domingo, 19 de junho de 2016

MPF pede bloqueio de bens de Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil

Ministério Público Federal pediu o bloqueio de bens do ministro da Casa CivilEliseu Padilha. Os procuradores querem a condenação dele por improbidade administrativa e a devolução de R$ 300 mil. O ministro é suspeito de empregar, quando era deputado, uma funcionária fantasma no gabinete. A informação do pedido de bloqueio de bens foi publicada pela revista Veja e confirmada pela TV Globo.

Em nota, Padilha disse que a funcionária trabalhava na sua base eleitoral e que isso é permitido pela Câmara. O ministro também falou que espera o arquivamento da denúncia porque, segundo ele, as suspeitas estão baseadas em escutas e provas anuladas pelo Supremo Tribunal Federal.
Créditos: G1

Nova descoberta permite diminuir os efeitos colaterais da quimioterapia

quimioterapia
O Paclitaxel, também conhecido como Taxol, é um medicamento muito utilizado para o tratamento de câncer. No entanto, o remédio traz diversos efeitos colaterais para o paciente, como queda de cabelo, cãibras musculares e diarreia.
Pesquisadores americanos descobriram uma nova forma de administrar o remédio deixa a quimioterapia muito mais eficaz, além de utilizar 50 vezes menos medicamento. Segundo Elena Betrakova, farmacologista da Universidade da Carolina do Norte: “Isso é importante porque pode, no fim das contas, significar tratar os pacientes com doses menores e mais precisas de drogas quimioterápicas, resultando em um tratamento mais eficaz e com menos efeitos colaterais”, confirmou.
 A ideia não é uma novidade. Já haviam sido feitos experimentos com nanotecnologia, mas houve rejeição pelo sistema imunológico, pois os pesquisadores tentaram isolar o medicamento utilizando materiais plásticos. Os exossomos, segundo a pesquisadora, são “veículos de entrega” perfeitos, capazes de chegar às células cancerosas sem qualquer resistência ao medicamento. Para testar o novo sistema, os pesquisadores inseriram a droga Paclitaxel nos exossomos feitos a partir de células de ratos e depois aplicaram a mistura a uma placa de Petri com várias células cancerosas resistentes.
A conclusão foi que era necessário 50 vezes menos medicamento para matar essas células comparando ao uso comum de Paclitaxel. Além disso, os exossomos têm a capacidade de ajudar no diagnóstico do câncer. Quando testadas in vitro, as pequenas “embalagens” foram capazes de detectar e marcar células cancerosas de ratos.
A ideia ainda foi não testada em um corpo vivo. Sendo assim, o próximo passo da pesquisa é descobrir se o método é tão eficaz em ratos vivos quanto foi na experiência realizada nas placas de Petri. A pesquisa foi publicada na revista Nanomedicine Journal. 
Esses materiais eram vistos como uma ameaça pelas células de proteção do corpo e eram rapidamente destruídos e impedidos de chegar ao local de ação. Por isso, os cientistas resolveram optar por uma alternativa mais natural, utilizar as células brancas (leucócitos) do próprio paciente para “camuflar” o medicamento e fazer com que ele chegue ao local desejado. “Ao usar exossomos (uma espécie de ‘embalagem’ feita com os leucócitos) de células brancas, nós embrulhamos o remédio em uma capa de invisibilidade que o esconde do sistema imunológico”, explica Batrakova.
Science Alert News Medical / Science Daily  / Foto: Reprodução / Wikipédia)
Créditos: Jornal Ciência

‘Carta aos Brasileiros’ trará compromissos de Dilma

Enquanto senadores contrários ao impeachment, movimentos sociais e entidades da sociedade civil discutem neste final de semana propostas para a reunião com a presidenta Dilma Rousseff de terça-feira (21), integrantes do PT e aliados mais próximos da presidenta afastada já falam nos termos da nova versão da “Carta aos Brasileiros”.

A reunião vai discutir um acordo que garanta a convocação, por ela, em caso de retornar ao governo, de plebiscito sobre novas eleições. E esse documento, a “Carta”, que pode ser divulgado em breve, será uma espécie de compromisso a ser firmado por Dilma. Traçará a sua proposta para a formação de um novo pacto social no país.
De acordo com assessores e ex-ministros próximos da presidenta, a chamada “Carta” trará propostas concretas voltadas para ações nas áreas de Educação, Saúde e continuação plena de programas como o Minha Casa, Minha Vida. Além de mudanças na área econômica que levem em conta o que deseja a sociedade, como de regras na Previdência devidamente discutidas com os trabalhadores, e a reforma política.
A presidenta, no entanto, já deixou claro que para que a carta seja divulgada e seja feito tal acordo – conforme vem sendo costurado (principalmente no Senado, pelos integrantes da comissão do impeachment ligados ao PT e ao seu governo) – são necessárias duas premissas. A primeira, o restabelecimento democrático do país, ou seja: o seu retorno ao cargo.
Dilma insiste, nas reuniões e conversas com os políticos que têm recebido no Palácio da Alvorada, que não considera o governo provisório de Michel Temer um governo legítimo e, por isso, não pode falar em apoio a plebiscito num país que teve a sua democracia ferida.
A outra premissa é o discurso que ela tem pregado em todas as suas viagens, país afora, nas últimas semanas: que não conseguirá fazer pacto com a retirada de direitos sociais e direitos dos trabalhadores já conquistados e garantidos.
A ideia, neste caso, é lembrar que embora viesse falando em reforma da Previdência no início deste ano, o que vinha sendo desenhado pelo seu governo, segundo um assessor que foi diretor no ministério da Previdência, era de uma reforma ampla, cujo impacto viesse a ser observado não sobre os trabalhadores que ainda estão na ativa e vão se aposentar nos próximos 10 ou 15 anos. Mas regras de transição que permitissem as mudanças para quem está entrando agora no mercado de trabalho e, portanto, só pensará em se aposentar por volta de 2038 ou 2040.
“Uma coisa é certa, a 'Carta aos Brasileiros' tem como um dos intuitos alinhar o governo da presidenta mais para a esquerda, fazendo com que o restante de gestão seja marcado por maior participação dos movimentos sociais nas políticas públicas e maior integração”, disse ontem (17) um deputado do PT, ao comentar sobre o documento.
Ninguém confirma se a carta será lançada antes ou depois da votação do processo do impeachment pelo Senado, embora existam indicativos de que, dependendo do teor da reunião de terça-feira, ela seja divulgada ainda esta semana.
Para alguns integrantes do PT, seria uma forma de mandar um recado aos movimentos sociais e ao mercado sobre o comprometimento da presidenta com alguns itens que teriam “saído do rumo” nos últimos anos do seu primeiro governo e no primeiro ano do segundo, conforme disse um ex-ministro. “Principalmente na área econômica”, observou o mesmo ex-ministro.
Por outro lado, seria uma maneira de destacar para a sociedade civil a intenção da presidenta de trabalhar mais próxima dos anseios destas entidades. Para um assessor da presidenta que continua com cargo no Executivo trabalhando à sua disposição, um dos itens a serem enfatizados neste documento será a comparação da situação de Dilma no caso das mencionadas pedaladas fiscais – que se transformaram na base para o pedido de impeachment – com as mudanças feitas pelo governo provisório de Michel Temer junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A medida foi anunciada pelo atual ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, como uma das alternativas para conter os gastos públicos. Consiste na devolução, pelo BNDES, de pelo menos, R$ 100 bilhões em recursos repassados pelo Tesouro Nacional nos últimos anos. Tem sido considerada como “absurda” pelos mais críticos e chegou a ser mencionada como uma "pedalada do Temer".

Retomada de programas

"Dilma deverá mostrar os estragos da condução da economia nesse governo, os cortes feitos nas áreas sociais e prometer a continuidade da priorização dos programas que estavam em curso quando ela estava no cargo", observou esse assessor.
Outro item mencionado por aliados da presidenta é uma abordagem que poderá ser feita, na carta, de ameaças às estatais e ao pré-sal para o capital estrangeiro pelo governo provisório, com sugestões e propostas de retomada de antigas metas que vinham sendo adotadas anteriormente, no sentido de evitar a privatização destes órgãos.
Apesar do suspense que vem sendo feito, principalmente pelos parlamentares, em torno do tema, a presidenta deu sinais do tom desta carta na última sexta-feira, durante sua passagem por Recife (PE), quando afirmou que não pretende negociar pacto sem retomar o mandato.
Em sua fala, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde foi homenageada por alunos e professores, Dilma disse que “não há pacto possível com um governo ilegítimo”. Mas, ao mesmo tempo, ressaltou que está dialogando com os setores.
Diante de uma grande questão que é garantir a governabilidade caso retorne ao Planalto, Dilma tem afirmado que não considera essa uma questão relativa ao seu mandato nem à sua volta, já que a governabilidade passa pelo referido pacto “para que sejam reconstruídos os processos democráticos no país como um todo”. “Há, cada vez mais, a consciência de que o pacto que governou o Brasil desde 1988, a partir da Constituição cidadã, foi rompido e dilacerado. Então, vamos ter que necessariamente reconstruir os processos democráticos no país”, afirmou.
Outro tema que pode vir a ser mencionado pela presidenta é a sua responsabilidade em fazer com que possam continuar atuando de forma republicana as instituições federais, e que investigações como a Lava Jato, tenham continuidade.
Em Recife, ela reiterou o que já vinha afirmando: que o projeto político do governo interino tem como um dos objetivos conter as investigações da Lava Jato. E lembrou os últimos acontecimentos – referentes à delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e à queda do ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves – como exemplos.
O encontro que está programado para acontecer terça-feira no Palácio do Alvorada terá o mesmo formato do que foi realizado esta semana, que contou com representantes do chamado “grupo dos 22”, do qual fazem parte senadores que votaram contra o seu impeachment, em maio passado. Além de representantes do PT, PCdoB, PDT, Central de Movimentos Populares (CMP), as centrais sindicais CUT e CTB, MST (sem-terra), MTST (sem-teto) e UNE (estudantes). Terá, ainda, a presença de pelo menos três ministros afastados: Ricardo Berzoini, Aloísio Mercadante e Jaques Wagner.

Efeito das delações premiadas

A divisão existente hoje, segundo parlamentares, está relacionada ao plebiscito. Um grupo acha que se tiver de voltar, a presidenta deve aguardar o efeito das delações premiadas homologadas  nos últimos dias e as próximas que serão divulgadas até a votação final do impeachment. Consideram que, por si só, serão suficientes para provocar um efeito bombástico no governo de Temer e garantir a derrubada do processo de impeachment.
Essa ala de aliados da presidenta afastada acha, também, que se Dilma tiver de voltar, é melhor permanecer no cargo até 2018 para garantir condições para uma nova posição do PT nas próximas eleições presidenciais e sair mostrando que conseguiu adiantar os programas que vinham sendo executados desde 2010. Alguns, desde 2002, no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Por outro lado, senadores que apoiam o retorno da presidenta negociam com os pares que votaram pelo seu afastamento uma mudança de posição, com a condição de que, voltando, Dilma envie a proposta de plebiscito sobre novas eleições ao Congresso.
O outro grupo defende que o Brasil clama por realização de eleições presidenciais, diante dos escândalos envolvendo os mais diversos partidos. E entende que voltar ao governo acenando para a participação popular na escolha do que fazer será um bom sintoma de que a presidenta está disposta a retomar a normalidade democrática do país, como ela mesma tem propagado.
A primeira versão da “Carta ao Povo Brasileiro” foi lançada em 2002, durante a campanha do ex-presidente Lula. O documento especificou seus compromissos com o governo a serem assumidos se ganhasse a eleição e serviu, na época para ajudar a acalmar os temores do mercado financeiro – que vinha recebendo enxurradas de informações sobre “possíveis perigos” a serem observados caso o petista assumisse o poder.

sábado, 18 de junho de 2016

Governo interino paga Bolsa Família sem reajuste; Dilma critica decisão

O Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário informou que o pagamento dos benefícios do Bolsa Família de junho começou a ser feito ontem (17) sem o reajuste de 9%, que estava previsto para ser aplicado a partir deste mês e foi anunciado na gestão de Dilma Rousseff. De acordo com o ministério, o atual governo está fazendo uma avaliação nos cortes promovidos pela gestão anterior para poder conceder o reajuste. Em ato no Recife, mais cedo, a presidenta afastada Dilma Rousseff  chamou de "mesquinharia" o não pagamento do reajuste.
“O governo Dilma ficou dois anos sem dar reajuste no Bolsa Família. Estamos fazendo uma avaliação nos cortes promovidos pelo governo anterior, que chegam a R$ 1,6 bilhão, para poder conceder o reajuste”, informou o ministério.
O reajuste de 9% no Bolsa Família foi concedido pelo governo anterior por meio de um decreto publicado no dia 6 de maio, uma semana antes da votação do processo de impeachment de Dilma no Senado. Na época, o governo disse que o valor médio do benefício médio pago para 13,8 mil famílias passaria de R$ 162 para R$ 176 mensais.
Em ato público no Recife, a presidenta afastada disse que há recursos para o pagamento do reajuste. "Hoje eles não pagaram o reajuste do Bolsa Família, de 9%, que nós tínhamos deixado os recursos e aprovado direitinho. Quanto custa isso? Menos de um bilhão de reais. Mas ao mesmo tempo eles vão e aumentam o déficit, e dentro do déficit dão aumento a todos que lhes interessam. Pro povo pobre desse país um bilhão é muito. Para os ricos 56 bilhões é pouco", disse.
A presidenta afirmou que a decisão "é uma mesquinharia com o povo pobre desse país e mostra o verdadeiro intuito desse governo provisório, ilegítimo e interino, que é reduzir o máximo que puderem os direitos conquistados, os direitos sociais. Os direitos de cada um dos brasileiros, principalmente os mais pobres".
O pagamento do benefício começou a ser feito hoje e segue até o dia 30, conforme previsto no calendário do programa. No dia de hoje, recebem os beneficiários com o número de identificação social (NIS) de final 1. O ministério diz que estão sendo transferidos mais de R$ 2,2 bilhões às famílias beneficiárias.
Recife
Na capital pernambucana, Dilma participou de manifestação organizada pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo. O ato “Mulheres com Dilma pela democracia e contra a violência" foi realizado na Praça do Carmo, centro do Recife. Foi a segunda agenda da presidenta afastada na cidade. No início da tarde, ela participou de um ato na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), onde recebeu apoio de professores, técnicos e alunos de universidades públicas, além de funcionários de órgãos de pesquisa nacionais e do reitor da UFPE, Anísio Brasileiro. 
No ato com mulheres, a presidenta afastada voltou a criticar projetos do governo Temer, como a criação de um teto de gastos públicos vinculado ao crescimento da inflação, e também a falta de representatividade da diversidade brasileira na equipe ministerial interina. “É um governo de homens brancos ricos e velhos”.
Além de movimento de mulheres, parte da equipe do longa-metragem pernambucanoAquarius, selecionado para o Festival de Cannes, esteve presente. No festival, ocorrido na França em maio, o grupo fez um protesto com cartazes criticando o processo de impeachmentno país e afastamento de Dilma da presidência.
“Queria cumprimentá-la. É uma presença muito simples, muito rápida”, disse o cineasta e diretor do longa-metragem Kleber Mendonça Filho. “Acho que o que acontece no país é extremamente sério, e se você tem um ponto de vista e tem um posicionamento, e é importante defender esse posicionamento”.
A atriz Maeve Jinkings defendeu que o impeachment é uma tentativa de barrar a Operação Lava Jato. “Acho que o impeachment é uma ferramenta para livrar alguns políticos, que estão articulando o processo, para se livrar da cadeia, da punição. São pessoas que reproduzem o que eles próprios apontam como errado. A gente tem que discutir reforma política e devolver o cargo da presidenta”.
A estudante do ensino médio, Eveline Marinho, 17 anos, também participou do ato. “Acho que a gente está num momento do país que não dá para ficar imparcial. Não dá para ser mais a bela, recatada e do lar. A nossa presidenta sofreu um golpe machista, e a gente como jovem, estudante e futuro do país tem que se posicionar. A juventude não está aliendada, está na rua lutando pela democracia”, disse, acrescentando que não participou de eventos anteriores sobre o impeachment.

Impeachment: técnicos não viram incompatibilidade de decretos com meta fiscal

A Comissão Processante do Impeachment encerrou a reunião de ontem (17) com o plenário já esvaziado, após serem ouvidas cinco testemunhas de defesa, entre elas o ex-ministro da Fazenda do governo da presidente afastada Dilma Rousseff, Nelson Barbosa, e o da Educação, José Henrique Paim.
Depois deles, também foram ouvidos técnicos do governo. 

O primeiro foi o diretor do Departamento de Programas de Infraestrutura da Secretaria de Orçamento Federal, Zarak de Oliveira Ferreira, que afirmou que a edição dos decretos de suplementação orçamentária editados pela presidenta afastada Dilma Rousseff não prejudicaram a execução da meta fiscal.


“A abertura de decretos, por si só, não afeta a meta de resultado primário, porque, na verdade, é uma disponibilidade orçamentária que estou acrescentando ao meu orçamento. Ela efetivamente vai impactar no meu resultado quando ela for paga, ou seja, depois de empenhada, liquidada e paga”, disse.
Depois foi a vez do analista de Planejamento e Orçamento do Ministério do Planejamento, Antonio José Chartack Carmelo, que reiterou o que foi dito pelo colega e também afirmou que a edição dos decretos não prejudica o cumprimento da meta fiscal.

“A abertura de crédito suplementar ou de qualquer modificação orçamentária não afeta a meta do resultado primário. A abertura do crédito não sensibiliza os limites de movimentação, de empenho e de pagamento. Esses limites são definidos após a avaliação bimestral que ocorre. Em função da avaliação bimestral, se for o caso, você edita os decretos de programação orçamentária e financeira”, disse. 

A última testemunha ouvida, já no início da noite de hoje, foi o também analista de Planejamento Georgimar Martiniano de Sousa, que afirmou que sua atuação é restrita ao departamento de despesa e que faz apenas a avaliação de mérito sobre os pedidos de suplementação. “Eu não vejo a questão, na minha atribuição, de ajuste fiscal”, afirmou. Questionado se ele foi alertado sobre qualquer irregularidade na edição dos decretos, por parte do Tribunal de Contas da União (TCU), o técnico disse que não foi alertado.
Créditos: Agencia Brasil

Chá verde ajuda a emagrecer

Você já ouviu falar por aqui que o chá verde é um grande aliado da dieta, certo? Mas a antiga bebida, que já é usada há séculos na medicina chinesa, tem chamado a atenção dos cientistas.
O chá e seus extratos possuem grande potencial para diminuir o risco de várias doenças e males como: câncer, pressão arterial, colesterol e até mesmo a doença de Alzheimer. Além disso, estudos recentes ainda descobriram que um composto em particular do chá verde, conhecido como EGCG, pode melhorar o funcionamento de uma determinada parte do corpo: o cérebro.
Em 2014, uma equipe da Universidade de Basel, na Suíça, deu extratos de chá verde a 12 voluntários saudáveis e fotografou seus cérebros para acompanhar as mudanças na conectividade em certas regiões. Foi dado, aos participantes, bebida com extratos equivalentes a uma ou duas xícaras de chá verde. Depois de quatro doses semanais, a equipe detectou maior conectividade nas regiões do cérebro associadas à memória.
Desde a publicação dessa pesquisa, o interesse pelo assunto tem crescido no meio dos pesquisadores. Agora, os estudiosos querem se aprofundar nos benefícios que a erva pode trazer aos sintomas de certas doenças neurológicas e distúrbios psiquiátricos.(NSN).
Créditos: WSCOM

SP anuncia medidas para atendimento à população de rua

Haddad anuncia medidas para atendimento à população de rua
O prefeito de São Paulo Fernando Haddad, informou, em coletiva de imprensa que publicará um decreto em que estabelece regras e protocolos criteriosos de como os agentes públicos municipais devem agir com a população de rua. “Um decreto claro pode ajudar àqueles que estão servindo a cidade a respeitar os limites impostos pela nossa visão de Direitos Humanos”, afirmou o prefeito, que ainda garantiu que o decreto pode ser alterado caso na prática se mostre insuficiente.

O secretário municipal de Direitos  Humanos, Felipe de Paula, afirmou que o Comitê Pop Rua (um comitê da prefeitura com participação popular que visa construir uma política que garanta cidadania à população de rua) está finalizando uma política clara aos sem-teto. “A gente vai avançar em transparência, previsibilidade e regras. As subprefeituras a partir de agora têm um dever de transparência ativa, deve divulgar previamente onde ocorrerão as ações de zeladoria. Deve-se deixar claro ao morador de rua o que está acontecendo, o que pode e o que não pode ser levado”.

O secretário destacou que objetos pessoais, documentos, instrumentos de trabalho e itens de sobrevivência (como colchonetes, travesseiros e cobertores) nunca puderam ser retirados, mas que agora as regras estão muito explícitas a todos os agentes municipais. Ele ainda afirmou que há dois avanços adicionais. O primeiro é que a Secretaria de Direitos Humanos e o Comitê Pop Rua passam a participar da formação dos agentes da cidade para deixar clara como deve ser a abordagem e atuação aos moradores de rua. 

A segunda novidade é que nasce um grupo de monitoramento das ações dentro do Comitê Pop Rua, com a participação da sociedade civil, agentes públicos, da Defensoria Pública e do Ministério Público. “Se tiver denúncias e abusos, isso será apurado. A orientação está dada e é bastante clara”, encerrou o secretário.

Durante a coletiva, Haddad explicou que a construção de moradias improvisadas em praças públicas, em especial da região central, prejudica os moradores de rua em vez de ajudá-los. “O problema da construção dessas comunidades em praças é que o tráfico começa a controlar o local. É o pior que pode acontecer com o morador de rua. Se o tráfico controla, o poder público não consegue agir”.
Haddad lembrou que em 17 praças do Centro – como Largo de São Francisco, Parque dom Pedro e Praça Marechal Deodoro – havia moradias no início de sua gestão. Ele contou ter conversado pessoalmente com os moradores e compactuado sobre a desmobilização dos barracos.
Créditos: Agencia PT