terça-feira, 6 de junho de 2017

Cada real produzido pela indústria, são gerados R$ 2,32 para a economia

A indústria é o setor que mais gera riqueza para o país. A cada real produzido por ela, são gerados R$ 2,32 para a economia brasileira como um todo. Para se ter uma ideia, a agricultura gera R$ 1,67 e, o setor de serviços, R$ 1,51 a cada real produzido, de acordo com cálculos da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A indústria brasileira responde por 55% das exportações do país, 66% dos investimentos privados em pesquisas e desenvolvimento e 30% da arrecadação de tributos federais.
Além disso, a indústria, que emprega 10,5 milhões de trabalhadores, é responsável por 22% dos empregos formais e paga salários acima da média. Enquanto a média salarial dos trabalhadores com nível superior é de R$ 5.272, a dos empregados na indústria é de R$ 7.667.
Os trabalhadores com ensino médio recebem, por sua vez, em média, R$ 1.870 e, os da indústria, R$ 2.157. A disparidade salarial entre os profissionais da indústria e a dos demais segmentos ocorre pela maior qualificação da mão de obra do setor.
Mesmo com essa relevância, a indústria vem perdendo participação na economia brasileira. Em 2016, o segmento participou com 21,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Dez anos antes, em 2006, essa participação era de 27,7%.
Segundo o diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Augusto Fernandes, isso deve-se a várias causas, dentre elas as crises econômicas, as políticas de correção das crises, a emergência da China como “fábrica do mundo”, a incapacidade de o país corrigir as distorções do seu ambiente econômico que reduzem a competitividade, e ao processo natural do desenvolvimento econômico, em que o setor de serviços aumenta sua participação.
A queda tem sido acelerada em razão da perda de competitividade da indústria brasileira devido a entraves como baixa produtividade do trabalhador, elevação do custo unitário em dólar, infraestrutura precária, burocracia, elevada carga tributária e altos custos com encargos trabalhistas.
“As empresas brasileiras têm grande dificuldade de competir com indústrias de outros países. Assim, perdem mercados e, consequentemente, produzem menos, contratam menos e geram menos renda”, ressalta Fernandes.
Créditos: Paraíba Online

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Mais de 100 mil em São Paulo pedem diretas já

Mais de 100 mil pessoas compareceram ao ato SP pelas Diretas Já, no Largo da Batata, zona oeste da capital paulista. O ato convocado por artistas, ativistas da mídia independente e apoiado por movimentos sociais reuniu em um mesmo palco debate político, cidadania, música e poesia. Foram cerca de sete horas de shows com presenças de importantes nomes do cenário cultural brasileiro, como o músico Mano Brown, que encerrou a noite, os rappers Criolo e Rael, a atriz e poeta Elisa Lucinda, entre outros.
Os artistas que passaram pelo palco defenderam as pautas centrais: queda do presidente Michel Temer (PMDB) e convocação de eleições diretas. Também não faltaram críticas à agenda política de Temer, com suas propostas de reformas, como a trabalhista e da Previdência, que de acordo com os presentes "atacam direitos" e representam um retrocesso na cidadania brasileira.
"O que está acontecendo agora é algo extraordinariamente interessante em um sentido de consciência ampliada do que significa votar e o que significa neste momento pedir por diretas já. Estamos falando da verdadeira reforma política no Brasil", disse o ator Osmar Prado. "O ato de hoje representa o quanto há uma insatisfação. Neste sentido os artistas podem colaborar falando, cantando e usando sua imagem à favor daquilo que eles acreditam", ressaltou a atriz Mel Lisboa.
Mano Brown disse que a participação de artistas populares tem um peso importante no movimento pela democratização. "Os artistas têm acesso ao povo. Às vezes o artista comunica muito mais do que os políticos através da música. A classe artística tem muito tempo que está envolvida na política."
"Muita juventude, muita gente bonita, muita gente acreditando que na ruas é possível mandar o governo Temer para onde ele deve ir: o arquivo morto da história", disse a deputada federal Luiza Erundina (Psol-SP). Ela estava na praça, junto com os demais manifestantes que querem a volta da democracia e do direito de decidir. Ali no chão da praça também estavam outros políticos como os vereadores Eduardo Suplicy (PT) e Sâmia Bonfim (Psol), os deputados federais Paulo Teixeira (PT-SP) e Ivan Valente (Psol-SP) e o deputado estadual Carlos Gianazzi (Psol).
Créditos: Rede Brasil Atual

Vacina contra a gripe será estendida para toda a população

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
O Ministério da Saúde decidiu disponibilizar a vacina contra a gripe a toda a população. Estados e municípios serão orientados a ofertar a vacina para todas as faixas etárias, a partir desta segunda-feira (5), enquanto durarem os estoques. A medida só é válida neste ano e foi adotada porque ainda há um estoque disponível de 10 milhões.
Até a última sexta-feira (2), 41,3 milhões de pessoas do público-alvo se vacinaram contra a gripe no país. No Espírito Santo, das 800.243 pessoas que compõem o público- alvo, apenas 640.742 tomaram a vacina. O Amapá é o único estado que atingiu a meta até este momento, com 95,6% do público-alvo vacinado. A campanha foi prorrogada para até o dia 9 de junho com o intuito de alcançar a meta de vacinação que, neste ano, é de 90%.
O ministro da Saúde ressalta que a ampliação do público na última semana da campanha ocorrerá porque ainda há doses disponíveis. “Neste ano, tivemos poucos casos por influenza devido à baixa circulação do vírus. Em consequência disso, o público-alvo procurou menos os postos de saúde. No entanto, ainda há 10 milhões de doses de um montante de 60 milhões adquiridas. Para que não haja desperdício, já que estas vacinas só valem por um ano, decidimos estender a todas as faixas etárias, enquanto durarem os estoques.”, destacou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
A campanha publicitária, que tem como padrinho o sambista Martinho da Vila, continua sendo veiculada em TV aberta, rádio, nos meios impresso (jornais e revistas), mídia exterior (busdoor, placas em ruas e avenidas, abrigo de ônibus, metrô), no meio online (internet e com ações nas redes sociais). Até a última sexta-feira (2), foram vacinados 41,3 milhões de brasileiros. Esse total considera todos os grupos com indicação para a vacina, incluindo população privada de liberdade, funcionários do sistema prisional e pessoas com comorbidades. A população prioritária desta campanha, que não considera esses grupos, é de 54,2 milhões de pessoas. Desse total, 76,7% foram vacinados.
A coordenadora Nacional do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, alerta sobre a importância do público-alvo ainda se imunizar para evitar a gripe e seus possíveis agravamentos. “É importante que a população da campanha se vacine neste período para ficar protegida quando o inverno chegar. A vacina demora 15 dias para fazer efeito no organismo, por isso o Ministério da Saúde planeja a campanha antes do inverno, período de maior circulação dos vírus da influenza”, destacou Carla Domingues.
Até o momento, nenhum grupo prioritário atingiu a meta de vacinação. Entre os públicos-alvo, os trabalhadores da saúde registraram a maior cobertura vacinal, com 3,9 milhões de doses aplicadas, o que representa 84,5% deste público, seguido pelos idosos (83,8%) e indígenas (83,6%). Os grupos que menos se vacinaram são as crianças (62,3%), gestantes (62,4%), professores (76,7%) e puérperas (83,2%). Além do grupo prioritário, também foram aplicadas 8,4 milhões de doses nos grupos de pessoas com comorbidades, população privada de liberdade e trabalhadores do sistema prisional.
Os estados com a maior cobertura de vacinação no país, até o momento, são: Amapá (95,6%), Paraná (84,9%), Santa Catarina (84,8%), Goiás (82,4%), Rio Grande do Sul (82%), e Pernambuco (81,3%). Já os estados com menor cobertura são: Roraima (60,8%), Pará (65,3%), Mato Grosso do Sul (67,8%), Mato Grosso (68,3%), Acre (68,9%), Bahia (70,9%) e Sergipe (71,5%). Entre as regiões do país, o Sul apresenta maio cobertura vacinal, com 83,7%, seguida pelas regiões Sudeste (76,6%), Centro-Oeste (75,5%); Nordeste (74,8%) e Norte (72,9%).
SEGURANÇA - A vacina disponibilizada pelo Ministério da Saúde em 2015 protege contra os três subtipos do vírus da gripe determinados pela OMS para este ano (A/H1N1; A/H3N2 e influenza B). A vacina contra influenza é segura e também é considerada uma das medidas mais eficazes na prevenção de complicações e casos graves de gripe. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% e 45% o número de hospitalizações por pneumonias e de 39% a 75% a mortalidade por complicações da influenza.
Como o organismo leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe após a vacinação, o ideal é realizar a imunização antes do início do inverno. O período de maior circulação da gripe vai do final de maio até agosto.
PREVENÇÃO - A transmissão dos vírus influenza acontece por meio do contato com secreções das vias respiratórias, eliminadas pela pessoa contaminada ao falar, tossir ou espirrar. Também ocorre por meio das mãos e objetos contaminados, quando entram em contato com mucosas (boca, olhos, nariz). À população em geral, o Ministério da Saúde orienta a adoção de cuidados simples como medida de prevenção para evitar a doença, como: lavar as mãos várias vezes ao dia; cobrir o nariz e a boca ao tossir e espirrar; evitar tocar o rosto; não compartilhar objetos de uso pessoal; além de evitar locais com aglomeração de pessoas.
É importante lembrar que, mesmo pessoas vacinadas, ao apresentarem os sintomas da gripe - especialmente se são integrantes de grupos mais vulneráveis às complicações - devem procurar, imediatamente, o médico. Os sintomas da gripe são: febre, tosse ou dor na garganta, além de outros, como dor de cabeça, dor muscular e nas articulações. Já o agravamento pode ser identificado por falta de ar, febre por mais de três dias, piora de sintomas gastrointestinais, dor muscular intensa e prostração.
Créditos: Folha Vitória

TSE começa a julgar chapa Dilma-Temer

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começará o julgamento da ação que pede a cassação da chapa de Dilma Rousseff e Michel Temer nesta terça-feira (06), pela manhã. de acordocom opresidente do TSE, Gilmar Mendes, o julgamento deve prosseguir no mesmo dia, em nova sessão à noite.
Também haverá sessões na quarta-feira à noite e na quinta-feira de manhã. Ao todo, serão quatro sessões destinadas ao julgamento. Outras sessões extraordinárias poderão ser convocadas depois, caso a convocação não seja suficiente para concluir o julgamento.
Normalmente, o TSE tem apenas duas sessões de julgamento por semana. As duas sessões extraordinárias foram convocadas especialmente para analisar o processo. Poderá haver a convocação de outras sessões extraordinárias, caso os dias reservados para a análise do processo não sejam suficientes para a conclusão do julgamento.
Créditos: WSCOM

domingo, 4 de junho de 2017

Professores revelam medo de 'alunos fascistas' em sala de aula

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Professores que não podem mais tratar de racismo e homofobia em sala de aula e deixaram até de usar camisas vermelhas porque são chamados de petistas.outros tiveram trechos de aulas gravados e divulgados nas redes, onde foram acusados de promover "doutrinação ideológica"
Paula Ferreira e Renato Grandelle, hoje, em O Globo, mostram o legado juvenil da era do grampo e delação conduzidos à condição de “heroísmo” pelo Ministério Público, pela Justiça e pela mídia.Contam a história de professores amedrontados, temendo estarem sendo gravados por alunos, em busca de “dedurá-los” como esquerdistas ou gays.
Até a cor da camiseta serve como pretexto:
Quando escolhe a roupa que usará durante um dia de aula, Miguel (nome fictício), professor de Português e Literatura de duas escolas privadas, deixa as camisas vermelhas de lado. Nas duas vezes em que as vestiu no trabalho, foi chamado pelos alunos de petista. Era brincadeira, mas ele não baixa a guarda. Os estudantes já se queixaram dos debates conduzidos por Miguel em sala sobre temas como racismo e homofobia. Outros docentes já passaram por situações mais dramáticas — tiveram trechos de aulas gravados e divulgados nas redes sociais, onde foram acusados de promover doutrinação ideológica. 

A reportagem (que não achei na versão online) é uma sequência de monstruosidades. Entre elas as contidas no site do movimento “Escola Sem Partido”: “uma aba chamada ‘Flagrando o doutrinador’ estabelece comportamentos dos professores que os alunos podem identificar como doutrinação e outra, ‘Planeje sua denúncia’, ensina os alunos a registrarem falas dos professores que sejam ‘representativas da militância política e ideológica’”.

Auxiliar de coordenação de um colégio da Zona Sul do Rio, uma educadora que também não quis se identificar recebe e-mails com denúncias sobre o conteúdo transmitido nas aulas. É, segundo ela, um fenômeno recente, mas que forçou mudanças na linha pedagógica da instituição.
— A escola está com menos liberdade de atuação. Até dois anos atrás, podíamos fazer uma videoconferência sobre qualquer tema que estivesse acontecendo no mundo. Hoje, temos que mostrar à direção, submeter à aprovação dos pais, analisar com que série vamos trabalhar — revela. — As famílias tinham mais confiança em nós.
São os filhos do Moro, os imbecis da “cognição sumária”, tão entupidos de convicções que não precisam aprender, debater, discutir ideias ou fatos.Basta-lhes, como à Rainha de Copas de Lewis Carroll, apontar o dedo duro e gritar: cortem-lhe a cabeça.

Gleisi Hoffmann é eleita primeira mulher presidenta do PT

Depois de 37 anos de história, o Partido dos Trabalhadores elegeu pela primeira vez uma mulher para presidir a legenda. A senadora Gleisi Hoffmann presidirá o partido pelos próximos dois anos, sucedendo Rui Falcão.
“Eu tenho uma grande responsabilidade por ser a primeira mulher a presidir o PT. É uma grande responsabilidade com as companheiras. Eu vou precisar muito da ajuda, do apoio e da unidade de todos vocês”, afirmou a nova presidenta.
“Quando o PT era dirigido por homens, o PT era bom. Agora que está assumindo a responsabilidade de ter depois de 37 anos a primeira mulher presidenta do PT, eles vão saber como esse partido vai ser daqui para frente: mais ousado, mais aguerrido, mais organizado, mais combativo, e com a cara muito mais bonita”, disse Lula.
Gleisi anunciou que em sua gestão será criada a Secretaria Nacional LGBT. “Temos que enfrentar a violência contra os nossos companheiros. E dar visibilidade à causa.”
Gleisi é filiada ao PT desde 1989, iniciou sua trajetória militante no movimento estudantil. Foi dirigente da União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas em Curitiba e da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).
É formada em Direito e tem especialização em Gestão de Organizações Públicas e Administração Financeira. Foi secretária de Estado no Mato Grosso do Sul e secretária de Gestão Pública no município de Londrina (PR).
Integrou a equipe de transição do governo do ex-presidente Lula. No primeiro governo Lula, Gleisi assumiu a Diretoria Financeira da Itaipu Binacional. Entre 2008 e 2009, presidiu o diretório estadual do PT no Paraná. Em 2010 foi eleita senadora pelo estado, alcançando a marca de ser a primeira mulher eleita para o Senado no Paraná.
Créditos: Revista Forum

Brasil é o segundo país do mundo mais estressado

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Trabalho levado para casa. Falta de tempo para atividades relaxantes ou para a família. Má alimentação. Incapacidade de enxergar perspectivas. Tensão no trânsito. Pavor da violência urbana. Todas essas situações são vividas por quem sente estresse. E não são poucas as pessoas afetadas por essa doença. O Brasil ostenta o título de segundo mais estressado do mundo em um ranking com dez países, feito pela International Stress Management Association (Isma - Brasil). Na nossa frente apenas os japoneses.
O que mais estressa o brasileiro, segundo o estudo, é o trabalho, segundo 69% dos entrevistados.  Eles relataram sofrer com as longas jornadas, sobrecarga de tarefas e a tensão no ambiente corporativo. Foi por causa do desgaste do trabalho que a dona de casa Ana Lúcia Nascimento, 57 anos, se afastou da empresa em que trabalhou por três anos.  “Em tese, eu devia começar às 17h e sair às 23h45, mas como o trabalho era em uma distribuidora de medicamentos, que funcionava a partir dos pedidos, tinha vezes que chegava às 5h”, conta. “Havia muita pressão dos chefes. Chegava em casa e não dormia, ficava ansiosa e desenvolvi depressão”, completa.
O caso de Ana Lúcia exemplifica os dados da Previdência que apontam que, só no ano passado, foram feitos 3.565 pedidos de afastamento. Em 2015, este número foi de  2.899. Quando somados aos problemas de depressão e transtornos mentais, que podem vir de quadros de estresse elevado, o número de pedidos de afastamento do trabalho chega a mais de seis mil. O estresse perde somente para os traumas ósseos e para as lesões causadas por esforço repetitivo como razão para afastamento do trabalho.
De acordo com o psicólogo e conselheiro do Conselho Regional de Psicologia 3ª Região, Renan Rocha, boa parte do estresse no trabalho vem em função da centralidade dele na vida das pessoas. “Nós nos apresentamos a partir do trabalho e ele é parte de nossa identidade, mas é preciso entender o sentido dele na própria vida e perceber os sinais de conflito”, destaca. “Deve-se perceber que o trabalho tem um tempo de se iniciar, de se fazer e de ser concluído. E ele precisa ser vivido nesse espaço de tempo e não fora de seu ambiente próprio”, orienta.
Créditos: Correio