quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Brasil abre Assembleia Geral da ONU em Nova York

Dilma RousseffSeguindo a tradição iniciada em 1947 por Oswaldo Aranha, de o primeiro orador na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) ser um brasileiro, a presidenta Dilma Rousseff fará hoje (24) o discurso de abertura da 69ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Ontem, ao comentar os ataques aéreos dos Estados Unidos na Síria, para combater o grupo extremista Estado Islâmico, que deve ser o principal assunto nos discursos dos líderes de grandes potências, Dilma disse que lamenta “enormemente” o conflito, e deixará “muito clara” em seu discurso a posição brasileira sobre o assunto, relacionado também à “paralisia” do Conselho de Segurança da ONU.

A expectativa é que Dilma aborde alguns temas surgidos nos últimos 12 meses, desde seu discurso anterior na 68ª sessão, quando propôs o estabelecimento de marco civil multilateral para a governança e o uso da internet na proteção de dados, como consequência da espionagem do governo dos Estados Unidos a cidadãos, governos e empresas. De lá para cá, explodiu a crise na Ucrânia e a ascensão do grupo extremista Estado Islâmico na Síria e no Iraque. Nesse período, o conflito Israel-Palestina também teve um de seus períodos mais fortes, o único dos três em que a diplomacia brasileira se posicionou de forma clara e firme.
A presidenta deve reforçar em seu discurso a posição histórica brasileira de oposição a sanções de qualquer natureza, diferentemente da de alguns países, principalmente após o ataque de 11 de setembro de 2001, que consideram que contra o terrorismo vale qualquer ação, ainda que o termo possa ser tratado de forma subjetiva. O caso em evidência atualmente é o do Estado Islâmico, grupo contra o qual os Estados Unidos e a França estão fazendo ataques aéreos. Na última segunda-feira (22), mesmo dia em que chegou a Nova York, Dilma disse que todos os grandes conflitos que se armaram tiveram como consequência a perda de vidas humanas dos dois lados.
“Agressões sem sustentação aparentemente podem dar ganhos imediatos. Depois, causam enormes prejuízos e turbulências. É o caso, por exemplo, do Iraque. Está lá aprovadinho. Na Líbia, a consequência no Sahel. A mesma coisa na Faixa de Gaza”, disse Dilma. “Nós repudiamos sempre o morticínio e a agressão dos dois lados, e não acreditamos que seja eficaz. O Brasil é contra todas as agressões. Acha, inclusive, que o Conselho de Segurança da ONU tem que ter representatividade para impedir essa paralisia diante do aumento dos conflitos em todas as regiões do mundo”, acrescentou.
A defesa da reforma do Conselho de Segurança da ONU, inclusive, é uma das principais bandeiras da política externa brasileira e certamente estará no discurso presidencial. No ano passado, Dilma lembrou que o ano de 2015 marcará o 70º aniversário das Nações Unidas, data propícia, segundo ela, “para realizar a reforma urgente” e evitar uma “derrota coletiva”, caso se chegue ao próximo ano “sem um Conselho de Segurança capaz de exercer plenamente suas responsabilidades no mundo de hoje”. *Colaborou Leandra Felipe, de Atlanta (EUA)
Créditos: Agencia Brasil

Papa Francisco pede ajuda da comunidade internacional no combate ao ebola

Papa FranciscoDurante discurso após celebração na Praça de São Pedro, o papa Francisco pediu hoje (24) “que não falte ajuda necessária da comunidade internacional” no combate à epidemia de ebola nos países africanos. Francisco lembrou todos os que estão sofrendo devido à epidemia e manifestou sua proximidade “a todas as pessoas afetadas por essa terrível doença”. O papa pediu aos fiéis que rezassem por todos os que perderam a vida por causa do ebola, apelando ainda para que “não falte a ajuda da comunidade internacional para aliviar o sofrimento desses irmãos e irmãs”.
O ebola já matou mais de 2,8 mil pessoas na África Ocidental. Ontem (22), a Organização Mundial da Saúde alertou que as infecções pelo vírus podem triplicar para 20 mil casos até novembro, aumentando em milhares todas as semanas, caso os esforços para conter o surto não sejam reforçados.
Na celebração litúrgica, o papa recordou a viagem que fez à Albânia no domingo.“[Vi] um povo [que esteve] tanto tempo oprimido por um regime desumano, mas hoje se pode constatar um renascimento da Igreja e também a possibilidade concreta de uma convivência pacífica e frutífera entre as pessoas e as comunidades de diferentes religiões”, disse Francisco.
O papa explicou que essa convivência pacífica se baseia “num diálogo autêntico, na busca do que têm em comum nas diversas formas religiosas: o caminho da vida, rejeitando o relativismo e [pregando] a vontade de fazer o bem ao próximo, sem renegar a respectiva identidade”.
Créditos: Agencia Brasil

Ex-arcebispo católico é preso por crime de pedofilia

VaticanoO ex-arcebispo e ex-embaixador da Igreja Católica,o polonês Jozef Wesolowski, acusado de pedofilia, foi preso nesta terça-feira (23), no Vaticano por ordem do papa Francisco. Este é o primeiro caso de prisão ocorrido no Vaticano contra um membro da Santa Sé que tenha sido acusado de cometer este tipo de crime.
Jozef Wesolowski, de 66 anos, foi representante diplomático da Igreja Católica na República Dominicana, entre os anos de 2008 a 2013. Após terem surgido acusações na mídia de que ele teria cometido abuso sexual de crianças, Josef foi chamado de volta ao Vaticano.

O ex-arcebispo vivia, desde junho, dentro de um convento, depois de ter sido destituído do cargo de arcebispo por um Tribunal do Vaticano. Ele vem sendo mantido em prisão domiciliar devido a fragilidade de sua saúde. No fim do ano, o ex-arcebispo deve ir a mais um julgamento realizado pelo Tribunal do Vaticano. 
Segundo um porta-voz papal, o papa Francisco ordenou pessoalmente a prisão do prelado para que as acusações graves possam ser examinadas sem atraso.
Créditos: Portal Correio

Dilma tem 40% das intenções de voto; Marina, 22% e Aécio, 17%, diz Vox Populi

Pesquisa Vox Populi, encomendada 
pela Rede Record, mostra a candidata Dilma Rousseff (PT) na liderança com 40% das intenções de voto para a Presidência da República. A candidata do PSB, Marina Silva, aparece com 22% das intenções, e Aécio Neves (PSDB) com 17%. Votos brancos e nulos somam 6% e os eleitores indecisos, 12% Na última pesquisa Vox Populi, Dilma tinha 36% das intenções, Marina tinha 27% e Aécio, 15%. Votos nulos e brancos eram 8% e o percentual de indecisos estava em 12%.

Na pesquisa divulgada hoje (23), os candidatos Luciana Genro (PSOL) e Pastor Everaldo (PSC) tiveram 1% das intenções de voto cada um. Eduardo Jorge (PV), Levy Fidelix (PRTB), Zé Maria (PSTU), Eymael (PSDC), Mauro Iasi (PCB) e Rui Costa Pimenta (PCO) tiveram menos de 1% das intenções. O Vox Populi fez duas simulações de segundo turno. Em uma disputa entre as candidatas Marina Silva e Dilma Rousseff, a segunda venceria com 46% das intenções contra 39% da primeira. Brancos e nulos somariam 9% e 6% seriam os indecisos.

Em uma disputa entre Dilma e Áecio, a candidata do PT venceria com 49% das intenções de voto contra 34% do candidato tucano. Os votos brancos ou nulos seriam 10% e os eleitores indecisos, 7%. Foram feitas 2 mil entrevistas em 147 cidades. O levantamento foi feito no sábado (20) e domingo (21). A margem de erro é 2,2 pontos percentuais e o nível de confiança é 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-00733/2014.
Créditos: Agência Brasil

Ministro do STF vota pelo arquivamento de inquérito sobre cartel do Metrô de SP

 O ministro Marco Aurélio, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou ontem (23) a favor do arquivamento do inquérito que apura suposto esquema de formação de cartel em licitações do sistema de trens e metrô de São Paulo. No processo, os deputados federais José Anibal (PSDB-SP) e Rodrigo Garcia (DEM-SP) respondem na Corte por terem foro privilegiado. Após o voto do relator, o entendimento foi seguido pelo ministro Dias Toffoli, mas o julgamento foi interrompido por um pedido de vista do ministro Luís Roberto Barroso.
Marco Aurélio entendeu que a testemunha que fez o acordo de delação premiada com a Justiça não apresentou provas concretas sobre a participação deles no suposto esquema. De acordo com os advogados dos deputados, a testemunha citou os nomes dos parlamentares somente seis anos após o início da investigação. Não há data para a retomada do julgamento.
Com base na falta de indícios, o Supremo já arquivou inquéritos contra o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) e contra os deputados federais Arnaldo Jardim (PPS-SP) e Edson Aparecido (PSDB-SP).
No inquérito, são apurados crimes de corrupção, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. As investigações indicam que as empresas que concorriam nas licitações do transporte público paulista combinavam preços, formando cartel para, com anuência de agentes públicos, elevar os valores cobrados.
A parte do processo que envolve investigados ligados à Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) está sob responsabilidade da Justiça Federal de São Paulo. São citados João Roberto Zaniboni, Ademir Venâncio de Araújo e Oliver Hossepian Salles de Lima. Duas pessoas ligadas a Zaniboni e mais Arthur Gomes Teixeira também tiveram os nomes incluídos no inquérito.
A combinação de preços entre as empresas que participaram de licitações para obras, fornecimento de carros e manutenção de trens e do metrô também é alvo de investigação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), do Ministério Público Federal e do Ministério Público Estadual. Foto: Felipe Sampaio.
Créditos: Rede Brasil Atual

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Estudo global vê Brasil como potência energética

O Brasil tem todas as condições para se tornar uma potência energética em 2035, prevê o estudo 'World Energy Outlook', desenvolvido pela Agência Internacional de Energia (AIE). O documento enxerga o País como autossuficiente na área de energia naquele ano. O cenário depende da exploração de petróleo em águas profundas, na qual o Brasil é líder, e em fontes renováveis, uma riqueza nacional.
A previsão está alinhada com os investimentos previstos para os próximos anos, avalia o Ministério de Minas e Energia, que na semana passada divulgou o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2023). O plano prevê investimento de R$ 1,263 bilhão para os próximos 10 anos – 2,5% do PIB acumulado entre 2014 e 2023 ou 11,6% dos investimentos totais no País.
"Temos uma taxa de crescimento populacional de 1% ao ano e nosso consumo per capita de energia é de apenas 2500 KWhora/ano e até 2050 continuaremos crescendo em demanda energética. Como temos fontes renováveis abundantes e excelentes expectativas com o pré-sal, deveremos nos tornar exportadores de energia e mudar o atual quadro, em que importamos 14% da energia usada", explicou Altino Ventura, secretário de planejamento estratégico do MME, segundo reportagem do Valor Econômico.
O plano do ministério prevê que serão investidos R$ 879 bilhões (69,3%
) na exploração de petróleo e gás, R$ 301 bilhões (23,9%) em hidrelétricas e R$ 82 bilhões (6,5%) em biocombustíveis (principalmente etanol e derivados do bagaço de cana). Além disso, as maiores hidrelétricas, como Belo Monte e Jirau, estarão concluídas até 2023 e ainda uma expansão de 70 mil km de linhas de transmissão, que possibilitarão um aproveitamento de 170 mil MW.
A exploração do pré-sal tem sido pauta constante no debate eleitoral. A presidente Dilma Rousseff, candidata à reeleição pelo PT, defende o petróleo em águas profundas como uma das maiores riquezas brasileiras e que garantirá o futuro da educação no País. Ela critica a posição da adversária do PSB, Marina Silva, que como apontou Dilma, "dedicou uma linha" ao tema em seu programa de governo. Além disso, Marina declarou que o petróleo é um "mal necessário".

EUA lançam ataque contra Estado Islâmico na Síria

EUA lançam ataque contra Estado Islâmico na SíriaOs Estados Unidos e países aliados lançaram no início da noite de ontem (horário de Brasília) ataques aéreos contra os extremistas do Estado Islâmico na Síria, informou ontem (23) o Pentágono. “Posso confirmar que o Exército norte-americano e as forças das nações aliadas estão fazendo as ações militares contra os terroristas do Estado Islâmico, usando caças, bombardeiros e mísseis Tomahawk”, disse o porta-voz contra-almirante John Kirby em comunicado.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou, no dia 10 de setembro, estar pronto para lançar ataques aéreos contra o Estado Islâmico na Síria, ampliando a campanha militar que está ocorrendo contra os jihadistas no Iraque.
Barack Obama afirmou que os Estados Unidos iriam liderar uma "ampla coligação" para eliminar a ameaça que o Estado Islâmico representa, mas insistiu que não serão enviadas tropas norte-americanas para combater em território estrangeiro como parte da operação. 
Créditos: Agência Brasil