terça-feira, 29 de setembro de 2015

Com Bolsa em queda de 42%, 12 empresas já fecharam capital

Só este ano, já foram aprovados na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) seis pedidos de fechamento de capital e cancelamento de registro, e outros seis estão em análise, segundo levantamento do Globo. O processo ocorre no momento em que a Bovespa perde 42,2% de seu valor. No ano passado, apenas cinco registros foram cancelados.
Outras devem seguir esse caminho, como a Estrela, fabricante de brinquedos. “Entendemos que, pelas regras da Bolsa hoje e pelo momento da companhia, faz mais sentido fechar o capital. Daqui a alguns anos, com uma mudança na economia brasileira e no setor de brinquedos, podemos voltar”, disse o presidente da companhia, Carlos Tilkian. Seus papéis caíram para menos de R$ 1 e estão sob pressão da CVM.
Já foram aprovados este ano os pedidos de cancelamento de registro de Cia. Objetivo, GTD Participações, Cia. Cacique de Café Solúvel, Brazil Hospitality Group (BHG), Indústria Verolme (Ivesa), Banco Industrial e Comercial (BicBanco) e Souza Cruz. A CVM ainda analisa os pedidos de Marina Iracema Park, Arteris, Companhia Celg de Particpações, Banco Daycoval, Redentor Energia e Vigor Alimentos (leiamais). 
Créditos: Brasil 247

Crescem mortes por câncer de mama em regiões pobres

A variação anual da taxa de mortalidade por câncer de mama é até 11 vezes maior em áreas pobres do País, em comparação com regiões ricas. É o que mostra estudo inédito da Sociedade Brasileira de Mastologia, feito em parceria com pesquisadores da Rede Goiana de Mastologia. A dificuldade de acesso a métodos de detecção e de tratamento em áreas do Norte e Nordeste do País é a principal razão apontada para a diferença.

A pesquisa avaliou as taxas de mortalidade por esse tipo de tumor em um intervalo de dez anos, entre 2002 e 2011, em todos os Estados e relacionou os dados com o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) de cada local. Embora o Sul e Sudeste tenham taxa de mortalidade maior do que as demais regiões do País, a velocidade de crescimento das mortes pela doença é significativamente maior nas áreas mais pobres.

De acordo com o estudo, no período analisado, a variação anual da taxa de mortalidade por câncer de mama chegou a 11,2% no Maranhão, Estado com o maior aumento porcentual e com um dos piores IDHs do País. Situação semelhante foi observada nos Estados do Piauí e Paraíba, com variações anuais de 9,8% e 9,3%.

No outro extremo, regiões mais ricas observam estabilização ou queda na variação da taxa. São Paulo, por exemplo, teve variação negativa média de 1,7% ao ano. Paraná, Rio Grande do Sul, Rio e Distrito Federal, todos Estados com IDHs altos, também tiveram queda na variação das taxas de mortalidade.

O artigo, publicado no periódico BMC Public Health, aponta como razões para os resultados a falta de recursos disponíveis para o tratamento nos Estados menos desenvolvidos e a dificuldade de acesso a esses recursos para a maioria da população. "Em alguns casos, a situação seria comparável à encontrada na Nigéria, onde não há programas específicos de rastreamento do câncer dentro do sistema nacional de saúde e só existem dois hospitais que oferecem o tratamento terciário para a doença (radioterapia e quimioterapia)", diz o estudo.

Para Ruffo de Freitas Júnior, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia e um dos autores do estudo, embora o sistema de saúde tenha melhorado nas últimas décadas, a estrutura ainda é insuficiente, sobretudo nas regiões mais pobres.
— O crescimento ou a queda das taxas de mortalidade dependem muito das ações de saúde que estão sendo implementadas em cada local. É no Norte e Nordeste exatamente onde temos as menores coberturas mamográficas.
Foi esse o drama vivido pela cabeleireira aposentada Maria do Rosário Almeida Martins, de 60 anos, moradora de São Luís, no Maranhão.. Em novembro do ano passado, ela percebeu um caroço no seio e passou na ginecologista no mês seguinte para fazer um ultrassom.
— Em janeiro, a médica já viu um nódulo, mas disse que o resultado do exame estava escuro e que eu tinha de fazer outro. Como ia demorar, paguei R$ 89 para fazer particular porque estava desesperada.

A paciente ainda foi encaminhada para a mastologista e teve de passar por outros exames antes de iniciar o tratamento. Só fez a cirurgia de retirada do tumor em agosto, oito meses após o diagnóstico.
— A mastologista disse que no primeiro exame o tumor aparecia bem pequenininho, e que cresceu bastante desde então. E só não demorou mais a cirurgia porque eu paguei do meu bolso parte dos exames pré-operatórios. No SUS, eu estava na lista de espera.

O Ministério da Saúde afirma que ampliou o acesso ao diagnóstico precoce e ao tratamento do câncer de mama, "em especial nas Regiões Norte e Nordeste". Entre 2011 e 2014, o número de exames do tipo realizados em mulheres de 50 a 69 anos aumentou 66,3% no Nordeste e 125,6% no Norte, de acordo com a pasta. O ministério afirma ainda que, no período, cresceu o número de cirurgias oncológicas e de sessões de radioterapia e quimioterapia nessas regiões.
Créditos: R7

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Brasil não tem "problemas estruturais graves", diz Dilma em discurso na ONU

A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (28) que o Brasil não tem problemas estruturais e está em um momento de transição para um novo ciclo de expansão mais sólido e profundo. Ao discursar na Assembleia Geral das Nações Unidas, Dilma disse que o país passa por dificuldades conjunturais na economia, que estão sendo enfrentadas com ações de reequilíbrio fiscal e financeiro.

A presidenta destacou que o governo propôs “cortes drásticos de despesas” e redefiniu receitas para garantir a retomada do crescimento com distribuição de renda. Segundo ela, nos últimos anos o governo brasileiro evitou que a crise mundial, iniciada em 2008, atingisse a economia local com a adoção de medidas de redução de imposto, ampliação de crédito e reforço de investimento.

“Nesse período, aumentamos emprego e renda. Esse esforço chegou agora no limite, tanto por razões fiscais internas como por aquelas relacionadas ao quadro externo. A lenta recuperação da economia mundial e o fim do superciclo de commodities incidiram negativamente sobre nosso crescimento”, disse a presidenta.

Dilma citou ainda a desvalorização cambial e as pressões recessivas, que produziram inflação e forte queda da arrecadação, levando a restrições nas contas públicas. “O Brasil, no entanto, não tem problemas estruturais graves. Nossos problemas são conjunturais e diante dessa situação estamos reequilibrando nosso orçamento e assumindo uma forte redução das nossas despesas, do gasto de custeio e até de parte do investimento”, disse.

A presidenta disse que as medidas de ajuste fiscal do governo visam reduzir a inflação, consolidar a estabilidade macroeconômcia, aumentar a confiança e garantir a retomada do crescimento com distribuição de renda. Segundo ela, a economia brasileira está hoje mais forte e sólida do que há alguns anos. “Estamos num momento de transição para um novo ciclo de expansão mais profundo, mais sólido e mais duradouro”.
Créditos: Agencia Brasil

Brasil está acima da média mundial na redução da mortalidade infantil, diz ONU

À frente de muitos países, o Brasil alcançou em 2011, com quatro anos de antecedência, a meta de redução da mortalidade na infância, o quarto dos oito Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), propostos pela ONU em 2000. A taxa passou de 53,7 óbitos por mil nascidos vivos em 1990 para 17,7 óbitos por mil em 2011. A meta estabelecida para o País consiste em reduzir a mortalidade entre crianças menores de 5 anos a dois terços do nível de 1990.

De acordo com o Relatório ODM 2013, elaborado pela ONU, a taxa mundial de mortalidade na infância caiu 47% em 22 anos. Entre 1990 e 2012, o índice passou de 90 para 48 mortes por mil nascidos vivos. Os dados mostram que há muito ainda a ser feito nesta área. Em 2012, 6,6 milhões de crianças menores de 5 anos morreram ao redor do mundo por doenças evitáveis.

Embora o ODM-4 diga respeito à mortalidade na infância, isto é, até cinco anos, o Brasil também já atingiu a meta estabelecida em relação às mortes de crianças com menos de 1 ano de idade –a chamada mortalidade infantil. Essa taxa caiu no País, de 1990 a 2011, de 47,1 para 15,3 óbitos por mil nascidos vivos, superando a meta de 15,7 óbitos estimada para 2015.

A oficial do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) no Brasil, Leva Lazarevicute, ressaltou, em entrevista à TV NBR, a efetividade de programas adotados no País para a diminuição da mortalidade na infância. “Esse tipo de mecanismo, as políticas que promovem a vacinação, que promovem a amamentação materna, bancos de leite, que inclusive já serviram de inspiração para vários outros países, para vários países africanos no sentido de cooperação Sul-Sul, são alguns destaques nesse sentido”, afirma a oficial.

Ministério da Saúde tem implantado uma rede de cuidados para assegurar às mulheres o direito ao planejamento reprodutivo e a atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério, bem como assegurar às crianças o direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis.

“As mulheres mais pobres, as mulheres que vivem na periferia das grandes cidades, nas cidades ribeirinhas, no Semiárido Nordestino agora passam a contar com a equipe de saúde da família completa”, afirma o ministro da Saúde, Arthur Chioro, à NBR. “Portanto, fazem as ações de planejamento familiar, têm o pré-natal realizado. Ou seja, começam rapidamente a identificar a gravidez e a acompanhar, dando o número de consultar necessárias, tanto médicas como de enfermagem. Isso faz com que o pré-natal seja mais bem-feito”.

As estratégias adotadas pelo Ministério da Saúde também contribuem para melhorar a saúde materna, o quinto ODM. São duas metas globais a serem atingidas até o fim de 2015: reduzir a mortalidade materna a três quartos do nível observado em 1990 e universalizar o acesso à saúde sexual e reprodutiva. O desempenho do Brasil na redução da mortalidade materna foi melhor que as médias registradas nas nações em desenvolvimento e na América Latina, embora o País ainda enfrente grandes desafios para alcançar a primeira meta. De 1990 a 2011, a taxa de mortalidade materna brasileira caiu em 55%, passando de 141 para 64 óbitos a cada 100 mil nascidos vivos.
Créditos: Portal Brasil

Tarifa bancária subiu nove vezes mais que a inflação

As tarifas cobradas pelos oito maiores bancos do país nos últimos três anos cresceu até 169%, percentual 8,6 vezes superior à inflação para o mesmo período, mostra a associação de consumidores Proteste.
 O levantamento comparou as tarifas das cestas informadas nas tabelas das próprias instituições bancárias. O maior aumento foi na cesta Exclusive Fácil (antiga Conta Fácil Bradesco Super) do banco Bradesco, que em 2013 custava R$ 23 mensais, e no próximo mês passará a custar R$ 61,90. O consumidor terá um custo anual de R$ 742,80, ou seja, R$ 466,80 a mais que em 2013.

No levantamento, também foram encontrados pacotes de serviços com valores de até R$ 74 mensais, como o cobrado pelo banco Santander na cesta de serviço Van Gogh Max. O custo anual do pacote soma R$ 888. A pesquisa verificou tarifas dos bancos Banrisul, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Citibank, HSBC, Itaú e Santander. A Proteste lembra que os bancos têm obrigação de divulgar o valor de todas as tarifas e taxas cobradas, além de deixar claro quais serviços estão inclusos nos pacotes oferecidos.
Créditos: Agencia Brasil

domingo, 27 de setembro de 2015

“É possível construir um caminho comum para a humanidade”, afirma Dilma na ONU

A presidenta Dilma Rousseff destacou, neste sábado (26), a importância da questão ambiental para a implementação da Agenda do Desenvolvimento Pós-2015, que deve ser apresentada amanhã durante sessão plenária realizada pela Organização das Nações Unidas, em Nova Iorque. A nova agenda busca acabar com a pobreza até 2030 por meio de 17 Objetivos Globais. Desta forma, os Objetivos do Milênio 2015 (ODM) serão substituídos pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. 2030 (ODS).

Segundo Dilma, o caminho para um desenvolvimento mais justo e sustentável vem sendo construído desde a conferência Rio+20, realizada em junho de 2012, com intensa participação do Brasil, que foi sede do evento, considerado um dos maiores já realizados pela ONU. 

“É óbvio que várias outras reuniões contribuíram para que isso ocorresse. Mas eu quero lembrar vocês da Rio+20, porque foi nela que nós definimos os ODS, os Objetivo de Desenvolvimento Sustentável [que serão apresentados amanhã]. Foi lá, na Rio +20, que nós definimos que era possível crescer, incluir, conservar e proteger. Porque quando você tem claramente definido esses objetivos e articula – e aí, tem todo um trabalho do secretário-geral da ONU, senhor Ban Ki-moon, é possível você construir um caminho comum para a humanidade”, ressaltou.

E se é possível construir um caminho para humanidade na mudança do clima, raciocina a presidenta, “é possível construir um caminho comum para a humanidade também no caso da segurança, da resolução de conflitos, do combate ao terrorismo, de evitar o drama humano dos refugiados”, concluiu.Fonte: Blog do Planalto.
Créditos: Portal Brasil

FGTS de empregados domésticos passa a ser obrigatório em outubro

O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) passa a ser obrigatório, a partir de 1º de outubro, a todos os trabalhadores domésticos. O direito aos domésticos foi regulamentado pela LC 150, sancionada pela presidenta Dilma Rousseff, em 2 de junho deste ano, e deu prazo até 120 dias para que todos os órgãos façam a regulamentação. O Conselho Curador do FGTS publicou nesta sexta-feira (25) a resolução Nº 780, que define a obrigatoriedade do recolhimento do FGTS e determina que a Caixa defina os procedimentos operacionais.

“Cabe ao empregador fazer o pedido de inclusão do empregado doméstico, sob sua responsabilidade. A solicitação deve ser feita mediante um requerimento com informações dos eventos que envolvem a atividade profissional. "A Lei Complementar Nº 150/2015 regulamentou o direito dos trabalhadores domésticos, e o Conselho Curador definiu a data em que o recolhimento passa a ser obrigatório. Isso significa que, a partir de novembro, devem ser depositados os valores referentes a outubro”, explica o coordenador-geral do FGTS, Quenio Cerqueira de França.

França explica também que a definição dos procedimentos operacionais será feita pela Caixa Econômica Federal (CEF), agente operador do Fundo. “A Caixa Econômica Federal, de acordo com a resolução nº 780, vai estabelecer como serão realizados os depósitos, os saques, a devolução de valores, extratos etc. Cabe ao Agente Operador do FGTS definir como viabilizar essas questões”, explica.
Créditos: Portal Brasil