sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Desemprego atinge menor taxa para meses de agosto desde 2002

A Taxa de desemprego do Brasil subiu pelo segundo mês seguido e atingiu 5% em agosto, mas manteve-se em níveis historicamente baixos, ao mesmo tempo em que a renda média da população voltou a subir às vésperas das eleições presidenciais. Segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira, a taxa de desemprego é a menor para agosto da série histórica, iniciada em março de 2002.

"Em agosto, houve geração de vagas, mas não foi significativa para absorver os desempregados", afirmou o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo. Após adiar a divulgação de dados por três vezes seguidas devido à greve de servidores, o IBGE mostrou ainda por meio da Pesquisa Mensal de Emprego (PME) que a taxa de desemprego ficou em 4,9% em maio, caindo a 4,8% em junho e indo a 4,9% em julho.

O resultado de agosto ficou pouco acima de pesquisa da Reuters, cuja mediana apontou que a expectativa era de que a taxa de desemprego atingisse 4,9% em agosto. Apesar de o desemprego ter oscilado um pouco para cima, o rendimento médio da população subiu 1,7% no mês passado sobre julho, voltando a crescer após duas quedas seguidas, chegando a R$ 2.055,50.

 Foto: EBC
Créditos: Terra

Números contradizem onda de pessimismo com economia brasileira

Há algum tempo, dados e declarações que procuram demonstrar que há no Brasil grande crise e descontrole da economia ganharam destaque: o país está em recessão (técnica!), a inflação, descontrolada, o desemprego chegou, o déficit comercial subiu etc.
A vida não anda fácil no mundo e no Brasil, é verdade. A partir de 2007/2008, as economias desenvolvidas provocaram a mais grave crise do capitalismo desde 1929. “A grande recessão”, segundo economistas, trouxe aos países desenvolvidos alto desemprego, arrocho salarial, perda de direitos e da proteção social como remédio para a crise.
A atividade econômica caiu nos países em desenvolvimento e a China passou a mostrar seu poder econômico. Com políticas anticíclicas, o Brasil permaneceu em pé, garantindo empregos, preservando salários e políticas sociais, bem como protegendo e incentivando a atividade produtiva. É muito difícil enfrentar essa crise. Há acertos e erros que fazem parte do risco de quem governa e decide diante de tantas incertezas.
O Brasil enfrenta inúmeros desafios de curto prazo: a pressão dos preços internacionais de alimentos; a severa seca, a mais grave dos últimos 60 anos, que comprometeu a safra agrícola, elevando preços de insumos, alimentos e energia elétrica; a Copa do Mundo, que reduziu a quantidade de dias úteis, com impacto sobre a atividade econômica; a desvalorização do Real (R$ 1,6 para R$ 2,3 por dólar), que ajuda a proteger a indústria, mas tem impactos sobre preços; a queda na receita fiscal do governo; a redução na venda de manufaturados para a Argentina; a China ganhando espaço comercial na América Latina e no nosso mercado interno; a enorme pressão dos rentistas pelo aumento dos juros, entre outros.
Apesar disso, os números da atual conjuntura evidenciam que ainda estamos em pé, senão vejamos:
·      No primeiro semestre de 2014, houve aumento salarial em 93% das Convenções Coletivas, com ganhos reais entre 1% e 3%;
·      O preço da cesta básica caiu nas 18 capitais pesquisadas pelo DIEESE, entre julho e agosto (-7,69% a -0,48%).
·      O Índice do Custo de Vida do DIEESE, na cidade de São Paulo, variou 0,68% em julho e 0,02% em agosto, arrefecendo.
·      O mercado de trabalho formal criou mais de 100 mil postos de trabalho em agosto.
·      O comércio calcula que serão criadas mais de 135 mil vagas no final do ano.
·      O BC estimou a variação positiva do PIB para julho em 1,5% e indicou trajetória de queda da inflação.
·      A atividade produtiva da indústria cresceu 0,7% em julho.
A ciência dos números é insubstituível para dar qualidade ao debate público e apoiar um olhar criterioso sobre a dinâmica da realidade. O desafio é correlacionar as informações para produzir o conhecimento e compreender o movimento do real.Por  Lúcio Clemente.

Veja perde de 7 a 0 no TSE e irá reparar dano ao PT

Por sete votos a zero, a revista Veja foi condenada, a reparar o dano causado ao Partido dos Trabalhadores por uma reportagem publicada há duas semanas.
No texto "O PT sob chantagem", Veja acusava lideranças do PT, incluindo o ex-presidente Lula e o ministro Gilberto Carvalho, de terem sido submetidos a uma chantagem para que não fossem arrastados para o escândalo da Petrobras. Segundo a revista da Marginal Pinheiros, o PT teria pago US$ 6 milhões, em dólar, ao financista Enivaldo Quadrado para que os nomes de seus dirigentes não fossem envolvidos no caso.
Como a reportagem não apresentava qualquer prova ou indício da denúncia que fazia, o PT representou contra a publicação no Tribunal Superior Eleitoral. Além de contar com parecer favorável do procurador-geral Rodrigo Janot, a posição do relator Admar Gonzaga foi acompanhada pelos outros seis ministros do TSE – entre eles, três representantes do Superior Tribunal Federal: Dias Toffoli, Teori Zavascki e Rosa Weber.
O direito de resposta, de uma página, deverá ser publicado nesta ou na próxima edição de Veja – a depender da intimação dos dirigentes da editora, hoje conduzida por Giancarlo Civita e Fabio Barbosa. "Não se discute aqui qualquer restrição à liberdade de imprensa, mas apenas o direito de resposta", enfatizou Dias Toffoli. Com a decisão desta quinta-feira, crimes de imprensa – que se tornam mais comuns em períodos eleitorais – começam a ser punidos. Foto: GGN
Créditos: Brasil 247

Prefeito oferece carro de presente a quem mostrar uma obra de Governador em sua cidade

A falta de obras e ações durante a gestão do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) tem provocado as mais diversas reações entre as lideranças políticas da Paraíba. Desta vez, foi o prefeito de Junco do Seridó-PB, Branco Simões (PSD), que aproveitou a passagem da Caravana do Trabalho por sua cidade, na tarde desta quinta-feira (25), para lançar um desafio aos aliados do tucano. “Lancei um desafio aqui no meu município, e que agora eu amplio. Se alguém me mostrar uma obra feita por Cássio em Junco do Seridó, eu dou o meu carro de presente pra essa pessoa. Até agora ninguém venceu esse desafio e ninguém vencerá, porque ele não entregou uma única obra na cidade, enquanto o governador Ricardo Coutinho entregou mais de R$ 6 milhões em obras e ações”, disse Branco.
O prefeito revelou que não votou no governador Ricardo Coutinho (PSB) nem no primeiro nem no segundo turno das eleições de 2010, mas que não poderia deixar de votar no socialista agora pelo trabalho que ele vem desenvolvendo na Paraíba. “Tenho visto o trabalho que Ricardo tem realizado, e não estou nem um pouco arrependido do meu apoio. Meu partido está em outra coligação, me convidaram a apoiar Cássio, mas eu sou um homem trabalhador e só posso votar em um homem trabalhador como Ricardo”, finalizou.
A educação foi a área que mais recebeu investimentos da gestão de Ricardo em Junco do Seridó, com a entrega de 58 tablets e aquisição de dois ônibus escolares, além da construção da escola Ezequiel Fernandes e de um ginásio de esportes, no valor de R$ 4 milhões. O governo socialista ainda investiu no apoio à mineração, no Sítio Chorão, beneficiando 160 famílias.
Através do Pacto Social, Junco do Seridó recebeu recursos de mais de R$ 1milhão para a aquisição de uma ambulância, construção de uma escola municipal e de uma passagem molhada na estrada de acesso ao Distrito de Bom Jesus, além da reforma e ampliação da Escola Santo Onofre. Foto: Ivaldo Show
Créditos: Focando a Notícia

Estados Unidos lideram novos ataques aéreos contra Estado Islâmico

Estados Unidos lideram novos ataques aéreos contra Estado Islâmico Os Estados Unidos e os aliados árabes lançaram novos ataques aéreos contra posições do autodenominado Estado Islâmico (EI) na Síria, principalmente as instalações petrolíferas sob controle do grupo, informou hoje (26) a organização não governamental (ONG) Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
Esta é a segunda vez em dois dias que as instalações na província de Deir Ezzor, no Leste do país, são visadas pela coligação liderada pelos Estados Unidos, segundo a ONG. Outro ataque visou Hasakeh, no Nordeste, informou o grupo, sediado no Reino Unido.
Na província de Deir Ezzor, pelo menos dois ataques aéreos foram feitos durante a noite, de acordo com Rami Abdel Rahman, diretor do observatório.
Agora de manhã, a organização citou  ataques sobre um centro de comando do Estado Islâmico nos arredores da localidade de Al Mayadine, na província de Deir Ezzor, perto da fronteira com o Iraque.
O alvo dos ataques em Hasakeh não foi imediatamente identificado, disse Rami Abdel Rahman. Não houve informações sobre eventuais vítimas.
Desde o início, na terça-feira (23), dos ataques aéreos na Síria, pela coligação dirigida pelos Estados Unidos, pelo menos 140  jihadistas e 13 civis morreram, segundo o OSDH.
O objetivo dos ataques contra as instalações petrolíferas é atingir uma das principais fontes de receita do Estado Islâmico.
Os jihadistas, que controlam várias refinarias no Iraque e na Síria, revendem o petróleo no mercado negro a intermediários dos países vizinhos, retirando lucros que, segundo especialistas, podem ficar entre US$ 1 milhão e US$ 3 milhões por dia.
Créditos: EBC

Classe C se consolida no setor de microfranquia no Brasil

 O empreendedorismo por meio de microfranquias é uma realidade que vem se consolidando ano a ano no Brasil. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira de Franchising do Rio de Janeiro (ABF Rio), Beto Filho. O grande consumidor brasileiro pertence atualmente à classe C, que responde por cerca de 57% da população consumidora e é também compradora de franquias, acrescentou.
Ele explicou que o comportamento hoje da classe C não está só no consumo, mas também no empreendedorismo, porque, com o apoio dos bancos oficiais e das agências de fomento dos estados, além dos bancos privados, há sustentação financeira  para a categoria também virar empreendedora, empresária.
Os investimentos nas franquias vão de R$ 5 mil a R$ 8 milhões. São 2,7 mil marcas franqueadoras em vários segmentos de negócios, que incluem, entre outras, as áreas de serviços, alimentação, higiene, limpeza. A  microfranquia responde por 5,11% da receita total do setor e alcançou faturamento de R$ 5,9 bilhões em 2013. Atualmente, são 384 marcas em operação e 17.197 pontos de venda. O aumento registrado no ano passado pelas microfranquias, em comparação ao ano anterior, foi 29% em termos de unidades e 31% em faturamento.
A microfranquia é mais barata, exige investimento até R$ 80 mil. Beto Filho informou que o setor que atrai mais os pequenos franqueadores da classe C no Brasil é  alimentação. Um exemplo de microfranquia é a Doutor Lubrifica, que participa pela primeira vez  da feira Expo Franchising ABF Rio 2014, que será aberta hoje (25) no Riocentro, na capital fluminense. No mercado brasileiro há apenas seis meses, a Doutor Lubrifica atua no serviço delivery (entrega) de troca de óleo e filtros de carros, motos e caminhões.
Com  23 unidades comercializadas, sendo uma delas no município fluminense de  Campo dos Goytacazes, os sócios e fundadores da marca, Alexandre Loudrade e Vinicius Almeida, querem ampliar a microfranquia no estado, onde pretendem abrir mais 20 unidades até o fim deste ano. A ideia, segundo eles, é oferecer cada vez mais comodidade ao consumidor. O investimento no modelo é a partir de R$ 37 mil.
Independentemente da questão de crise econômica que vem assustando o mercado, o setor de franquias funciona de forma autônoma, sustentou Beto Filho. “Tanto é que estamos com uma expectativa de crescimento para este ano entre 7% e 8%. A gente tem uma perspectiva positiva pelo ano peculiar de Copa do Mundo, eleições, entre outros fatores”.
Outro termômetro que  mostra o vigor diferenciado do setor de franquias é a  Expo Franchising ABF Rio, que se estenderá  até o dia 27. A feira recebeu três vezes mais inscritos do que no ano passado, no mesmo período. Segundo Beto Filho, isso sinaliza que o mercado está propenso a abrir negócios. A expectativa é gerar negócios durante a feira da ordem de R$ 190 milhões, recebendo 27 mil visitantes. Ele observou que a própria crise contribui para esse movimento, ao levar as pessoas a investir seu dinheiro no mercado produtivo, visando a obter resultados. “O setor de franchising tem característica própria. Ele é o último a entrar em crise e o primeiro a sair”. Por isso, a perspectiva para o setor de franquias é diferente da expectativa do mercado em geral.
Considerando os dois primeiros trimestres do ano, o crescimento do setor atinge 7%. O faturamento total dofranchising atingiu R$ 115 bilhões, no ano passado. Com a perspectiva de crescimento,  esse número será ampliado em cerca de R$ 9 bilhões ou R$ 10 bilhões, disse Beto Filho. O setor responde pela geração e manutenção de 1,1 milhão de   empregos diretos em todo o país. Em termos de empregos indiretos, são 5 milhões de pessoas, acrescentou. Hoje, já são 150 mil pontos de venda em todo o Brasil, entre serviços e varejo.
Créditos: Rede Brasil Atual

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Dilma se contrapõe a vontade de Obama por nova guerra

A presidenta Dilma Rousseff usou a passagem pela Assembleia Geral das Nações Unidas para se contrapor à proposta do governo dos Estados Unidos de comandar uma guerra contra o Estado Islâmico. Em discurso e entrevista realizados em Nova York, a brasileira questionou o motivo de uma nova ofensiva bélica no Oriente Médio e recordou o papel da Casa Branca e do Departamento de Estado norte-americano na abertura de condições que levaram ao surgimento do grupo radical que vem atuando na Síria e no Iraque.
“O que se tem de olhar é a raiz desse problema. Sabe aquele negócio de quando destampa a caixa e saem todos os demônios? Os demônios estão soltos. Não vamos esquecer o que ocorreu no Iraque: houve uma dissolução do Estado iraquiano. Uma dissolução. Então, hoje, a gente querer simplesmente bombardear o Estado Islâmico, dizer que resolve porque o diálogo não dá. Acho que não dá também só o bombardeio”, afirmou, durante entrevista coletiva concedida após seu discurso na ONU. “Quer bombardear por quê? Vai bombardear para quê? Para garantir a paz?”
Dilma promoveu a fala de abertura da 69ª sessão da Assembleia Geral, seguindo a tradição iniciada em 1947 de que caiba ao Brasil o papel de iniciar os trabalhos. Logo após a brasileira, Obama discursou pedindo apoio para promover ataques contra o Estado Islâmico. "A única linguagem que assassinos como esses entendem é a da força", declarou o presidente dos Estados Unidos, horas depois de comandar os primeiros ataques contra a Síria. "Os Estados Unidos trabalharão com uma ampla coalizão para desmantelar esta rede da morte. Hoje peço ao mundo que se una a este esforço."
Dilma, de outro lado, apresentou a visão de que é ilegítima qualquer solução que se tome sem o consenso da comunidade internacional, reafirmou a ideia de que o Brasil se manterá ao lado de uma tradição pacifista e aproveitou o caso para reiterar a proposta de reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
A exemplo do que vem ocorrendo nos últimos anos, o pleito brasileiro por uma mudança na composição de forças da principal instância de tomada de decisão da comunidade internacional fez parte do discurso da presidenta, para quem o colegiado está travado pelas regras atuais, em que os membros permanentes – Rússia, Estados Unidos, China, França e Reino Unido – têm poder de veto.
“Os 70 anos das Nações Unidas, em 2015, devem ser a ocasião propícia para o avanço que a situação requer. Estou certa de que todos entendemos os graves riscos da paralisia e da inação do Conselho de Segurança das Nações Unidas”, alertou. “Um conselho mais representativo e mais legítimo poderá ser também mais eficaz. Gostaria de reiterar que não podemos permanecer indiferentes à crise israelo-palestina, sobretudo depois dos dramáticos acontecimentos na Faixa de Gaza. Condenamos o uso desproporcional da força, vitimando fortemente a população civil, mulheres e crianças.”
Créditos: Rede Brasil Atual