terça-feira, 31 de março de 2015

Brasil é o país que mais reduziu a fome no mundo, diz ONU

brasil combate fome reduzO Brasil é o país no mundo que mais tem diminuído a fome, principalmente por conta das políticas sociais implementadas na última década. É o que afirma o representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura no Brasil, Alan Bojanic.
Os dados divulgados ano passado são motivo de comemoração. Controlar o preço dos alimentos é um dos grandes desafios para se garantir a segurança alimentar. Dois mil e quatorze foi o Ano Internacional da Agricultura Familiar, segundo definição da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura.
No Brasil, a agricultura familiar é destaque no mercado agrícola e representa 83% dos estabelecimentos rurais brasileiros, segundo dados do Ministério da Agricultura. É o que ressalta o gerente do último Censo Agropecuário do IBGE, Antônio Florido. Este tipo de produção é também destaque no mercado agrícola, conforme explica a ministra de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.

Diretórios do PT pedem volta às origens para enfrentar conservadorismo

Os 27 diretórios regionais do PT em São Paulo divulgaram ontem um manifesto em que defendem a volta do partido às origens e às bases, o enfrentamento da “ofensiva de cerco e aniquilamento” dos setores conservadores que querem acabar não apenas com os governos do PT, mas com qualquer governo social e popular. Também reconhece que o partido "errou ao se afastar da democracia participativa", segundo o presidente da legenda, Rui Falcão, em entrevista coletiva. Falcão falou à imprensa depois de reunião que consumiu toda a tarde, da qual participaram os representantes dos diretórios e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não se pronunciou aos jornalistas.
Segundo o manifesto, o partido precisa enfrentar “a maré conservadora em marcha e combater com argumentos e mobilizações a direita e a extrema direita minoritária que buscam converter-se em maioria toda vez que as mudanças aparecem”. Ainda de acordo com o documento, “para sair da defensiva devemos assumir responsabilidades e corrigir rumos: com a retomada de valores e nossas origens”.
O partido afirma querer “retomar sua radicalidade política, seu caráter plural e não dogmático". Os diretórios declaram no documento ser necessário praticar uma “política do cotidiano presente na vida do povo, e não somente que sai a campo a cada dois anos" nas eleições, e pede "um PT sintonizado com o dia a dia dos trabalhadores. “Pois só assim será possível construir nova forma de democracia cujas raízes estejam nas origens de base da sociedade cujas decisões sejam tomadas pelas maiorias.”
O partido reconhece que se distanciou das bases ao pregar que é “preciso dar mais consistência política e ideológica às militâncias de base, não dar trégua ao cretinismo parlamentar” e que é necessário se afastar do "pragmatismo pernicioso", como condições de atingir os objetivos estratégicos.
O documento diz ainda que o objetivo é desencadear “amplo processo de debate, agitação e mobilização do PT em nome das bandeiras históricas”, defender o governo Dilma e “o legado do partido”.
Propõem ainda participar e ajudar a “articular uma ampla frente de partidos e setores progressistas, centrais sindicais e movimentos sociais unificados em torno de uma plataforma de mudança cujo cerne sejam os direitos dos trabalhadores, reforma política, democratização da mídia e reforma tributária”.
Créditos: Rede Brasil Atual

Fies passa a exigir média mínima no Enem

A partir de agora, o estudante que tiver média inferior a 450 pontos nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não poderá se inscrever para uma bolsa do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Além da média mínima, o candidato não pode ter nota zero na redação. As inscrições vão até o dia 30 de abril. Em fevereiro, foram abertas as inscrições para novas adesões ao Fies, mas sem a obrigatoriedade da nota mínima. Era preciso apenas ter feito o Enem para solicitar o financiamento. Não estão sujeitos a essa regra os professores do quadro permanente da rede pública matriculados em cursos de licenciatura, normal superior 

A regra de exigir a média mínima no Enem foi estabelecida em portaria do Ministério da Educação, publicada em dezembro de 2014, e gerou descontentamento de estudantes e representantes de instituições privadas de ensino superior. Instituições estimam que a mudança reduzirá em pelo menos 20% o número de contratos do Fies. A estudante Kamila Monteiro, de 18 anos, obteve média de 426 pontos no Enem e conseguiu o contrato do Fies antes da aplicação da nova regra. Ela avalia que os estudantes de escola pública como ela serão prejudicados com a mudança.

“Dizem que é para melhorar a qualidade do ensino, mas quem está em escola pública tem dificuldade para fazer a prova do Enem. Então, é preciso começar melhorando a qualidade do ensino médio e não dificultar a entrada no ensino superior”, diz Kamila, que vai cursar psicologia em uma instituição de São Paulo. O Ministério da Educação descarta a possibilidade de abrir mão da exigência. Segundo a pasta, a mudança foi feita em prol da qualidade do ensino superior e o diálogo com as entidades é permanente.
O Fies financia de 50% a 100% das mensalidades, dependendo da renda familiar mensal bruta. É destinado a alunos matriculados em cursos superiores presenciais não gratuitos, oferecidos por instituições cadastradas no programa e que tenham obtido resultados positivos nas avaliações do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior.

Entre as mudanças feitas pelo ministério no Fies estão também a alteração de 12 para oito no número de parcelas de repasse de recursos para as instituições privadas e percentual máximo de reajuste para mensalidades no caso de aditamentos de contratos.
Créditos: Agencia Brasil

Igreja oferece a fiéis escrituras de "terrenos no céu"

Igreja colocou à venda escrituras de sociedade com Deus. Mediante a oferta depositada, o fiel recebe um contrato que lhe da direitos sobre o Criador, o qual passa a ser seu sócio, e pode exigir as bênçãos que supostamente lhe correspondem. Para “autenticar” o contrato, 70 pastores da IURD estariam selando o documento com o sangue do cordeiro, e à partir de então o contrato passaria a ter valor legal ante Deus.
O vídeo da divulgação da venda das escrituras foi vazada por um grupo na internet. O programa foi transmitido na internet pelo site da Igreja Universal.
No vídeo o pastor que ali comandava disse que fiéis já estariam comprando a novidade, os chamados "contratos da fé" são escrituras de "terrenos no céu". Com a compra do papel, o fiel teria direito a um terreno celestial.
As escrituras não tiveram valor estimado ou divulgado no vídeo, mas a compra delas é sucesso entre os fiéis de mais de 70 igrejas da universal. Veja vídeo: Créditos: Portal Metrópole

segunda-feira, 30 de março de 2015

Sonegação de impostos é sete vezes maior que a corrupção

Deixa-se de recolher 500 bilhões de reais por ano aos cofres públicos no País, calcula o presidente do Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional, Heráclio Camargo. O custo anual médio da corrupção no Brasil, em valores de 2013, corresponde a 67 bilhões anuais, informa José Ricardo Roriz Coelho, diretor-titular do Departamento de Competitividade e Tecnologia Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, com base em cálculos recentes.
Para alertar a sociedade da importância de se combater a sonegação, Camargo, inaugurou na quarta-feira 18, em Brasília, um sonegômetro e uma instalação denominada lavanderia Brasil. Na inauguração, o medidor mostrava um total sonegado de 105 bilhões desde janeiro, dos quais 80 bilhões escoados por meio de operações de lavagem ou manipulação de recursos de origem ilegal para retornarem à economia formal com aparência lícita.
Em um exemplo citado pelo Sindicato, um comerciante simula a compra de 50 milhões de litros de combustível, adquire só 10 milhões de litros físicos e obtém, mediante pagamento, notas fiscais falsas no valor de 40 milhões. Ele negociou de fato só aqueles 10 milhões, mas trouxe para a economia formal os 40 milhões de origem ilícita por meio desse mecanismo de lavagem, sem recolher os impostos devidos. Tanto a parcela superfaturada, os recursos de propinas, tráfico de drogas, de armas e de pessoas, contrabando, falsificações, corrupção e renda sonegada precisam retornar à economia com aparência de origem lícita, para as atividades criminosas prosseguirem.
A livre atuação no Brasil das empresas off shores, ou registradas em paraísos fiscais, agrava a sonegação. Há laços fortes do País com esses redutos de burla dos fiscos dos estados nacionais, na prática nossos grandes parceiros comerciais. A principal razão é o tratamento preferencial dado ao capital externo, subtaxado quando da sua remessa de lucros ao exterior, afirma-se no site Tax Justice Network.
“Todos os países que não taxam ganhos de capital, ou o fazem com base em alíquota inferior a 20% são considerados paraísos fiscais no Brasil. Ironicamente, esse país tem diversas situações de ganhos de capital taxados em menos de 20%.” Não é bem assim, explica a Receita Federal. “A definição de paraíso fiscal na legislação brasileira não leva em conta apenas a tributação de ganhos de capital, mas sim a tributação da renda. A tributação da renda das pessoas físicas é de 27,5% e das pessoas jurídicas é de 25% de imposto de renda, mais 9% de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido.” Mas a taxação de ganhos de capital, “em regra de 15%”, é baixa em termos mundiais e o trânsito do dinheiro é facilitado pela parceria comercial com os paraísos fiscais.
Pessoas físicas recorrem também aos paraísos fiscais para não pagar impostos sobre os seus ganhos, lícitos ou não. No caso das 8.667 contas de brasileiros descobertas no HSBC da Suíça (4.º maior número de correntistas no mundo), Camargo vê “com certeza indícios de conexão com paraíso fiscal, porque essas contas eram secretas, só vazaram porque um ex-funcionário do HSBC divulgou a sua existência. Há indícios a serem investigados pelas autoridades brasileiras, de evasão de divisas e crime de sonegação fiscal.”
Os impostos mais sonegados são o INSS, o ICMS, o imposto de renda e as contribuições sociais pagas com base nas declarações das empresas. Os impostos indiretos, embutidos nos produtos e serviços, e o Imposto de Renda retido na fonte, incidentes sobre as pessoas físicas, são impossíveis de sonegar. A pessoa jurídica cobra os tributos, mas algumas vezes não os repassa ao governo.
Quem tem mais, deve pagar mais, estabelece a Constituição, em um preceito tão desobedecido quanto o do Imposto sobre Grandes Fortunas, à espera de regulamentação. Nesse assunto, o Brasil está na contramão. A partir de 2012, com a piora da economia e da arrecadação, países europeus que haviam concedido desonerações tributárias e cortado gastos, voltaram a aumentar o imposto de renda nas alíquotas mais altas e elevaram os impostos sobre propriedade, diz a professora Lena Lavinas, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
“Aqui, não conseguimos fazer isso porque o IPTU não é arrecadado pela União, mas pelos municípios, então você não mexe na propriedade. Impostos que tratam da concentração da renda, do patrimônio, deveriam estar nas mãos da União. A reforma tributária, segundo algumas visões do Direito, é tratada como uma questão de simplificação. Não é o caso, muito pelo contrário, tem que complexificar mais, dentro de uma estrutura adequada em termos de progressividade, de taxar realmente o patrimônio, os ativos, essa coisa toda.”
A estrutura do nosso sistema tributário, diz a professora, “é uma tragédia, regressiva, picada, os impostos não vão para as mãos que deveriam ir. Por que não se consegue repensar o IVA, o ICMS? Porque são dos estados. Impostos e medidas que poderiam favorecer uma progressividade, não se consegue adotar, por conta do nosso caráter federativo.”
A sonegação é uma possibilidade aberta para as empresas pela estrutura tributária, conforme mencionado acima, e quando pegas, são beneficiadas pela discrição das autoridades. Também nesse quesito, o Brasil segue na contramão. Nos Estados Unidos, por exemplo, os próprios políticos tratam de alardear os nomes das empresas flagradas em irregularidades.
Por que o Brasil, não dá publicidade aos nomes dos grandes sonegadores, o que possivelmente contribuiria para desestimular o não recolhimento de tributos e impostos? Segundo Camargo, há divulgação, mas ela não é satisfatória. “Existe um sítio na Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional que enseja a consulta dos CNPJs ou CFPs dos devedores, mas sem informar quais são os valores devidos. Não temos uma cultura de transparência no Brasil. Essas restrições são inaceitáveis e nós devemos caminhar para uma maior transparência, com a divulgação dos nomes e respectivos valores devidos.” (Extraído de Carta Capital) Foto: BC.
Créditos: Carta Capital

Governo federal investe na aviação regional do País

Disponibilizar um aeroporto com certificação internacional a 96% do povo brasileiro numa distância máxima de 100 quilômetros da cidade onde mora é o que pretende o programa federal de aviação regional.
De acordo com o ministro-chefe da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Eliseu Padilha, estão previstos investimentos de R$ 7,3 bilhões no projeto. A previsão é ampliar de 80 para 270 o número de terminais aeroviários no Brasil com voos regulares. Hoje, apenas 105 cidades brasileiras dispõem de voos regulares. Nos Estados Unidos, por exemplo, são 390.
Esse passo deve triplicar o número de passageiros nos próximos 20 anos – dos atuais 112 milhões, registrados em 2014, a secretaria estima que passarão a 336 milhões, em 2035.
O crescente número de passageiros decorre, especialmente, da redução do preço da passagem aérea entre os anos de 2004 e 2014 em 48%. Para o governo federal, caberá à aviação regional ajudar na conclusão desse processo de acessibilidade.
Além dessa inclusão de 200% no número de passageiros de transporte aéreo, o projeto do governo deve alavancar também a indústria aeronáutica brasileira, que dispõe de condições para contribuir com o atendimento da demanda por aeronaves prevista com a implantação do programa de aviação regional.
A Embraer, única empresa brasileira que produz aviões para esse tipo de operação regional, poderá se tornar uma grande beneficiária do programa, gerando, além de emprego e renda em toda a cadeia da operação, uma frota moderna, com assistência e manutenção dentro do próprio país.
A empresa, que atua no interior de São Paulo, oferece ao mercado mundial aeronaves com perfil e tamanho para ganhar também o mercado regional brasileiro, como o E195, com capacidade de 108 a 124 assentos.
Na Comissão Geral sobre o tema, realizada pela Câmara dos Deputados há cerca de duas semanas, Padilha informou que haverá subsídio direto sobre o preço da passagem e medidas de redução de custos para as empresas, com isenção das tarifas aeroportuárias, pagas pelas companhias.
“Não tem aviação regional no mundo sem que os grandes aeroportos subsidiem os pequenos. As empresas não têm interesse em voar para destino que dê prejuízo”, constatou Padilha.
As medidas vão contribuir para a queda nos custos da operação regional. Hoje, a aviação regional é 31% mais cara que a convencional, de âmbito nacional.
Outro passo importante para o sucesso do programa é a garantia de suprimento de combustíveis em todo terminal aéreo e da razoabilidade do preço da gasolina de aviação
“A questão do combustível é um dos óbices da navegação aérea no Brasil”, confirmou o ministro naquele evento.
A solução do problema passa também pela negociação de uma redução nas alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) com os estados, que recolhem até 20% sobre o produto.
“Em muitos estados já conseguimos baixar para algo como 7,5%”, indicou o ministro.
Créditos: Agencia PT

Empregador terá de pedir seguro-desemprego pela internet

Para tornar mais rápido o atendimento ao pedido e dar maior segurança às informações sobre os trabalhadores, o Ministério do Trabalho e Emprego determinou que as empresas passem a preencher o requerimento do seguro-desemprego de seus empregados pela internet. A medida começa a valer na próxima quarta-feira (1º), de acordo com resolução do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador.

Os empregadores só poderão preencher o requerimento do seguro-desemprego e a comunicação de dispensa de trabalhadores por meio do aplicativo Empregado Web, disponível no Portal Mais Emprego, do ministério. A entrega dos  formulários impressos, utilizados hoje, será aceita até 31 de março. Segundo o ministério, o sistema dará maior rapidez à entrega do pedido, além de garantir a autenticidade dos dados, e possibilitará o cruzamento de informações sobre os trabalhadores em diversos órgãos, facilitando consultas necessárias para a liberação do seguro-desemprego.
Créditos: Agencia Brasil