quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Robô que faz transplante capilar chega ao Brasil

Um novo método para a realização de transplante capilar em homens deve chegar ao País no próximo mês e promete um procedimento mais preciso e sem cicatrizes. A novidade é a utilização de um robô, chamado Artas, que faz a remoção dos folículos capilares, grupos com dois a quatro fios de cabelos, sem a necessidade de cortes e com redução de até 20% no tempo do processo, que pode demorar entre seis e nove horas. Normalmente, o procedimento de retirada das unidades foliculares é manual e feito por oito a dez profissionais.

"Com o robô, nós removemos de forma mais rápida e mais precisa, porque ele tem um sistema de imagem que emite um laser guia que mostra para o aparelho a posição do cabelo e já colhe na posição (correta) com um número menor de danos foliculares", explica João Carlos Pereira, dermatologista especializado em Cosmiatria e Cirurgia Dermatológica e integrante da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. Por hora, o robô remove até 1 mil unidades foliculares e são necessárias 1,5 mil a 2 mil por procedimento.

Pereira será um dos primeiros especialistas brasileiros a oferecer a técnica que utiliza o robô. Vice-presidente sênior da Restoration Robotics, empresa que produz o sistema robótico, Miguel Canales diz que o equipamento foi lançado em 2011 nos Estados Unidos e já é comercializado em 17 países. "O Brasil é o país mais recente e o primeiro da América Latina a adotar o robô."

Segundo Canales, a técnica feita com o Artas pode trazer uma série de vantagens para os pacientes brasileiros. "Com a introdução do Artas no Brasil, homens vão ter uma nova opção de ter um procedimento de transplante capilar menos invasivo, menos doloroso e sem uma cicatriz visível", afirma. O ponto negativo, segundo ele, é o preço, tendo em vista a tecnologia do equipamento. De acordo com a empresa que distribui o produto, a Advance Medical, o custo médio do tratamento é de R$ 30 mil.

Pereira, que já conhece a técnica, diz que o local da retirada dos enxertos capilares fica com furos de 1 milímetro que fecham em 48 horas. "Esse sistema do robô programa a distância entre as mudas que vão ser removidas para que não tire muito perto e não tenha uma falha de cabelos", completa. O dermatologista diz ainda que o robô minimiza o desgaste da equipe médica.

"Ele tem essa revolução porque consegue remover os cabelos por meio de um braço robótico controlado por um controle. É um trabalho cansativo e ele faz sem a fadiga manual e a variabilidade, pois repete o mesmo movimento inúmeras vezes precisamente."

Após o procedimento, o paciente pode lavar o cabelo a partir do quinto dia. Entre 15 e 20 dias depois do transplante, todos os fios caem. "A raiz fica. A partir daí, começa a germinar um novo fio, que será definitivo. Os cabelos começam a apontar na pele três meses após o transplante", afirma Pereira.

Canales diz que a total transformação, quando os fios já estão mais longos, ocorre em menos de um ano. "Leva nove meses para o paciente ver o impacto estético completo do procedimento." O tempo é semelhante ao dos procedimentos utilizados atualmente.
Créditos: A Tribuna

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Visita do papa à Turquia intensifica diálogo entre as religiões

Diferentes momentos marcaram a visita pastoral do papa Francisco à Turquia, que teve agenda intensa nos três dias da peregrinação. O caráter ecumênico e inter-religioso foi intensificado nos gestos do papa com as comunidades locais.
No domingo, 30, na sede do Patriarcado de Constantinopla, o papa participou da Oração de vésperas da festa de Santo André. Na ocasião, agradeceu ao patriarca Bartolomeu pela acolhida. “Que grande graça, Santidade, poder ser irmãos na esperança do Senhor Ressuscitado! Que grande graça – e que grande responsabilidade – poder caminhar juntos nesta esperança, sustentados pela intercessão dos Santos irmãos Apóstolos André e Pedro!”.
O papa Francisco também participou de missa privada na Representação Pontifícia de Istambul. Encontrou-se com o Grão-Rabino da Turquia, Isak Haleva, responsável pela segunda maior comunidade judaica em um país de maioria muçulmana, após o Irã.
Antes de retornar a Roma, o papa reuniu-se com cem jovens refugiados assistidos pelos salesianos, na catedral do Espírito Santo, em Istambul. “Queridos jovens, não desanimeis! Com a ajuda de Deus, continuai a esperar num futuro melhor, apesar das dificuldades e obstáculos que estais a enfrentar agora”, disse Francisco.
O momento esperado da viagem foi o encontro do papa com o patriarca Bartolomeu. Eles assinaram uma “Declaração Conjunta”. No texto, as lideranças pediram “esforço possível para se construir uma cultura de paz e solidariedade entre as pessoas e entre os povos”.
Créditos: Focando a Notícia

Mulheres pobres são as maiores vítimas do racismo

 Em matéria para oMaré de Notícias, a jornalista Rosilene Miliotti entrevista moradoras da maré e assistentes sociais do Centro de Referência de Mulheres da Maré (CRMM) sobre o machismo e o racismo sofrido pelas mulheres das favelas. As assistentes sociais que participam do programa na Vila do João relatam que 70% das mulheres atendidas no CRMM são negras, e que os atendimentos acontecem porque elas passaram por algum tipo de violência doméstica, física ou emocional. Além disso, muitas delas sofrem com a imposição do padrão de mulher que se sobrepõe em nossa sociedade, que é a branca de cabelos lisos, olhos claros e rica. "Talvez a gente nunca tenha recebido uma queixa de racismo, mas ouvimos isso em atendimento individual e nas oficinas. Ouvimos que elas não são identificadas como clientes quando entram nas lojas e relatam discriminação por morar no bairro Maré. Muitas dizem que moram em Manguinhos, mas não falam que moram na Vila do João”, disse a assistente social Izabel Solyszko.
 Créditos: Brasil 247

Aids cresce 23,2% entre a população jovem de São Paulo

As notificações de casos de aids entre os jovens paulistas com idade entre 15 e 24 anos aumentaram 23,2% nos últimos cinco anos, segundo levantamento da Secretaria de Estado da Saúde. Em 2009, houve 687 novos casos da doença e, em 2013, foram registrados 847 novos infectados.
Levando em conta todas as faixas etárias, observou-se queda de 21% do número de novos infectados. Enquanto, em 2009 ocorreram 8.642 novos casos, no ano passado o número caiu para 6.830 pessoas.
As notificações tiveram redução maior entre os heterossexuais. Foram 3.644 casos em 2009, contra 2.578 em 2013. Entre os homens que fazem sexo com outros homens, o número passou de 1.596 notificações, em 2009, para 1.549, no ano passado.
O número de casos entre os idosos (60 anos ou mais) caiu 11,2%. Foram 363 casos notificados em 2009, contra 322 novos casos durante o ano passado. Em 2013, ocorreram 1.547 óbitos causados pela doença, o equivalente a quatro mortes por dia, em todo o estado.
Hoje (1º), São Paulo recebe um mutirão de testes gratuitos da Campanha Fique Sabendo, nas 3,3 mil unidades de saúde de todo o estado. Até 5 de dezembro, devem ser feitos 200 mil testes rápidos.
O resultado sai em apenas 30 minutos.
Nas redes sociais, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas também promove a campanha Desafio da Camisinha. Focada nos jovens, a iniciativa pede que esse público tire 'selfies' segurando um preservativo ou com mensagens de apoio à prevenção da doença.

Avanços

Ao 24 anos, Patrícia Vieira* já superou mais obstáculos do que muitas pessoas com o dobro de sua idade. Diagnosticada como soropositiva aos 2 anos, perdeu a mãe e o pai para a aids ainda pequena. Aos 8 anos, chegou a tomar 24 comprimidos antirretrovirais por dia na tentativa de conter a doença. Hoje, a recepcionista coleciona vitórias: “Consegui terminar o ensino médio, me casei, tive uma filha que, assim como meu marido, não é soropositiva e estou me formando em administração este ano”.
Patrícia nunca soube ao certo como o HIV chegou até sua família. O pai descobriu ser soropositivo em 1992 e morreu 30 dias após o diagnóstico. A mãe foi diagnosticada logo em seguida e morreu quatro anos depois. Criada pelos avós paternos, ela lembra que o retrato de quem vive com HIV hoje é bem diferente do de antigamente. Nos anos 90, a avó precisava manipular os comprimidos para que virassem xarope, mas o procedimento era caro.
“À medida que o tratamento antirretroviral foi melhorando, foi ficando mais fácil. Naquela época, minha avó esperava que nós duas, eu e minha irmã, fôssemos as próximas a morrer. Passamos a viver um ano de cada vez e chegamos até aqui”, contou.
Apesar de ter uma vida normal, Patrícia não pode abrir mão dos remédios. Para outros jovens, ela recomenda que busquem informação de qualidade e procurem se prevenir por meio do uso da camisinha. Ela também alerta para a importância do teste rápido para detecção do HIV, uma vez que a doença não escolhe suas vítimas.
Eduardo Santos*, 24 anos, não acreditava que pudesse estar entre os novos casos de infecção por HIV no país. Em 2012, entretanto, recebeu o diagnóstico. “A gente sempre pensa que pode confiar no parceiro, que nunca vai pegar. Fiz o exame por acaso, porque tinha passado muito mal e o médico me pediu que fizesse. Não suspeitava de jeito nenhum. A primeira sensação que tive foi de medo. Achei que ia morrer”, lembra.
O jovem garante que fazia check-ups todos os anos e que praticava sexo seguro. “Mas, quando você está namorando, a camisinha vai começando a ficar de lado. Na década de 80, existia aquele medo da morte pela aids. As pessoas se preocupavam mais. Hoje em dia, não. As pessoas estão mais descuidadas. Agora sei que não dá pra abrir mão da camisinha.”
Dois anos após o diagnóstico, Eduardo ainda não voltou a namorar. A família do rapaz também não sabe que ele é soropositivo. “Querendo ou não, você conta pra um que conta pra outro e todos acabam sabendo. É uma questão delicada. E eu, por ser homossexual, acham que foi promiscuidade, que transo com todo mundo. E eu só transei com uma pessoa que tinha o vírus”.
Apesar da pouca idade, o estudante Bruno Rodrigues*, 20 anos, também tem muita história pra contar. Diagnosticado como soropositivo aos 5 anos, perdeu o contato com o pai pouco depois que a mãe descobriu ter sido infectada por ele. “Não tem como falar sobre isso para uma criança. Até os 12 anos, eu só sabia que a aids matava”, lembra. “Aos 16 anos, tive uma namorada e terminei o relacionamento por causa do HIV. Não contei a ela. Afinal, ela não ia querer namorar uma pessoa assim”.
Outro baque foi o alistamento para o Exército, barrado em razão do diagnóstico de soropositivo. “Um sargento me chamou e me disse que não podia. Fiquei chateado porque era um dos meus sonhos. Chorei muito. Tinha só 18 anos”. Com a ajuda de um psicólogo, as ideias foram clareando. Hoje, Bruno namora, sai com os amigos e vai se formar em farmácia no ano que vem.
“A impressão que tenho é que a maioria dos jovens não tem boca, não vai atrás dos seus direitos”, disse. “Outro problema é que, como a doença perdeu um pouco o foco, ocorreu um relaxamento. E não é só entre jovens que não têm HIV. Entre os que têm também. Conheço muita gente que diz que fez sexo sem camisinha e não contou pra pessoa. Não podemos baixar a guarda”, completou.

A orientação de Bruno é que os jovens com diagnóstico recente procurem organizações não governamentais em seus estados e municípios, como a Rede Nacional de Jovens Vivendo com HIV no Brasil. “Sei que o HIV fecha muitas portas, mas as portas que se fecham é a gente mesmo que acaba trancando e dá pra abrir de novo”, concluiu.
A diretora do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) no Brasil, Georgiana Braga-Orillard, reforçou a importância da prevenção à aids entre os jovens por meio de campanhas que aprofundem o tema e que trabalhem a discriminação. “As pessoas estão cada vez menos confortáveis em conversar sobre a sua sexualidade e isso pode gerar grande consequências”.*Os nomes dos personagens são fictícios.
Créditos: Rede Brasil Atoal

20% das pessoas com HIV não sabem que têm o vírus

Dados divulgados ontem (1º) pelo Ministério da Saúde mostram que 734 mil pessoas vivem com HIV no Brasil. Do total, 589 mil foram diagnosticadas e 145 mil ainda não sabem que têm o vírus – cerca de 20%. A incidência é maior no público masculino que no feminino, com 26,9 e 14,1 casos em 100 mil habitantes, respectivamente.
Entre os jovens que têm entre 15 e 24 anos a incidência tem aumentado, passando de 9,6 casos por 100 mil habitantes em 2004, para 12,7 casos por 100 mil habitantes em 2013. Ao todo, 4.414 novos casos foram detectados em jovens em 2013, enquanto em 2004 foram 3.453.
Com o intuito de levar mais informações para o público jovem, o Ministério da Saúde lançou uma nova campanha com foco na prevenção, na necessidade de se fazer o teste para diagnóstico e no tratamento da doença. Usando a gíria #partiuteste, a campanha também vai ter material específico para a população jovem de gays e travestis. “Camisinha, teste e tratamento é a estratégia central que estamos trabalhando, e [a campanha] vai trabalhar o tempo inteiro com a prevenção combinada de uso do preservativo, testagem e tratamento”, disse o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Ao todo, 0,4% da população brasileira tem HIV/Aids. Entre gays e homens que fazem sexo com homens maiores de 18 anos, esse índice sobe para 10,5%. Na população que usa crack, 5% têm o vírus.
Em entrevista à Agência Brasil, a diretora do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) no Brasil, Georgiana Braga-Orillard, disse que, para combater de forma eficiente a aids no Brasil e no mundo, é preciso ter estratégias que tenham os jovens como público-alvo.
Créditos: Agencia Brasil

OMS corrige balanço de mortos pelo ebola para 6 mil pessoas

OMS corrige balanço de mortos pelo ebola para 6 mil pessoasA Organização Mundial da Saúde (OMS) informou nesta segunda-feira (1º) que o último balanço de mortes provocadas pelo ebola é de cerca de 6 mil e não de 7 mil como foi divulgado no sábado (29). "Houve um erro quanto ao número de mortos na Libéria que é de 3.145" e não 4.181 mortos, como foi indicado no sábado por erro, explicou a OMS.

No dia 28 de novembro, havia 2.155 casos de ebola na Guiné-Conacri, com 1.312 mortos; 7.635 casos na Libéria, com 3.145 mortos; e 7.109 em Serra Leoa, com 1.530 vítimas mortais. Em coletiva de imprensa ontem em Genebra, a OMS afirmou que conseguiu alcançar um primeiro na Libéria e na Guiné-Conacri, com 70% dos casos de infectados a serem isolados e tratados e 70% dos mortos da doença enterrados de forma segura. 
Em Serra Leoa, isso está sendo alcançado em várias regiões, mas há ainda dificuldades na Região Oeste do país, onde a epidemia continua propagando-se, disse a organização, que espera que o objetivo seja alcançado "dentro de semanas" no país.
Créditos: EBC

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Expectativa de vida do brasileiro sobe para 74,9 anos

A expectativa de vida do brasileiro 
subiu para 74,9 anos, segundo cálculo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2013, a expectativa era 74,6 anos. A Tábua Completa da Mortalidade do IBGE foi publicada na edição de hoje (1º) do Diário Oficial da União.

A tabela mostra a expectativa de vida para todas as idades até os 80 anos. Uma criança de dez anos de idade, por exemplo, tem a expectativa de viver até os 76,3 anos. Um jovem de 18 anos deve viver, em média, até os 76,6 anos.
Uma pessoa de 40 anos tem a expectativa de vida de 78,5 anos. Aqueles que têm 80 anos ou mais têm expectativa média de viver mais 9,2 anos. 
Créditos: Agencia Brasil