quarta-feira, 1 de junho de 2016

Pobreza pode afetar o DNA e aumentar os riscos de depressão, diz estudo

Para as pessoas de origem mais humilde, a vida pode ser difícil em uma série de maneiras, especialmente pelo desejo de possuir coisas que não pode custear.Dessa forma, um estudo realizado por uma equipe de cientistas da Universidade de Duke, nos EUA, sugeriu que a experiência da pobreza pode afetar o DNA de uma pessoa. Logo, essa alteração nos mecanismos biológicos, diretamente relacionada a função cerebral, aumentariam as chances de desenvolvimento de depressão.
 Ao analisar os cérebros de adolescentes, os pesquisadores descobriram que aqueles que cresceram em lares com nível socioeconômico mais baixo, acumulavam maiores quantidades de uma “etiqueta química” (epigenoma) em um gene ligado à depressão, chamado SLC6A4.
 Esses epigenomas são capazes de alterar a atividade dos genes. E neste caso, os pesquisadores descobriram que isso resultou no aumento do mecanismo de luta ou fuga, do sistema nervoso autônomo, nos adolescentes. Essa resposta é controlada por uma área do cérebro chamada amígdala cerebelosa, e a equipe descobriu que os participantes que a tinham mais ativa eram mais propensos a desenvolver sintomas de depressão.
O estudo envolveu a presença de 132 adolescentes, entre eles caucasianos, não-hispânicos e com idades entre 11 e 15 anos de idade no início do experimento – de alta e baixa renda. Para o ensaio, foram mostradas a eles fotos de rostos assustados. Então, foram submetidos a exames cerebrais de ressonância magnética funcional, que registravam os níveis de atividade da amígdala.
A equipe descobriu que adolescentes mais pobres apresentaram níveis mais baixos de transporte da serotonina em torno do gene SLC6A4, que prevê atividade elevada da amígdala e, portanto, maior reatividade às ameaças e riscos percebidos. Além disso, todos os 132 foram monitorados ao longo de três anos. Logo, os que tiveram uma maior atividade nas amígdalas mostraram-se mais propensos aos sintomas de depressão, especialmente se a família já tivesse um histórico semelhante.
 Esta é uma das primeiras pesquisas a demonstrar que o baixo nível socioeconômico pode levar a mudanças na forma como os genes são expressos“, disse um dos pesquisadores, Johnna Swartz na revista Nature. “E ela mapeia isso através do desenvolvimento do cérebro para a experiência futura de sintomas de depressão”.
 É importante ter em mente que as amostras utilizadas para o estudo foi relativamente pequena. Dessa forma, são necessários mais testes para afirmar essa ligação entre a pobreza e depressão. A esperança é que, futuramente, uma maior compreensão nessa área possa ajudar na criação de estratégias personalizadas para a prevenção de depressão. As descobertas foram publicadas na revista Molecular Psychiatry. Foto: Pe. Djacy.
Créditos: Jornal Ciência

PT debate conjuntura e aprova resolução pela democracia

A Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores se reuniu ontem (31), em Brasília, com a presença do presidente nacional da legenda, Rui Faucão Na pauta, estiveram debates sobre a conjuntura política, eleições municipais de 2016 e encontros setoriais. O encontro, que ocorreu na sede nacional do PT, ainda contou com a participação do secretário de Comunicação e vice-presidente, Alberto Cantalice; do secretário de Finanças, Marcio Macêdo; de outros membros titulares da Comissão Executiva Nacional, do líder do PT na Câmara, Afonso Florence; e do presidente do PT-SP, Emídio de Souza.

A Executiva Nacional do PT aprovou o texto de resolução com o título de “Não ao Golpe, Fora Temer, Em defesa da democracia, Nenhum direito a menos!” que aborda os últimos fatos políticos ocorridos no país que envolvem o governo golpista de Michel Temer e confirmam o caráter golpista do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. 
No documento, o PT aborda o vazamento de áudios que derrubaram dois ministros golpistas: 

Romero Jucá e Fabiano Silveira. “Na última semana, pelo menos dois fatos confirmam o caráter golpista do processo de impeachment da presidenta Dilma: o vazamento dos diálogos gravados pelo ex presidente da Transpetro Sergio Machado e seus correligionários , como os ex-ministros Romero Jucá e Fabiano Silveira, e o anúncio das medidas econômicas propostas pelo governo golpista de Michel Temer”, diz o texto.

Além disso, o documento fala sobre a “compreensão sobre a natureza do golpe”, que cresce em diversos setores da sociedade brasileira. “Crescem as manifestações contra o golpe e em defesa da democracia no exterior, ganhando reforço e simpatia de muitos movimentos, partidos e blocos partidários. Merece destaque o papel da imprensa internacional no esclarecimento dos fatos e na produção de análises que oferecem expressivo contraponto aos setores da mídia brasileira oligopolizada que operou e tem sustentado o golpe”. Na resolução, o PT ainda faz um chamado para mobilizações contra o golpe e aprovou um “calendário de lutas”.
Créditos: Agencia PT

PF indicia presidente do Bradesco e mais nove pessoas na Operação Zelotes

A Polícia Federal (PF) indiciou o diretor-presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, e mais nove pessoas na Operação Zelotes. Dentre os indiciados, estão mais dois integrantes da direção do banco. O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) recebeu ontem (31) o relatório da PF sobre o inquérito. Os dez indiciamentos foram pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e tráfico de influência.

Agora, os procuradores da República vão analisar se a documentação recebida é suficiente ou se novas diligências deverão ser feitas. Caso o MPF considere que existem evidências suficientes, os indiciados poderão ser denunciados à Justiça Federal, 

A Operação Zelotes, da Polícia Federal, investiga um suposto esquema de venda de sentenças do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) para beneficiar empresas que foram multadas pela Receita Federal e a negociação de medidas provisórias a favor de empresas do setor automobilístico. O Carf é um órgão do Ministério da Fazenda ao qual contribuintes recorrem contra multas.

Em nota, o Bradesco nega que seus diretores tenham prestado serviços para o grupo investigado na Zelotes e acrescenta que Luiz Carlos Trabuco não participou de nenhuma reunião com o grupo. “O Bradesco informa que não houve contratação dos serviços oferecido pelo grupo investigado. [...] O Bradesco esclarece ainda que o presidente da instituição, Luiz Carlos Trabuco Cappi, não participou de qualquer reunião com o grupo citado”.

O banco lembrou que perdeu o processo que tinha no Carf, reiterando a ausência de qualquer acordo ilícito para se beneficiar junto ao órgão. “Cabe informar que o processo junto ao Carf, objeto da investigação, foi julgado em desfavor do Bradesco por unanimidade – 6 x 0, e encontra- se, agora, submetido ao Poder Judiciário. A companhia informa que jamais prometeu, ofereceu ou deu vantagem indevida a quaisquer pessoas, inclusive a funcionários públicos, para encaminhamento de assuntos fiscais ou de qualquer outra natureza”.
Créditos: Agencia Brasil

Governos europeus recusam negociar com Temer

 O eurodeputado Xavier Benito, do partido espanhol Podemos, enviou uma carta assinada por mais de 30 parlamentares do bloco à Alta Representante da União Europeia (UE) para Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, para que Bruxelas não negocie o acordo comercial com o Mercosul enquanto o presidente interino Michel Temer estiver no poder.

"O acordo comercial com o Mercosul", diz o documento, citado pela agência EFE, "não só se limita a bens industriais ou agrícolas, mas inclui outros afastados como serviços, licitação pública ou propriedade intelectual. Por isso, é extremamente necessário que todos os atores implicados nas negociações tenham a máxima legitimidade democrática: a das urnas".

Benito, que também atua como primeiro vice-presidente da delegação do Parlamento Europeu para as relações com o Mercosul, questiona a "legitimidade democrática necessária para um assunto desta magnitude".

"O mandato de Dilma Rousseff só pode ser mudado mediante o único método democraticamente aceitável: as eleições", afirma a carta, acrescentando que os eurodeputados compartilham "a preocupação expressada também pelo secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) e pela Unasul sobre a severa situação na qual Dilma Rousseff foi condenada por um Congresso doente de corrupção e claramente orientado por obscuras intenções".

"É necessário suspender as negociações entre a UE e o Mercosul já que tal acordo comercial não deveria ser negociado com o atual governo brasileiro", conclui o documento, exortando Bruxelas a dar "seu total apoio e envolvimento para o restabelecimento da ordem democrática no Brasil" Da Agência Sputnik Brasil. Fonte: Brasil247.
Créditos: Plantão Brasil

terça-feira, 31 de maio de 2016

Gravações revelam que conspiração contra Dilma é antiga

A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) disse nesta que os áudios gravados pelo ex-presidente da Transpetro Sergio Machado "revelam que o impedimento da presidente Dilma Rousseff foi uma conspiração e foi sacramentado como um golpe político e parlamentar".
Embora tenha sido crítica do governo Dilma e fizesse parte de um bloco de parlamentares independentes no Senado, Lídice afirmou que as chamadas pedaladas fiscais não foram o real motivo para a admissibilidade do‪ ‎impeachment, mas sim a motivação política dos partidos de oposição juntamente com o partido do presidente interino, Michel Temer (PMDB).
Em entrevista à rádio Tudo FM, Lídice da Mata também criticou as propostas de ajustes da equipe econômica de Temer.
"Os trabalhadores serão penalizados com o suposto motivo de deter a crise econômica. O atual governo e seus aliados querem implantar 'soluções' que lhes tiram os direitos , a exemplo do retardo na idade para aposentadoria e outros pacotes de maldades". (Brasil 247)
Créditos: WSCOM

Governo Temer marca fim da Constituição

Por trás das propostas da nova equipe do governo golpista está o desmonte da Constituição Federal Cidadã de 1988. Essa é a opinião de diversos economistas e pesquisadores entrevistados. Redução do papel do Estado, do SUS, do Bolsa Família: as propostas do governo golpista têm como pano de fundo reduzir a assistência e proteção social ao cidadão brasileiro que marcaram os últimos anos de governo.

Feita após intensa mobilização social logo após o fim da ditadura militar, a Constituição de 1988 inaugurou uma nova fase da política social brasileira. Foi a partir de então que certos direitos básicos como o acesso a saúde gratuita foram garantidos a todos. Até então, saúde pública era um direito apenas para quem tinha carteira assinada, por exemplo. Para instaurar as propostas , o novo governo golpista terá de efetuar, inclusive, mudanças constitucionais.

“O SUS (Sistema Único de Saúde) foi um marco civilizatório”, afirma a economista da Faculdade de Economia e Administração da USP Leda Paulani. Já , Marcio Pochmann presidente da Fundação Perseu Abramo, lembra que a Carta Magna de 1988 permitiu um sistema universal de proteção e promoção social. O novo ministro golpista da Saúde, Ricardo Barros, já afirmou que quer diminuir o tamanho do SUS.

Entre as propostas econômicas apresentadas na última terça-feira (24) pelo ministro Henrique Meireiles está o teto para gastos do governo. Segundo Paulani, para realizar essa proposta, será necessária uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para retirar as obrigatoriedades constitucionais de gastos mínimos com saúde e educação. “Com a Constituição do jeito que está hoje, não é possível ser feito. E como o Congresso é amigo desse novo governo, se não houver mobilização social, essa PEC vai passar”, afirma ela.

Para a economista, o golpe teve dois objetivos: retomar a agenda econômica neoliberal e vender as riquezas do país, como o pré-sal. O novo governo afirmou querer mudar o regime de partilha do pré-sal, retirando o papel da Petrobras na exploração da riqueza nacional.

Outro recorte que já foi sinalizado pelo novo governo será no programa Bolsa Família. Criado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o programa de transferência de renda oferece uma renda mínima para 13,9 milhões de famílias – 97% das famílias pobres do Brasil.  No documento apresentado pelo PMDB com as propostas para o país, é dito que o programa seria reduzido para apenas 3,4 milhões de famílias, numa estratégica de “focalizar” a distribuição do benefício.

Segundo estudo da Fundação Perseu Abramo, essa redução retiraria do programa a maioria das famílias pobres no Brasil. Até mesmo famílias em condição de extrema pobreza – renda per capita abaixo de US$ 1,25 por dia, segundo a ONU – estaria inteiramente coberta pela nova configuração do programa. Hoje, utilizando esse critério, 3,7 milhões de famílias se enquadram no patamar da extrema pobreza. O programa Bolsa Família oferece um benefício suficiente para que a família ultrapasse ao menos esse limiar. Com a mudança, 300 mil famílias ficariam descobertas.

Segundo o estudo da fundação, seriam economizados anualmente R$ 20,9 bilhões com o plano Temer. Parece muito, mas quando se compara aos R$ 500 bilhões gastos anualmente com o pagamento de juros da dívida, se percebe que não é tanto dinheiro assim. 

Para o economista Marcio Pochmann, essa modificação terá impactos no desempenho escolar, já que todas as crianças incluídas no programa recebem acompanhamento escolar. Além disso, contribuirá para desigualdades regionais, já que o Bolsa Família permitiu uma maior descentralização do desenvolvimento econômico.

Outro impacto será no sistema de sáude. Isso porque o Bolsa Família também promove acompanhamento na área da saúde. Além disso, ao retirar pessoas da extrema pobreza, ela permite condições melhores de vida, o que impacta diretamente na saúde da população. Por Clara Roman.
Para ler o estudo completo, clique aqui.
Créditos: Agencia PT

Doenças transmitidas por insetos matam mais de um milhão por ano

Os insetos são responsáveis pela transmissão de doenças que matam mais de um milhão de pessoas por ano em todo o mundo. Além dos óbitos, anualmente, registram-se bilhões de casos de patologias também transmitidas por insetos como malária, dengue ou febre-amarela. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças transmitidas por insetos vetores representam 17% de todas as doenças infecciosas.

A malária, transmitida pelo mosquito Anopheles aegypti, infestou mais de 214 milhões de pessoas e matou 438 mil em 2015. A Dengue, transmitida pelo Aedes aegypt, é a doença transmitida por mosquitos que mais tem crescido, tendo a sua incidência aumentado 30 vezes nos últimos 50 anos. Os mesmos mosquitos provocam outras doenças, como a febre-amarela, o vírus do Rio Nilo, a Chikungunya e o Zika, que já fez mais de um milhão e meio de casos no Brasil e que os cientistas associam a casos de microcefalia congênita.

A transmissão do agente patogênico (parasita no caso da malária e vírus no caso da dengue ou do Zika) ocorre através da picada do inseto e apenas as fêmeas picam, pois só elas se alimentam de sangue para produzirem ovos. No mundo, existem cerca de 3,5 mil espécies de mosquitos e graças à globalização – viajam com os humanos em automóveis, caminhões, navios e aviões – estão espalhados por todo o mundo. A maioria dos mosquitos, no entanto, não viaja longe sozinho. Se tiverem onde se alimentar e onde se reproduzir por perto, não se deslocam muito.

Na sua fase imatura, os mosquitos são seres aquáticos, que eclodem e se desenvolvem em água parada, onde se alimentam de algas microscópicas e onde, por sua vez, servem de alimento para peixes. Quando adultos, servem como alimento para aves, morcegos e aranhas. Desde a invenção do inseticida DDT em 1939, os humanos têm tentado acabar com os mosquitos, mas eles desenvolvem mencanismos de resistência a cada nova geração de veneno, tornando-se ainda mais fortes.

A entomologista do Instituto Pasteur de Paris Anna-Bella Failloux sentenciou: "simplesmente não conseguimos erradicar os mosquitos". Por isso, a solução é evitar ser picado, usando as técnicas disponíveis, como repelente e roupas largas e claras, recomenda a entomologista Carla Sousa, do Instituto de Higiene e Medicina Tropical.
Créditos: EBC