domingo, 20 de novembro de 2016

Transporte aéreo gera 41,7 mil empregos e R$ 2 bilhões na economia da Paraíba

Com 41,7 mil empregos gerados e participação de R$ 2 bilhões na economia da Paraíba, o setor aéreo poderia alcançar voos mais altos no estado. É o que revela o estudo “Voar por mais Brasil”, lançado durante evento no Brasília Palace Hotel, em Brasília, pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). O levantamento, feito com base em dados de 2015, detalhou a situação do segmento de aviação civil de cada estado e apontou gargalos enfrentados pelas empresas. No caso específico paraibano, um dos entraves é o elevado custo do querosene de aviação, que sofre cobrança de 18% de ICMS, um dos mais elevados do país.
O estudo apontou que a participação do setor aéreo na economia da Paraíba representa receita específica de 0,4%. O segmento gerou com pagamento de salários R$ 375 milhões e injetou em impostos R$ 158 milhões.  Mesmo assim, a Paraíba utiliza pouco o setor aéreo. A taxa de embarque média por habitante é de 0,19 anual. Para efeito de comparação, o vizinho Rio Grande do Norte alcançou no mesmo período índice de 0,36, ou seja, quase o dobro do indicador paraibano.
Segundo o consultor técnico da Abear, Maurício Emboara, que esteve à frente da apuração e análise dos dados, em média no mundo a taxação de impostos nos bilhetes aéreos é de 28%, mas o Brasil possui a cobrança regionalizada do ICMS, que varia de unidade da federação para outra, mas que faz decolar a cobrança de impostos nas passagens para a média de 38%. "É um absurdo. Dificulta o crescimento do turismo interno no Brasil".
Quanto questionado sobre o caso particular da Paraíba, que aplica cobrança de 18% de ICMS, revela que segue o padrão nacional. "Cabe ao Governo do Estado, a formulação de políticas públicas de desenvolvimento. E isso passa por impostos. A cobrança de 18% de ICMS não tem paralelo em outros lugares do mundo. Só no Brasil", frisou.
Maurício Emboara ressalta que os governos costumam se apegar à cobrança de impostos, mas esquecem que taxações mais baixas não representam perdas, porque elas facilitam o crescimento dos setores produtivos e acabam resultando em maior arrecadação mais à frente, pois aquece a economia.
Além da pane causada pelos altos impostos cobrados, o que se reflete nos demais estados da federação, Maurício Emboara chama  atenção para uma particularidade da Paraíba. A pequena distância física com capitais vizinhas como Recife e Natal, favorece a concorrência do sistema rodoviário com o aéreo. Muitas vezes, passageiros paraibanos optam por embarcar em voos com saídas destas cidades, contribuindo, assim, para o crescimento do setor aéreos destes estados. Ele lembra que a distância de João Pessoa para Recife é de apenas 108 quilômetros e para Natal 159 quilômetros e que o percurso é bem servido pela BR-101, que há poucos anos foi duplicada e está em excelentes condições.
Porém, mesmo com a concorrência, ele acredita que há espaço para crescimento do setor da aviação no estado. "Uma reavaliação da taxa de cobrança de ICMS já seria um incentivo importante", resume.
A Paraíba possui dois aeroportos inseridos na malha aérea nacional: Castro Pinto, em João Pessoa, e João Suassuna, em Campina Grande, que não operam voos internacionais regulares. Os destinos diretos de voos partindo do estado são apenas três: São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília.
Cargas em números
Em 2015, foram transportados via aérea no estado 857 toneladas em cargas, sendo São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília os principais destinos . O transporte aéreo de cargas pelos feitos através dos aeroportos Castro Pinto, em João Pessoa, e o João Suassuna, em Campina Grande têm como destino São Paulo (40%), Brasília (25%) e Rio de Janeiro (23%).
Multiplicação por sete
A importância do setor aéreo para a economia e as possibilidades de crescimento podem ser percebidas por uma equação usada a partir dos dados levantados na pesquisa da Abear. A aviação multiplica os investimentos feitos no setor por quase sete na forma de retorno econômico para o estado. A conta funciona da seguinte maneira. Os custos com aviação na Paraíba somaram em 2015 cerca de R$ 300 milhões, porém, o retorno financeiro para o estado chegou à casa de R$ 2 bilhões, resultado da cobrança de impostos, pagamento de salários, na cadeia produtiva que cerca a aviação e os negócios relacionados ao segmento.
Créditos: Paraíba Total

sábado, 19 de novembro de 2016

Defesa de Lula pede prisão de Moro por abuso de autoridade

sergio moro lava jato
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolou nesta sexta-feira, 18, uma queixa-crime subsidiária contra o juiz federal Sérgio Moro, pela prática de abuso de autoridade. Se considerado culpado, Moro pode cumprir pena de detenção de dez dias a seis meses, além de sofrer outras sanções civis e administrativas, inclusive a suspensão do cargo e até mesmo a demissão.
Os advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira lembram a representação contra Moro, feita ainda em junho na Procuradoria Geral da República (PGR), por abuso de autoridade nas ações da condução coercitiva de Lula, na busca e apreensão de bens e documentos de Lula e de seus familiares e na interceptação telefônica de Lula, seus familiares e advogados.
"Diante disso, o artigo 16 da Lei 4.898/65 autoriza que a vítima de abuso de autoridade, no caso Lula e seus familiares, possa propor diretamente a ação penal por meio de peça denominada "queixa-crime subsidiaria", tal como a que foi protocolada nesta data perante o Tribunal Regional Federal da 4ª. Região, que tem competência originaria para conhecer e julgar ações penais contra agente público investido nas funções de juiz federal na circunscrição de Curitiba", explicam Zanin e Teixeira em nota.
No mesmo dia em que sua defesa entrou com nova representação contra Moro, o ex-presidente Lula participou de visita à Vila Soma, a maior ocupação urbana do Brasil, localizada no município de Sumaré em São Paulo. Lá moram cerca de 10 mil pessoas que lutam pelo direito à moradia. A ocupação é organizada pelo MTST e fica em um local que estava abandonado há 25 anos. 
Leia na íntegra a nota dos advogados de Lula:
"Nota
Na qualidade de advogados do ex-Presidente Luiz Inacio Lula da Silva, sua esposa e filhos ingressamos na data de hoje (18/11/2016) com queixa-crime subsidiária contra o agente público federal Sergio Fernando Moro, em virtude da prática de abuso de autoridade.
Em 16/6/2016, Lula e seus familiares protocolaram na Procuradoria Geral da Republica uma representação, na forma do artigo 2º. da Lei 4.898/65, pedindo providências em relação a fatos penalmente relevantes praticados pelo citado agente público no exercício do cargo de juiz da 13ª. Vara Federal Criminal de Curitiba. Os fatos relatados são os seguintes:
(i) a condução coercitiva do ex-Presidente, para prestar depoimento perante autoridade policial, privando-o de seu direito de liberdade por aproximadamente 6 (seis) horas;
(ii) a busca e apreensão de bens e documentos de Lula e de seus familiares, nas suas respectivas residências e domicílios e, ainda, nos escritórios do ex-Presidente e de dois dos seus filhos (diligências ampla e estrepitosamente divulgadas pela mídia) e, mais,
(iii) a interceptação das comunicações levadas a efeito através dos terminais telefônicos utilizados pelo ex-Presidente, seus familiares, colaboradores e até mesmo de alguns de seus advogados, com posterior e ampla divulgação do conteúdo dos diálogos para a imprensa.
A ilegalidade e a gravidade dessa divulgação das conversas interceptadas foi reconhecida pelo Supremo Tribunal Federal, por meio de decisão proferida nos autos da Reclamação 23.457.
Até a presente data, nenhuma providência foi tomada pelo Ministério Publico Federal após a citada representação. Essa situação está documentada em ata notarial lavrada pelo notário Marco Antonio Barreto De Azeredo Bastos Junior, do 1.º Ofício de Notas e Protesto de Brasília, Distrito Federal, que acompanhou advogados de Lula e seus familiares em diligências específicas para a obtenção de informações sobre a mencionada representação.
Diante disso, o artigo 16 da Lei 4.898/65 autoriza que a vítima de abuso de autoridade, no caso Lula e seus familiares, possa propor diretamente a ação penal por meio de peça denominada "queixa-crime subsidiaria", tal como a que foi protocolada nesta data perante o Tribunal Regional Federal da 4ª. Região, que tem competência originaria para conhecer e julgar ações penais contra agente público investido nas funções de juiz federal na circunscrição de Curitiba.
Após expor todos os fatos que configuram abuso de autoridade, a petição pede que o agente público Sergio Fernando Moro seja condenado nas penas previstas no artigo 6º. da Lei 4.898/65, que pune o abuso de autoridade com detenção de dez dias a seis meses, além de outras sanções civis e administrativas, inclusive a suspensão do cargo e até mesmo a demissão.
Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira"
Fonte: Brasil 247.
Créditos: WSCOM

Volkswagen vai cortar 30 mil postos de trabalho

A matriz da Volkswagen, na Alemanha, anunciou nessa sexta-feira um plano para melhorar a rentabilidade e a competitividade da empresa. As medidas incluem eliminar cerca de 30 mil postos de trabalho:  23 mil deles, na Alemanha, 5 mil no Brasil e 2 mil na argentina.
Mas não se trata de demissões forçadas. 

A maioria dos casos será de antecipação da aposentadoria, sem reposição da vaga.
Em comunicado, a filial brasileira informou que, no país, parte da meta já foi cumprida neste ano, por meio de dois mil acordos de desligamento voluntário.

Com o chamado “plano para o futuro”, a empresa alemã pretende economizar quase quatro bilhões de euros por ano até 2020, fazer uma total reformulação da marca e investir em carros elétricos e veículos autônomos, para competir melhor na indústria automobilística do futuro. A decisão foi tomada também no contexto do escândalo de manipulação das emissões de veículos a diesel, no ano passado, que gerou prejuízos bilionários à multinacional. Foto:EBC.
Créditos: EBC

Arena Corinthians não apresenta riscos, diz MP

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A Promotoria de Habitação e Urbanismo do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) informou que foi feita vistoria no Estádio Arena Corinthians pelos técnicos do Centro de Apoio à Execução do MP, concluindo que “não há risco para a utilização do estádio, assim como para o estacionamento” durante eventos esportivos e de natureza diversa.
No dia 3 de novembro, o MP havia determinado que uma vistoria fosse feita no estádio para verificar as condições de segurança do local. De acordo com o órgão, já havia um inquérito civil em andamento em fase de perícia das condições de infraestrutura do estádio.
A Construtora Odebrecht havia negado, na ocasião, que existissem riscos ao público na Arena Corinthians, localizada na zona leste da capital paulista. Em 1º de novembro, após uma inspeção na arena, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) identificou indícios de vazamento no local. 
A empresa responsável pelo abastecimento de água na cidade disse que alertou em fevereiro o Corinthians sobre o excesso de consumo no estádio, “o que sinalizaria um vazamento interno”, segundo comunicado da companhia.
Reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo dizia que havia possibilidade de deslizamento no estacionamento do estádio devido a um vazamento de água. Ao lado do espaço destinado a acomodar os carros do público da arena passa a Avenida Radial Leste, que liga o centro paulistano à zona lesta da cidade. Da Agencia Brasil. Foto: Rádio Sorriso.
Créditos: Brasil 247

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Crise virou desculpa para desmonte e entrega da indústria naval, diz Lula

O ex-presidente Lula participou onem, (17) de ato em defesa da indústria naval em Angra dos Reis (RJ). Ao lado de trabalhadores e líderes sindicais, Lula alertou para o desmonte promovido no setor e a determinação do governo atual em entregar fatias estratégicas da produção de navios petroleiros e sondas a grupos estrangeiros. 

Durante os governos de Lula e Dilma, o número de empregos na indústria naval aumentou 26 vezes: passou de 3 mil, no final do governo neoliberal que precedeu o PT, a 78 mil trabalhadores. “Vim aqui em 2010 e isso aqui estava bombando de trabalhadores; agora parece que estamos no inferno. Precisamos de luta”, disse o ex-presidente. Segundo ele, vivemos “um desmonte da indústria naval brasileira”. 

O governo Temer e seus partidos aliados sinalizam, entre outras coisas, com a entrega da produção do Pré-Sal a empresas estrangeiras. Esse movimento pode enfraquecer toda a cadeia produtiva petrolífera ao enviar os lucros e parte importante da produção para fora do país. “Se a direção da Petrobras resolver comprar navios e sondas fora, eles vão engordar os estrangeiros e vocês vão ficar desempregados”, explicou Lula aos trabalhadores.

Usando a economia como desculpa, Temer e setores da elite brasileira promoveram um impeachment ilegítimo, mas não conseguiram entregar o que prometeram. ”Eles tiraram a Dilma num golpe, disseram que o país ia melhorar e faz cinco meses que vocês só ouvem falar em crise”, disse Lula. 

É hora de tomar uma atitude, afirmou o ex-presidente: ”Não existe outro remédio: é preciso reagir enquanto é tempo”. “Vocês sabem que este país mudou para melhor e não podemos deixar que retroceda. "Nós provamos que, quando o pobre tem um pouco de dinheiro, a economia cresce. Ele se torna consumidor e tudo melhora nesse país.”
Créditos:Lula.com

Delator muda versão e diz que não houve propina na campanha de Dilma e Temer

O empreiteiro Otávio Marques de Azevedo, um dos delatores da Operação Lava Jato, disse ontem (17) em depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que não houve doação eleitoral em forma de propina para a chapa da campanha presidencial Dilma-Temer de 2014.  Azevedo é ex-presidente da Andrade Gutierrez.
Segundo advogados que presenciaram a audiência, Azevedo retificou depoimento prestado anteriormente no qual confirmou os repasses em forma de propina para os comitês da ex-presidenta Dilma e do então vice, Michel Temer.

O delator foi chamado a depor novamente na Justiça Eleitoral por determinação do ministro Herman Benjamim, que atendeu pedido feito pelos advogados da campanha de Dilma.Os defensores afirmaram  ao TSE que cerca de R$ 1 milhão, valor que teria sido recebido de propina pela empreiteira e repassado como doação de campanha, foram transferidos em julho de 2014 para o diretório nacional do PMDB, e não do PT, como disse Azevedo em um primeiro depoimento.

De acordo com o advogado Flávio Guedes, representante do PMDB,  Azevedo retificou seu depoimento e disse que todas as doações feitas ao partido e para Dilma foram legais, inclusive o repasse que consta em um cheque de R$ 1 milhão repassado à campanha de Temer.

"Foi um depoimento de retificação em que ele apresentou a nova versão dizendo que se equivocou em relação ao primeiro depoimento e que, ao contrário do que disse, não houve da Andrade Gutierrez, nenhum valor de propina para a campanha presidencial de 2014." disse Guedes.

O advogado da campanha de Dilma, Flávio Caetano, também confirmou que Otávio de Azevedo reconheceu que "não houve nenhuma propina e nenhuma irregularidade na campanha de Dilma e de Temer".
"Dos 25 testemunhos de acusação, era o único que tinha dito que tinha alguma irregularidade na campanha. Hoje cai por terra toda e qualquer acusação de irregularidade na arrecadação da campanha de Dilma e Michel Temer", afirmou Caetano.

Após o depoimento, que durou cerca de duas horas nesta noite, Azevedo foi abordado pela imprensa e evitou fazer comentários sobre seu depoimento, mas disse que está "tranquilo".
"Da minha parte estou bastante tranquilo, como vejo que tem que ser. Vamos continuar olhando para a frente. Olhando para essa caminhada para a frente".

Em dezembro de 2014, as contas da campanha de Dilma e do então vice-presidente Michel Temer foram aprovadas, por unanimidade, no TSE. No entanto, o PSDB questionou a aprovação por avaliar que havia irregularidades nas prestações de contas apresentadas por Dilma, como doações suspeitas de empreiteiras. Conforme entendimento atual do tribunal, a prestação contábil da chapa é julgada em conjunto. Foto: NH.
Créditos: Agencia Brasil

Papa diz que críticas de cardeais não tiram seu sono

Em entrevista ao maior jornal católico da Itália, o Avvenire, o papa Francisco disse que a carta que recebeu de cardeais conservadores questionando sua exortação "Amoris laetitia" (A alegria do amor, em tradução livre) não tira seu sono. A informação é da Agência Ansa.

 "Quanto às opiniões, é preciso sempre distinguir o espírito com que elas são ditas. Quando não há um espírito bravo, elas também ajudam a caminhar. Outras vezes, você vê que as críticas dadas aqui e ali são para justificar uma posição já assumida, não são honestas. São feitas com um espírito bravo para fomentar a divisão", disse o pontífice.

Segundo o líder católico, os ataques à "Amoris laetitia" nascem de um certo legalismo que pode ser ideológico. "Alguns continuam a não compreender: ou é branco ou é preto, mesmo que esteja no fluxo da vida o discernimento. O Concílio disse isso, mas os historiadores dizem que um Concílio, para ser bem absorvido pelo corpo da Igreja, tem necessidade de um século. Bem, estamos na metade", ressaltou o papa lembrando o Concílio Vaticano II, realizado pela Igreja Católica entre os anos de 1962 e 1966.

Os comentários de Jorge Mario Bergoglio referem-se a uma carta enviada pelo cardeal Raymond Leo Burke, um dos mais conservadores do clero norte-americano e ferrenho defensor da interpretação rígida da doutrina católica, pelo cardeal Walter Brandmüller e pelos arcebispos eméritos Carlo Caffara e Joachim Meisner.
O documento foi enviado ao papa no dia 19 de setembro, mas Francisco não respondeu às "cinco dúvidas" sobre a exortação. Por isso, Burke decidiu tornar público o pedido de explicações nesta semana. Eles questionam situações que teriam sido contraditórios a outros textos católicos ou práticas seculares da Igreja na questão dos divorciados.

Com sua política de abertura, Bergoglio pediu que as igrejas pelo mundo não excluam os divorciados que estão em nova união porque eles "não estão excomungados", justificando que ninguém "deve ser punido para sempre". No entanto, Burke - que já se envolveu em diversas polêmicas com Francisco - diz que isso não está claro e que cada diocese tem uma prática diferente, o que vem fazendo com que a Igreja "perca muitos fiéis".

Jubileu da Misericórdia

O papa Francisco também foi questionado sobre a realização do Jubileu da Misericórdia, que já foi encerrado nas paróquias, mas terá uma celebração especial neste fim de semana. À pergunta se o evento foi planejado, o pontífice respondeu que não.

"Não fiz um plano. As coisas aconteceram. A Igreja é o Evangelho, não um caminho de ideias. Quem descobre que é muito amado, começa a sair da solidão, da separação que o leva a odiar os outros e a si mesmo. Espero que muitas pessoas tenham descoberto que são muito amadas por Jesus e se deixem abraçar por ele", disse o sucessor de Bento XVI.

Apesar de ser convocado, geralmente, a cada 25 anos, um Ano Santo pode ser chamado pelo pontífice quando ele achar necessário. Desta vez, foi uma maneira de chamar os fiéis para a Igreja e também marcar os 50 anos do Concílio Vaticano II.

Ecumenismo 

Sobre sua postura de unir os líderes religiosos de todas as crenças, o papa afirmou que está seguindo apenas um percurso já iniciado por outros sucessores de Pedro. "Vem de muito tempo, com passos dos meus antecessores. Este é o caminho da Igreja. Não sou eu. Não fiz nenhuma aceleração. Na medida em que andamos adiante, o caminho parece ser mais veloz", respondeu Bergoglio. Recentemente, ele foi o primeiro papa a ir aos eventos de celebração da Reforma Luterana, na Suécia. Além disso, recebe frequentemente líderes de muitas religiões no Vaticano.

Proselitismo 

O sucessor de Bento XVI também foi questionado sobre o atual momento da Igreja Católica e voltou a destacar sua condenação ao proselitismo (a tentativa de conversão para uma doutrina por meio de discursos).  "A Igreja não é um time que busca torcedores. A Igreja nunca cresce no proselitismo, mas por atração. O proselitismo entre cristãos é, em si mesmo, um pecado grave e contradiz a dinâmica de como a gente se torna e permanece cristão", disse ao Avvenire. Fonte: Agencia Lusa. Foto: G1.
Créditos: Agencia Brasil