sexta-feira, 31 de março de 2017

País está no 'rumo errado' para 90% dos brasileiros

 Segundo o Barômetro Político, pesquisa nacional do instituto Ipsos parcialmente divulgada na quinta-feira (30), 90% dos entrevistados afirmam que o Brasil está no caminho errado.O estudo mostra que a avaliação do governo Temer piorou, com sua rejeição subindo de 59%, no mês anterior, para 62%. Individualmente, o presidente Michel Temer é desaprovado por 78%, terceiro pior índice de popularidade entre os políticos, sendo superado apenas por seus correligionários (ex-deputado cassado) Eduardo Cunha (87%) e o senador Renan Calheiros (83%). 
A pesquisa ouviu 1.200 pessoas e perguntou sobre a avaliação de 26 figuras do cenário político, nas cinco regiões do país durante a primeira quinzena deste mês. Entre os mais populares, lideram dois não políticos: o juiz Sérgio Moro, com 63% de aprovação, e o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa, com 51%. 
Entre os índices de aprovação de políticos, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera com 38% de avaliação positiva. Entre os tucanos, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tem 16% de aprovação, seguido do prefeito de São Paulo, João Dória (16%), e o senador Aécio Neves (MG), com 11%.  
A presidenta do STF, ministra Cármen Lúcia, marcou 26% e os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e a ex-senadora Marina Silva (Rede-AC) registraram 23% de aprovação entre os entrevistados. O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) é aprovado por 14%.  Os resultados da pesquisa foram antecipados à BBC Brasil.
Créditos: Rede Brasil Atual

Confira programação nacional dos atos de sexta-feira contra as reformas de Temer

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 Com o objetivo de mobilizar a sociedade para derrubar nas ruas a agenda do governo de Michel Temer que retira direitos dos trabalhadores, a CUT, CTB, Intersindical e mais de 100 entidades que integram as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizarão atos em todo o Brasil na próxima sexta-feira (31). No centro da pauta está a reforma da Previdência, a reforma trabalhista e o projeto de terceirização irrestrita aprovado no último dia 22 pela Câmara.
"A luta é contra o desmonte da aposentadoria e da CLT, contra a terceirização, que mata, mutila e escraviza trabalhadores/as e todas as chamadas 'reformas' que o ilegítimo e golpista Temer quer fazer para tirar direitos da classe trabalhadora e privilegiar empresários", afirma, em nota, a CUT.
Os atos de sexta-feira estão sendo considerados como uma espécie de "aquecimento" para o dia nacional de paralisações e mobilizações convocado pelas centrais sindicais para 28 de abril "contra o pacote de maldades de Temer", que teve início com a aprovação do congelamento dos gastos públicos por 20 anos (PEC 55), entre outras medidas.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a aprovação da terceirização geral e irrestrita foi o jeito mais rápido que o governo Temer e sua base de apoio na Câmara encontraram para "pagar a conta que os empresários que financiaram o golpe apresentaram". "Eles financiaram o golpe justamente para que Temer fizesse o serviço sujo, tirasse direito dos trabalhadores, garantisse segurança jurídica para eles fazerem intermediação fraudulenta de mão de obra para lucrarem cada vez mais", afirma Vagner.
Segundo o dirigente, as mobilizações populares são fundamentais para que o Congresso Nacional reverta o projeto da terceirização. Caso contrário, avalia, a reforma trabalhista que está tramitando na Casa nem precisará ser votada, pois a terceirização, do modo como foi aprovada, já acaba com os direitos dos trabalhadores. "Eles conseguiram destruir todo o mercado de trabalho com a terceirização da atividade-fim."
Em São Paulo, além de mobilizações em aeroportos e estradas, CUT, CTB, Intersindical e os movimentos sociais farão um ato na Avenida Paulista, a partir das 16h, em frente ao Masp. A seguir, os manifestantes sairão em passeata até a Praça da República, no centro da cidade, onde encontrarão os professores da rede estadual, que estarão em assembleia.
Ao mesmo tempo, os professores da rede municipal se concentrarão também no centro, na Praça do Patriarca, a partir das 16h, e depois seguirão em passeata até a Praça da República, onde está previsto um ato final às 18h.
Créditos: Rede Brasil Atual

Preços de remédios sobem até 4,76%

Diário Oficial da União publica hoje (31) resolução do Conselho de Ministros da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) autorizando os índices do reajuste anual de preços de medicamentos para 2017, que variam de 1,36% a 4,76%. O aumento começa a valer a partir desta sexta-feira.
De acordo com a resolução, o reajuste máximo permitido é o seguinte: nível 1: 4,76%; nível 2: 3,06; e nível 3: 1,36%. O Cmed é um órgão do governo integrado por representantes de vários ministérios.

O Sindicato da Indústria Farmacêutica  (Sindusfarma) informou, por meio de nota, que os índices de reajuste não repõem a inflação passada, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no acumulado de 12 meses, de março de 2016 a fevereiro deste ano.

“Do ponto de vista da indústria farmacêutica, mais uma vez os índices são insuficientes para repor os custos crescentes do setor nos últimos anos”, diz a nota.
Segundo o Sindusfarma, o reajuste anual de preços fixado pelo governo poderá ser aplicado em cerca de 19 mil medicamentos disponíveis no mercado varejista brasileiro.da Agencia Brasil

Mulher trabalha 5,4 anos a mais do que homem, diz estudo do Ipea

A mulher trabalha 5,4 anos a mais do que o homem ao longo de cerca de 30 anos de vida laboral, segundo simulação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O trabalho extra é resultado dos afazeres domésticos. O cálculo foi feito a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o Ipea, nesse período de aproximadamente 30 anos, as mulheres somam, em média, 22,4 anos de contribuição para a Previdência Social. Um total de 44,4% das mulheres às quais foram concedidas aposentadorias em 2014 atingiram até 20 anos de contribuição.
A pesquisadora do Ipea Joana Mostafá explica que essas informações foram obtidas por meio de uma parceria que possibilitou o acesso a microdados do extinto Ministério da Previdência Social – atualmente Secretaria da Previdência Social, vinculada ao Ministério da Fazenda.
Segundo Joana, as interrupções na contribuição previdenciária feminina são causados por situações como desemprego, trabalho informal, afastamento do mercado de trabalho para cuidar dos filhos, entre outras. Com base nesse cenário, o Ipea lançou uma nota técnica na última semana na qual defende que as idades de aposentadoria de homens e mulheres devem ser diferentes.
“A princípio, a diferença [no sistema em vigor hoje, em que a mulher se aposenta cinco anos mais cedo que o homem] é justificada”, disse a pesquisadora. Atualmente, para se aposentar, o homem deve acumular 35 anos de contribuição e a mulher, 30. Há ainda a opção da aposentadoria por idade, que exige 15 anos de contribuição e idade de 65 anos para o homem e 60 anos para a mulher.
A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, de reforma da Previdência, atualmente em discussão na Câmara dos Deputados, altera esse modelo e estabelece como condição para a aposentadoria no mínimo 65 anos de idade e 25 anos de contribuição para homens e mulheres. Um dos argumentos do governo para a mudança é que as mulheres vivem mais que os homens.
Acordo social
Segundo dados do IBGE, ao atingir os 65 anos, a mulher tem uma sobrevida 3,1 anos superior à do homem. Mas, para Joana Mostafá, usar a sobrevida como base para equiparação das aposentadorias está em desacordo com a função da Previdência. “O acordo da Previdência é um acordo social. Ele visa, entre outras coisas, compensar algumas desigualdades do mercado de trabalho”, afirma.
A pesquisadora destaca que outros fatos, além da jornada dupla de trabalho, distanciam a realidade feminina da masculina. “Estamos falando da desigualdade ocupacional, da diferença de salários e da taxa de desemprego, que é maior entre as mulheres do que entre os homens. A mulher poderia contribuir mais [para a Previdência] se não fossem essas dificuldades”, afirma.
A pesquisadora Luana Mhyrra, professora do Departamento de Demografia e Ciências Atuariais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), corrobora dizendo que os sistemas nos quais os participantes ganham de acordo com o que poupam e com o tempo que contribuem são modelos de capitalização, diferentes da proposta previdenciária brasileira.
“Os fundos de Previdência complementar [privados] são exemplos de fundos capitalizados, que atualizam e capitalizam o dinheiro aplicado pelo contribuinte. Isso não se aplica ao RGPS [Regime Geral da Previdência Social] do Brasil, uma vez que quem contribui hoje não o faz para sua própria aposentadoria e sim para aqueles que já estão aposentados. Pensar que a mulher precisa contribuir mais porque vive mais é coerente quando se pensa em um fundo capitalizado”, ressalta.
Queda na desigualdade
De acordo com o governo, ao equiparar-se a idade de aposentadoria masculina e feminina, a desigualdade no mercado de trabalho tende a cair. Recentemente o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a defasagem entre os salários de homens e mulheres acabará em até 20 anos.
A pesquisadora Joana Mostafá admite que tem havido uma redução na desigualdade de renda. Segundo ela, dados da Pnad apontam que em 1995 o rendimento da mulher equivalia a 55% do rendimento dos homens. Passados 20 anos, em 2015, esse percentual havia subido para 76%. Joana alega, entretanto, que a melhora não é verificada em outros indicadores. Ela cita como exemplo a participação da mulher no mercado de trabalho. “Desde 2005, está em 60%. Não se move”, afirma.
Em debate na Câmara dos Deputados, a assessora especial da Casa Civil da Presidência da República Martha Seiller disse que as justificativas para manutenção da diferença de idade mínima para aposentadoria entre homens e mulheres já não se sustentam como antigamente.
Martha lembrou que a pirâmide demográfica brasileira está cada vez mais desfavorável à manutenção de um sistema previdenciário equilibrado, já que a base jovem tem diminuído, devido à queda na taxa de natalidade, ao crescente número de idosos no topo, com o avanço da expectativa de vida. “Como é que esse sistema previdenciário sobrevive com uma mudança tão brusca na taxa de natalidade e expectativa de vida sem passar por mudanças?”, questionou.
A assessora da Casa Civil disse que as regras de transição previstas na reforma para vigorar em 20 anos podem compensar as desigualdades ainda existentes. Ela acrescentou que a diferença de cinco anos é a maior entre os regimes de outros países que ainda consideram a necessidade de diferenciação. Por Agência Brasil
Créditos: Focando a Notícia

quinta-feira, 30 de março de 2017

PAC terá corte de R$ 10,5 bilhões

O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) terá um corte de R$ 10,5 bilhões, informou há pouco o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira. O contingenciamento (bloqueio de verbas) de R$ 42,1 bilhões no Orçamento-Geral da União reduzirá para R$ 26,6 bilhões o orçamento do principal programa federal de investimentos.

Além dos cortes no PAC, os demais órgãos do governo sofrerão contingenciamento de R$ 20,1 bilhões, dos quais quase a totalidade em despesas de custeio (manutenção da máquina pública). Segundo Oliveira, os gastos mínimos determinados pela Constituição para a saúde e a educação serão preservados.

O contingenciamento será completado da seguinte forma: as emendas impositivas (obrigatórias) sofrerão corte de R$ 5,4 bilhões. O contingenciamento é linear, atingindo todas as emendas na mesma proporção, conforme a Constituição. Serão cortadas ainda R$ 5,5 bilhões de emendas não obrigatórias incluídas durante a tramitação do Orçamento no Congresso Nacional.

Os demais poderes – Legislativo, Judiciário e Ministério Público – sofrerão corte de R$ 580 milhões. O contingenciamento de R$ 42,1 bilhões é uma das medidas necessárias para cobrir o rombo adicional de R$ 58,2 bilhões no Orçamento necessário para cumprir a meta fiscal de déficit primário (resultado negativo nas contas do governo desconsiderando os juros da dívida pública) de R$ 139 bilhões estipulado para este ano.

O restante da diferença será coberta da seguinte forma: R$ 10,1 bilhões virão do leilão de usinas hidrelétricas cujas concessões foram devolvidas à União; R$ 4,8 bilhões, da reversão quase total da desoneração da folha de pagamentos, e R$ 1,2 bilhão, do fim da isenção de Imposto sobre Operações Financeiras para cooperativas de crédito.
Créditos: Brasil 247

Taxa de desemprego sobe e rendimento cai em São Paulo

Com maior procura por trabalho e fechamento de vagas, a taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo foi a 17,9% em fevereiro, a maior para o mês desde 2005, segundo pesquisa da Fundação Seade e do Dieese. O número de desempregados foi estimado em 1,982 milhão, 99 mil a mais em relação a janeiro (alta de 5,3%) e 365 mil a mais em 12 meses (crescimento de 22,6%).
Entre as áreas que compõem a região metropolitana, a maior taxa foi registrada na sub-região leste, que inclui municípios como Guarulhos e Mogi das Cruzes: 21,6%. Ficou em 17,9% na oeste (Osasco, Barueri e outras cidades), foi a 17,5% na sudeste (onde se localiza o Grande ABC) e 17% na capital paulista. 
O crescimento do desemprego se dá pela combinação entre maior procura e corte de postos de trabalho. Na comparação com fevereiro do ano passado, por exemplo, a PEA (população economicamente ativa) aumentou 0,7%, com acréscimo de 72 mil pessoas no mercado, que fechou 293 mil vagas (-3,1%). Com isso, houve a alta de 22,6% no número de desempregados, ou mais 365 mil. 
Ainda em relação a fevereiro de 2016, entre os setores pesquisados, a indústria de transformação eliminou 153 mil vagas, queda de 10,8%. A construção civil fechou 66 mil (-9,9%) e os serviços, 146 mil (-2,6%). A exceção foi o segmento de comércio/reparação de veículos, com abertura de 84 mil postos de trabalho (3,1%).
A pesquisa segue registrando retração do emprego formal. Em 12 meses, o número de assalariados com carteira no setor privado caiu 7,4%, com menos 392 mil vagas. O total de autônomos subiu 4,9% (mais 72 mil) e o de domésticos cresceu 7,7% (45 mil). Estimado em R$ 1.974, o rendimento médio dos ocupados caiu 3,7% de dezembro para janeiro. Em 12 meses, a queda é de 7,1%. A massa de rendimentos retraiu-se em 10,3%.
Créditos: Rede Brasil Atual

Guerra na Síria deixa mais de 5 milhões de refugiados

A agência da ONU para os Refugiados (ACNUR) anunciou na quinta-feira (30) que a guerra na Síria já deixou mais de 5 milhões de refugiados. O violento confronto, que completou seis anos no início de março, já deixa um saldo de cerca de 400 mil mortos e mais de 6,3 milhões de deslocados internos.
"Quando o número de mulheres, homens e crianças em fuga de seis anos de guerra na Síria passa da marca de cinco milhões, a comunidade internacional precisa fazer mais para ajudá-los", afirma o ACNUR em um comunicado, segundo a France Presse.
"Para enfrentar esse desafio, não só precisamos de medidas adicionais, mas também precisamos acelerar a implementação das promessas existentes", declarou Filippo Grandi.
A Acnur estima que quase 1,2 milhão de refugiados precisarão ser assentados em 2017, entre os quais 40% são sírios.
Guerra na Síria
Não há sinais de que o conflito irá terminar no curto prazo, mas especialistas ouvidos pelo G1 disseram que a fase mais sangrenta do confronto pode já ter passado. Com intenso apoio da Rússia, o presidente Bashar Al-Assad voltar a dar indícios de que pode se consolidar no poder.
No último um ano e meio, desde que a Rússia começou a bombardear o território sírio em apoio a Assad, o governo sírio pôde retomar territórios importantes e estratégicos, na costa do país. A região engloba Damasco, a capital, Aleppo, que já foi a segunda maior cidade, e Latakia, onde fica o principal porto do país.
No balanço divulgado pela Acnur em 2016, o número de sírios que buscaram refúgio em países vizinhos desde o início do conflito era de mais de 4,8 milhões, sendo que cerca de 900 mil buscaram refúgio na Europa.
Travessia arriscada
Com início da primavera e o aumento na temperatura, muitos sírios, entre refugiados de outras nacionalidades, aproveitam para atravessar o Mar Mediterrâneo em botes e barcos improvisados. Mais de 6 mil imigrantes foram resgatados enquanto tentavam fazer a travessia entre a Líbia e a Itália, no último balanço divulgado pela organização Internacional para Migrações (OIM). Cerca de 500 morreram na travessia.
Chegar à Europa nem sempre é garantia de estar em segurança. Para burlar o cada vez mais restrito controle de fronteiras, os imigrantes são obrigados a se esconder e submeter a condições desumanas. Na semana passada, um grupo de 27 refugiados sírios, entre eles nove menores, foi resgatado após ser encontrado em um caminhão em chamas em uma floresta na Bulgária, próxima à fronteira com a Turquia.
Créditos: WSCOM