sexta-feira, 19 de maio de 2017

Protestos tomam as ruas do país por 'Fora Temer' e 'Diretas Já'

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Manifestantes tomam as ruas de diversas cidades do país para exigir que o presidente Michel Temer (PMDB) deixe o cargo. Aos gritos de 'Fora Temer', os presentes reagem às denúncias de que Temer autorizou a compra do silêncio de Eduardo Cunha, deputado cassado e ex-presidente da Câmara, que está preso em Curitiba. A bomba surgiu a partir da delação dos donos da JBS, Joesley e Wesley Batista. O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a abertura de investigação formal contra o presidente, que realizou nesta tarde um pronunciamento afirmando que não vai renunciar.
No Rio de Janeiro, desde as 17h os manifestantes se concentram na Candelária. Por volta das 17h50,o ato já ocupava a Avenida Presidente Vargas. Além de palavras de ordem contra Temer, os presentes entoam em coro a reivindicação de eleições diretas Já. “O Temer tem que sair porque sempre teve que sair. Agora com essa comprovação de que ele cometeu um crime, isso é incompatível com o exercício da presidência. Agora não se trata nem mais de Fora Temer, e sim de Diretas Já”, disse o ator Wagner Moura.
Pouco antes, em Recife, por volta das 16h, centenas de manifestantes realizaram um ato na praça Derby, região central da capital pernambucana. Em São Paulo, a concentração que começou por volta das 17h ganhou corpo e já ocupa a Avenida Paulista, no sentido Consolação, em frente ao Masp. Os presentes exigem eleições diretas e rechaçam a possibilidade de que, após uma possível queda de Temer, o Congresso escolha quem deve ocupar o cargo máximo do Executivo.
A Esquina Democrática, ponto de atos políticos em Porto Alegre, recebe, desde a manhã, uma concentração de manifestantes que exigem a saída de Temer da Presidência da República e a realização de eleições diretas ainda neste ano. Nomes conhecidos da esquerda gaúcha – entre parlamentares, políticos, líderes de sindicatos e movimentos sociais – se reúnem e discursam para a população que passa em uma das regiões mais movimentadas da cidade.“Na época que a ditadura impunha o voto por colégio eleitoral, apenas votavam generais; tivemos aqui uma grande campanha pelas diretas com o Ulysses Guimarães”, disse a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS).
É importante que a escolha do novo presidente seja feita pela população. Defendo eleições gerais, também para o Senado e para deputados federais. Deputados foram eleitos e a maioria participou do golpe. Eles não são legítimos. Esse governo já acabou mas ele continua lá. Fico feliz de ver em Porto Alegre uma manifestação tão bonita chamada de uma hora para outra. Fora Temer, já vai tarde”, completou a parlamentar, ao vivo do ato via redes sociais.
Créditos: Rede Brasil Atual

Temer nega renúncia e diz não ter medo de perder foro privilegiado

Temer declara que "não comprou o silêncio de ninguém" - Créditos: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O presidente golpista, Michel Temer (PMDB), declarou, em pronunciamento ontem (18), que não irá renunciar ao cargo de presidência e disse não temer a perda do foro privilegiado. A declaração contraria as expectativas de certos setores da imprensa que chegaram a divulgar que ele deixaria o cargo.
Após a divulgação da notícia de que o Presidente deu o seu aval para a JBS comprar o silêncio de Eduardo Cunha – o que significa obstrução da Justiça - movimentos populares reagiram exigindo "diretas já" e convocaram manifestações em todo o país nesta quinta. 
Apesar da revelação de vídeos gravados pela Polícia Federal, Temer afirmou que "não comprou o silêncio de ninguém" e que não teme as delações. Ele ainda classificou a gravação como "clandestina" e exigiu que o Supremo Tribunal Federal apure os fatos. "Se foram rápidas nas gravações clandestinas, não podem tardar nas investigações e esclarecimentos", enfatizou. Para o presidente, essa notícia "trouxe de volta o fantasma da crise política".
Créditos: Brasil de Fato

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Parlamentares pedem diretas: 'Congresso não tem moral para eleger presidente'

Em entrevistas, hoje (18), parlamentares afirmam que a saída para o fim da instabilidade política, após as denúncias contra Michel Temer, é a convocação de eleição direta para a Presidência da República. 
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) afirma que eleições indiretas não vão diminuir a instabilidade política que se instalou no país. "Não é uma ação da oposição do governo Temer, é uma movimentação de todos aqueles que querem defender a democracia. Será que uma eleição indireta pacificaria o país? De jeito nenhum. Só há uma forma de resolver o problema: chamar a população. A gente pode mudar a Constituição, porque fazer uma eleição direta para a presidência da República é uma necessidade objetiva do Brasil."
O deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) afirma que o cenário é muito grave e que não tem precedentes. Ele diz que o Congresso Nacional não pode continuar funcionando normalmente. "A única coisa que deve tramitar aqui é a proposta de emenda à Constituição (PEC) das eleições diretas, que é a solução institucional para sair dessa crise. Não se pode aceitar que um Congresso desmoralizado, com alto índice de banditismo, eleja o sucessor de Michel Temer. Isso só aprofunda a crise."
Em seu Facebook, o deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ), afirmou que a expectativa também é de renúncia, com eleições diretas. Caso o contrário aconteça e seja convocadas eleições indiretas, o parlamentar considera que será "um novo golpe". "As grandes corporações querem a eleição indireta para criar um falso clima de normalidade e as reformas continuarem sendo votadas, pois interessam a eles. A única maneira para colocar o país nos trilhos e voltar à normalidade democrática é devolvendo a soberania ao povo. É o povo que deve decidir o novo programa de governo."
Ele também criticou a possível saída de partidos da base governista, como PSDB e PPS. "O PMDB e o PSDB, os dois partidos que articularam o impeachment de Dilma e deram o golpe na democracia, foram desmascarados. Os parlamentares do PSDB e PPS se reúnem para discutir sua saída. Eles têm que afundarem junto com o governo que ajudaram a construir."
A PEC é de autoria do deputado Miro Teixeira (Rede-RJ). O texto está parado na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) desde 1º de junho de 2016, quando Esperidião Amin (PP-SC) foi escolhido relator. A proposta determina a realização de eleições diretas até seis meses antes do final do mandato, caso a presidência fique vaga.
Créditos: Rede Brasil Atual

Denúncia contra Temer paralisa Congresso Nacional

As denúncias veiculadas nesta quarta-feira (17) de que Michel Temer teria sido gravado dando aval para que fosse "comprado" o silêncio do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), preso na Operação Lava Jato, repercutiram no Congresso Nacional.
Na Câmara dos Deputados, a segunda sessão extraordinária do dia foi encerrada pelo presidente da Casa, Rodrigo Maia. Logo que as notícias foram veiculadas pela internet, parlamentares foram à tribuna do plenário para comentar o episódio. A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) disse que a Câmara não poderia votar medidas provisórias “editadas por um governo desmoralizado por toda a mídia”.
Alessandro Molon (Rede-RJ) protocolou na secretaria-geral da Mesa um pedido de impeachment de Temer por crime de responsabilidade. Já o deputado Esperidião Amin (PP-SC), que é relator da admissibilidade da PEC 227/16, que permite eleições diretas para a presidência da República, apresentou pedido de urgência para que o projeto possa ser votado no colegiado.
No Senado, Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que os senadores da oposição se reuniriam na noite de hoje para formular um pedido de impeachment do presidente Michel Temer.
Em nota, Temer diz que "defende ampla e profunda investigação para apurar todas as denúncias veiculadas pela imprensa, com a responsabilização dos eventuais envolvidos em quaisquer ilícitos que venham a ser comprovados". Com informações da Agência Senado e da Agência Câmara.
Créditos: Rede Brasil Atual

STF afasta Aécio Neves e PF prende irmã de senador

Aécio
BBC - Segundo relato do jornal O Globo, Aécio Neves teria sido gravado pelo dono da JBS, Joesley Batista, pedindo R$ 2 milhões, que seriam destinados a pagar despesas com sua defesa na Lava Jato. E Loures teria sido filmado com uma mala com R$ 500 mil da suposta propina.
Já a irmã de Aécio, Andrea Neves, foi presa pela Polícia Federal (PF) em Nova Lima, em Belo Horizonte. Desde as 5h30 desta quinta-feira, a PF e o Ministério Público Federal cumprem mandados de busca e apreensão nas residências do senador.
Há ações em três capitais brasileiras. Os policiais se dirigiram para endereços do senador no Lago Sul, em Brasília; no bairro Anchieta, em Belo Horizonte; e em Ipanema, no Rio, além de seu gabinete no Congresso Nacional, em Brasília. Também há mandados de busca no gabinete de Loures e do senador Zezé Perrela (PSDB-MG), cuja empresa foi citada na delação como destino final do dinheiro.
São ainda cumpridos mandados nos apartamentos de Andrea Neves, em Copacabana, no Rio; e de Altair Alves, conhecido por ser braço direito do deputado Eduardo Cunha, localizada na Tijuca, também no Rio.A ação teve autorização do STF e da Procuradoria-Geral da União (PGR). Ainda não há informações sobre onde o senador se encontra.
Créditos: BBC Brasil

A mega usina de energia solar encravada no deserto que pretende abastecer a Europa

Usina
BBC - O enorme complexo está em um local ensolarado ao pé da cordilheira do Atlas, a 10 km de Ouarzazate, uma cidade cujo apelido significa "porta do deserto". Com cerca de 330 dias de sol por ano, é o lugar ideal. Além de suprir as demandas domésticas de energia, o Marrocos espera um dia poder exportar energia solar à Europa. Essa usina tem o potencial para ajudar a definir o futuro energético da África e do mundo.
No dia da visita da reportagem da BBC, porém, o céu estava coberto de nuvens. "Nenhuma eletricidade será produzida hoje", disse Rachid Bayed, da Agência Marroquina de Energia Solar (Masen, na sigla em inglês), responsável por implementar o projeto.
Um dia de "folga" não os preocupa. Atualmente, a energia solar está sendo adotada por vários países que passaram a vê-la como a mais abundante fonte de energia limpa.
Essa usina marroquina é apenas uma entre várias outras na África, e outras parecidas estão sendo construídas no Oriente Médio, na Jordânia, nos Emirados Árabes Unidos e na Arábia Saudita. O custo cada vez menor da energia solar a tornou uma alternativa viável mesmo nas regiões mais ricas em petróleo do mundo.
Noor 1, a primeira fase da usina marroquina, já ultrapassou expectativas em termos de quantidade de energia produzida. É um resultado encorajador para o objetivo do Marrocos de reduzir a produção de combustíveis fósseis ao focar em energias renováveis e ainda assim atender às necessidades domésticas, que crescem em 7% todos os anos.
A estabilidade do governo e da economia do Marrocos ajudou o país a conseguir investimento da União Europeia, que financiou 60% dos custos do projeto Ouarzazate.
O país planeja gerar 14% de sua energia através do sol até 2020 e acrescentar outras fontes renováveis como vento e água ao plano com o objetivo de produzir 52% de sua própria energia até 2030. Isso torna o Marrocos mais ou menos alinhado com países como o Reino Unido, que quer gerar 30% de sua eletricidade através de energias renováveis até o fim da década, e os Estados Unidos, onde o ex-presidente Barack Obama havia determinado índice de 20% até 2030.
Donald Trump ameaçou cortar o financiamento às energias renováveis, mas talvez suas ações não tenham grande impacto, já que muitas políticas são controladas por Estados e que grandes companhias já começaram a adotar fontes mais limpas e baratas.
Os refletores da usina geralmente podem ser ouvidos enquanto eles se movem para seguir o sol como um campo gigantesco de girassóis. Os espelhos filtram a energia do sol e esquenta um óleo sintético que segue por uma rede de canos.
As temperaturas podem chegar a 350ºC e o óleo quente é usado para produzir vapores de água em alta temperatura, alimentando um gerador movido a turbinas. "É o mesmo processo dos combustíveis fósseis, só que usamos o calor do sol como fonte", diz Bayed.
A usina continua gerando energia mesmo após o pôr do sol, quando a demanda chega ao pico. Parte dessa energia é guardada em reservatórios feitos de nitrato de sódio e potássio, o que mantém a produção por até mais três horas. Na próxima fase da usina, a produção continuará por até oito horas após o sol se pôr.
Além de aumentar a produção de energia do Marrocos, o projeto Ouarzazate está ajudando a economia local. Cerca de 2 mil funcionários foram contratados durante os dois anos iniciais da construção, sendo que muitos deles são marroquinos.
Estradas foram construídas para criar acesso à planta e conectá-la às cidades mais próximas, ajudando as crianças a chegar até a escola. Além disso, uma grande quantidade de água foi levada ao complexo através de encanamentos, dando acesso a água para mais 33 vilarejos. Masen também ensinou práticas sustentáveis a fazendeiros da área. No pequeno vilarejo de Asseghmou, a 48 km da cidade de Ouarzazate, a forma como ovelhas são criadas mudou.
A maioria dos fazendeiros ali dependiamm apenas de sua experiência, mas agora estão entrando em contato com técnicas mais confiáveis, como simplesmente separar os animais em suas gaiolas, o que está aumentando a produtividade.
A Masen também doou ovelhas para criação a 25 fazendas. "Agora eu tenho mais segurança nos alimentos", diz Chaoui, dono de uma fazenda local. E sua amendoeira está prosperando graças às dicas de cultivo.
Ainda assim, alguns locais se preocupam com a usina. Abdellatif, que viva na cidade de Zagora, 120 quilômetros ao sul dali, onde há taxas mais altas de desemprego, acha que Masen deveria se concentrar em criar empregos permanentes.
Ele tem amigos que foram contratados para trabalhar lá, mas apenas por alguns meses. Uma vez que entrar em operação total, a usina empregará entre 50 e 100 funcionários, apenas. "Os componentes da usina são feitos no exterior, mas seria melhor produzi-los aqui para gerar trabalho contínuo para os moradores locais", 
Um problema maior é a enorme quantidade de água que a usina utiliza da represa de El Mansour Eddahbi. Nos últimos anos, a escassez de água tem sido um problema na região semidesértica e houve cortes no fornecimento.
A agricultura ao sul do Vale Draa depende da água da represa - ocasionalmente despejada no rio local, que geralmente é seco. O coordenador da usina, Mustapha Sellam, diz que a água usada pelo complexo representa 0,05% do abastecimento, pouco comparado à sua capacidade.
Ainda assim, o consumo da usina é o bastante para fazer uma diferença na vida dos fazendeiros locais, que já enfrentam dificuldades. É por isso que a usina está tentando reduzir a quantidade de água que consome, utilizando ar pressurizado para limpar os espelhos. Além disso, a água usada para resfriar o vapor produzido pelos geradores é reutilizada para produzir mais eletricidade.
Há novas sessões da usina em construção no momento. A Noor 2 será parecida com a 1, mas a 3 terá um design diferente. Em vez de espelhos enfileirados, ela vai capturar e guardar a energia solar através de uma torre única, que acredita-se ser mais eficiente.
Sete milhares de espelhos retos serão dispostos ao redor da torre para capturar e refletir os raios de sol em direção a um capturador no topo dela, usando menos espaço do que as filas de espelhos exigem hoje. Sais derretidos no interior da torre vão capturar e armazenar o calor diretamente, sem a necessidade do óleo quente.
Sistemas parecidos já estão em uso na África do Sul, na Espanha e em alguns lugares nos Estados Unidos, como no deserto Mojave, na Califórnia e em Nevada. Mas, com uma altura de 26 metros, a estrutura de Ouarzazate será a mais alta do tipo no mundo inteiro.
Outras usinas similares estão em construção no Marrocos. O sucesso dessas usinas no Marrocos e na África do Sul podem incentivar outros países africanos a adotar a energia solar. A África do Sul já entrou na lista dos dez maiores produtores de energia solar do mundo, e Ruanda tem a primeira usina do tipo no leste africano, criada em 2014. Há também planos de construção de usinas solares em Gana e Uganda.
O sol da África pode um dia transformar o continente em um exportador de energia para o resto do mundo. Ao menos Sellam tem grandes expectativas em relação a Noor. "Nosso principal objetivo é a independência energética, mas, se um dia estivermos produzindo a mais, podemos suprir outros países", diz.
Créditos: BBC Brasil

quarta-feira, 17 de maio de 2017

País perde 970 mil vagas formais em 12 meses

 O mercado formal teve resultado positivo em abril, com saldo de 59.856 vagas com carteira assinada, crescimento de 0,16% sobre o estoque do mês anterior, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado ontem (16) pelo Ministério do Trabalho. No ano, não há criação de empregos, com redução de 933 postos de trabalho – refletindo instabilidade, o Caged teve alta em fevereiro e abril e queda em janeiro e março. Em 12 meses, a retração é de 2,47%, o que corresponde a menos 969.896 vagas.
Sete dos oito setores de atividade tiveram alta no mês passado, com destaque para serviços (24.712, aumento de 0,15%), agricultura (14.648, 0,95%, com aumento na colheita de cana e de café), indústria de transformação (13.689, 0,19%) e comércio (5.327, 0,06%). A construção civil eliminou 1.760 postos (-0,08%), ainda que em ritmo menor na comparação com abril de 2016.
De janeiro a abril, os serviços abrem 55.703 empregos com carteira assinada, expansão de 0,33%. Percentualmente, as maiores altas são da administração pública (1,91%, com saldo de 16.227) e da agricultura (1,90%, 29.131). A indústria cria 32.453 (0,45%), destacando os setores de calçados, borracha e de vestuário. O comércio elimina 113.139 (-1,25%) e a construção perde 22.538 (-1%).
No acumulado em 12 meses, apenas a agricultura cria vagas (8.992, crescimento de 0,58%). A construção civil fecha 328.879 (-12,9%) e os serviços, 295.894 (-1,73%). Na indústria, foram eliminados 205.132 postos formais (-2,74%).
O saldo agora é de 38.319.388 empregos formais. O Caged não é uma pesquisa, mas um registro administrativo de contratações e demissões. Em abril, por exemplo, o país teve 1.141.850 admissões e 1.081.994 dispensas.
Créditos: Rede Brasil Atual