sexta-feira, 24 de julho de 2015

Planeta igual à Terra é descoberto pela Nasa

Tamanho de planeta é muito parecido com a Terra e seu sistema solar é extremamente similar
A Nasa anunciou na quinta-feira (23) que descobriu um "planeta  gêmeo" da Terra, uma "espécie de primo mais velho" do nosso mundo. "Os anos no Kepler 452B tem a mesma duração que aqui na Terra e ele está há milhares de anos na "zona habitável" de sua estrela. Isso significa que pode ter hospedado vida sobre sua superfície em um certo momento ou que ainda pode hospedá-la", destacou Grunsfeld.

Os dados mostrados pelo telescópio apontam que o planeta tem mais de seis bilhões de anos de idade e recebe 10% mais energia de sua estrela do que o nosso território. O tamanho dele também é muito parecido com o nosso e seu sistema solar é extremamente similar.
Créditos:Ultimo Segundo

Relatório mostra que 10 empresas dominam 75% do mercado mundial de sementes

A pesquisa das organizações Via Campesina e Grain mostra como as corporações avançam para controlar um insumo básico da produção de alimentos.

As grandes empresas do agronegócio promovem leis “que privatizam as sementes” e “judicializam os produtores”. Esta é uma das afirmações da pesquisa realizada pelas organizações internacionais Via Campesina (que reúne movimentos rurais de todo o mundo) e Grain, que analisaram as legislações e políticas públicas de mais de 30 países de quatro continentes. “As sementes camponesas, um dos pilares da produção de alimentos, estão submetidas a um ataque de corporações e governos”, chama a atenção o relatório. As principais empresas do mercado são Monsanto, DuPont Pioneer, Syngenta, Bayer e Dow.

“A criminalização das sementes camponesas. Resistências e lutas” é o título do relatório publicado pela Via Campesina e pela Grain. Analisa a situação da América, Ásia, África e Europa. Recorda que a livre troca de sementes entre comunidades e povos permitiu a adaptação dos cultivos a diferentes condições, climas e topografias. “Foi o que permitiu que a agricultura se estendesse, crescesse e alimentasse o mundo”, destaca. E precisa que a partir da chamada “revolução verde” (década de 1960), quando as empresas começaram a ter maior ingerência, iniciou-se um processo de apropriação das sementes, o primeiro elo da alimentação.

Três empresas controlam mais da metade (53%) do mercado mundial de sementes: a Monsanto (26%), a DuPont Pioneer (18,2%) e a Syngenta (9,2%). Entre o quarto e o décimo lugar aparecem a companhia Vilmorin (do francês Grupo Limagrain), WinField, a alemã KWS, Bayer Cropscience, Dow AgroSciences e as japonesas Sakata e Takii. As 10 empresas dominam 75% do mercado mundial de sementes.

O relatório assinala que na América surgem resistências contra as “leis Monsanto”. Descreve o caso do Chile, onde após quatro anos de mobilizações os agricultores conseguiram que, em 2014, fosse retirado um projeto de lei que privatizava as sementes. Também ressalta o caso da Colômbia, em 2013, quando as organizações camponesas iniciaram uma greve em massa em todo o país. Bloquearam estradas e paralisaram a produção de alimentos. O governo tentou criar uma situação legal em que a troca de sementes indígenas fosse penalizada com multas ou mesmo a prisão. “Em 2011, as autoridades do governo colombiano irromperam nos armazéns e caminhões dos agricultores de arroz (na Província de Huila), e destruíram de maneira violenta 70 toneladas de arroz que, segundo eles, não tinham sido processados de acordo com a lei”, lembra o relatório. As organizações sociais insistem na derrogação da lei.

Do Brasil, que é o segundo maior produtor mundial de transgênicos e onde o governo liberou novas sementes, descreve o projeto de grande escala para o desenvolvimento de sementes crioulas, no marco da Política Nacional para a Agroecologia e a Produção Orgânica, adotada em 2012. E remarcaram a importância, desde 2003, do Programa de Aquisição de Alimentos, em que o Estado adquire os produtos dos camponeses. Em outubro de 2013, 5.000 agricultores brasileiros ocuparam as instalações de produção de sementes pertencentes à Monsanto em Pernambuco.

Na Costa Rica, em 1999, o governo tentou modificar suas leis para cumprir com os requisitos da Organização Mundial do Comércio (OMC). A mobilização das organizações sociais impediu a nova legislação e avançou-se no caminho contrário, no sentido de proibir os transgênicos. Atualmente, 80% do território foi declarado livre de transgênicos.

Em El Salvador avançou-se em um plano de agricultura familiar que inclui a distribuição de sementes aos pequenos agricultores. “A iniciativa enfrentou problemas com o governo dos Estados Unidos, ao considerar que infringia tratados de livre comércio e exigiram o fim da distribuição de sementes e que fossem compradas da Monsanto”, explica o relatório.

O trabalho da Via Campesina e da Grain detalha o papel da Venezuela, onde tramita um projeto de lei que limita a entrada de transgênicos e defende as sementes camponesas, como parte de um modelo produtivo baseado na agricultura sustentável e na soberania alimentar. Resultado de uma série de consultas nacionais em diferentes pontos do país, define as sementes como um bem público, “herança coletiva que não pode ser privatizada”.

O México mantém há mais de uma década uma luta massiva em defesa do milho, o cultivo mais importante do país. Mediante o Tratado de Livre Comércio do Norte tenta-se a introdução em massa de transgênicos. Em 2005, foi aprovada uma legislação (chamada Lei Monsanto) que abriu passagem aos transgênicos. “Seguiu-se uma Lei Federal de Produção, que criminaliza a livre troca de sementes nativas. E seguiu-se o decreto presidencial para novas licenças de transgênicos”, afirmam a Via Campesina e a Grain.
Com essa engenharia legal, as multinacionais Monsanto e Dow receberam 156 licenças para o cultivo experimental de milho.

O relatório recorda que existem provas conclusivas de que o milho transgênico dos Estados Unidos já contaminou o milho nativo do México. Dado positivo, os agricultores mexicanos seguem optando pelas sementes camponesas: 80% do milho do México segue sendo crioulo.
Por Darío Aranda* Do Página/12.
Créditos: MST

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Banco do Brasil vai financiar 90% do valor da casa própria

O Banco do Brasil passou a oferecer, a linha de financiamento imobiliário pró-cotista com as novas condições definidas em maio pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). A linha de crédito financia até 90% de imóveis avaliados em até R$ 400 mil, pelo prazo máximo de 360 meses. A taxa de juros é 9% ao ano. Para contratar empréstimos como pró-cotista, é necessário possuir conta ativa do FGTS e um mínimo de 36 contribuições, consecutivas ou não. 

A estimativa do banco é disponibilizar cerca R$ 1 bilhão para novas operações. O pró-cotista é uma linha de financiamento que utiliza os recursos do Programa Especial de Crédito Habitacional ao Cotista do FGTS. O programa prevê que o imóvel novo ou usado seja adquirido com prazo de 30 anos para pagar.

O Banco do Brasil identificou 2,2 milhões de clientes que reúnem condições para se habilitar ao financiamento imobiliário por essa linha. No caso em que o cliente não possua conta ativa, é necessário que o seu saldo total no FGTS seja igual ou superior a 10% do valor do imóvel ou de compra e venda, o que for maior.
A carteira de crédito imobiliário do Banco do Brasil atingiu, em abril, R$ 42,06 bilhões, crescimento de 45,9% em 12 meses. Fonte: Agência Brasil
Créditos: Portal Brasil

Investimento direto no país avança US$ 5,4 bi em junho

O volume de investimentos diretos no país subiram US$ 5,4 bilhões ao longo do mês de junho, sendo US$ 4,7 bilhões em participação no capital - inclusos US$ 814 milhões decorrentes de reinvestimento de lucros, e US$ 725 milhões em operações intercompanhias, segundo levantamento elaborado pelo Banco Central. Ao longo de doze meses, os ingressos líquidos dos investimentos diretos no país somaram US$ 81,9 bilhões, equivalentes a 3,84% do PIB (Produto Interno Bruto).
Ao longo do período, os investimentos em carteira passivos apresentaram remessas líquidas de US$ 107 milhões, compostos por ingressos líquidos de US$ 1 bilhão em ações, saídas líquidas de US$ 235 milhões em fundos de investimento, e de US$ 898 milhões em títulos de renda fixa. Os investimentos em títulos de renda fixa negociados no país somaram remessas líquidas de US$242 milhões. As operações com títulos soberanos negociados no exterior totalizaram amortizações de US$21 milhões. Os demais títulos de renda fixa de longo prazo negociados no exterior registraram amortizações líquidas no valor de US$ 722 milhões, enquanto os de curto prazo registraram ingressos líquidos de US$ 87 milhões.
Os investimentos diretos no exterior somaram remessas líquidas de US$ 1,5 bilhão, compreendendo US$1,9 bilhão em participação no capital, incluídos US$ 289 milhões decorrentes do reinvestimento de lucros, e retornos de US$ 415 milhões, proveniente de operações intercompanhias.
Os outros investimentos ativos registraram um acréscimo de US$ 1,7 bilhão, compreendendo expansão de US$ 1,5 bilhão em depósitos de propriedade de empresas não financeiras, e redução de US$ 3,6 bilhões em depósitos mantidos por bancos brasileiros no exterior. Os créditos comerciais e adiantamentos subiram US$ 3,7 bilhões em junho.
Os outros investimentos passivos registraram ingressos líquidos de US$ 1,3 bilhão. De acordo com o BC, o total de ingressos líquidos decorrentes de créditos comerciais e adiantamentos foi de US$1,4 bilhão, concentrados em operações de curto prazo. Os empréstimos totalizaram amortizações líquidas de US$ 108 milhões.
Créditos: GGN

Equipe econômica amplia corte no Orçamento para R$ 79,4 bilhões

A arrecadação abaixo das expectativas fez o governo ampliar em R$ 8,6 bilhões o contingenciamento (bloqueio) de despesas não obrigatórias no Orçamento deste ano. Segundo o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, divulgado ontem (22) pelo Ministério do Planejamento, o corte passou de R$ 69,9 bilhões para R$ 79,4 bilhões.

O novo contingenciamento foi insuficiente para impedir que a equipe econômica reduzisse para 0,15% do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no país) a meta de superávit primário para este ano. O superávit primário é a economia para pagar os juros da dívida pública.
Sem o corte adicional, o governo teria de reduzir a zero a meta de esforço fiscal ou até encerrar o ano com resultado primário negativo. Para chegar ao novo valor contingenciado, a equipe econômica diminuiu a estimativa de receita líquida em R$ 46,7 bilhões e aumentou a previsão de despesas obrigatórias em R$ 11,4 bilhões.

Segundo o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o governo está empenhado em garantir a disciplina fiscal e o controle da dívida pública. “Há um contingenciamento adicional, uma ação bastante significativa, revelando compromisso com a disciplina fiscal do governo, o que é essencial para o relançamento da economia”, disse.
Créditos: Agencia Brasil

Pílula para combater criadouros da dengue aguarda aprovação da Anvisa

Após anos de pesquisa, pílula desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), destinada a combater o mosquito da dengue está pronta para ser colocada no mercado pela BR3, empresa associada ao Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec) da Universidade de São Paulo (USP). Para que isso aconteça, é necessária a aprovação do comprimido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O modelo tecnológico que permitiu a criação da pílula foi desenvolvido pela pesquisadora Elisabeth Sanchez, da Fiocruz. O comprimido contém um microorganismo chamado Bacillus thuringiensis israelensis (Bti) que, quando ingerido pelas larvas do mosquito transmissor da doença, impede sua proliferação. O comprimido, colocado em um recipiente com água, inviabiliza o criadouro do mosquito por um período de 60 dias.

“O comprimido se dissolve e libera microorganismos que intoxicam a larva do mosquito da dengue”, explicou Rodrigo Perez, diretor da BR3, em entrevista à Agência Brasil. A pílula, segundo ele, poderia até ser utilizada em água potável, mas isso ainda depende de aprovação da Anvisa. “Esse bacilo, segundo a OMS [Organização Mundial da Saúde], não é perigoso a humanos”, disse o diretor da empresa.

“O microorganismo é inofensivo ao homem, e não deixa o mosquito mais resistente. Com inseticidas, os [mosquitos] ficam mais resistentes. Por conta disso e pela segurança que esse produto oferece, o [comprimido] poderá ser vendido em supermercados”, disse Perez. 
O preço estimado do produto, na fase inicial, é R$ 30 por dez doses. “Cada dose pode ser usadas para tratar 50 litros de água que já tenha a larva. Um comprimido em 50 litros de água provoca a morte da larva em até 24 horas. E isso dura pelo menos 60 dias”

. A expectativa é que, em até um ano, o produto esteja disponível no mercado. Mas, antes disso, o produto já estará disponível para prefeituras ou governos. 
Como ainda não existe vacina para combater a doença, a saída encontrada pelos governos é combater os focos de proliferação do mosquito, principalmente em águas paradas. “Hoje fazemos o controle físico, que é cobrir ou tampar as caixas de água. E isso não é fácil. O vaso sanitário, o ralo do banheiro, o vasinho de flor, você não vai eliminar”, afirmou Perez.
Créditos:Agencia Brasil

quarta-feira, 22 de julho de 2015

Pobreza prejudica o desenvolvimento do cérebro na infância

A pobreza atrapalha o desempenho escolar. Essa laje que prejudica as crianças que crescem em famílias com problemas financeiros é bem conhecida. Enquanto se trata de responder aos múltiplos fatores que provocam o problema, está começando a se consolidar uma nova variável que ajuda a explicá-lo: o desenvolvimento cerebral das crianças em situação de pobreza. Um novo estudo nessa direção afirma que a massa cinzenta se desenvolve de maneira insuficiente durante uma infância cheia de carências.

O trabalho mostra que as estruturas cerebrais destinadas a processos críticos da aprendizagem são vulneráveis às circunstâncias ambientais da pobreza, tais como o estresse, a baixa estimulação e a alimentação. “O desenvolvimento dessas regiões do cérebro parece sensível ao ambiente e à criação dos pequenos”, concluem os autores do estudo publicado na revista JAMA Pedriatics. Tanto que os autores do estudo apontam que esses problemas de desenvolvimento cerebral explicariam até 20% do baixo desempenho escolar das crianças com poucos recursos.
Os pesquisadores, das universidades de Michigan, Duke e Wisconsin (EUA), analisaram o desenvolvimento cerebral das crianças a partir de ressonâncias magnéticas realizadas durante a infância e descobriram que a massa cinzenta do cérebro era sensivelmente menos desenvolvida em meninos e meninas pobres. Mais especificamente, a massa cinzenta do lobo frontal, do lobo temporal e do hipocampo era até 10% menor em crianças criadas abaixo da linha da pobreza dos EUA.
Os autores cruzaram as informações das ressonâncias cerebrais com o desempenho escolar dessas crianças, chegando à conclusão de que a falta de desenvolvimento da massa cinzenta explicaria entre 15% e 20% dos déficits de aprendizagem dos alunos que vivem abaixo da linha de pobreza. “Com esses dados, demonstramos que as crianças de famílias de baixa renda apresentam um desenvolvimento estrutural atípico em várias áreas críticas do cérebro, inclusive o total de massa cinzenta, o lobo frontal, o lobo temporal e o hipocampo”, concluem Nicole Hair e os outros autores. 
A equipe de cientistas escolheu áreas do cérebro intimamente ligadas ao desempenho cognitivo, mas que serviram para descartar outras possíveis explicações para a falta de desenvolvimento, como ter herdado o problema dos pais, o que por sua vez poderia explicar sua situação de pobreza. A amostra do estudo não é muito grande, menos de 400 crianças, mas coincide com estudos anteriores com resultados semelhantes.
Por exemplo, coincide com o trabalho da especialista Joan Luby, da Universidade de Washington, que também escreve um artigo na JAMA Pediatrics no qual chama a atenção para a “alta vulnerabilidade e capacidade de adaptação do cérebro humano em desenvolvimento” que essa linha de investigação está mostrando. “Essas evidências sobre o desenvolvimento dão um novo significado à importância de proteger e melhorar o ambiente propício ao desenvolvimento das crianças durante essa janela de oportunidade nos primeiros anos de vida”, afirma Luby.
De acordo com a especialista, esses estudos indicam que “é fundamental aumentar o apoio aos pais durante a primeira infância” para prevenir de forma eficaz o lastro cognitivo e escolar que implica para as crianças viver na pobreza. Como afirmam Hair e seus colegas no estudo, esses novos dados “devem conduzir a políticas públicas destinadas a melhorar e reduzir as desigualdades”. “As ações destinadas a melhorar o ambiente das crianças podem alterar a relação entre pobreza infantil, déficits cognitivos e desempenho escolar”, afirmam. (El País)
Créditos: Focando a Notícia