plena capacitação em atenção básica e grande compromisso no atendimento às pessoas mais pobres.
"O maior problema na área da saúde é, sim, a carência de médicos", disse o secretário de Saúde do Estado da Bahia, Jorge Solla, também presente à audiência. “Quando se pergunta ao cidadão, ele efetivamente responde e identifica como o maior problema a falta de médicos. Ele vai ao posto e encontra enfermeiros e outros profissionais, mas não encontra médicos disponíveis para atendê-lo na hora em que necessita”, reclamou.
Solla apontou ainda que dados do Cadastro Nacional dos Estabelecimentos de Saúde demonstram que está crescendo a diferença entre a oferta de vagas para médicos e a quantidade de profissionais empregados. Em 2010, havia 2,6 postos de trabalho por profissional. Hoje essa relação é de três vagas para cada médico.
A polaridade estabelecida no debate sobre o tema é uma distorção da essência da questão, segundo a presidenta do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Maria do Socorro de Souza. “É um direito de cidadania da população brasileira e isso custou alto para a sociedade, que sempre teve seus direitos negados pelo Estado, principalmente na saúde”, afirmou. E prosseguiu no que acredita ser uma das fontes do problema: “O país precisa interiorizar políticas públicas focadas no fim das desigualdades regionais, porque muita gente sai do campo e das florestas para as cidades exatamente por não haver uma descentralização no desenvolvimento”, disse.

Outro lado

Em nota divulgada ontem (21), o Conselho Federal de Medicina (CFM) classificou o anúncio da vinda de médicos cubanos como "eleitoreiro, irresponsável e desrespeitoso". "O Conselho Federal de Medicina condena de forma veemente a decisão irresponsável do Ministério da Saúde que, ao promover a vinda de médicos cubanos sem a devida revalidação de seus diplomas e sem comprovar domínio do idioma português, desrespeita a legislação, fere os direitos humanos e coloca em risco a saúde dos brasileiros, especialmente os moradores das áreas mais pobres e distantes", diz a nota.
O conselho considera que a proposta não é para resolver a falta de interesse em 701 cidades pelos profissionais brasileiros, mas sim uma ação premeditada. "Trata-se de uma medida que nada tem de improvisada, mas que foi planejada nos bastidores da cortina de fumaça do malfadado Programa Mais Médicos." A nota afirma que "serão envidados esforços, inclusive as medidas jurídicas cabíveis, para assegurar o estado democrático de direito no país, com base na dignidade humana".
Também em nota, a Federação Nacional dos Médicos acusou o governo Dilma de escravizar os cubanos. "Os contratos dos médicos cubanos têm características de trabalho escravo e só servem para financiar o governo de Cuba". O presidente da entidade, Geraldo Ferreira, questionou a qualidade profissional dos cubanos. "Segundo os testemunhos de autoridades médicas da Bolívia e da Venezuela, esses programas evidenciaram uma qualidade de médicos muito duvidosa e um sistema de atuação muito próximo ao de uma brigada militar, em lugar de profissionais da saúde", afirmou.
A oposição ao governo Dilma se utilizou das redes sociais para criticar a medida. O deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) provocou o governo escrevendo: "Nossos companheiros na importação de médico cubanos: Bolívia, Equador, Venezuela, Haiti. Mas o Lula não disse que o SUS era perfeito?".
O deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO) acusou o governo Dilma de usar a Opas como “laranja” para enviar dinheiro a Cuba. "Vão pagar R$ 500 milhões para serem repassados a Fidel Castro", escreveu, fazendo referência ao fato de que o dinheiro não será pago diretamente aos profissionais, mas repassado à Opas, que definirá quanto cada médico vai receber, com base no sistema cubano. "Já estamos avaliando os termos desse acordo e não vamos admitir qualquer ação com base no trabalho médico escravo", completou.
Com informações da Agência Senado, da Agência Brasil e do Brasil 247

Pesquisa do Ibope mostra recuperação na avaliação do governo Dilma

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Pesquisa do Ibope, em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo, mostra melhoria da avaliação do governo da presidenta Dilma Rousseff. Segundo a pesquisa, divulgada na noite de ontem (23), a taxa de “ótimo/bom” subiu para 38%, ante 31% em 12 de julho. Já o índice de “ruim” ou “péssimo” caiu de 31% para 24%. A avaliação de “regular” manteve-se em 37%. Segundo o jornal, apenas 1% não soube ou não quis responder.De acordo com o Ibope, a recuperação ocorreu principalmente nas regiões Sul e Sudeste: as taxas cresceram 12 e 11 pontos percentuais, respectivamente. Entre as explicações apresentadas estão o refluxo das manifestações de rua e a melhoria de indicadores econômicos, como a redução da inflação e do desemprego, além do aumento da confiança do consumidor. O instituto ouviu 2.002 pessoas, em 143 municípios de todas as regiões, dos dias 15 a 19. A margem de erro é de até dois pontos porcentuais, com “intervalo de confiança” de 95%.
Créditos: Rede Brasil Atual

Para deputado do PT, promotores de São Paulo blindam governo Alckmin

Metrô

'É curioso que processos contra o PSDB não prosperem no Ministério Público, e depois que membros do Ministério se tornem membros do governo do PSDB', diz Hamilton Pereira


O deputado estadual Hamilton Pereira (PT) disse sexta-feira (23) estranhar a lentidão do Ministério Público de São Paulo em investigar as denúncias de corrupção em contratos do Metrô e da CPTM com empresas internacionais nos últimos 20 anos, período que envolve sucessivos governos do PSDB no estado: Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin. Nos últimos anos, só a bancada do PT na Assembleia Legislativa entrou com 15 representações no MP pedindo apuração de denúncias.
“As representações não prosperaram. Temos representações junto ao promotor Rodrigo De Grandis, junto ao promotor Sílvio Marques, mas como não obtemos retorno das informações que pedimos, como andam os encaminhamentos, de certa forma, nós parlamentares nos prejudicamos na prerrogativa constitucional que temos de investigarmos atos do Executivo. Não podemos exercê-la plenamente na medida em que elas ocorrem em sigilo e nós não temos retorno daquilo que encaminhamos”, afirmou Pereira à Rádio Brasil Atual.
Para o deputado, há falta de empenho dos promotores. Um dos motivos, na avaliação do deputado, seria o fato de integrantes do Ministério Público ocuparem cargos no governo do estado.
“Tão curioso quanto as representações que não prosperam é que várias secretarias de estado são ocupadas por vários procuradores e promotores. Temos hoje um procurador na Secretaria de Transporte, por exemplo. Perto da aposentadoria eles viram secretários do PSDB no governo do estado. É curioso que processos contra o PSDB não prosperem no Ministério Público, e depois que membros do ministério se tornem membros do governo do PSDB. Talvez seja só coincidência”, afirma.
Como mostrou reportagem da RBA, o Ministério Público poderá concluir só no final do ano “alguns casos” relacionados à denúncia de formação de cartel entre as empresas Alstom, Bombardier, CAF, Siemens, TTrans e Mitsui, envolvendo superfaturamento nos preços, pagamento de propinas e fraude em licitações.
A expectativa, segundo o promotor José Carlos Blat, é “otimista”. Os promotores disseram, em entrevista coletiva no início de agosto, ser prematuro falar em nomes de agentes públicos envolvidos no esquema denunciado pela Siemens.
Reportagem publicada no dia 8 de agosto na Folha de S.Paulo afirmou que, em e-mail enviado a superiores em 2008, um executivo da Siemens diz que José Serra, então governador, sugeriu que a empresa entrasse em acordo com uma concorrente para evitar que uma possível disputa judicial de ambas pelo contrato provocasse atraso na entrega de trens da CPTM.
Créditos: Rede Brasil Aual

Armas químicas como meio de manipular a opinião pública?

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A situação em torno da Síria continua a agravar-se após terem surgid
o informações sobre alegado emprego de armas químicas nos arredores de Damasco. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, declarou em 23 de agosto que tenciona enviar para a Síria a alta representante das Nações Unidas para as questões de armamentos, Angela Kane. Além disso, apelou ao governo sírio a colaborar com o grupo de peritos da ONU para que se possa investigar, quanto antes, o último incidente ocorrido nas cercanias da capital síria.

Para já, não houve provas sobre o uso de armas químicas. A notícia sobre o emprego de substâncias tóxicas foi divulgada em 21 de agosto por canais televisivos árabes. Segundo seus dados, na sequência de um ataque com o eventual emprego dessas armas teriam morrido de 500 a 1.200 pessoas.
Enquanto isso, as autoridades sírias refutaram acusações de as armas terem sido usadas pelas tropas governamentais, tendo qualificado a informação de uma “provocação orquestrada pela oposição armada”.
No Conselho de Segurança da ONU, a Rússia e a China bloquearam a tentativa de atribuir a culpa pelo suposto emprego de armas químicas ao regime de Bashar Assad. Moscou e Pequim exortaram a efetuar “uma investigação minuciosa dos fatos disponíveis por inspetores da ONU”.
O Ministério do Exterior da Rússia voltou a anunciar terem sido falsificadas as informações  tornadas públicas antes. A Rússia, contando com os dados provenientes de suas fontes de informação, deixou claro que o projétil com substâncias químicas foi lançado por milícias da oposição. Moscou faz questão em que seja investigado este incidente, declarou o porta-voz do MRE, Alexander Lukashevich. Mas tal cenário é capaz de enfrentar sérios obstáculos:
“A região em causa se encontra sob o controle das forças oposicionistas. Cabe à Missão da ONU acordar a investigação conjunta com os poderes sírios, ou seja, com a parte anfitriã. Não foi por acaso que o primeiro vice-secretário-geral da ONU, Jan Eliasson frisou ser necessário “suspender as hostilidades, pelo menos, durante o período de investigação”.
A maioria de peritos ocidentais duvida que as tropas governamentais tenham empreendido tal passo arrojado, reputa o redator-chefe da revista Defense junto da Escola Superior de Segurança Nacional da França, Richard Labeviere. É bem provável que os rebeldes não tenham outro remédio senão usar armas químicas para cativar a atenção dos círculos sociais:
“É preciso ter muita cautela no exame de circunstâncias do emprego de armas químicas na Síria. O tema vem à tona cada vez que a oposição se enfraquece. Um caso semelhante ocorreu no Iraque. O mesmo acontece agora na Síria. Trata-se, a meu ver, de uma guerra psicológica e de tentativa de induzir em erro e manipular a opinião pública”.
Entretanto, os patrocinadores ocidentais da oposição, sem esperar pelos resultados de investigação, já desencadearam uma campanha pelo emprego da força. Tal enfoque foi assumido pela Turquia, Grã-Bretanha e França. Os insistentes apelos de aplicar um “castigo militar” a Damasco têm vindo, sobretudo, de Paris. Convém notar que a França, liderada outrora por Nicolas Sarkozy, tinha preconizado a iniciativa de proceder aos bombardeamentos da Líbia em 2011.
Em entrevista ao canal televisivo francês BMFTV, o ministro das Relações Exteriores Laurent Fabius disse ter chegado o tempo de “retaliação militar”:
“O que se presume por “ações diretas”? Claro que não pretendemos enviar para lá as nossas tropas terrestres, mas a nossa reação poderá adquirir a forma de “resposta militar”.
O ministro realçou ainda que, se o Conselho de Segurança da ONU “não está em condições de tomar decisões sobre os eventos na Síria, tais decisões serão tomadas de outra maneira”.
O porta-voz da diplomacia russa chamou de estranha tal declaração. Tanto mais que, até hoje, não houve quaisquer provas convincentes sobre o emprego de armas químicas.
“Não vale a pena analisar cenários hipotéticos. Partimos de um princípio, consagrado pela Carta Magna, de que o emprego da força autorizado é possível somente no caso de respectiva decisão do Conselho de Segurança da ONU.”
Até os EUA se mantêm reticentes, sem apontar para a inevitabilidade de uma solução militar. O presidente Barack Obama ordenou recolher e analisar todas as informações sobre o alegado uso de armas químicas nas imediações de Damasco.
Créditos:
VOZ DA RÚSSIA

Força Aérea de Israel contra-atacou o Líbano

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A Força Aérea de Israel atacou na manhã desta sexta-feira um objetivo perto de Beirute, em resposta aos ataques de mísseis contra o Estado judaico efetuados do Líbano.

O contra-ataque foi realizado com sucesso, e todos os aviões nele envolvidos voltaram à base, informa o Exército de Defesa de Israel sem especificar que objetivo exatamente foi atacado.
Na quinta-feira, quatro mísseis foram disparados contra Israel desde o Líbano. Ninguém foi ferido. A responsabilidade foi reivindicada por um grupo ligado à Al-Qaeda.
Créditos: 
VOZ DA RÚSSIA