domingo, 4 de dezembro de 2016

Extrema pobreza volta a crescer no Brasil após seis anos, aponta IBGE

A extrema pobreza voltou a crescer. A quantidade de famílias com rendimento per capita inferior a 25% do salário-mínimo subiu em 2015, segundo dados divulgados pela Síntese dos Indicadores Sociais (SIS), pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (2/12). Essa classe da sociedade saltou de 8%, em 2014, para 9,2% em 2015. Foi o primeiro aumento desde 2009.

O movimento, segundo o IBGE, reverte uma tendência de recuo do número de pessoas vivendo na “pobreza extrema” no Brasil. O termo é classificado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) para famílias com renda de até um quarto do salário-mínimo per capita. 

Segundo o IBGE, o aumento de famílias em extrema pobreza só não foi maior por conta de pensões e benefícios que tem aumentos atrelados ao salário mínimo. Em 2015, o salário mínimo foi ajustado em 8,8%, passando de R$ 724 para R$ 788.

No período em que o salário mínimo foi reajustado, caiu de 14,8% para 13,5% os rendimentos provenientes de aposentadoria e pensão, no entando aumentou de 15,2% para 16,9% os recursos com origem em outras fontes de rendimento, incluídos aí os benefícios de programas sociais.

Temer corta programas sociais e gasta mais com juros

governo Temer divulgou sua proposta de Orçamento para 2017. Diversos setores terão redução orçamentária para o próximo ano. Isso sem contar as áreas prejudicadas em 2016, com a não execução do orçamento previsto. Áreas vinculadas a movimentos sociais e direitos da população sofrerão grandes cortes, como as políticas para as mulheres e a reforma agrária, por exemplo. Mas outros setores, como mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, também apresentaram queda. Já o dinheiro reservado para o pagamento de juros da dívida cresceu em 20%, beneficiando sobretudo rentistas e o setor financeiro.

Veja abaixo alguns dos itens do orçamento que sofrerão cortes (a comparação foi feita entre o projeto enviado pelo governo Temer e o orçamento de 2016):

Políticas para as Mulheres:

O orçamento para o Atendimento às Mulheres em Situação de Violência caiu 74% para o ano que vem. O valor passou de R$ 56, 5 milhões neste ano para R$ 14, 7 milhões. É bom lembrar que, assim que assumiu, Michel Temer extinguiu a Secretaria de Políticas para as Mulheres, que tinha status de Ministério. Além disso, o golpista não possui nenhuma mulher em sua equipe de ministros. O item “Incentivo a Políticas de Autonomia das Mulheres” caiu quase 63%, e o “Promoção de Políticas de Igualdade e de Direitos das Mulheres”, 33%.

Mudanças Climáticas:

No orçamento de 2017, outro item em queda é o recurso para projetos de mitigação aos efeitos das mudanças climáticas, que caiu 75%, de R$ 461, 2 milhões para R$ 111, 7 milhões. O item de “Financiamento de Projetos para Mitigação e Adaptação à Mudança do Clima” despencou de R$ 360 milhões para R$ 23, 2 milhões (93,56%). O item “Enfrentamento dos Processos de Desertificação, Mitigação e Adaptação aos Efeitos da Seca” também teve uma queda brusca de mais de 80% na verba.

Direito da Criança e do Adolecente: 

A verba para a Promoção, Proteção e Defesa dos Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes teve redução de 47,52% na previsão do governo golpista, passando de R$ 80 milhões para R$ 42 milhões.

Direito das populações indígenas e quilombolas:

Itens relativos ao direitos dos povos indígenais também sofreram cortes. O dinheiro destinado à “Demarcação e Fiscalização de Terras Indígenas e Proteção dos Povos” teve um corte de 15%, e caiu de R$ 18 milhões para R$ 15 mi. O item “Fomento ao Desenvolvimento Local para Comunidades Remanescentes de Quilombos e Outras Comunidades Tradicionais” também teve queda de 43%. Esse item está dentro do “Promoção da Igualdade Racial e Superação do Racismo”, que também teve o orçamento cortado em 36%.

Políticas de drogas: 

O programa “Redução do impacto social do álcool e outras drogas: Prevenção, Cuidado e Reinserção” foi cortado em 46,14%. O valor, que antes era de R$ 149 milhões, passou para R$ 80 milhões.

Reforma Agrária:

Os cortes para a reforma agrária foram brutais. O orçamento foi reduzido em áreas como a obtenção de terras para a reforma agrária,  a aquisição e distribuição de alimentos da agricultura familiar e de programas para a educação no campo, por exemplo. O montante previsto para a obtenção de terras para a reforma agrária caiu de R$ 425 milhões em 2016 para R$ 204 milhões em 2017, uma redução de 52%. Já o orçamento para a promoção de educação no campo passou de R$ 27 milhões para R$ 11 milhões, queda de 59%.

Os recursos para a Assistência Técnica e Extensão Rural para Reforma Agrária também sofreram queda de 56%, e passaram de R$ 209.571.831 para R$ 92.470.000. Outro programa cuja previsão é de queda brutal é a concessão de crédito-instalação às famílias assentadas, que caiu 71%, de R$ 946 milhões para R$ 266 milhões.

Juros:

Enquanto cai o investimento em programas que beneficiam a população, cresceu a previsão de gasto com juros da dívida em 20%. O montante saiu de R$ 450,7 bilhões para R$ 541,8 bi. Os cortes em todos os outros programas citados nos itens anteriores, que afetarão diretamente os beneficiados, somam aproximadamente R$ 1 bilhão. Já o aumento com pagamento de juros crescerá em R$ 91 bilhões.
Créditos: Agencia PT de Notícias

Brasil tem 54 milhões de pessoas em idade ativa fora do mercado de trabalho

A população brasileira em idade ativa (pode trabalhar), mas está fora do mercado de trabalho, cresceu 37,2% entre 2005 e 2015 e atingiu a marca de 54 milhões no ano passado. Isso equivale às populações da Argentina e da Bélgica juntas. A informação está no estudo Síntese de Indicadores Sociais 2016, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (2).

Esse público integra o que o instituto chama de PNEA (População Não Economicamente Ativa). Em 2015, a população em idade de trabalhar era de 158,2 milhões, sendo que 104,2 milhões estavam no mercado de trabalho. 
Em 2005, a população em idade ativa era de 132,9 milhões, sendo que 93,5 milhões estavam no mercado e 39,3 milhões, fora dele. As principais razões para o aumento da população fora do mercado de trabalho são o aumento da população brasileira e a queda dos níveis de ocupação, de acordo com o instituto.
A maior parte desses brasileiros que poderiam estar no serviço e aparecem fora do mercado é composta por mulheres: 69%, ou sete em cada dez, são do sexo feminino. Esse público totaliza 37 milhões de brasileiras. Por outro lado, os homens com idade ativa e fora do mercado são 17 milhões de pessoas — 31% do total.
Quanto à idade, os mais velhos estão mais sujeitos ao desemprego tradicionalmente. O IBGE informou que, dos 54 milhões de desocupados, 29 milhões têm 50 anos ou mais. Representam mais da metade do total. Os jovens de 16 a 24 anos também são fortemente afetados pela desocupação: 11,4 milhões deles estão fora do mercado, mesmo com a possibilidade de trabalhar (21,1% do total).Os brasileiros de 25 a 39 anos de idade são 15% desse público (8,1 milhões de pessoas) e os que têm entre 40 e 49 anos, 10,1% do total (5,5 milhões de brasileiros).
O tempo de escola também é determinante na quantidade de brasileiros em idade ativa e fora do mercado de trabalho. Dos 54 milhões de brasileiros nessa situação, 27,9 milhões não têm instrução ou tem o ensino fundamental incompleto. Outros 12,4 milhões têm o ensino médio completo ou o ensino superior incompleto.
Outros 10,4 milhões dos brasileiros em idade de trabalhar, mas sem emprego, possuem o ensino fundamental completo ou ensino médio incompleto. A minoria dos integrantes da PNEA é de brasileiros com ensino superior completo: 3,2 milhões de pessoas. Fonte: Folha de S. Paulo.
Créditos: Paraíba Total

sábado, 3 de dezembro de 2016

57% das famílias têm renda per capita de até um salário mínimo

O número de famílias com renda domiciliar per capita equivalente a um quarto do salário mínimo cresceu, entre 2014 e 2015, de 8% para 9,2% do total, segundo dados divulgados hoje (2) pelo IBGE. A comparação é favorável com 2005, quando a participação nessa faixa de renda era de 12%.
A participação das famílias com renda per capita acima de um quarto e até meio salário mínimo passou de 17% para 17,8% – eram 20,4% dez anos antes. Assim, mais de um quarto das famílias tinha renda de até meio mínimo em 2015.
A faixa acima de meio até um salário mínimo também cresceu, de 28,9% para 30,3% – chegava a 27% em 2005. Somadas as três, 57,3% das famílias tinham, em 2015, renda per capita de até um salário mínimo.
As famílias com renda de um a dois mínimos passaram de 25,2% para 24,7% (21,1% em 2005). E aquelas situadas na faixa de dois a três mínimos foram de 7,9% para 7%, próximo ao resultado de dez anos antes (7%).
De três a cinco mínimos, eram 4,6%, ante 4,9% em 2014 – e 5,3% em 2005. Na última faixa, acima de cinco salários mínimos, de 3,8% para 3,4% (4,5%). O rendimento médio em 2015 foi de R$ 1.270, variando de R$ 796 (Nordeste) a R$ 1.524 (Centro-Oeste), seguido de Sul (R$ 1.512), Sudeste (R$ 1.504) e Norte (R$ 850).
Créditos: Rede Brasil Atual

Negros são três quartos da população mais pobre, diz IBGE

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Entre 2005 e 2015, aumentou o número de negros entre os brasileiros mais ricos, de 11,4% para 17,8%. Apesar disso, a população branca ainda é maioria – oito em cada dez – entre o 1% mais rico da população. Entre os mais pobres, por outro lado, três em cada quatro são pessoas negras, segundo informou hoje (2) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mais da metade da população brasileira (54%) é de pretos ou pardos (grupos agregados na definição de negros), sendo que a cada dez pessoas, três são mulheres negras.


De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais - Uma análise das condições de vida da população brasileira, o rendimento está relacionado à escolaridade, de difícil acesso à população negra. Em 2015, apesar de o número de negros cursando o ensino superior ter dobrado, influenciado por políticas de ações afirmativas, somente 12,8% dessa população chegou ao nível superior, enquanto os brancos de nível superior eram que 26,5% do total no mesmo ano.

A dificuldade de os negros conseguirem entrar em uma faculdade reflete altas taxas de evasão escolar ainda no ensino fundamental, por causa das altas taxas de repetência ao longo da vida. Porém, as condições em que vivem também dificultam a escolarização.

A pesquisa do IBGE revela que pessoas pretas e pardas têm mais probabilidade de viver em lares em condições precárias, sem acesso simultâneo a água, esgoto e coleta de lixo, em relação à população que se declara branca. Em mais da metade das casas, negros também não têm máquinas de lavar roupa, presente em três a cada dez lares de pessoas brancas.

Apesar das desigualdades, o IBGE revela que essas condições melhoraram nos últimos anos. No caso do saneamento, o percentual de lares negros atendidos subiu de 44,2% para 55,3%, enquanto o atendimento em lares brancos aumentou de 64,8% para 71,9%.
O IBGE destacou também que o serviço de iluminação está universalizado, cobrindo 99,96% do país. Em 2015, a cobertura chegava a 83,5% das casas, principalmente em áreas urbanas.

De acordo com o especialista do IBGE André Simões, as desigualdades no acesso a serviços e ao ensino de qualidade – como a educação privada, onde a repetência é menor – espelham questões estruturais do país que datam da colonização. Para que a qualidade de vida do brasileiro melhore como um todo, ele defende políticas públicas focadas nos grupos desfavorecidos.

“A população preta ou parda vem ampliando o acesso à educação e saúde, mas há uma herança histórica muito grande, e isso indica que as políticas públicas devem continuar a focar, principalmente, nesse grupo”, disse o pesquisador. “Um país como o Brasil necessita de medidas específicas para corrigir essa desigualdade, esse é um ponto que deve ser frisado”.

O IBGE também perguntou sobre a situação do domicílio, se próprio ou alugado e, apesar da pequena diferença, maior proporção de negros que brancos vive de aluguel, em imóveis cedidos ou em outra condição. Os donos do próprio imóvel são quase o mesmo tanto.
Créditos: Agencia Brasil

Produção industrial cai 1,1%

A produção industrial brasileira registrou redução de 1,1% em outubro deste ano, na comparação com setembro. A queda veio depois de uma alta de 0,5% entre agosto e setembro. Em relação a outubro de 2015, a queda chegou a 7,3%, a trigésima segunda taxa negativa neste tipo de comparação. Os dados da Pesquisa Industrial Mensal foram divulgados ontem (2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A produção da indústria acumula perdas de 7,7% no ano e de 8,4% em 12 meses.
Na passagem de setembro para outubro deste ano, as quatro grandes categorias econômicas da indústria tiveram queda, com destaque para os bens de capital, ou seja, as máquinas e equipamentos (-2,2%). Os bens intermediários, isto é, os insumos industrializados para o setor produtivo, caíram 1,9%. Entre os bens de consumo, isto é, os destinados ao consumidor final, os bens duráveis recuaram 1,2%, enquanto os semi e não duráveis caíram 0,8%.
Vinte das 24 atividades industriais pesquisadas tiveram queda na produção entre setembro e outubro de 2016, com destaque para os produtos alimentícios (-3,1%), os veículos automotores (-4,5%) e o setor de borracha e plástico (-4,9%). Apenas quatro atividades industriais tiveram alta na produção: derivados de petróleo e biocombustíveis (1,9%), produtos de minerais não metálicos (1,4%), produtos do fumo (0,9%) e equipamentos de informática e eletrônicos (0,2%). Fonte: EBC.
Créditos: WSCOM

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

6 atitudes para tomar quando ficar desempregado

Poucos acontecimentos têm o poder de virar a vida de alguém de cabeça para baixo como ficar desempregada. A incerteza quanto ao futuro profissional e financeiro leva muitas pessoas a viverem uma fase de ansiedade intensa. Com organização e planejamento, entretanto, é possível diminuir os impactos negativos desse período, reduzir o seu tempo de recolocação e até mesmo aproveitar o período para dar novos rumos à carreira.
Se você está nessa situação, confira algumas dicas para ajudá-lo a passar por esse momento difícil e encontrar novamente o seu espaço no mercado de trabalho.
1) Mantenha a calma
Para Vagner Sandoval, professor da IBE-FGV e especialista em liderança e coach executivo, apesar do momento sensível, é fundamental tentar manter a calma para ir ao encontro de novas oportunidades. “Tem gente que fica extremamente nervosa com a situação e isso atrapalha a pessoa inclusive nas entrevistas”, explica. Não se desesperar irá ajudá-la a fazer o seu planejamento com mais clareza e evitar decisões precipitadas, tanto financeiras, quanto pessoais.
2) Use bem o dinheiro da rescisão
Se você tem dívidas a pagar, o dinheiro da rescisão deve ser utilizado prioritariamente para quitá-las. Com os juros em um patamar muito elevado, ninguém deve acumular dívidas que não pode pagar. Se estiver pensando em usar o valor para abrir um negócio próprio, tenha cuidado. Começar uma empresa é arriscado e para tentar garantir o seu sucesso é preciso muita pesquisa e planejamento. Por isso, seja cautelosa: nada de decisões impulsivas.
3) Reveja os gastos
Após perder o emprego, é imprescindível fazer uma revisão planejada dos gastos. Sente-se com a família e conversem sobre onde é possível fazer cortes. Vocês podem procurar reduzir as contas básicas, como energia elétrica e telefone. Os programas de lazer também podem ser revistos e a família pode optar por opções mais baratas, como restaurantes mais simples e programas ao ar livre. Da mesma forma, cursos e outros planos podem ser adiados. É importante que todos sejam claros e trabalhem juntos para passar por essa situação.
4) Procure novas fontes de renda
Enquanto busca sua recolocação no mercado, você pode procurar outras fontes de renda, que podem ser temporárias. Você pode buscar freelas, conversar com amigos que estejam precisando de ajuda nas suas atividades, oferecer algum serviço ou produto que saiba produzir você mesma ou adentrar em um novo ramo de atividade.
Se está difícil encontrar um novo emprego, algumas plataformas podem ajudá-la a conseguir dinheiro. Algumas alternativas são alugar parte do seu imóvel em plataformas como o Airbnb, transportar pessoas em seu carro por meio de aplicativos como o Uber ou Cabify, alugar seu automóvel pelo Fleety ou Pegcar ou cuidar de um cachorro por meio do Dog Hero.
5) Tenha foco na busca por emprego
Depois de organizar a sua vida financeira, é hora de focar na busca de emprego. Inscreva-se em sites específicos e fique atenta a meios de comunicação e redes sociais. Sandoval explica que esse é um período para entender o que você deseja e também o que o mercado espera da sua área de trabalho. Para descobrir quais são os requisitos mais atuais, pode ser interessante fazer uma pesquisa das exigências de diversas vagas e também conversar com outros profissionais.
O professor explica que “atirar para todos os lados” não trará bons resultados: é preciso entender onde gostaria e está apta a atuar. “Nesse ponto, a qualidade fala mais alto do que a quantidade. É preciso acertar o alvo”, defende Sandoval. Pensando nisso, o seu currículo também deve ser atualizado tendo em vista os requisitos de cada cargo pretendido. “A falta de foco pode dar uma conotação errada ao recrutador de que você não sabe o que quer.”
6) Ative sua rede de contatos
Esse também é o momento de reativar a sua rede de contatos, tanto amigos e familiares, quanto antigos colegas, conhecidos e parceiros de trabalho. É importante mostrar que você está disponível para ocupar vagas, atualizada com o mercado e com vontade de trabalhar.
Créditos: Paraíba Total